Nome do Projeto
Aprendizagem geográfica e o uso de estratégias autorregulatórias no desenvolvimento profissional de docentes.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
30/05/2023 - 23/12/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
Nos últimos anos, estudantes e professores enfrentam grandes dificuldades no ensino e na aprendizagem em Geografia. Esse fato, inquieta e instiga um coletivo de docentes do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) a encontrar alternativas para promover o debate e a reflexão sobre a autorregulação da aprendizagem geográfica em contextos de formação e de prática. Nesse sentido, a presente proposta de pesquisa, a ser realizada com estudantes em formação inicial e professores de Geografia da educação básica, tem por objetivo, a partir do tripé ensino, pesquisa e extensão, contribuir para o avanço do conhecimento geográfico ao fortalecer índices de aproveitamento universitário no curso de licenciatura em Geografia da UFPel e potencializar a implementação de práticas pedagógicas autorregulatórias na formação continuada de professores de geografia do município de Pelotas-RS. A pesquisa será desenvolvida com estudantes do curso de Licenciatura em Geografia (UFPel) de diferentes semestres e professores da área que atuam na rede municipal e estadual do município de Pelotas-RS. Em termos metodológicos, o projeto está dividido nas três fases correspondentes à autorregulação: (i) a fase de antecipação, em que se dará a formação da equipe, o planejamento do projeto e a sondagem junto aos participantes, (ii) a fase de execução, em que serão desenvolvidos "ateliês de formação" promovidos pelo coletivo de aprendizagem geográfica e (iii) a fase de autorreflexão, que se desenvolverá de forma concomitante ao desenrolar das oficinas, como um mecanismo de feedback do projeto. Com essa pesquisa, espera-se contribuir para o avanço do conhecimento em relação à realidade contextual da formação inicial e continuada de professores de Geografia do município de Pelotas-RS, bem como fortalecer índices de aproveitamento na formação docente do curso e promover a discussão sobre a autorregulação da aprendizagem e suas variáveis no contexto de pesquisa no ensino da Geografia.
Objetivo Geral
Considerando a necessidade de que estudantes em formação inicial e professores da educação básica aspirem ser profissionais mais motivados e estratégicos, e a carência de pesquisas que visam o fortalecimento da capacidade de aprender na formação inicial e continuada de professores de Geografia, esta pesquisa apresenta os seguintes objetivos:
O objetivo geral é contribuir a partir do tripé ensino, pesquisa e extensão para o avanço do conhecimento em Geografia ao fortalecer índices de aproveitamento universitário no curso de Licenciatura em Geografia da UFPel, e potencializar a implementação de práticas pedagógicas autorregulatórias na formação continuada de professores de Geografia do município de Pelotas-RS.
Como objetivos específicos destacam-se os seguintes:
Aprofundar e difundir os conhecimentos teóricos sobre as estratégias de ensino e aprendizagem autorreguladas na Geografia;
Conhecer as estratégias de aprendizagem e as variáveis associadas à autorregulação da aprendizagem dos estudantes e professores de Geografia;
Identificar, no curso de Licenciatura em Geografia, áreas e pontos específicos nos quais ações e intervenções são necessárias;
Identificar, juntos aos professores de Geografia do município de Pelotas, áreas e pontos específicos nos quais ações e intervenções são necessárias,
Propor, a partir das lacunas indicadas, oficinas coletivas de intervenção que fortaleçam o uso de estratégias de ensino e de aprendizagem e os processos autorregulatórios na formação inicial e continuada de professores.
Tem-se como metas: contribuir para o avanço do conhecimento em relação à realidade contextual do profissional docente de Geografia do município de Pelotas-RS; fortalecer índices de aproveitamento na formação do professor potencializados pela implementação de práticas pedagógicas autorreguladas e promover a discussão sobre a autorregulação da aprendizagem e suas variáveis no contexto de pesquisa no ensino da Geografia.
O objetivo geral é contribuir a partir do tripé ensino, pesquisa e extensão para o avanço do conhecimento em Geografia ao fortalecer índices de aproveitamento universitário no curso de Licenciatura em Geografia da UFPel, e potencializar a implementação de práticas pedagógicas autorregulatórias na formação continuada de professores de Geografia do município de Pelotas-RS.
Como objetivos específicos destacam-se os seguintes:
Aprofundar e difundir os conhecimentos teóricos sobre as estratégias de ensino e aprendizagem autorreguladas na Geografia;
Conhecer as estratégias de aprendizagem e as variáveis associadas à autorregulação da aprendizagem dos estudantes e professores de Geografia;
Identificar, no curso de Licenciatura em Geografia, áreas e pontos específicos nos quais ações e intervenções são necessárias;
Identificar, juntos aos professores de Geografia do município de Pelotas, áreas e pontos específicos nos quais ações e intervenções são necessárias,
Propor, a partir das lacunas indicadas, oficinas coletivas de intervenção que fortaleçam o uso de estratégias de ensino e de aprendizagem e os processos autorregulatórios na formação inicial e continuada de professores.
