Nome do Projeto
Mediação cultural, educação estética e processos educacionais em Arte
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/05/2023 - 30/04/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
O presente projeto de pesquisa se constitui em uma ação universitária de investigação dos processos de mediação cultural, formação estética e artísticas em espaços formais e não formais de educação e integra várias pesquisas (Iniciação científica, trabalho de conclusão de curso, monografia e dissertação). A ação é promovida pela Universidade Federal de Pelotas, por meio do Grupo de Pesquisa OMEGA – Observatório de Memória, Educação, Gesto e Arte, em parceria com o Grupo de Pesquisa Arte e Estética na Educação da Universidade Regional de Blumenau. Este projeto de pesquisa tem como questão problema guarda-chuva: Como a mediação cultural pode potencializar a formação estética, artística e política em espaços formais e não formais de educação em Pelotas e região? Nesse sentido é necessário que o professor/artista reflita sobre seu papel na mediação, o mediador cultural na qualidade de profissional que trabalha em museus ou outros segmentos artísticos, culturais e educacionais. Ele precisa atentar para formas de reinventar seu trabalho e redefinir sua própria atividade de mediador, visando, principalmente, à autonomia do público. Esta atividade exige reflexão estética e política sobre a vida e a arte, que considere que os indivíduos que participam do processo de compreensão são sujeitos ativos. Além de política, a mediação cultural também é social. Tem como objetivo geral: Analisar processos de mediação cultural em espaços formais e não formais de educação no Rio Grande do Sul, identificando as relações estabelecidas com a formação estética, artística e política, discutindo como esses espaços lidam com a cultura e a arte como fator de desenvolvimento humano. Os estudos a ser desenvolvidos irão apresentar características essencialmente qualitativa. Serão utilizados instrumentos de geração de dados como a observação in loco, análise de documentos, entrevistas, grupos focais, entrevistas semi-estruturadas, registros fotográficos e filmográficos, consulta a documentos institucionais, roteiros de análise, desenvolvimento de materiais educativos, atividades de formação docente, entre outros, pois compreende-se que nestes momentos é possível um trabalho de pesquisa e formação estética, artística e política na medida em que se faz pesquisa. Espera-se integrar áreas da educação, arte e estética interrelacionando conhecimentos, contribuindo com a construção de reflexões acerca da mediação cultural, em especial ressaltando a relevância de estudos que articulem espaços formais e não formais em educação. Ainda, deseja-se analisar processos de mediação cultural com vistas a formação estética, artística e política que possam contribuir em desenvolvimento de metodologias e materiais que potencializem ações educativas em arte para espaços formais e não formais de educação.
Objetivo Geral
Analisar processos de mediação cultural em espaços formais e não formais de educação no Rio Grande do Sul, identificando as relações estabelecidas com a formação estética, artística e política, discutindo como esses espaços lidam com a cultura e a arte como fator de desenvolvimento humano.
Justificativa
Atualmente, enquanto pesquisador, faço parte do grupo de pesquisa “Arte e estética na educação” do programa de pós-graduação em Educação da Universidade Regional de Blumenau – FURB, e em parceria com a Universidade Federal de Pelotas sob a liderança da professora Dra. Carla Carvalho e sob minha vice-liderança. Participo também do Grupo de pesquisa OMEGA, Observatório de Memória, Educação, Gesto e Arte da Universidade Federal de Pelotas.
Este projeto tem como questão problema guarda-chuva: Como a mediação cultural pode potencializar a formação estética, artística e política em espaços formais e não formais de educação em Pelotas? Penso que esta questão possa ser ampliada e discutida em outros contextos e outros países, nesse caso, especificamente no âmbito de pesquisas realizados na Universidade Federal de Pelotas, e criar uma rede de pesquisa entre programas de pós-graduação que pesquisam arte e suas interfaces, motivo pelo qual, proponho esse projeto de pesquisa. Nesse sentido, esse projeto nasce numa perspectiva de oportunizar que a partir das pesquisas em arte, estética e educação na cena contemporânea realizadas na Universidade Federal de Pelotas seja possível ampliar parcerias institucionais, a exemplo com o grupo de pesquisa Arte e estética na educação que participo. Como resultado, espero que as produções artísticas e intelectuais resultantes das pesquisas realizadas no projeto possam transitar num circuito local, nacional e internacional de eventos e publicações.
