Nome do Projeto
ESCALA DE RESILIÊNCIA PARA CRIANÇAS (RS10): ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO BRASILEIRA
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
29/05/2023 - 01/10/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
Este projeto de pesquisa é realizado pelo Núcleo de Pesquisas em Desenvolvimento Infanto-Juvenil - NEPDI, vinculado ao Curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas - UFPel e cadastrado junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Tem como temas a saúde mental e a resiliência em crianças, focando na investigação de instrumento para sua avaliação. Mais especificamente, a pesquisa objetiva descrever o processo de adaptação transcultural e validação da "Resilience Scale for Children” - RS-10 para o português do Brasil, visando fornecer um instrumento apropriado culturalmente para avaliar a capacidade de crianças de 07 a 12 anos de idade de responder de maneira positiva às adversidades da vida.Para tanto, o estudo propõe-se a, preliminarmente à pesquisa empírica, percorrer um caminho teórico. Assim, o projeto faz, inicialmente, uma incursão em dados e na produção acadêmica, buscando contextualizar o cenário brasileiro no que diz respeito à saúde mental de
crianças e adolescentes. Após, abordará o tema da resiliência: conceitos, estudos e meios de avaliação.
Objetivo Geral
O objetivo do presente estudo é descrever o processo de adaptação transcultural e validação da RS-10 para o português do Brasil, visando fornecer um instrumento apropriado culturalmente para avaliar a capacidade de crianças de 07 a 12 anos de idade, de responder de maneira positiva às adversidades da vida.
Justificativa
Estudos realizados no Brasil e na América Latina vêm demonstrando significativa prevalência de transtornos mentais entre crianças e adolescentes brasileiros, destacando-se, entre os mais frequentes, a ansiedade e a depressão. A nível nacional, por exemplo, a prevalência, entre pessoas de 10 a 19 anos, é estimada em 17,1% (UNICEF, 2021). Ainda que os índices possam variar entre regiões, as taxas podem ser consideradas altas, e isso se estende ao Município de Pelotas, recorte espacial da presente pesquisa. A nível de políticas públicas, o Brasil dispõe do Sistema Único de Saúde - SUS que oferta cuidados em saúde mental, desde a atenção básica até a alta complexidade. Trata-se de um sistema que, no tocante à saúde mental, é composto por diversos dispositivos, cuja responsabilidade é dividida, a depender da complexidade, entre União, Estados e Municípios, voltados à prevenção e tratamento de transtornos mentais. Há serviços vinculados às redes de atendimento e programas desenvolvidos nas comunidades. Entre o público mais jovem, os programas de destaque situam-se no ambiente escolar.
Diversos fatores interagem e contribuem para as altas taxas de transtornos mentais entre crianças e adolescentes, sendo, sobretudo, de ordem subjetiva, social e econômica. Quando o enfoque recai sobre a forma como cada sujeito lida com esses fatores, em especial com as adversidades, entra-se no campo da resiliência. A resiliência é entendida como fenômeno psicológico (YUNES, 2011), presente, indistintamente, nos indivíduos e em seus sistemas relacionais (MASTEN, 2014, 2018) e costuma ser avaliada, no Brasil, por meio de instrumentos voltados a outras características e medidas de desempenho, que acabam por avaliar capacidades adjuntas, como por exemplo qualidade de vida, ao invés de analisá-la diretamente (OLIVEIRA & NAKANO, 2018).
De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) (2021), a prevalência de transtornos mentais entre adolescentes de 10 a 19 anos no Brasil é estimada em 17,1%. Além disso, avalia-se que a ansiedade e depressão são responsáveis por quase 50% dos transtornos mentais entre adolescentes da mesma idade na América Latina e Caribe (UNICEF, 2021). No sudeste do Brasil, as taxas de prevalência de transtornos mentais, segundo critérios do DSM-IV, para crianças de 7-14 anos é de aproximadamente 12,7% (FLEITLICH-BILYK & GOODMAN, 2004). Além disso, crianças brasileiras apresentam altas taxas na Escala de Ansiedade Infantil de Spence (SCAS) comparadas a outros países do mundo (DESOUSA ET AL., 2014).
Segundo estudos, a resiliência é compreendida como um fenômeno psicológico (YUNES, 2011), presente, indistintamente, nos indivíduos e em seus sistemas relacionais (MASTEN, 2014, 2018) e costuma ser avaliada no Brasil por meio de instrumentos voltados a outras características e medidas de desempenho, que acabam por avaliar capacidades adjuntas, como por exemplo qualidade de vida, ao invés de analisá-la diretamente (OLIVEIRA & NAKANO, 2018).
Considerando esta demanda, foi conduzido um estudo piloto para uma proposta de instrumento voltado à análise da resiliência em crianças de 8 a 12 anos denominado Marcadores de Resiliência Infantil (OLIVEIRA & NAKANO, 2020); após a construção, testagem e aplicação do instrumento, os resultados promissores ressaltam a importância da observação deste fenômeno psicológico, assim como a urgência de medidas que supram a escassez instrumental para avaliação da resiliência infantil, especialmente no Brasil.