Tem-se como metas: contribuir para o avanço do conhecimento em relação à realidade contextual do profissional docente de Geografia do município de Pelotas-RS; fortalecer índices de aproveitamento na formação do professor potencializados pela implementação de práticas pedagógicas autorreguladas e promover a discussão sobre a autorregulação da aprendizagem e suas variáveis no contexto de pesquisa no ensino da Geografia.
Justificativa
Esta pesquisa decorre da necessidade de se compreender as dificuldades na aprendizagem e no ensino de Geografia na formação inicial e continuada de professores. Essas dificuldades foram detectadas em diversas pesquisas e atividades de extensão realizadas pelo Laboratório de Educação Geográfica Ambiental (LEGA), consolidado há mais de 10 anos, no curso de Geografia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Um dos objetivos desse laboratório é viabilizar a integração entre universidade e escola ao promover atividades que versam sobre o ensino, a pesquisa e a extensão na formação de professores.
A ideia de consolidação do LEGA nasceu da necessidade de articulação entre o ensino superior e a educação básica, uma vez que é na universidade, mais precisamente nos cursos de licenciatura, que se inicia a construção da identidade docente, o que torna imprescindível a troca de experiência e a proximidade entre essas instâncias do saber. Fazem parte do LEGA seis professores doutores que atuam diretamente com o ensino, pesquisa e extensão em Educação e Ensino de Geografia. As atividades realizadas pelo laboratório também estão respaldadas nas ações do Grupo de Pesquisa Espaços Sociais e Formação de Professores (GESFOP), credenciado no CNPq e constituído por professores e estudantes de graduação e pós-graduação vinculados ao laboratório.
O grupo tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento de trabalhos integrados, ampliar a interação e parcerias com a comunidade local e regional e construir projetos coletivos de pesquisa, ensino e extensão voltados à formação inicial e continuada de professores. Além disso, busca promover a construção do conhecimento geográfico e suas cartografias em diferentes espaços sociais, contribuindo para o desenvolvimento de metodologias e práticas de ensino em Geografia.
As pesquisas realizadas a partir das atividades de ensino e extensão desenvolvidas no LEGA e no GESFOP nos permitiram perceber múltiplas dificuldades apresentadas por estudantes universitários e por professores de Geografia da Educação Básica. Essas estão relacionadas à aprendizagem de conteúdos da Geografia e ao desenvolvimento de competências necessárias para a superação desses obstáculos, fruto das trajetórias pessoais e acadêmicas de estudantes e professores.
Além disso, a expansão do Ensino Superior no Brasil, em meados da década de 1990, somada à implementação de políticas públicas de democratização do acesso como o sistema de cotas, o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) proporcionou o aumento expressivo de alunos com ingresso no Ensino Superior que, por sua vez, apresenta-se mais heterogêneo no que diz respeito a concepções de mundo, poder aquisitivo, perfis sociais e processos cognitivos.
Somada a essas questões, professores e futuros professores são ‘bombardeados’ por informações, principalmente oriundas da internet, com destaque para as redes sociais. Isso significa que o "conhecimento relevante" (POZO, 2004) torna-se um bem precioso, em que só uma minoria exclusiva terá, tendo a maior parte da população que se conformar com a informação tendenciosa oferecida em sua grande maioria pelas redes sociais. Sendo assim, é importante possibilitar aos estudantes de licenciatura e professores da Educação Básica recursos cognitivos que lhes permitam fazer frente a esse desafio.
Dessa forma, esse projeto tenciona, a partir do tripé ensino, pesquisa e extensão, contribuir para o avanço do conhecimento em Geografia ao fortalecer índices de aproveitamento universitário no curso de Licenciatura em Geografia da UFPel e potencializar a implementação de práticas pedagógicas autorregulatórias na formação continuada de professores de Geografia do município de Pelotas-RS.
Cabe, ainda, destacar que a proponente deste projeto, em sua investigação de Pós-Doutorado concluída em fevereiro de 2019, no Programa de Pós-Graduação em Educação – FE/UNICAMP, teve como temática central de trabalho enfatizar a importância do investimento na autorregulação da aprendizagem no campo da Educação nos cursos de formação de professores, especificamente, a formação de professores de Geografia. Essa iniciativa teve o efeito, durante a pesquisa, de tencionar a qualificação dos estudantes a se tornarem mais motivados e estratégicos e, consequentemente, melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem (DEMBO, 2001; VEIGA-SIMÃO, 2004; ZIMMERMAN; SCHUNK, 2011; BORUCHOVITCH; MACHADO, 2017).