Proponho entender nesse projeto, que pode abrigar vários estudos, como a pesquisa artística e acadêmica em arte pode gerar processos de re-siginificação das metodologias para os modos de fazer arte, nas práticas pedagógicas em vista à experiência e educação estética? Frente a esse questionamento, os estudos que proponho acompanhar e desenvolver, são estudos que articulam a mediação cultural em arte, estética e educação em dialogicidade com outras áreas de conhecimento. Dedica-se, portanto, à investigação das concepções, composições e implicações políticas, culturais e educacionais em diferentes contextos que desenvolvem e mediam processos e modos de organização em Arte e suas possibilidades de mediação cultural. Diversos são os espaços educativos em arte que podemos pesquisar como: escolas da educação básica, escolas de arte, bibliotecas, coletivos de artistas, centros culturais, museus e galerias de arte, entre outros. Inspirado nas poéticas do aprender em arte e o que o campo das artes pode trazer a cena quanto a pensar à educação e estética, esse projeto propõe também investigar a potencialidade dos conceitos de improvisação, performance, experiência, mediação cultural, fruição, para pensarmos temas recorrentes da educação formal e não formal: aprender, ensinar, avaliar, estudar. Pode-se ainda investigar manifestações artísticas, estéticas e educacionais no âmbito das artes visuais, da dança, do teatro, da música e da performance, incluindo-se aí manifestações culturais de religiosidade afro-brasileira e indígena.
Para tanto, serão considerados inicialmente os estudos de Becker (2008), Larrosa (2014, 2017), Smith-Autard (2002), Rancière (2012, 2013), Foucault (2009), Louis Not (1981), Duarte Jr. (2010) entre outros a serem encontrados no decorrer do trabalho de investigação. Nesse sentido, pretende-se fazer também realizar um levantamento de autores e autoras cujos estudos possam promover trânsitos entre as áreas da educação, estética e artes, permitindo conexões interessantes que sirvam a este Projeto. A educação como processo mediatizado pelos pares e pelo mundo é discutida por Paulo Freire (1997) e Rancière (2002) e sendo assim, ressalta-se a importância de discutirmos como o mediador interfere nas práticas de educacionais em contextos formais e não-formais de ensino. Entendemos que a relação que se estabelece entre as pessoas e o patrimônio cultural, seja ele material ou imaterial, pode influenciar contextos sociais e políticos a favor do fortalecimento ou questionamento de ideias e valores. Chauí (2006) afirma que o processo de humanização do homem define-se pela cultura e esta é a invenção de uma ordem simbólica que permite ao homem atribuir à realidade novas significações. Para a autora, a cultura constitui-se “como invenção da relação com o outro” (CHAUÍ, 2006, p. 114). É uma concepção que questiona o papel instrumental atribuído à cultura pela sociedade capitalista, definindo a cultura como um direito e como uma política.
Nesse sentido, revela-se importante examinar como essa relação se efetiva, iluminando não a matéria prima (cultura) em si, mas o encontro, a relação que se acontece por meio dos processos de mediação cultural. Por isso, o processo de mediação cultural - compreendido como resultante do entrecruzamento de conhecimentos artístico, estético e político - tem papel preponderante na pesquisa. Considera-se aqui, que as possibilidades de mediação cultural se constituem de formas diferenciadas em experiências culturais distintas. Diante disto questiona-se: Como a mediação cultural pode potencializar a formação estética, artística, educacional e política em espaços formais e não formais de educação em Pelotas? O que justifica a importancia deste projeto de pesquisa que pode receber estudantes de graduação e pós-graduação da UFPel.
O conceito de Mediação como estar entre muitos traz à baila o conceito de mediação para o processo educativo. Martins, Picosque e Guerra (2010, p. 70) percebem a Mediação Cultural “[...] como canal de comunicação que permite estudar seu processo, atentando para os ruídos perturbadores, ênfases desnecessárias ou para a exclusão de aspectos que poderiam tornar esse encontro mais significativo”. Diante disso, é importante, além do olhar, a consciência, as relações, os sentidos, as sensações, os sentimentos, a imaginação e a percepção - todos necessários para estabelecer o desafio da ação mediadora. Para Martins (2005), a Mediação Cultural torna-se “[...] facilitadora de encontros entre arte e fruidor [...] fator de aproximação”. Estabelece-se aqui parte da tessitura da trama de estar entre muitos, encontros e aproximação!
