Nome do Projeto
Criminalização de ativistas feministas na América Latina
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
17/04/2023 - 14/04/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
O projeto propõe a exploração sistemática do fenômeno da criminalização e assassinato de ativistas feministas na América Latina, com o foco entre os anos 2015 a 2022. A ideia é explorar a situação agonística dos feminismos na América Latina. Essas experiências emblemáticas são marcadas por desigualdades entrelaçadas a serem abordadas, incluindo uma diferença fundamental: os países do Norte Global, geralmente, possuem menos presença de atores paralelos, como milícias e narcotraficantes. Além disso, suas situações econômicas determinam, de certa forma, uma agenda pós-material abordada pelos feministas, que inclui representação política, diferença salarial e representações culturais de mulheres. Na América Latina, a situação é diferente, e a privação econômica e a criminalização de abortos são partes de uma agenda de direitos materiais em que seus feministas trabalham. Além disso, feministas em países onde a repressão - legal e paralela - é constante e os direitos humanos são rotineiramente violados, atuam em uma agenda mais sensível, com múltiplos atores de coerção ameaçando suas vidas.
Objetivo Geral
Os objetivos da pesquisa qualitativas são:
1. Como a perseguição contra as ativistas feministas se manifestou nos contextos latino-americanos na última década?
2. Seguindo a idéia da fadiga mobilizadora (Zulver, 2022) como as feministas latino-americanas sustentam sua mobilização em contextos onde atuam atores híbridos violentos?
3. Como os insights dessas histórias podem facilitar a criação de estratégias para enfrentar a violência e a perseguição das feministas?
1. Como a perseguição contra as ativistas feministas se manifestou nos contextos latino-americanos na última década?
2. Seguindo a idéia da fadiga mobilizadora (Zulver, 2022) como as feministas latino-americanas sustentam sua mobilização em contextos onde atuam atores híbridos violentos?
3. Como os insights dessas histórias podem facilitar a criação de estratégias para enfrentar a violência e a perseguição das feministas?
Justificativa
Na última década, há uma crescente atenção sobre como e onde os defensores do meio ambiente estão sendo perseguidos. A América Latina é o continente mais perigoso do mundo para defender o meio ambiente, a terra e os direitos humanos, com o Brasil, a Colômbia, o México, Honduras e a Guatemala em pior posição. No México, o lançamento da guerra contra as drogas em 2006 desempenhou um papel significativo nesta escalada. No entanto, tanto a mídia, os relatórios de Direitos Humanos (Frontline Defenders, 2015, 2016, 2020, 2021; Global Witness, 2020, 2021) e as pesquisas acadêmicas (Scheidel et al, 2020; Ruggiero, 2013, 2020; Toledo, Cavalcanti e Souza, 2021; Billon e Menton, 2021; Bombardi e Almeida, 2021; Garvey et al 2022) concentraram sua atenção exclusivamente nos ativistas ambientais. Proponho-me a engajar em uma bolsa de estudos feministas para abordar a lacuna nesta forma particular de movimento social e como as mulheres defensoras dos direitos humanos são alvo em sua ação social para entender os perigos de tais atividades e contribuir ainda mais para a discussão.
Metodologia
A metodologia qualitativa e quantativa.
Para a parte quantitativa, o objetivo é criar um conjunto de dados para reunir as informações que ainda não foram organizadas, para uma análise quantitativa posterior - com tabelas de tabulação cruzada que reúnam informações importantes para entender os desvios e convergências das feministas latino-americanas perseguidas e mortas.
O conjunto de dados a ser criado seguirá alguns passos. Para atender aos critérios, um caso deve ser apoiado pelas seguintes informações disponíveis:
Fontes de informação on-line credíveis, publicadas e atuais.
Detalhes sobre o tipo de ato e método de violência, incluindo a data e o local.
Nome e informações biográficas sobre a vítima.
Conexões claras e documentadas com a questão feminista.
No que tange à metodologia qualitativa, o extenso trabalho de campo e entrevistas semi-estruturadas que coletei na última década deve ser viável para compreender a maioria das interações diárias de negociação e disputa entre ativistas feministas e atores híbridos de violência,
Para a parte quantitativa, o objetivo é criar um conjunto de dados para reunir as informações que ainda não foram organizadas, para uma análise quantitativa posterior - com tabelas de tabulação cruzada que reúnam informações importantes para entender os desvios e convergências das feministas latino-americanas perseguidas e mortas.
O conjunto de dados a ser criado seguirá alguns passos. Para atender aos critérios, um caso deve ser apoiado pelas seguintes informações disponíveis:
Fontes de informação on-line credíveis, publicadas e atuais.
Detalhes sobre o tipo de ato e método de violência, incluindo a data e o local.
Nome e informações biográficas sobre a vítima.
Conexões claras e documentadas com a questão feminista.
No que tange à metodologia qualitativa, o extenso trabalho de campo e entrevistas semi-estruturadas que coletei na última década deve ser viável para compreender a maioria das interações diárias de negociação e disputa entre ativistas feministas e atores híbridos de violência,
Indicadores, Metas e Resultados
Em relação aos resultados esperados, o projeto busca como principais indicadores uma revisão bibliográfica do que já foi produzido na Sociologia (i), a proposta de um intercruzamento disciplinar com teorias que versem sobre o assunto, com suas inovações e limitações metodológicas e teóricas (ii), a realização de eventos no âmbito da graduação em Ciências Sociais na UFPel e também na Pós-Graduação em Sociologia (iii), ambos na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e, finalmente, a publicação de artigos e apresentação de trabalhos em congressos especializados da área: Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e Anpocs.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA IGNEZ BRAGA DAL MAGRO | |||
Artemisia Vulgaris Antunes Dewes | |||
HENRIQUE JESKE | |||
ISABELLA MARIA MARTINS DE AMORIM | |||
MABELLY VARGAS PACÍFICO | |||
RAQUEL DE OLIVEIRA MODERNEL | |||
ROBERTA DO PRÁ ALANO | |||
ROBERTA DO PRÁ ALANO | |||
RODRIGO CANTU DE SOUZA | 4 | ||
SIMONE DA SILVA RIBEIRO GOMES | 25 |