Nome do Projeto
SISTEMA DE INOVAÇÃO NO BRASIL (2000-2021): ATORES, EVOLUÇÃO E GEOGRAFIA
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/03/2023 - 29/03/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
A internacionalização da economia com avanços tecnológicos ligados à telemática produziu a necessidade de diferenciar produtos e processos para aumentar a competitividade. Neste contexto, passa a ser mister a organização dos sistemas nacionais e regionais de inovação, com a qual empresas, estados e universidades e centros de pesquisas passam a agir coordenadamente para produzir inovações (Björn Asheim; Grillitschb, Tripplc, 2019).
Ainda que a crise de 2008-2009 e as recentes crises da Pandemia possam ter provocado desorganizações nos sistemas produtivos, afetando os sistemas de inovação, o paradigma da inovação não tem mostrado recuos, pois ele cresce nos países centrais e tem evidenciado que a competividade passa pela adoção de medidas para desenvolvimento de sistemas de inovação. Com isto, cada vez mais, temos divisão do mundo entre aqueles que conseguiram converter seus sistemas produtivos para desenvolver produtos e processos inovadores, e aqueles que continuam desenvolvendo produtos e processos rotineiros.
O Brasil, ainda com certa lentidão, tem procurado organizar este sistema como a implementação de parques tecnológicos, institutos nacionais de ciência e tecnologia, fomentos por meio de editais de parcerias públicas e privadas, aprovação e regulamentação da lei de inovação, entre outras. Contudo, é preocupante a lentidão nestes processos, e, para respostas mais objetivas da sociedade brasileira ao paradigma da sociedade do conhecimento, muitos estudos devem ser realizados a fim de subsidiar a adoção de medidas pelo poder público e privado.
O que se verifica é que a vagarosidade na incorporação das dinâmicas da inovação no Brasil tem possibilitado o aprofundamento das relações dissimétricas entre centro e periferia do capital, relegando ao Brasil cada vez mais a posição periférica. Neste sentido, cabem estudos que analisem gradualmente mais o sistema de inovação brasileiro a fim de subsidiar políticas que orientem as políticas brasileiras para desenvolvimento nacional. Entre estas análises, deve estar evidenciado o diagnóstico do cenário do sistema de inovação brasileiro do início dos anos 2000 até os dias atuais, apontando a ampliação dos elementos que fazem parte do sistema de inovação. Porém, mais do que isto, deve-se avaliar, também, a distribuição territorial deste sistema observando se este processo ocorre desconcentrado, pois o sistema de inovação deve contemplar o território brasileiro, explorando suas potencialidades, não basta avançarmos na implantação de processos e produtos inovadores, devemos avançar em bloco, desenvolvendo um sistema de inovação que abranja o Brasil e não apenas algumas regiões. Assim, este projeto se estrutura para responder duas questões: “O sistema nacional de inovação brasileiro tem ampliado sua capacidade de 2000 até o momento atual?” e “Ele ocorre concentrado ou não?” Existe ênfase na sustentabilidade? A pesquisa utiliza-se dados qualitativos e quantitativos em documentos , sites e bancos de dados oficiais.
Objetivo Geral
Comparar a distribuição dos agentes de inovação que organizam o sistema nacional de inovação nos estados do Brasil entre os anos 2000 e 2022, avaliando a ampliação de suas capacidades e a existência de desigualdades territoriais no país neste processo, a partir dos indicadores de fomento estadual e nacional à pesquisa, presença de empresas inovadoras, formação de recursos humanos, desenvolvimento de pesquisas e produção tecnológica no território.