Um trabalho de cooperação é necessário e se o professor precisa refletir sobre seu papel de mediação, o mediador cultural na qualidade de profissional que trabalha em museus ou outro segmento artístico, precisa atentar para formas de reinventar seu trabalho e redefinir sua própria atividade de mediador, visando, principalmente, à autonomia do público. Esta atividade exige reflexão sobre a dimensão artística da obra, mas também política, que considere que os indivíduos que participam do processo de compreensão são sujeitos políticos, como explicita Montoya (2008). Além de política, a mediação cultural também é social, e, neste sentido, Barbosa afirma que: “O esforço que se emprega para ampliar o contato, o discernimento, o prazer da população com a cultura que a cerca, resulta em benefícios sociais como qualidade das relações humanas e compreensão de si e do outro”. (BARBOSA, 2009, p. 21). Nessa perspectiva, a autora indica que os benefícios ou os reflexos da ação intencional educativa, aqui no caso da arte por meio da mediação cultural, pode ampliar o conhecimento do sujeito de si, dos outros e do contexto em que ele está inserido, qualificando essas relações, por isso a mediação também é social.
Para Barbosa, “[...] a arte como uma linguagem aguçadora de sentidos, transmite significados que não podem ser transmitidos por nenhum outro tipo de Linguagem” (BARBOSA, 2009, p. 22). Assim, acredita-se na relevância da aproximação entre o saber sensível e o inteligível, em um movimento no qual os espaços educativos estejam atentos para a formação integral do ser humano.
Este projeto tem como questão problema guarda-chuva: Como a mediação cultural pode potencializar a formação estética, artística e política em espaços formais e não formais de educação em Pelotas? Penso que esta questão possa ser ampliada e discutida em outros contextos e outros países, nesse caso, especificamente no âmbito de pesquisas realizados na Universidade Federal de Pelotas, e criar uma rede de pesquisa entre programas de pós-graduação que pesquisam arte e suas interfaces, motivo pelo qual, proponho esse projeto de pesquisa. Nesse sentido, esse projeto nasce numa perspectiva de oportunizar que a partir das pesquisas em arte, estética e educação na cena contemporânea realizadas na Universidade Federal de Pelotas seja possível ampliar parcerias institucionais, a exemplo com o grupo de pesquisa Arte e estética na educação que participo. Como resultado, espero que as produções artísticas e intelectuais resultantes das pesquisas realizadas no projeto possam transitar num circuito local, nacional e internacional de eventos e publicações.
Proponho entender nesse projeto, que pode abrigar vários estudos, como a pesquisa artística e acadêmica em arte pode gerar processos de re-siginificação das metodologias para os modos de fazer arte, nas práticas pedagógicas em vista à experiência e educação estética? Frente a esse questionamento, os estudos que proponho acompanhar e desenvolver, são estudos que articulam a mediação cultural em arte, estética e educação em dialogicidade com outras áreas de conhecimento. Dedica-se, portanto, à investigação das concepções, composições e implicações políticas, culturais e educacionais em diferentes contextos que desenvolvem e mediam processos e modos de organização em Arte e suas possibilidades de mediação cultural. Diversos são os espaços educativos em arte que podemos pesquisar como: escolas da educação básica, escolas de arte, bibliotecas, coletivos de artistas, centros culturais, museus e galerias de arte, entre outros. Inspirado nas poéticas do aprender em arte e o que o campo das artes pode trazer a cena quanto a pensar à educação e estética, esse projeto propõe também investigar a potencialidade dos conceitos de improvisação, performance, experiência, mediação cultural, fruição, para pensarmos temas recorrentes da educação formal e não formal: aprender, ensinar, avaliar, estudar. Pode-se ainda investigar manifestações artísticas, estéticas e educacionais no âmbito das artes visuais, da dança, do teatro, da música e da performance, incluindo-se aí manifestações culturais de religiosidade afro-brasileira e indígena.
