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Os transtornos mentais geralmente tem início na infância e adolescência e a escola é um local privilegiado para a promoção da saúde mental e a prevenção dos problemas mentais. Um projeto de extensão anterior, denominado “Saúde mental na escola: uma ação entre professores e alunos do ensino fundamental”, foi realizado pela equipe do projeto nos anos de 2019 e 2020, promovendo um curso de atualização em saúde mental para os professores da Escola Círculo Operário Pelotense. O atual projeto se propõe a traduzir os conteúdos abordados em linguagem acessível aos alunos e seus familiares, de modo participativo, elaborando materiais e métodos educacionais para temas relacionados à saúde mental e seus problemas.

O projeto será executado em uma escola do município de Pelotas, que está localizada ao lado de uma Unidade Básica de Saúde, onde também atua a UFPel através dos cursos de Medicina e Nutrição. Seguindo os passos da pesquisa-ação, as atividades serão planejadas e executadas em conjunto com a comunidade escolar.

Em uma primeira fase serão realizadas ações que envolvam a participação de alunos, seus familiares e professores, com seguintes temas: (1) o estigma relacionado aos problemas mentais, (2) a compreensão sobre a obtenção e manutenção da saúde mental; os alunos e seus familiares irão multiplicar esses conhecimentos para os demais colegas e famílias, com o apoio dos professores e da equipe do projeto, através de atividades educativas na própria escola, que promovam a participação da comunidade escolar por meio de atividades cênicas e/ou outras estratégias de comunicação.

Numa segunda fase serão abordados os temas: 3) a compreensão sobre os problemas mentais e seus tratamentos, (4) os comportamentos de busca de ajuda; os alunos e seus familiares irão multiplicar esses conhecimentos para os demais colegas e famílias, com o apoio dos professores e da equipe do projeto, através de atividades educativas na própria escola, que promovam a participação da comunidade escolar por meio de atividades cênicas e/ou outras estratégias de comunicação.

Seguindo uma abordagem etnográfica, através de observações de campo e grupos focais, com a participação de professores, alunos e seus familiares, serão avaliados o impacto das ações educativas na comunidade escolar e o comportamento de busca de ajuda pelos alunos.

Ao final do primeiro ano espera-se ter produzido materiais educacionais em saúde mental, envolvendo um grupo de 20 a 30 alunos e 5 a 10 professores do ensino fundamental, com a produção de dramaturgias audiovisuais ou encenadas presencialmente, sobre os dois primeiros temas e que tenham sido realizadas atividades educacionais em saúde mental, por meio de dramatizações ou outras estratégias de comunicação interativa, com um grupo de alunos atuando como multiplicadores para os seus colegas, com a participação de familiares e professores.
Ao final do segundo ano espera-se ter produzido materiais educacionais em saúde mental, envolvendo um grupo de 20 a 30 alunos e 5 a 10 professores do ensino fundamental, com a produção de criações dramatúrgicas audiovisuais ou encenadas presencialmente, sobre os dois últimos temas e que tenham sido realizadas atividades educacionais em saúde mental, por meio de dramatizações e/ou outras estratégias de comunicação interativa, com um grupo de alunos atuando como multiplicadores para os seus colegas, com a participação de familiares e professores.
Durante todo o processo, serão observados os comportamentos de busca de ajuda para problemas relacionados à saúde mental, registrados nos diários de campo e grupos focais.