Nesse sentido, a Escala de Resiliência para Crianças (RS-10), desenvolvida por Gail Wagnild, é um instrumento de dez itens utilizado para medir a capacidade de responder de forma positiva às adversidades da vida. É uma escala que mede individualmente a resiliência em crianças de 07-12 anos e é respondida em torno de 4-5 minutos, possuindo uma linguagem de fácil entendimento para esta faixa etária (WAGNILD, 2015). Logo, a fim de utilizar a RS-10 em pesquisas sobre resiliência no Brasil, é importante realizar o processo de tradução do inglês para o português do Brasil, a adaptação transcultural e validação do constructo.
Diversos fatores interagem e contribuem para as altas taxas de transtornos mentais entre crianças e adolescentes, sendo, sobretudo, de ordem subjetiva, social e econômica. Quando o enfoque recai sobre a forma como cada sujeito lida com esses fatores, em especial com as adversidades, entra-se no campo da resiliência. A resiliência é entendida como fenômeno psicológico (YUNES, 2011), presente, indistintamente, nos indivíduos e em seus sistemas relacionais (MASTEN, 2014, 2018) e costuma ser avaliada, no Brasil, por meio de instrumentos voltados a outras características e medidas de desempenho, que acabam por avaliar capacidades adjuntas, como por exemplo qualidade de vida, ao invés de analisá-la diretamente (OLIVEIRA & NAKANO, 2018).
De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) (2021), a prevalência de transtornos mentais entre adolescentes de 10 a 19 anos no Brasil é estimada em 17,1%. Além disso, avalia-se que a ansiedade e depressão são responsáveis por quase 50% dos transtornos mentais entre adolescentes da mesma idade na América Latina e Caribe (UNICEF, 2021). No sudeste do Brasil, as taxas de prevalência de transtornos mentais, segundo critérios do DSM-IV, para crianças de 7-14 anos é de aproximadamente 12,7% (FLEITLICH-BILYK & GOODMAN, 2004). Além disso, crianças brasileiras apresentam altas taxas na Escala de Ansiedade Infantil de Spence (SCAS) comparadas a outros países do mundo (DESOUSA ET AL., 2014).
Segundo estudos, a resiliência é compreendida como um fenômeno psicológico (YUNES, 2011), presente, indistintamente, nos indivíduos e em seus sistemas relacionais (MASTEN, 2014, 2018) e costuma ser avaliada no Brasil por meio de instrumentos voltados a outras características e medidas de desempenho, que acabam por avaliar capacidades adjuntas, como por exemplo qualidade de vida, ao invés de analisá-la diretamente (OLIVEIRA & NAKANO, 2018).
Considerando esta demanda, foi conduzido um estudo piloto para uma proposta de instrumento voltado à análise da resiliência em crianças de 8 a 12 anos denominado Marcadores de Resiliência Infantil (OLIVEIRA & NAKANO, 2020); após a construção, testagem e aplicação do instrumento, os resultados promissores ressaltam a importância da observação deste fenômeno psicológico, assim como a urgência de medidas que supram a escassez instrumental para avaliação da resiliência infantil, especialmente no Brasil.
Nesse sentido, a Escala de Resiliência para Crianças (RS-10), desenvolvida por Gail Wagnild, é um instrumento de dez itens utilizado para medir a capacidade de responder de forma positiva às adversidades da vida. É uma escala que mede individualmente a resiliência em crianças de 07-12 anos e é respondida em torno de 4-5 minutos, possuindo uma linguagem de fácil entendimento para esta faixa etária (WAGNILD, 2015). Logo, a fim de utilizar a RS-10 em pesquisas sobre resiliência no Brasil, é importante realizar o processo de tradução do inglês para o português do Brasil, a adaptação transcultural e validação do constructo.
Metodologia
Esta pesquisa caracteriza-se como exploratória, descritiva de cunho quantitativo. Como parte inicial da pesquisa descritiva, será realizada a pesquisa bibliográfica. O processo de tradução e adaptação cultural da escala será constituído tendo como base os critérios de tradução da Organização Mundial da Saúde (WHO, 2016), conforme indicação dos autores do instrumento, A OMS define quatro etapas para o processo de tradução: tradução direta, painel de especialistas e retrotradução, pré-teste e entrevista cognitiva e versão final.
A população-alvo deste estudo será constituída por crianças e adolescentes de 07 a 12 anos, estudantes das redes pública municipal, estadual e privada na cidade de Pelotas/RS. Neste sentido, a população total será formada de 28.178 indivíduos. A partir da delimitação do nível de confiança em 95% e do erro amostral em 3,0%, a amostra final obtida é de 1.029 respondentes . Para garantir a totalidade da amostra, calculou-se a aplicação de 1.050 questionários, considerando-se a possibilidade de instrumentos preenchidos incorretamente, incompletos ou ilegíveis.