Para tanto, serão considerados inicialmente os estudos de Becker (2008), Larrosa (2014, 2017), Smith-Autard (2002), Rancière (2012, 2013), Foucault (2009), Louis Not (1981), Duarte Jr. (2010) entre outros a serem encontrados no decorrer do trabalho de investigação. Nesse sentido, pretende-se fazer também realizar um levantamento de autores e autoras cujos estudos possam promover trânsitos entre as áreas da educação, estética e artes, permitindo conexões interessantes que sirvam a este Projeto. A educação como processo mediatizado pelos pares e pelo mundo é discutida por Paulo Freire (1997) e Rancière (2002) e sendo assim, ressalta-se a importância de discutirmos como o mediador interfere nas práticas de educacionais em contextos formais e não-formais de ensino. Entendemos que a relação que se estabelece entre as pessoas e o patrimônio cultural, seja ele material ou imaterial, pode influenciar contextos sociais e políticos a favor do fortalecimento ou questionamento de ideias e valores. Chauí (2006) afirma que o processo de humanização do homem define-se pela cultura e esta é a invenção de uma ordem simbólica que permite ao homem atribuir à realidade novas significações. Para a autora, a cultura constitui-se “como invenção da relação com o outro” (CHAUÍ, 2006, p. 114). É uma concepção que questiona o papel instrumental atribuído à cultura pela sociedade capitalista, definindo a cultura como um direito e como uma política.
Nesse sentido, revela-se importante examinar como essa relação se efetiva, iluminando não a matéria prima (cultura) em si, mas o encontro, a relação que se acontece por meio dos processos de mediação cultural. Por isso, o processo de mediação cultural - compreendido como resultante do entrecruzamento de conhecimentos artístico, estético e político - tem papel preponderante na pesquisa. Considera-se aqui, que as possibilidades de mediação cultural se constituem de formas diferenciadas em experiências culturais distintas. Diante disto questiona-se: Como a mediação cultural pode potencializar a formação estética, artística, educacional e política em espaços formais e não formais de educação em Pelotas? O que justifica a importancia deste projeto de pesquisa que pode receber estudantes de graduação e pós-graduação da UFPel.
O conceito de Mediação como estar entre muitos traz à baila o conceito de mediação para o processo educativo. Martins, Picosque e Guerra (2010, p. 70) percebem a Mediação Cultural “[...] como canal de comunicação que permite estudar seu processo, atentando para os ruídos perturbadores, ênfases desnecessárias ou para a exclusão de aspectos que poderiam tornar esse encontro mais significativo”. Diante disso, é importante, além do olhar, a consciência, as relações, os sentidos, as sensações, os sentimentos, a imaginação e a percepção - todos necessários para estabelecer o desafio da ação mediadora. Para Martins (2005), a Mediação Cultural torna-se “[...] facilitadora de encontros entre arte e fruidor [...] fator de aproximação”. Estabelece-se aqui parte da tessitura da trama de estar entre muitos, encontros e aproximação!
Um trabalho de cooperação é necessário e se o professor precisa refletir sobre seu papel de mediação, o mediador cultural na qualidade de profissional que trabalha em museus ou outro segmento artístico, precisa atentar para formas de reinventar seu trabalho e redefinir sua própria atividade de mediador, visando, principalmente, à autonomia do público. Esta atividade exige reflexão sobre a dimensão artística da obra, mas também política, que considere que os indivíduos que participam do processo de compreensão são sujeitos políticos, como explicita Montoya (2008). Além de política, a mediação cultural também é social, e, neste sentido, Barbosa afirma que: “O esforço que se emprega para ampliar o contato, o discernimento, o prazer da população com a cultura que a cerca, resulta em benefícios sociais como qualidade das relações humanas e compreensão de si e do outro”. (BARBOSA, 2009, p. 21). Nessa perspectiva, a autora indica que os benefícios ou os reflexos da ação intencional educativa, aqui no caso da arte por meio da mediação cultural, pode ampliar o conhecimento do sujeito de si, dos outros e do contexto em que ele está inserido, qualificando essas relações, por isso a mediação também é social.
Para Barbosa, “[...] a arte como uma linguagem aguçadora de sentidos, transmite significados que não podem ser transmitidos por nenhum outro tipo de Linguagem” (BARBOSA, 2009, p. 22). Assim, acredita-se na relevância da aproximação entre o saber sensível e o inteligível, em um movimento no qual os espaços educativos estejam atentos para a formação integral do ser humano.