Os benefícios de promover a autorregulação da aprendizagem no contexto de formação e de prática dos professores têm sido amplamente discutidos, e diversos estudos mostram-se favoráveis ao processo da autorregulação como meio de proporcionar uma aprendizagem significativa. Essas pesquisas evidenciam que estudantes e professores autorregulados tendem a se mostrar mais autoeficazes, apresentando uma diversidade maior de estratégias de aprendizagem que culminam com melhores desempenhos.
Portanto, a intenção é investir fortemente no ensino de estratégias de aprendizagem em Geografia, as quais são consideradas como motor para a promoção da aprendizagem autorregulada, além de aumentar as crenças de autoeficácia e motivação quando recebem um retorno positivo das estratégias que utilizaram, aumentando, assim, o seu desempenho (FRISON, 2019).
A ideia de consolidação do LEGA nasceu da necessidade de articulação entre o ensino superior e a educação básica, uma vez que é na universidade, mais precisamente nos cursos de licenciatura, que se inicia a construção da identidade docente, o que torna imprescindível a troca de experiência e a proximidade entre essas instâncias do saber. Fazem parte do LEGA seis professores doutores que atuam diretamente com o ensino, pesquisa e extensão em Educação e Ensino de Geografia. As atividades realizadas pelo laboratório também estão respaldadas nas ações do Grupo de Pesquisa Espaços Sociais e Formação de Professores (GESFOP), credenciado no CNPq e constituído por professores e estudantes de graduação e pós-graduação vinculados ao laboratório.
O grupo tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento de trabalhos integrados, ampliar a interação e parcerias com a comunidade local e regional e construir projetos coletivos de pesquisa, ensino e extensão voltados à formação inicial e continuada de professores. Além disso, busca promover a construção do conhecimento geográfico e suas cartografias em diferentes espaços sociais, contribuindo para o desenvolvimento de metodologias e práticas de ensino em Geografia.
As pesquisas realizadas a partir das atividades de ensino e extensão desenvolvidas no LEGA e no GESFOP nos permitiram perceber múltiplas dificuldades apresentadas por estudantes universitários e por professores de Geografia da Educação Básica. Essas estão relacionadas à aprendizagem de conteúdos da Geografia e ao desenvolvimento de competências necessárias para a superação desses obstáculos, fruto das trajetórias pessoais e acadêmicas de estudantes e professores.
Além disso, a expansão do Ensino Superior no Brasil, em meados da década de 1990, somada à implementação de políticas públicas de democratização do acesso como o sistema de cotas, o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) proporcionou o aumento expressivo de alunos com ingresso no Ensino Superior que, por sua vez, apresenta-se mais heterogêneo no que diz respeito a concepções de mundo, poder aquisitivo, perfis sociais e processos cognitivos.
Somada a essas questões, professores e futuros professores são ‘bombardeados’ por informações, principalmente oriundas da internet, com destaque para as redes sociais. Isso significa que o "conhecimento relevante" (POZO, 2004) torna-se um bem precioso, em que só uma minoria exclusiva terá, tendo a maior parte da população que se conformar com a informação tendenciosa oferecida em sua grande maioria pelas redes sociais. Sendo assim, é importante possibilitar aos estudantes de licenciatura e professores da Educação Básica recursos cognitivos que lhes permitam fazer frente a esse desafio.
Dessa forma, esse projeto tenciona, a partir do tripé ensino, pesquisa e extensão, contribuir para o avanço do conhecimento em Geografia ao fortalecer índices de aproveitamento universitário no curso de Licenciatura em Geografia da UFPel e potencializar a implementação de práticas pedagógicas autorregulatórias na formação continuada de professores de Geografia do município de Pelotas-RS.
Cabe, ainda, destacar que a proponente deste projeto, em sua investigação de Pós-Doutorado concluída em fevereiro de 2019, no Programa de Pós-Graduação em Educação – FE/UNICAMP, teve como temática central de trabalho enfatizar a importância do investimento na autorregulação da aprendizagem no campo da Educação nos cursos de formação de professores, especificamente, a formação de professores de Geografia. Essa iniciativa teve o efeito, durante a pesquisa, de tencionar a qualificação dos estudantes a se tornarem mais motivados e estratégicos e, consequentemente, melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem (DEMBO, 2001; VEIGA-SIMÃO, 2004; ZIMMERMAN; SCHUNK, 2011; BORUCHOVITCH; MACHADO, 2017).