A coleta de dados será realizada através de uma pesquisa de levantamento (survey), definida por Fonseca (2002, p. 33) como a obtenção de dados sobre características, ações ou opiniões de um determinado grupo de pessoas (amostra de uma população-alvo) através de um instrumento de pesquisa.
A análise dos dados coletados será realizada através de estatísticas descritivas (univariadas), testes de hipóteses e estatísticas multivariadas. Para tanto, os softwares SPSS 21.0®, AmosTM e Stata SE14 foram utilizados. Tendo como propósito a caracterização da amostra e o detalhamento de como as pessoas se comportam acerca de cada um dos construtos deste trabalho, serão realizados os cálculos estatísticos descritivos das variáveis. Dentre esses cálculos estão média, mediana e desvio padrão para cada variável.
A validação do construto será realizada pela modelagem de equações estruturais (MEE). A MEE é indicada por Hair et al. (2013) como o procedimento multivariado mais adequado a ser utilizado na avaliação simultânea do modelo e da relação entre variáveis.
A população-alvo deste estudo será constituída por crianças e adolescentes de 07 a 12 anos, estudantes das redes pública municipal, estadual e privada na cidade de Pelotas/RS. Neste sentido, a população total será formada de 28.178 indivíduos. A partir da delimitação do nível de confiança em 95% e do erro amostral em 3,0%, a amostra final obtida é de 1.029 respondentes . Para garantir a totalidade da amostra, calculou-se a aplicação de 1.050 questionários, considerando-se a possibilidade de instrumentos preenchidos incorretamente, incompletos ou ilegíveis.
A coleta de dados será realizada através de uma pesquisa de levantamento (survey), definida por Fonseca (2002, p. 33) como a obtenção de dados sobre características, ações ou opiniões de um determinado grupo de pessoas (amostra de uma população-alvo) através de um instrumento de pesquisa.
A análise dos dados coletados será realizada através de estatísticas descritivas (univariadas), testes de hipóteses e estatísticas multivariadas. Para tanto, os softwares SPSS 21.0®, AmosTM e Stata SE14 foram utilizados. Tendo como propósito a caracterização da amostra e o detalhamento de como as pessoas se comportam acerca de cada um dos construtos deste trabalho, serão realizados os cálculos estatísticos descritivos das variáveis. Dentre esses cálculos estão média, mediana e desvio padrão para cada variável.
A validação do construto será realizada pela modelagem de equações estruturais (MEE). A MEE é indicada por Hair et al. (2013) como o procedimento multivariado mais adequado a ser utilizado na avaliação simultânea do modelo e da relação entre variáveis.
Indicadores, Metas e Resultados
A RS-10 pode ser utilizada para avaliar e monitorar os níveis de resiliência em crianças de 07-12 anos de idade; A RS-10 brasileira demonstra congruência com a versão em língua inglesa.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA PAULA DA ROSA VIGORITO | |||
ARTHUR RIGHI CENCI | |||
CARLA FERREIRA SILVEIRA | |||
CAROLINA MACEDO DOS SANTOS QUILLFELDT | |||
DIULIA HUTTNER WOLTER | |||
EVERTON ANGER CAVALHEIRO | 16 | ||
GABRIEL LARRONDO OLIVEIRA | |||
GIOVANNA DEL GRANDE DA SILVA ALVES | |||
GUILHERME MARTINS PINHEIRO | |||
Isana Kaichi | |||
JULIA SCHWANZ ANDREAZZA | |||
JULIANA LAZZARETTI SEGAT | |||
KAISSÉS COSTA SEDRÊS | |||
LAUREN CROCHEMORE SOARES | |||
LEONDINA TREICHEL KÄMS | |||
LUANA RIBEIRO BUENO | |||
LUCIANA MECKING ARANTES | 8 | ||
LUIZA DE OLIVEIRA MACIEL | |||
Lauriem Cardoso da Silva | |||
MARIA TERESA DUARTE NOGUEIRA | 15 | ||
MARIANA CORREA DA SILVA | |||
MARIANA GOUVÊA SILVEIRA | |||
MARIANA GOUVÊA SILVEIRA | |||
MARIANE RICARDO ACOSTA LOPEZ MOLINA | 16 | ||
MARINA MOTA BRAGA PUCCINELLI | |||
MAX CHAGAS SOARES | |||
MICHELLE DE SOUZA DIAS | |||
MICHELLE DE SOUZA DIAS | 4 | ||
NATHAN DA ROSA SANTANA | |||
NÍCOLAS CARDOZO BIN | |||
OSVALDO MALDONADO JUNQUEIRA | |||
OSVALDO MALDONADO JUNQUEIRA | |||
PATRICIA DOS SANTOS LOPES SOARES | |||
SARAH PORCIUNCULA BELTRAME | |||
SUZANA WEEGE DA SILVEIRA DO AMARAL | |||
Sho Okawa | |||
Tomoko Kawasaki | |||
VALÉRIA BERNADOTTE DA SILVA | |||
VALÉRIA BERNADOTTE DA SILVA | |||
VINÍCIUS MACHADO PEDROTTI | |||
Yoshikazu Noda | |||
Yoshiyuki Hirano |