Metodologia
Os estudos a ser desenvolvidos irão apresentar características essencialmente qualitativa. Serão utilizados instrumentos de geração de dados como a observação in loco, análise de documentos, entrevistas, grupos focais, entrevistas semi-estruturadas, registros fotográficos, consulta a documentos institucionais, roteiros de análise, desenvolvimento de materiais educativos, atividades de formação docente, entre outros, pois compreende-se que nestes momentos é possível um trabalho de pesquisa e formação estética, artística e política na medida em que se faz pesquisa. Espera-se integrar áreas da educação, arte e estética interrelacionando conhecimentos, contribuindo com a construção de reflexões acerca da mediação cultural, em especial ressaltando a relevância de estudos que articulem espaços formais e não formais em educação. Ainda, deseja-se analisar processos de mediação cultural com vistas a formação estética, artística e política que possam contribuir em desenvolvimento de metodologias e materiais que potencializem ações educativas em arte para espaços formais e não formais de educação.
A pesquisa colaborativa se insere nesse projeto guarda-chuva como conjunto de práticas de pesquisa de caráter participativo entre os pesquisadores. As fronteiras entre essas diferentes práticas de pesquisa e no interior de uma mesma categoria não são estanques e nem deveriam ser, pois representam, de certa maneira, as ênfases particulares em determinados aspectos. (DESGAGNÉ et al. 2001). A colaboração assume nesse projeto o sentido de favorecer uma aproximação entre pesquisadores e sujeitos de pesquisa por meio de uma atividade colaborativa que congrega, ao mesmo tempo, produção de dados (ou seja, a pesquisa) e o desenvolvimento profissional dos sujeitos envolvidos (ou seja, a formação continuada). Trata-se, especificamente, de formação continuada para encorajar os sujeitos a examinar suas próprias práticas, refiná-las, e se mobilizar em torno dos significados e práticas de mediação cultural. Assim, são esses dois aspectos fundamentais que caracterizam a pesquisa colaborativa: formação e pesquisa.
Tendo em vista que as pesquisas serão efetuadas em várias etapas, ao longo de dois ou três anos, organizou-se resumidamente, o desenvolvimento das investigações que terão por base os seguintes procedimentos metodológicos:
1º PROCEDIMENTO: Mapeamento da rede de espaços educativos a serem investigados.
2º PROCEDIMENTO: Organização de roteiros de análise desses espaços, construídos com indicadores de: qualidade estética, sustentabilidade, políticas de financiamento, ações de promoção, formação, difusão e circulação que fortalecem as expressões e manifestações artísticas e culturais e a frequência com que são promovidas.
3º PROCEDIMENTO: Análise de documentos e espaços para distinguir a política de atendimento ao público.
4º PROCEDIMENTO: Entrevistas semiestruturadas com usuários e mediadores culturais para entender o processo de mediação cultural e como ele interfere na formação estética.
5º PROCEDIMENTO: Análise e discussão do processo de mediação cultural: observação em campo, grupo focal e formação continuada.
6o. PROCEDIMENTO: Levantamento dos conteúdos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de materiais educativos.
7º PROCEDIMENTO: Análise de dados documentais e institucionais como folders, convites, websites, projetos, entre outros, para identificar iniciativas que
mobilizam os espaços educativos como essencial ao desenvolvimento humano, que promovam a formação estética, artística e política, discutindo como a mediação interfere na capacidade de reconhecimento e de valorização da cultura.
8º PROCEDIMENTO: Sistematização e análise dos dados.
9º PROCEDIMENTO: Interpretação dos dados. Caracterizada pelas análises: documental, das entrevistas, das observações, das narrativas coletadas dos sujeitos, gestores e mediadores culturais. Para análise documental trabalharemos com análise de conteúdo e para as entrevistas e narrativas com análise narrativa.
10º PROCEDIMENTO: Elaboração do Relatório. Caracterizada pela elaboração de um relatório de pesquisa. O relatório apresentará os dados obtidos, a análise, a interpretação e as conclusões/recomendações que se fizerem relevantes. No relatório serão apresentados os produtos gerados pela pesquisa.
11º PROCEDIMENTO: Publicação dos resultados. Pretende-se divulgar a pesquisa prioritariamente por meio de publicação em periódicos da área, capítulos de livros e eventos.
