Nome do Projeto
Eficiência produtiva em sistemas de produção de bovinos de corte
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
30/06/2023 - 29/06/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O presente projeto visa medir e avaliar indicadores produtivos e de produtividade animal de sistemas de produção de boivinos de corte, utilizando dados fornecidos pro produtores de diferentes sistemas de produção, bem como utilizadores de diferentes tecnologias. Após os levantamentos de dados e dioagnósticos, serão avaliados diferentes senários, considerando-se a aplicabilidade e viabilidade econômica em diferentes situações, bem como o emprego de diferentes tecnologias e potenciais retornos para os sistemas com impactos na produção e produtividade animal.

Objetivo Geral

Avaliar a eficiência produtiva de diferentes sistemas de produção de bovinos de corte, a fim de identificar os seus pontos de equilíbrio.

Objetivos específicos

• Caracterizar os sistemas de produção.
• Avaliar a eficiência produtiva de propriedades de Bovinos de corte.
• Criar modelos de eficiência produtiva

Justificativa

A pecuária de corte brasileira vem se intensificando com o avanço das tecnologias, fazendo com que ocorra a segregação dos produtores entre nível de produção, permanecendo no sistema somente aqueles com alto desempenho. Isso acontece porque a margem de lucro está cada vez menor, devido a oscilação do preço do boi gordo, e dos animais de reposição, associado aos altos investimentos em insumos (correção de solo, adubação, sementes, alimentação animal, sanidade e infraestrutura).
E para diferenciar propriedades produtivas de improdutivas precisamos de gestão, essa que deve ser feita através de números e indicadores. Gestão é caracterizada por uma sequência de medidas que visam administrar e dirigir um negócio, no qual compreende uma série de funções que buscam o lucro como objetivo final, ou seja, gerenciar o processo pelo custo/benefício, para obter o melhor resultado de forma sustentável.
Mas para chegar a esse melhor resultado, precisamos de um ponto chave nesse processo, coletar informações, que será a base para determinar metas a serem alcanças. Através desse processo buscamos diagnosticar o perfil das propriedades, para identificar o ponto de equilíbrio do sistema de produção do gado de corte no brasil, visando auxiliar nas tomadas de decisão dentro das propriedades.

Metodologia

1. PRIMEIRA ETAPA: Diagnóstico

No diagnóstico iremos detectar, onde estamos, através de uma análise das características físicas, estruturais e produtivas da fazenda, essas informações serão usadas para auxiliar na tomada de decisões, através do estabelecimento de metas e na elaboração do planejamento. A (figura 1) demostra como será estruturado o diagnóstico da propriedade.



Figura 1. Etapas do diagnóstico da fazenda


1.1. Características Gerais

É necessário realizar o levantamento completo das informações relacionadas ao setor de produção e seus adjacentes. O inventário geral deve ser criterioso para que possa fornecer o diagnóstico verdadeiro da atual situação.

a. Localização
Endereço, Cidade, Estado, Região, País.

b. Clima
Equatorial; Tropical semiárido; Tropical; Tropical atlântico; Tropical de altitude e Subtropical.


Tabela 1. Características de cada clima brasileiro
Clima Tipo Abrangência Pluviometria anual (mm) Temperatura média do ano Amplitude térmica
Equatorial Quente e alta umidade
Amazonas, Pará e parte de Roraima, Rondônia, Acre, Maranhão e Mato Grosso 1500 a 2500 chuvas bem distribuídas 25° a 28°C Baixa
Tropical Uma estação do ano quente e úmida, e
outra fria e seca Sul do Mato Grosso, Nordeste, no Sudeste, abrangendo São Paulo e Minas
Gerais, na região Sul, na porção noroeste do Paraná, e em uma pequena porção de Roraima, no Norte 750 a 1500 – Estação chuvosa 18° a 30°C Média de 5° a 7°C.
Tropical de altitude Uma estação do ano quente e úmida, e outra fria e seca
Localizados acima de 800 metros de altitude nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo 1500 – Estação chuvosa 15° a 22°C Média de 9°C
Tropical Atlântico Quente e Alta umidade Litoral leste brasileiro, compreendendo estados do Nordeste até o Sul do país
1500 a 2000 – estação chuvosa 18° a 26°C Baixa
Subtropical Frio e úmido Zona Temperada Sul do planeta, que corresponde aos estados da região Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e ao sudeste de São Paulo e à porção meridional do Mato Grosso do Sul 1250 – Bem distribuídas
>0° a 18°C Alta

c. Área
Na análise global da propriedade é importante o conhecimento total das áreas da empresa e a maneira de utilização.

