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Partindo-se da premisssa de que “um dos maiores desafios que tem sido postos aos cursos de formação de professor, ou, em termos mais amplos, à formação profissional do docente, é aquele que se volta para rediscutir a formação identitária profissional do professor” (SILVA et.alli.,2010, p. 180), esta pesquisa se justifica por cartografar traços discursivos que constituem os sujeitos em ambientes formais e não formais de ensino, com o intuito de propor estratégias que visem à qualificação dos processo de formação de professores no âmbito da Universidade.

Todas as análises empreendidas no projeto serão realizadas com base em uma (ou mais) entrevista(s) narrativa(s), metodologia esta que parte do princípio de que narrar não é apenas uma forma de se obter informações sobre quem se é; narrar é um evento social construído na interação, constitutivo de nossas vidas cotidianas (GUBRIUM e HOLSTEIN, 2003; LANGELLIER e PETERSON, 2004). Sublinhamos a importância da entrevista na pesquisa qualitativa (BOGDAN e BIKLEN, 1999; DENZIN e LINCOLN, 2006; BASTOS e SANTOS, 2013), base deste projeto, e ressaltamos que, embora a entrevista seja utilizada em diversas pesquisas, nesta pesquisa parte-se do entendimento de que a entrevista não serve somente como um instrumento para “coletar dados e informações, os quais seriam extraídos de recipientes, os entrevistados” (BASTOS e SANTOS, 2013, p.10). Nosso foco de análise é justamente como as pessoas produzem sentidos sobre o mundo e sobre si em um contexto de interação específico, que é o evento narrativo, e que deve ser levado em conta na análise. Nesse sentido, considerando que as análises remetem a “estruturas socioculturais mais amplas, ao universo social no qual transitam os interactantes” (BASTOS e SANTOS, 2013, p.13), o número exato de participantes não é necessariamente relevante, sendo extremamente complexo precisá-lo previamente, já que, em certos contextos, um único participante produz dados muito abrangentes em uma entrevista narrativa, sendo necessário, muitas vezes, somente mais um ou dois entrevistados para se atingir o objetivo almejado.

Indicadores de progresso ao final de cada seis meses do projeto: conforme previsto no cronograma .

Indicadores de resultado ao final do projeto:

• Elaboração de um “mapa discursivo” e de categorias com os principais aspectos que concorrem para a constituição das subjetividades dos sujeitos envolvidos, com o intuito de desenvolver a formação professores. Tal mapa será disponibilizado para a comunidade acadêmica.
• Criação de um banco de textos produzidos pelos integrantes do projeto.
• Elaboração de sugestões que visem à melhoria dos cursos de formação de professores de línguas da UFPel.
• Apresentação de trabalhos em eventos científicos.
• Participação em eventos da área.
• Publicação de artigos oriundos da pesquisa em periódicos qualificados pela CAPES