A pesquisa colaborativa se insere nesse projeto guarda-chuva como conjunto de práticas de pesquisa de caráter participativo entre os pesquisadores. As fronteiras entre essas diferentes práticas de pesquisa e no interior de uma mesma categoria não são estanques e nem deveriam ser, pois representam, de certa maneira, as ênfases particulares em determinados aspectos. (DESGAGNÉ et al. 2001). A colaboração assume nesse projeto o sentido de favorecer uma aproximação entre pesquisadores e sujeitos de pesquisa por meio de uma atividade colaborativa que congrega, ao mesmo tempo, produção de dados (ou seja, a pesquisa) e o desenvolvimento profissional dos sujeitos envolvidos (ou seja, a formação continuada). Trata-se, especificamente, de formação continuada para encorajar os sujeitos a examinar suas próprias práticas, refiná-las, e se mobilizar em torno dos significados e práticas de mediação cultural. Assim, são esses dois aspectos fundamentais que caracterizam a pesquisa colaborativa: formação e pesquisa.
Tendo em vista que as pesquisas serão efetuadas em várias etapas, ao longo de dois ou três anos, organizou-se resumidamente, o desenvolvimento das investigações que terão por base os seguintes procedimentos metodológicos:
1º PROCEDIMENTO: Mapeamento da rede de espaços educativos a serem investigados.
2º PROCEDIMENTO: Organização de roteiros de análise desses espaços, construídos com indicadores de: qualidade estética, sustentabilidade, políticas de financiamento, ações de promoção, formação, difusão e circulação que fortalecem as expressões e manifestações artísticas e culturais e a frequência com que são promovidas.
3º PROCEDIMENTO: Análise de documentos e espaços para distinguir a política de atendimento ao público.
4º PROCEDIMENTO: Entrevistas semiestruturadas com usuários e mediadores culturais para entender o processo de mediação cultural e como ele interfere na formação estética.
5º PROCEDIMENTO: Análise e discussão do processo de mediação cultural: observação em campo, grupo focal e formação continuada.
6o. PROCEDIMENTO: Levantamento dos conteúdos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de materiais educativos.
7º PROCEDIMENTO: Análise de dados documentais e institucionais como folders, convites, websites, projetos, entre outros, para identificar iniciativas que
mobilizam os espaços educativos como essencial ao desenvolvimento humano, que promovam a formação estética, artística e política, discutindo como a mediação interfere na capacidade de reconhecimento e de valorização da cultura.
8º PROCEDIMENTO: Sistematização e análise dos dados.
9º PROCEDIMENTO: Interpretação dos dados. Caracterizada pelas análises: documental, das entrevistas, das observações, das narrativas coletadas dos sujeitos, gestores e mediadores culturais. Para análise documental trabalharemos com análise de conteúdo e para as entrevistas e narrativas com análise narrativa.
10º PROCEDIMENTO: Elaboração do Relatório. Caracterizada pela elaboração de um relatório de pesquisa. O relatório apresentará os dados obtidos, a análise, a interpretação e as conclusões/recomendações que se fizerem relevantes. No relatório serão apresentados os produtos gerados pela pesquisa.
11º PROCEDIMENTO: Publicação dos resultados. Pretende-se divulgar a pesquisa prioritariamente por meio de publicação em periódicos da área, capítulos de livros e eventos.
Indicadores, Metas e Resultados
- Mapear os espaços formativos em arte na cidade de Pelotas;
- Identificar ações em espaços de educação formal (Educação Básica) que lidem com processos de mediação cultural e potencializem a formação estética, artística e política dos estudantes, professores e comunidade escolar;
- Analisar o processo de mediação cultural em Museus de Arte de Pelotas, de forma a identificar as relações estabelecidas com a formação estética, artística e política de artistas e professores das diversas redes de ensino nas ações educativas dos museus;
- Realizar projetos e ações com escolas, artistas e professores para ampliar a capacidade de reconhecimento e valorização da arte e da cultura regional;
- Identificar as ações que envolvem o processo de mediação cultural realizados em espaços não formais de educação e suas implicações na formação estética
do sujeito;
- Investigar e desenvolver materiais educativos em Arte que potencializem o processo de Mediação Cultural em espaços formais e não formais de educação
com foco na formação estética, artística e política de professores;
- Analisar quais aspectos são relevantes na constituição da identidade do professor-artista em processo de formação docente;
- Identificar iniciativas que mobilizam os espaços educativos como essenciais ao desenvolvimento humano, que promovem a formação estética, artística e política, discutindo como a mediação interfere na capacidade de reconhecimento e de valorização da cultura.