Os benefícios de promover a autorregulação da aprendizagem no contexto de formação e de prática dos professores têm sido amplamente discutidos, e diversos estudos mostram-se favoráveis ao processo da autorregulação como meio de proporcionar uma aprendizagem significativa. Essas pesquisas evidenciam que estudantes e professores autorregulados tendem a se mostrar mais autoeficazes, apresentando uma diversidade maior de estratégias de aprendizagem que culminam com melhores desempenhos.
Portanto, a intenção é investir fortemente no ensino de estratégias de aprendizagem em Geografia, as quais são consideradas como motor para a promoção da aprendizagem autorregulada, além de aumentar as crenças de autoeficácia e motivação quando recebem um retorno positivo das estratégias que utilizaram, aumentando, assim, o seu desempenho (FRISON, 2019).
Metodologia
Para atingir os objetivos da pesquisa, foi utilizada uma abordagem empírica e qualitativa com ênfase na aprendizagem autorregulada (FRISON; ABRAHÃO, 2012; GANDA; BORUCHOVITCH, 2016; ZIMMERMAN, 2000), e no campo da pesquisa autobiográfica (NÓVOA; FINGER, 2010; VEIGA-SIMÃO; FRISON, 2013).
A pesquisa será desenvolvida com estudantes do Curso de Licenciatura em Geografia (UFPel) de diferentes semestres e com professores de Geografia do município de Pelotas-RS, via parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Desporto de Pelotas - SMED e 5ª Coordenadoria Regional de Educação – 5ªCRE. Os participantes da pesquisa serão os estudantes e professores que aceitarem o convite para responder, de forma voluntária, os instrumentos balizadores da pesquisa e os aspectos previstos no termo de livre consentimento. A pesquisa será dividida metodologicamente em três fases, que correspondem aos processos decorrentes da aprendizagem autorregulada: a fase de antecipação, a fase de execução e a fase de autorreflexão (ZIMMERMAN, 1998; 2000; FRISON; VEIGA-SIMÃO, 2013; GANDA; BORUCHOVITCH, 2016).
FASE DE ANTECIPAÇÃO – a qual refere-se ao processo de influências e crenças que antecipam os esforços para aprender e estabelecem o cenário para essa aprendizagem, será dividida em dois momentos:
1 - Formação do coletivo em estratégias de ensino e aprendizagem em Geografia
Está prevista a formação de um grupo de discussão — denominado, aqui, de coletivo de aprendizagem em formato de rede — que contemple os pesquisadores envolvidos na pesquisa, professores do LEGA e demais professores do curso de Licenciatura em Geografia da UFPel partícipes da investigação, e pesquisadores parceiros desta pesquisa de outras instituições. O intuito é promover um aprofundamento na discussão das variáveis envolvidas no processo de autorregulação, com base na literatura da área, com o intuito de discutir aspectos relacionados aos pressupostos teóricos e procedimentais das estratégias de ensino e aprendizagem. Os encontros serão propiciados por meio de teleconferências, lives e encontros presenciais.
Nesses encontros, também serão discutidos, construídos e "afinados" os instrumentos de pesquisa que serão utilizados na coleta de dados, bem como o tratamento dos dados levantados.
2 – Coleta de dados da pesquisa - uma investigação dos cenários e dos sujeitos da educação
Essa ação busca mapear, espacializar informações e propor intervenções que contribuam para a formação inicial e continuada de professores de Geografia. O intuito é traçar um perfil dos envolvidos, avaliar o uso e o que pensam sobre estratégias de aprendizagem, bem como as dificuldades encontradas no exercício da profissão e na formação em Geografia. Para tanto, serão utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: Questionário de dados demográficos - Formulário Google Forms (direcionado a todos os participantes da pesquisa); Protocolo para ativação da Metacognição e da Auto-Reflexão sobre aprendizagem do futuro professor (BORUCHOVITCH, 2006) — direcionado aos alunos em formação inicial do curso de Geografia da UFPel. O 'Questionário de dados demográficos - formulário Google Forms' visa promover um perfil inicial dos colaboradores da pesquisa, de modo a propiciar um direcionamento na elaboração das atividades de intervenção (ateliês de aprendizagem). Esse questionário será disponibilizado a partir de um link que será distribuído via cobalto (sistema administrativo da UFPel) aos alunos do curso de Licenciatura em Geografia, e para os professores de Geografia do município de Pelotas, via link em e-mail encaminhado pelo SMED e 5ªCRE. O 'Protocolo para ativação da Metacognição e da Auto-Reflexão' sobre aprendizagem do futuro professor (BORUCHOVITCH, 2006)', tem a finalidade de conhecer as características dos estudantes de Geografia e fazê-los pensar sobre sua própria aprendizagem, numa dupla vertente: como estudantes e como futuros profissionais. E os 'Diários autobiográficos de aprendizagem em contexto de prática (FRISON; SIMÃO, 2011)' visam o registro em diários de narrativas de autoformação sobre como os professores percebem-se e constituem-se como agentes da própria formação no cotidiano de experiências escolares, através do processo da aprendizagem autorregulada (ABRAHÃO; BASSO, 2017).
