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A fome e a insegurança alimentar se incrementaram nos últimos três anos, não somente em virtude do esvaziamento das políticas públicas nesse âmbito, como também pelos efeitos da pandemia do Covid-19 que impactou fortemente sobre o consumo mas especialmente sobre a produção. No caso em apreço o olhar se volta para o caso específico da agricultura familiar na área de influência da UFPel. Estudar essa realidade ganha uma importância transcendental sob o ponto de vista social, econômico, ambiental e territorial.

A natureza do problema de pesquisa e os objetivos que estabelecemos demandam o uso de uma metodologia plural, envolvendo tanto instrumentos de caráter quantitativo, como no caso de questionários estruturados aplicados junto à comunidade universitária que frequenta o RE-UFPel, bem como de caráter qualitativo, compreendendo a realização de entrevistas em profundidade com base em roteiro semiestruturado que alterna questões abertas e fechadas. No último caso trata-se de aferir o ponto de vista das pessoas implicadas nessa dinâmica, sejam elas agricultores, gestores, mas, sobretudo, dos atores que participam da estrutura de governança que rege o seu funcionamento. Os dados quantitativos serão armazenados em banco de dados (planilhas eletrônicas) e analisados posteriormente através de software estatístico (SPSS). No caso das entrevistas, a primeira operação corresponde à sua transcrição, seguida da organização do material segundo a natureza e condição do entrevistado, a organização de categorias e o cruzamento das informações para que se proceda à análise e inferência quanto ao seu conteúdo

a) Uma atualização do estado da arte da dinâmica das redes agroalimentares alternativas, incluindo um amplo inventário das principais contribuições e produções científicas surgidas ao longo dos próximos três anos.
b) Construção de um quadro atualizado das estratégias de atuação das cooperativas de agricultura familiar no extremo sul do Brasil face o impacto provocado pela redução dos apoios públicos e da situação trazida pela pandemia do Covid-19.
c) Realização de entrevistas com dirigentes cooperativistas, produtores e produtoras de alimentos que atuam no âmbito das redes agroalimentares alternativas do extremo sul do Brasil.
d) Fortalecimento do processo de internacionalização dos programas em que atuo a partir das redes construídas, das orientações compartilhadas e da geração de publicações em coautoria.
e) Apresentação de resultados da pesquisa em eventos realizados dentro e fora do Brasil.
f) Trazer novas contribuições ao estudo sobre itinerários de construção da qualidade no âmbito da agricultura familiar no sul do Brasil e em países mediterrâneos.
g) Orientação de uma tese de doutoramento e dissertações de mestrado (02) relacionadas com o objeto da pesquisa durante o período do próximo triênio.