Para tanto, serão considerados inicialmente os estudos de Becker (2008), Larrosa (2014, 2017), Smith-Autard (2002), Rancière (2012, 2013), Foucault (2009), Louis Not (1981), Duarte Jr. (2010) entre outros a serem encontrados no decorrer do trabalho de investigação. Nesse sentido, pretende-se fazer também realizar um levantamento de autores e autoras cujos estudos possam promover trânsitos entre as áreas da educação, estética e artes, permitindo conexões interessantes que sirvam a este Projeto. A educação como processo mediatizado pelos pares e pelo mundo é discutida por Paulo Freire (1997) e Rancière (2002) e sendo assim, ressalta-se a importância de discutirmos como o mediador interfere nas práticas de educacionais em contextos formais e não-formais de ensino. Entendemos que a relação que se estabelece entre as pessoas e o patrimônio cultural, seja ele material ou imaterial, pode influenciar contextos sociais e políticos a favor do fortalecimento ou questionamento de ideias e valores. Chauí (2006) afirma que o processo de humanização do homem define-se pela cultura e esta é a invenção de uma ordem simbólica que permite ao homem atribuir à realidade novas significações. Para a autora, a cultura constitui-se “como invenção da relação com o outro” (CHAUÍ, 2006, p. 114). É uma concepção que questiona o papel instrumental atribuído à cultura pela sociedade capitalista, definindo a cultura como um direito e como uma política.
Nesse sentido, revela-se importante examinar como essa relação se efetiva, iluminando não a matéria prima (cultura) em si, mas o encontro, a relação que se acontece por meio dos processos de mediação cultural. Por isso, o processo de mediação cultural - compreendido como resultante do entrecruzamento de conhecimentos artístico, estético e político - tem papel preponderante na pesquisa. Considera-se aqui, que as possibilidades de mediação cultural se constituem de formas diferenciadas em experiências culturais distintas. Diante disto questiona-se: Como a mediação cultural pode potencializar a formação estética, artística, educacional e política em espaços formais e não formais de educação em Pelotas e outras cidades do Rio Grande do Sul?
- Identificar ações em espaços de educação formal (Educação Básica) que lidem com processos de mediação cultural e potencializem a formação estética, artística e política dos estudantes, professores e comunidade escolar;
- Analisar o processo de mediação cultural em Museus de Arte de Pelotas, de forma a identificar as relações estabelecidas com a formação estética, artística e política de artistas e professores das diversas redes de ensino nas ações educativas dos museus;
- Realizar projetos e ações com escolas, artistas e professores para ampliar a capacidade de reconhecimento e valorização da arte e da cultura regional;
- Identificar as ações que envolvem o processo de mediação cultural realizados em espaços não formais de educação e suas implicações na formação estética
do sujeito;
- Investigar e desenvolver materiais educativos em Arte que potencializem o processo de Mediação Cultural em espaços formais e não formais de educação
com foco na formação estética, artística e política de professores;
- Analisar quais aspectos são relevantes na constituição da identidade do professor-artista em processo de formação docente;
- Identificar iniciativas que mobilizam os espaços educativos como essenciais ao desenvolvimento humano, que promovem a formação estética, artística e política, discutindo como a mediação interfere na capacidade de reconhecimento e de valorização da cultura.
Para tanto, serão considerados inicialmente os estudos de Becker (2008), Larrosa (2014, 2017), Smith-Autard (2002), Rancière (2012, 2013), Foucault (2009), Louis Not (1981), Duarte Jr. (2010) entre outros a serem encontrados no decorrer do trabalho de investigação. Nesse sentido, pretende-se fazer também realizar um levantamento de autores e autoras cujos estudos possam promover trânsitos entre as áreas da educação, estética e artes, permitindo conexões interessantes que sirvam a este Projeto. A educação como processo mediatizado pelos pares e pelo mundo é discutida por Paulo Freire (1997) e Rancière (2002) e sendo assim, ressalta-se a importância de discutirmos como o mediador interfere nas práticas de educacionais em contextos formais e não-formais de ensino. Entendemos que a relação que se estabelece entre as pessoas e o patrimônio cultural, seja ele material ou imaterial, pode influenciar contextos sociais e políticos a favor do fortalecimento ou questionamento de ideias e valores. Chauí (2006) afirma que o processo de humanização do homem define-se pela cultura e esta é a invenção de uma ordem simbólica que permite ao homem atribuir à realidade novas significações. Para a autora, a cultura constitui-se “como invenção da relação com o outro” (CHAUÍ, 2006, p. 114). É uma concepção que questiona o papel instrumental atribuído à cultura pela sociedade capitalista, definindo a cultura como um direito e como uma política.