Os dados obtidos por meio do questionário, formulário Google Forms e Protocolo para ativação da Metacognição e da Auto-Reflexão serão organizados em um banco de dados e submetidos à análise de conteúdo, o que permitirá compreender amplamente os fenômenos investigados.
FASE DE EXECUÇÃO - nesta fase, serão concentrados os esforços de desenvolvimento das atividades denominadas de 'Ateliês de Aprendizagem', ou seja, oficinas coletivas ministradas por professores do curso de Geografia da UFPel em parceria com professores da educação básica e alunos bolsistas. Os ateliês serão pensados, organizados e desenvolvidos tendo como proposta discutir temáticas e lacunas da formação de professores indicadas na sondagem inicial da pesquisa (Fase de Antecipação). Os ateliês serão promovidos a partir de estratégias autorreguladas buscando promover a aprendizagem em Geografia.
A ideia de denominar essas oficinas de 'Ateliês de Aprendizagem' tem inspiração na obra de Christine Delory-Momberger (DELORY-MOMBERGER, 2008) e Marie Christine Josso (JOSSO, 2004), que trabalham com as histórias de vida. O desenvolvimento dos ateliês permitirá a abordagem de questões específicas relacionadas ao conteúdo da Geografia, mas também o resgate de trajetórias e histórias de vida e de formação de professores. Essa interação entre a autorregulação da aprendizagem e a pesquisa autobiográfica é uma alternativa para compreender de maneira mais profunda o processo de autoformação (ABRAHÃO; BASSO, 2017; ABRAHÃO; FRISON, 2010; FRISON; VEIGA SIMÃO, 2011). Ainda segundo Abrahão e Basso (2017), a forma como cada sujeito se autobiografa, seja narrando fatos da vida relacionados ou refletindo sobre o processo de autoformação, mostra a sua postura face às aprendizagens, como ele se constrói no papel de aluno e como ele utiliza a aprendizagem autorregulada para desenvolver suas capacidades relacionadas à aprendizagem. Cada 'Ateliê de Aprendizagem' se desenvolverá metodologicamente em até cinco encontros. Nesses encontros, serão tratadas as demandas específicas da Geografia indicadas na coleta de dados, além da reflexão sobre as estratégias autorreguladoras utilizadas nas atividades de estudo e de ensino, a socialização dessas reflexões e a mobilização de novas estratégias autorregulatórias no projeto educacional de cada um, considerando sua trajetória de autoformação. Os ateliês serão temáticos e oferecidos para estudantes de Geografia em formação inicial e professores de Geografia do município de Pelotas-RS. Optamos por promover a formação de forma conjunta, pois partimos da premissa de que esse momento de troca contribui para o pensar e o ser professor de Geografia, uma vez que aproxima o estudante acadêmico do contexto de sua profissão e promove o exposto por Castellar (2019), que é a tomada de consciência do papel do professor na escola e a compreensão da sua função social, além de superar os obstáculos enfrentados no cotidiano e estimular a vida intelectual. Como já destacado, os ateliês serão conduzidos por uma equipe de professores do departamento de Geografia da UFPel de diferentes áreas do conhecimento, além de professores da educação básica parceiros de longa data em projetos, como o PIBID e, mais atualmente, o Residência Pedagógica, bem como estudantes de Geografia bolsistas e voluntários. Estamos denominando essa equipe de 'Coletivo de Aprendizagem em Geografia'.
Os ateliês também visam, em sua estrutura metodológica, propostas que desencadeiem estratégias de aprendizagem autorregulada, o que supõe promover a autonomia dos participantes em suas aprendizagens, a compreensão do conteúdo e formas de continuar aprendendo. Nesse sentido, esses espaços de aprendizagem farão uso de mecanismos que promovam o uso reflexivo de estratégias de ensino e de aprendizagem, como os indicados por Pozo, Castelló e Monero (2004), a saber: a prática guiada, folhas de pensamento, planejamento de campo, visitas guiadas, ensino recíproco e cooperativo, tutoria entre iguais, entre outros.