Tabela 2. Distribuição das áreas da propriedade
Hectares Percentual da área total
Reservas Informado =Hectares/superfície total
Áreas improdutivas Informado =Hectares/superfície total
Benfeitorias Informado =Hectares/superfície total
Agricultura Informado =Hectares/superfície total
Pastagens Total Pastagens perenes+anuais =Hectares/superfície total
Pastagens Perenes Informado =Hectares/pastagens total
Pastagens Anuais Informado =Hectares/pastagens total
Arrendamentos Informado =Hectares/superfície total
Total Pecuário Pastagens+Arrendamentos+Agricultura p/pecuária =Hectares/superfície total
Superfície Total Soma das linhas acima 100%

1.2 Estrutura física da empresa
Informações sobre a estrutura física da empresa geram dados para o cálculo de depreciação, um dos componentes importantes do custo de produção. O estado geral de conservação, sobretudo das instalações produtivas, deve ser conhecido por apresentarem relação direta com o manejo do rebanho. O levantamento de benfeitorias tem como principal função informar sobre as ferramentas estruturais disponíveis e suas condições. De forma geral, não representam impacto significativo na valorização produtiva do imóvel. Para uma avaliação mais ampla, iremos pontuar as instalações quanto ao estado de conservação, funcionalidade e organização/limpeza. Usaremos notas de 1 a 4, onde 1: Ruim, 2: Regular 3: bom e 4: ótimo. Diante disto podemos ter uma boa referência da forma que a fazenda lida com suas instalações. Abaixo segue exemplo.

Tabela 3. Descrição da estrutura física da empresa
Descrição Material Área capacidade Estado de conservação Funcionalidade Organização e Limpeza
Casa sede Madeira 180m 2 2 3
Casa Colaboradores
Barracão Alvenaria 120m 1 1 2
Curral Madeira 250cab 2 1 1
Despensa Curral
Aprisco
Reservatório
Rede Elétrica
Portões
Caixa de água
Poços
Média


1.2.1. Parque de máquinas
Coletar dados sobre a marca, modelo, potência, ano de fabricação e valor de aquisição são necessários nas avaliações de manutenção e depreciação do maquinário.


Tabela 4. Modelo de avaliação do parque de máquinas
Implemento Marca Modelo Ano de compra Horas Trabalhadas Valor Objetivo de utilização
Trator Valtra 750 2010 10000 150.000 Pecuária

O parque de máquinas na empresa pecuária deve apresentar objetivo claro de utilização. Ajustes quanto sua amplitude e utilização são necessários, já que eles compõem o plano de contas da empresa através de manutenção, reparos, combustíveis e lubrificantes etc., além de sua taxa de depreciação. Normalmente se observa subutilização do maquinário, gerando entre outros, acréscimo na composição do custo da @ produzida. A Tabela acima descreve um levantamento do parque de máquinas de uma empresa agropecuária.

Tabela 5. Avaliação do parque de máquinas
Escala Nível de adoção de tecnologias Tema Indicador
4 Muito Alto Muitas máquinas Média de trabalho menor que 700h/ano
Valor superior a 10% do valor médio do rebanho (quando não há agricultura)
3 Alto Elevado desembolso em manutenção e conserto Mais que 6% do valor do parque novo ou 12% do valor atual
2 Médio Pouco cuidado Máquinas ao ar livre
Ausência de plano de manutenção
Equipe não capacitada (<1 curso/ano)
1 Baixo Baixo nível de controle Ausência de relógio de vazão no reservatório
Horímetro não funciona
Ausência de apontamentos

Para a realização do levantamento do parque de máquinas, será coletado informações referentes: Horas trabalhadas ao ano; Desembolso em manutenção; Conservação das máquinas (lavagem, máquinas ao ar livre); Manutenção das máquinas; Treinamento da equipe; Apontamentos de uso de máquinas; Horímetro. O conhecimento do valor real do custo da hora máquina de cada trator nas principais atividades é fundamental na elaboração dos custos da propriedade, como de confecção de silagem, salgação de cochos, operações agrícolas, entre outros.

Para que possamos apurar o custo da hora máquina são necessários os seguintes registros: Data, atividade executada e total de horas trabalhadas na função; Custo dos operadores; Registro de abastecimento, peças, filtros e lubrificantes utilizados na
manutenção; Serviços de terceiros prestados no equipamento e outros. O controle de máquinas será elaborado manualmente ou com utilização de planilhas eletrônicas. O princípio básico para termos sucesso na obtenção deste valor é o correto apontamento das atividades envolvidas.

1.3. Solo e Pastagens

Primeiramente será avaliado as características do solo como: Tipo, nível de fertilidade, frequência da realização de análise de solo. Após será realizado um levantamento de informações referente as pastagens como: espécie forrageira, ano de formação, estado de degradação, produção (@/hectare) predominância de invasoras, assim como levantamento de custos de implantação e manutenção de pastagens. Também será realizado o inventario da estrutura física que dá suporte as pastagens, aguadas e cercamentos.