Nesse sentido, revela-se importante examinar como essa relação se efetiva, iluminando não a matéria prima (cultura) em si, mas o encontro, a relação que se acontece por meio dos processos de mediação cultural. Por isso, o processo de mediação cultural - compreendido como resultante do entrecruzamento de conhecimentos artístico, estético e político - tem papel preponderante na pesquisa. Considera-se aqui, que as possibilidades de mediação cultural se constituem de formas diferenciadas em experiências culturais distintas. Diante disto questiona-se: Como a mediação cultural pode potencializar a formação estética, artística, educacional e política em espaços formais e não formais de educação em Pelotas e outras cidades do Rio Grande do Sul?
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALICE GARCIA DE ARAUJO | |||
ALYSON QUEVEDO NOVO TEIXEIRA | |||
AMETISTA MÜLLER | |||
ANA CRISTINA RIBEIRO SILVA | 10 | ||
ANDRISA KEMEL ZANELLA | 10 | ||
Abner Sanlay Cypriano | |||
Alessandra Azambuja | |||
Aline Xavier Leal | |||
Alêxander Christopher Pereira Garcia | |||
BIANCA BESSA CORREA | |||
BIANCA CAROLINA BELUCA | |||
BIANCA MENDES ASCARI | |||
BIANCA MENDES ASCARI | |||
BRUNNA ROSSATO ALMEIDA | |||
CARMEN ANITA HOFFMANN | 67 | ||
CRISTIANE DO ROCIO WOSNIAK | |||
Carla Carvalho | |||
Caroline Weiberg | |||
DANILO MAROSTEGA SALVADE | |||
DHEIVISON ARAUJO DA SILVA | |||
Daiane Jardim Ferreira | |||
EDUARDA BILHALBA FAGUNDES | |||
ELIGOLANDE LASCANO FURTADO | |||
Edilane oliveira da Silva | |||
FILIPE IRACET FRANCO | |||
Fransuê Ribeiro | |||
Gabriela Elmor Gonçalves | |||
Gabriela Farias Ribeiro de Vasconcelos | |||
ISABEL URTASSUM DA SILVA ROSA | |||
ISABELLE DA ROSA ALBUQUERQUE | |||
JEAN DORNELLES CHAGAS | |||
JORDANA BELEM RODRIGUES | |||
Jean Carlos Gonçalves | |||
Jessé da Cruz | |||
José Inácio Sperber | |||
Juan Lucca Bonacolsi | |||
Juliana Zelenski Alves | |||
KELVIN MARUM MACHADO | |||
Kalinka Maronez Moura | |||
Karoline Almeida Betti | |||
LAIS GOULARTE RUSCH | |||
LAIS MONIQUE ORLANDIN | |||
LARA ANTUNES GOMES DA SILVA | |||
LARISSA DA SILVA BORGES | |||
LARISSA PATRON CHAVES SPIEKER | 8 | ||
LIVIA LEAL DOS SANTOS | |||
LIVIA TAVARES CAMPELLO | |||
LUCIANA BASILIO DA SILVEIRA | |||
LUMA DA SILVA MEDEIROS | |||
Lucia Maria Salgado dos Santos Lombardi | |||
Luciana Borges de Lisboa | |||
MANOEL GILDO ALVES NETO | 10 | ||
MARINA MARIA SANTOS DE SOUSA | |||
MARINA PEREIRA DURO | |||
MATHEUS GOMES BARBOSA | |||
Marcela Botelho Brasil | |||
Marco Aurelio da Cruz Souza | 77 | ||
Maria Eduarda Nunes Graf | |||
Mateus Martins Viude | |||
Michelle Dantas Ferreira | |||
Mônica de Ávila Todaro | |||
NATHALIA SILVA CARVALHO | |||
PEDRO MAINO AVILA | |||
Paula Boing dos Santos | |||
RAFAELLA DE CANTES DEGANI | |||
ROCHELE PERES BARROS | |||
ROSANA PINTO XAVIER | |||
ROSANGELA FACHEL DE MEDEIROS | 4 | ||
Rodrigo Merenda Puerto | |||
Thiago Silva de Amorim Jesus | 4 | ||
VITORIA DA SILVA MARTINS | |||
Viviane Goulart Medina | |||
YASMIN BOEIRA DA SILVA |