FASE DA AUTORREFLEXÃO - envolve a autoavaliação que ocorre depois dos esforços de aprendizagem e influenciam as reações dos sujeitos envolvidos. A autorreflexão, por sua vez, afeta a antecipação em relação aos esforços subsequentes de aprendizagem, completando assim o ciclo autorregulatório (ZIMMERMAN, 1998, 2002, 2013).
A fase de autorreflexão ocorrerá no decorrer de todo o processo de pesquisa e intervenção desenvolvido nesta proposta. A meta é que, desde o planejamento das ações do coletivo de aprendizagem, assim como na sondagem junto aos colaboradores da pesquisa e no desenvolvimento dos ateliês, se construa um momento de autojulgamento/avaliação, uma vez que esse constitui um momento privilegiado que ajudará a promover a visão crítica sobre o projeto. Sendo assim, é proposto como objetivos da autorreflexão nesta fase que:
O coletivo de aprendizagem possa avaliar os resultados obtidos durante o planejamento e ação, com a intenção de refletir sobre o progresso de aprendizagem de todos envolvidos no projeto, atentando para a necessidade de fazer ajustes, criar novas estratégias, rever o ambiente, implementar ações para que se obtenham resultados favoráveis à aprendizagem.
Os participantes dos ateliês de aprendizagem tenham um momento específico, no final das atividades, para registrarem em diários autobiográficos as aprendizagens geradas e os métodos por eles utilizados para aprender, promovendo a autorregulação de suas aprendizagens. Ao final do projeto, se realizem grupos focais integrados por todos os envolvidos nas atividades, para que possamos refletir sobre as aprendizagens geradas.
A pesquisa será desenvolvida com estudantes do Curso de Licenciatura em Geografia (UFPel) de diferentes semestres e com professores de Geografia do município de Pelotas-RS, via parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Desporto de Pelotas - SMED e 5ª Coordenadoria Regional de Educação – 5ªCRE. Os participantes da pesquisa serão os estudantes e professores que aceitarem o convite para responder, de forma voluntária, os instrumentos balizadores da pesquisa e os aspectos previstos no termo de livre consentimento. A pesquisa será dividida metodologicamente em três fases, que correspondem aos processos decorrentes da aprendizagem autorregulada: a fase de antecipação, a fase de execução e a fase de autorreflexão (ZIMMERMAN, 1998; 2000; FRISON; VEIGA-SIMÃO, 2013; GANDA; BORUCHOVITCH, 2016).
FASE DE ANTECIPAÇÃO – a qual refere-se ao processo de influências e crenças que antecipam os esforços para aprender e estabelecem o cenário para essa aprendizagem, será dividida em dois momentos:
1 - Formação do coletivo em estratégias de ensino e aprendizagem em Geografia
Está prevista a formação de um grupo de discussão — denominado, aqui, de coletivo de aprendizagem em formato de rede — que contemple os pesquisadores envolvidos na pesquisa, professores do LEGA e demais professores do curso de Licenciatura em Geografia da UFPel partícipes da investigação, e pesquisadores parceiros desta pesquisa de outras instituições. O intuito é promover um aprofundamento na discussão das variáveis envolvidas no processo de autorregulação, com base na literatura da área, com o intuito de discutir aspectos relacionados aos pressupostos teóricos e procedimentais das estratégias de ensino e aprendizagem. Os encontros serão propiciados por meio de teleconferências, lives e encontros presenciais.
Nesses encontros, também serão discutidos, construídos e "afinados" os instrumentos de pesquisa que serão utilizados na coleta de dados, bem como o tratamento dos dados levantados.
2 – Coleta de dados da pesquisa - uma investigação dos cenários e dos sujeitos da educação
Essa ação busca mapear, espacializar informações e propor intervenções que contribuam para a formação inicial e continuada de professores de Geografia. O intuito é traçar um perfil dos envolvidos, avaliar o uso e o que pensam sobre estratégias de aprendizagem, bem como as dificuldades encontradas no exercício da profissão e na formação em Geografia. Para tanto, serão utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: Questionário de dados demográficos - Formulário Google Forms (direcionado a todos os participantes da pesquisa); Protocolo para ativação da Metacognição e da Auto-Reflexão sobre aprendizagem do futuro professor (BORUCHOVITCH, 2006) — direcionado aos alunos em formação inicial do curso de Geografia da UFPel. O 'Questionário de dados demográficos - formulário Google Forms' visa promover um perfil inicial dos colaboradores da pesquisa, de modo a propiciar um direcionamento na elaboração das atividades de intervenção (ateliês de aprendizagem). Esse questionário será disponibilizado a partir de um link que será distribuído via cobalto (sistema administrativo da UFPel) aos alunos do curso de Licenciatura em Geografia, e para os professores de Geografia do município de Pelotas, via link em e-mail encaminhado pelo SMED e 5ªCRE. O 'Protocolo para ativação da Metacognição e da Auto-Reflexão' sobre aprendizagem do futuro professor (BORUCHOVITCH, 2006)', tem a finalidade de conhecer as características dos estudantes de Geografia e fazê-los pensar sobre sua própria aprendizagem, numa dupla vertente: como estudantes e como futuros profissionais. E os 'Diários autobiográficos de aprendizagem em contexto de prática (FRISON; SIMÃO, 2011)' visam o registro em diários de narrativas de autoformação sobre como os professores percebem-se e constituem-se como agentes da própria formação no cotidiano de experiências escolares, através do processo da aprendizagem autorregulada (ABRAHÃO; BASSO, 2017).
