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O número de pessoas em situação de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) aumentou no Brasil após a pandemia da COVID-19. Alguns indivíduos possuem nenhum poder de escolha, se inserindo no aspecto da IA grave, quando não há o que comer. Outros indivíduos possuem um baixo poder de escolha, sobrando como alternativas optar por alimentos mais baratos sem considerar o seu aspecto nutricional (Rede PENSSAN, 2022).
Justifica-se, desse modo, que essa problemática também deverá ser investigada na cidade de Pelotas, sobretudo com os povos mais vulneráveis, sendo necessário avaliar não só o acesso à alimentação, como a qualidade nutricional dos alimentos que eles consomem.

O presente trabalho trata-se de um estudo quantitativo transversal, que ocorrerá nos CRAS dos bairros Areal, Centro, Fragata e São Gonçalo, todos na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Serão incluídos no estudo indivíduos maiores de 18 anos, ambos os sexos, que frequentam os CRAS de Pelotas incluídos no estudo; que não tenham nenhuma condição física que comprometa ou impossibilite a coleta dos dados; todos os participantes deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Ppara avaliar o grau de Insegurança Alimentar e Nutricional através do questionário de Escala Brasileira de Insegurança Alimentar – EBIA criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que classificará por uma pontuação os indivíduos em: Segurança Alimentar; Insegurança Alimentar Leve; Insegurança Alimentar Moderada; ou Insegurança Alimentar Grave.
Para avaliar o consumo alimentar será aplicado Questionário de Frequência Alimentar (QFA) adaptado dos autores Sichieri & Everhart (1998), que avaliará o consumo de ultraprocessados. Os alimentos incluídos nele são os ultraprocessados e os alimentos in natura; o participante deverá indicar o consumo de cada alimento sendo a letra N (nunca) e de 1 a 10 quantas vezes consome; qual frequência do consumo, se por dia, semana ou mês. Também será necessário que o participante indique o tamanho da porção, podendo ser: P (pequena), M (média) e G (grande).
Serão também obtidos dados sociais, econômicos e educacionais através de um Questionário socioeconômico-educacional, onde o participante responderá Nome; sexo; cor ou raça; idade; escolaridade; renda familiar total; se possui filhos menores de 18 anos, se está inscrito no Cadastro Único; e se recebe algum auxílio do governo.

Através da pesquisa com os frequentadores do CRAS dos bairros Areal, Centro, Fragata e São Gonçalo da cidade de Pelotas, é esperado compreender como está sendo o seu acesso à alimentação, quais alimentos se tornam mais acessíveis para eles e, se eles consomem mais ultraprocessados do que os alimentos in natura.