Tabela 6. Informações referentes as características de solo das propriedades
Solo
Fazenda Tipo de solo Nível de Fertilidade Frequência de Análise de solo
Arenoso Baixa 1/2 anos
Argiloso Média 1/3
Alta 1/4
1/5

Tabela 7. Informações referente as características das pastagens
Pastagens
Fazenda Forrageira Utilização Ano de implantação Degradação Produção /hectare Suporte Invasoras Custo/manutenção Custo /implantação
Pastoreio Fraco Kg/ha UA/ha Baixo R$/ano/ha R$/ano/ha
Feno Moderado Médio
Forte Alto
Muito Forte


Tabela 8. Características físicas que dão suporte as pastagens.
Estrutura física das pastagens
Fazenda Aguadas Cercamentos
Natural Ótimo
Bebedouro Bom
Regular
Irregular
Na avaliação dos cercamentos levaremos em consideração, as recomendações técnicas de distância entre piques, condições de madeira e arames (esticar) e quantidade de fios. Na condição das aguadas, também será avaliado condições de higiene da água ofertada.

1.4. Rebanho

Para a avaliação do rebanho será coletado informações como: quantidade, categoria, ECC e raça.


Tabela 9. Informações sobre o rebanho
Rebanho
Quantidade Categoria ECC Raça
Mamando 1
Fêmeas 8-12 2
Fêmeas 12-24 3
Fêmeas 24-36 4
Fêmeas >36 5
Machos 8-12
Machos 12-24
Machos 24-36
Machos >36
Touros

1.5. Estrutura gerencial e Equipe
Informações sobre n° de pessoas, média salarial, cargo, escolaridade, tempo de serviço e centro de operações.

Tabela 10. Informações sobre a equipe
Equipe
Cargo Escolaridade Média salarial Tempo de serviço Centro de operações
Operação Agrícola
Operação Pecuária
Administrativo


2. SEGUNDA ETAPA: Indicadores Zootécnicos

Na segunda etapa iremos coletar informações referente a produção, para realizar a avaliação dos indicadores zootécnicos, iremos coletar informações sobre: Nascimentos, mortes, n° de animais em estação de monta, n° de fêmeas prenhes, n° de animais abatidos, peso de abate, rendimento de carcaça, peso a desmama, n° de animais desmamados, compras, vendas, custos de produção, receita e outros. Visado levantar indicadores que serão classificados em: índices reprodutivos, mortalidade, índices produtivos, informações de equipe e índices financeiros.
O protocolo de cálculo demonstrado a seguir é o mesmo aplicado em todos os seguimentos do processo produtivo. Dois aspectos fundamentais devem ser ressaltados: O correto registro dos custos e despesas da atividade individual; A verdadeira produção em cada segmento produtivo.

2.1. Índices Reprodutivos

Índice de fertilidade/prenhez: É a relação do número de fêmeas em cobertura que ficaram prenhes em determinado período de exposição reprodutiva.

Índice de Fertilidade = "N° de Fêmeas prenhas" /"N° de Fêmeas em cobertura"

Índice de Natalidade = É a

Indicadores, Metas e Resultados

Após as avaliações e diagnósticos, serão gerados resultados da aplicabilidade de tecnologias, bem como potenciais retornos aos diferentes sistemas, gerando assim materiais informativos, técnico/científico para a a comunidade acadêmica. Espera-se no prazo de 4 anos determinar quais os sistemas e graus de adoção de tecnologia são mais rentáveis e de maior viabilidade técnica e econômica em produção de bovinos de corte.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
AMANDA LETICIA ISERHARDT
ANDIARA MACHADO LUIZ
ANTÔNIO AMARAL BARBOSA4
BERNARDO DA SILVA MENEZES
BIANCA PETER GONÇALVES
CAMILA GONCALVES DECRESCENZO
CASSIO CASSAL BRAUNER2
DAVID DE PAULA AMERICO
EDUARDO SCHMITT2
ILDO ROBERTO DUTRA SALLABERRY
INGRID DA VEIGA TEIXEIRA
JEAN PIERRE MARTINS MACHADO
JORDANI BORGES CARDOSO
JOSE LUIZ PASSOS
KAUANI BORGES CARDOSO
LARA COSTA GRUMANN MICHEL
LETICIA FARIAS DE OLIVEIRA
TATIANE PERES MARQUES
UILIAN SCHELIN SCHNEID
VITORIA MARCELA PANIAGO MENDES

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
PROAP/CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível SuperiorR$ 1.000,00Coordenador

Recursos Arrecadados

FonteValorAdministrador
PROAPR$ 1.000,00Coordenador

Plano de Aplicação de Despesas

DescriçãoValor
339030 - Material de ConsumoR$ 1.400,00
339020 - Auxílio Financeiro a PesquisadorR$ 200,00
339018 - Auxílio Financeiro a EstudantesR$ 200,00
339040 - Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação Pessoa JurídicaR$ 200,00

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