Os dados obtidos por meio do questionário, formulário Google Forms e Protocolo para ativação da Metacognição e da Auto-Reflexão serão organizados em um banco de dados e submetidos à análise de conteúdo, o que permitirá compreender amplamente os fenômenos investigados.
FASE DE EXECUÇÃO - nesta fase, serão concentrados os esforços de desenvolvimento das atividades denominadas de 'Ateliês de Aprendizagem', ou seja, oficinas coletivas ministradas por professores do curso de Geografia da UFPel em parceria com professores da educação básica e alunos bolsistas. Os ateliês serão pensados, organizados e desenvolvidos tendo como proposta discutir temáticas e lacunas da formação de professores indicadas na sondagem inicial da pesquisa (Fase de Antecipação). Os ateliês serão promovidos a partir de estratégias autorreguladas buscando promover a aprendizagem em Geografia.
A ideia de denominar essas oficinas de 'Ateliês de Aprendizagem' tem inspiração na obra de Christine Delory-Momberger (DELORY-MOMBERGER, 2008) e Marie Christine Josso (JOSSO, 2004), que trabalham com as histórias de vida. O desenvolvimento dos ateliês permitirá a abordagem de questões específicas relacionadas ao conteúdo da Geografia, mas também o resgate de trajetórias e histórias de vida e de formação de professores. Essa interação entre a autorregulação da aprendizagem e a pesquisa autobiográfica é uma alternativa para compreender de maneira mais profunda o processo de autoformação (ABRAHÃO; BASSO, 2017; ABRAHÃO; FRISON, 2010; FRISON; VEIGA SIMÃO, 2011). Ainda segundo Abrahão e Basso (2017), a forma como cada sujeito se autobiografa, seja narrando fatos da vida relacionados ou refletindo sobre o processo de autoformação, mostra a sua postura face às aprendizagens, como ele se constrói no papel de aluno e como ele utiliza a aprendizagem autorregulada para desenvolver suas capacidades relacionadas à aprendizagem. Cada 'Ateliê de Aprendizagem' se desenvolverá metodologicamente em até cinco encontros. Nesses encontros, serão tratadas as demandas específicas da Geografia indicadas na coleta de dados, além da reflexão sobre as estratégias autorreguladoras utilizadas nas atividades de estudo e de ensino, a socialização dessas reflexões e a mobilização de novas estratégias autorregulatórias no projeto educacional de cada um, considerando sua trajetória de autoformação. Os ateliês serão temáticos e oferecidos para estudantes de Geografia em formação inicial e professores de Geografia do município de Pelotas-RS. Optamos por promover a formação de forma conjunta, pois partimos da premissa de que esse momento de troca contribui para o pensar e o ser professor de Geografia, uma vez que aproxima o estudante acadêmico do contexto de sua profissão e promove o exposto por Castellar (2019), que é a tomada de consciência do papel do professor na escola e a compreensão da sua função social, além de superar os obstáculos enfrentados no cotidiano e estimular a vida intelectual. Como já destacado, os ateliês serão conduzidos por uma equipe de professores do departamento de Geografia da UFPel de diferentes áreas do conhecimento, além de professores da educação básica parceiros de longa data em projetos, como o PIBID e, mais atualmente, o Residência Pedagógica, bem como estudantes de Geografia bolsistas e voluntários. Estamos denominando essa equipe de 'Coletivo de Aprendizagem em Geografia'.
Os ateliês também visam, em sua estrutura metodológica, propostas que desencadeiem estratégias de aprendizagem autorregulada, o que supõe promover a autonomia dos participantes em suas aprendizagens, a compreensão do conteúdo e formas de continuar aprendendo. Nesse sentido, esses espaços de aprendizagem farão uso de mecanismos que promovam o uso reflexivo de estratégias de ensino e de aprendizagem, como os indicados por Pozo, Castelló e Monero (2004), a saber: a prática guiada, folhas de pensamento, planejamento de campo, visitas guiadas, ensino recíproco e cooperativo, tutoria entre iguais, entre outros.
FASE DA AUTORREFLEXÃO - envolve a autoavaliação que ocorre depois dos esforços de aprendizagem e influenciam as reações dos sujeitos envolvidos. A autorreflexão, por sua vez, afeta a antecipação em relação aos esforços subsequentes de aprendizagem, completando assim o ciclo autorregulatório (ZIMMERMAN, 1998, 2002, 2013).
A fase de autorreflexão ocorrerá no decorrer de todo o processo de pesquisa e intervenção desenvolvido nesta proposta. A meta é que, desde o planejamento das ações do coletivo de aprendizagem, assim como na sondagem junto aos colaboradores da pesquisa e no desenvolvimento dos ateliês, se construa um momento de autojulgamento/avaliação, uma vez que esse constitui um momento privilegiado que ajudará a promover a visão crítica sobre o projeto. Sendo assim, é proposto como objetivos da autorreflexão nesta fase que:
O coletivo de aprendizagem possa avaliar os resultados obtidos durante o planejamento e ação, com a intenção de refletir sobre o progresso de aprendizagem de todos envolvidos no projeto, atentando para a necessidade de fazer ajustes, criar novas estratégias, rever o ambiente, implementar ações para que se obtenham resultados favoráveis à aprendizagem.
Os participantes dos ateliês de aprendizagem tenham um momento específico, no final das atividades, para registrarem em diários autobiográficos as aprendizagens geradas e os métodos por eles utilizados para aprender, promovendo a autorregulação de suas aprendizagens. Ao final do projeto, se realizem grupos focais integrados por todos os envolvidos nas atividades, para que possamos refletir sobre as aprendizagens geradas.
Indicadores, Metas e Resultados
Para a divulgação dos resultados da pesquisa, pretendemos investir na participação de eventos nacionais e internacionais, em publicações em periódicos qualificados, organização de um ebook e de um livro impresso, organização e disponibilização de fascículos em escolas sobre temáticas geográficas organizadas a partir de estratégias de ensino e aprendizagens e, por fim, a organização de um evento em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Desporte de Pelotas - SMED e a 5ª Coordenadorial Regional de Educação – 5ªCRE Pelotas, o Programa de Pós-Graduação em Geografia e os participantes do projeto, com intuito de divulgar as ações e seus resultados.
Este projeto também contribui para a consolidação da linha de Pesquisa “Ensino de Geografia” do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPel, bem como do Grupo de Pesquisa reconhecido pelo CNPq - GESFOP - Espaços Sociais e Formação de Professores, que é constituído por professores e estudantes de Graduação e Pós-Graduação vinculados aos laboratórios de Estudos e Pesquisas da Universidade Federal de Pelotas.
Também objetiva-se que novos projetos de pesquisa sejam desenvolvidos, assim como a possibilidade de aquisição de bolsas de iniciação científica e elaboração de pesquisas de Mestrado e demais produções científicas.
E por fim, a consolidação de uma rede de pesquisa entre instituições parceiras, no que diz respeito às estratégias de ensino e aprendizagem na formação inicial e continuada do professor de Geografia.
Este projeto também contribui para a consolidação da linha de Pesquisa “Ensino de Geografia” do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPel, bem como do Grupo de Pesquisa reconhecido pelo CNPq - GESFOP - Espaços Sociais e Formação de Professores, que é constituído por professores e estudantes de Graduação e Pós-Graduação vinculados aos laboratórios de Estudos e Pesquisas da Universidade Federal de Pelotas.
Também objetiva-se que novos projetos de pesquisa sejam desenvolvidos, assim como a possibilidade de aquisição de bolsas de iniciação científica e elaboração de pesquisas de Mestrado e demais produções científicas.
E por fim, a consolidação de uma rede de pesquisa entre instituições parceiras, no que diz respeito às estratégias de ensino e aprendizagem na formação inicial e continuada do professor de Geografia.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALEXANDRA LUIZE SPIRONELLO | |||
CAIO BEDAQUE BARBOSA | |||
CAROLINA BORBA DOS SANTOS | |||
ISAAC TAILQUE PAPINI DE BRITO | |||
LIZ CRISTIANE DIAS | 4 | ||
MATHEUS KLEINICKE ROSSALES | |||
NELSON FONSECA PINTO | |||
PAULO ROBERTO MADRUGA BASTOS JUNIOR | |||
RAFAEL MARTINS DUARTE | |||
ROSANGELA LURDES SPIRONELLO | 5 | ||
VINICIUS ALBUQUERQUE DE LIMA |