Nome do Projeto
Língua Brasileira de Sinais no Rio Grande do Sul
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
16/01/2024 - 16/01/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
Esse projeto busca compreender como ocorreu a constituição da Língua Brasileira de Sinais no Rio Grande do Sul, de que forma essa língua emerge e vai se consolidando como língua das comunidades surdas nesse estado e, o modo como determinadas condições históricas e sociais vão corroborando para a produção de variações linguísticas e marcações culturais que consubstanciam as diferenças regionais desta língua. Para isso, está previsto a criação de um acervo que reúna dados linguísticos, culturais e históricos sobre a Libras no Rio Grande do Sul, que prevê, entre outras coisas, o mapeamento de materiais históricos (fotografias, reportagens, vídeos, relatórios de projetos, atas e anais de eventos, estudos, publicações relevantes para os propósitos da pesquisa), bem como a produção de narrativas sinalizadas por surdos da região Sul e narrativas de pessoas ouvintes que tenham algum tipo de vínculo com a comunidade surda e que tenham vivenciado essa história. O mapeamento desses dados está previsto para ocorrer em Associações de Surdos, Escolas de Surdos, instituições, entre outros espaços frequentados pela comunidade surda em cidades do Rio Grande do Sul.
Objetivo Geral
Constituir e organizar um acervo que considere os aspectos linguísticos, culturais e históricos sobre a língua de sinais no Rio Grande do Sul, contemplando, por um lado, o mapeamento e a sistematização de fontes e dados existentes e, por outro lado, a produção de materiais e de narrativas de pessoas surdas em Libras.
Justificativa
O reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais como forma de comunicação expressão das comunidades surdas brasileiras em 2002, por meio da lei nº 10.436/02, e o planejamento proposto no decreto nº 5.626/05 com ações que visam implementar políticas linguísticas e educacionais, bem como a difusão e preservação da Libras em todo território nacional, são marcos legais importantes, que contribuíram para as discussões e implementação das políticas linguísticas que foram surgindo no país, para que a Libras adquirisse o estatuto de artefato cultural nacional e fosse inserida no Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), instituído em 2010 por meio do decreto nº 7.387 e mantido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Reconhecer a Libras como parte da diversidade linguística que compõe o patrimônio nacional e criar ações que possibilitem a documentação dessa língua e suas variações, possibilita além da identificação e catalogação, a valorização e preservação de distintas formas de expressões linguísticas, identitárias e culturais das comunidades surdas que vivem no Brasil.
Considerando a pertinência da ampliação das pesquisas nessa área, especialmente aquelas relacionadas ao registro dessa língua, sobre os modos de sinalizar que foram se consolidando em cada estado, as propostas educacionais para o ensino dos surdos que surgiram nas escolas de surdos quando não havia referência no país sobre como proceder, entre outros aspectos relacionados a constituição da língua de sinais e das comunidades surdas. A presente pesquisa, pretende criar um acervo que reúna esses dados, buscando dar enfoque a história da língua de sinais e das comunidades surdas no Rio Grande do Sul, os fatores que influenciaram na variação linguística que se constituiu nesse estado, entre outros elementos que possam surgir no contato com os informantes e nos espaços que abrigam essas memórias. Os materiais que se pretende reunir e produzir poderão contribuir com as políticas linguísticas, para o reconhecimento da diversidade da Libras, bem como para manutenção e preservação dos aspectos históricos e linguísticos da língua e das comunidades surdas, sobretudo aquelas do Sul do país.
Considerando a pertinência da ampliação das pesquisas nessa área, especialmente aquelas relacionadas ao registro dessa língua, sobre os modos de sinalizar que foram se consolidando em cada estado, as propostas educacionais para o ensino dos surdos que surgiram nas escolas de surdos quando não havia referência no país sobre como proceder, entre outros aspectos relacionados a constituição da língua de sinais e das comunidades surdas. A presente pesquisa, pretende criar um acervo que reúna esses dados, buscando dar enfoque a história da língua de sinais e das comunidades surdas no Rio Grande do Sul, os fatores que influenciaram na variação linguística que se constituiu nesse estado, entre outros elementos que possam surgir no contato com os informantes e nos espaços que abrigam essas memórias. Os materiais que se pretende reunir e produzir poderão contribuir com as políticas linguísticas, para o reconhecimento da diversidade da Libras, bem como para manutenção e preservação dos aspectos históricos e linguísticos da língua e das comunidades surdas, sobretudo aquelas do Sul do país.
Metodologia
Para construção de um acervo que reúna dados sobre aspectos linguísticos, culturais e históricos, será empregado o mapeamento de fontes e, ainda, a produção de narrativas por meio da conversa em Libras com pessoas surdas que residem em distintas cidades do Rio Grande do Sul e, com pessoas ouvintes que conviveram e/ou convivem com as comunidades surdas. Para Ferraço e Alves (2018) a conversa, enquanto metodologia de pesquisa, constitui uma atitude política voltada a pensar com (e não sobre) os sujeitos da pesquisa. Desse modo, abrem-se possibilidades para o encontro, a experiência e a criação. É pensando na possibilidade de pensar “com eles” – por meio da convivência e troca de experiências com as pessoas e comunidades surdas – que considera-se oportuno o envolvimento de estudantes e professores da UFPEL, bem como de estudantes, professores e funcionários das escolas de surdos, pessoas que frequentam ou frequentaram as Associações de Surdos, por exemplo. Além disso, se faz necessário a criação de uma rede de colaboradores entre docentes e discentes do curso de Letras Libras/Literatura Surda, bem como discentes de outros cursos da UFPEL, e de outras universidades que tenham interesse em participar da pesquisa ou que desenvolvam pesquisas na mesma direção. Para o início do projeto está previsto um planejamento geral, entretanto no decorrer da pesquisa serão cadastradas ações mais específicas.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que a construção de um acervo que reúna dados sobre a língua de sinais, cultura surda, história do povo surdo, entre outros aspectos provenientes da constituição da Libras no Rio Grande do Sul, venha a colaborar com as pesquisas nessa área, ampliando os estudos já existentes e fomentando discussões em torno de outros aspectos que ainda não foram investigados. Deseja-se que os dados gerados nesse projeto alcancem diversos setores da sociedade, como forma de difundir a língua de sinais e as questões relacionadas a surdez, identidade e cultura surda.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANDREA DOS SANTOS FIGUEIREDO | |||
Adriana Martins da Silva | |||
Adriele de Oliveira Carvalho | |||
BEATRIZ HOBUS HARTWIG | |||
BRUNO OLIVEIRA CARDOSO | |||
Cláudia Adriana Avila da Silva | |||
DAIANA SAN MARTINS GOULART | 6 | ||
FABIANE CARVALHO BÖHM | |||
Hillary Vitoria Rodrigues Porto | |||
ISRAEL ISAQUE ARMSTRONG LOBATO LA BANCA | |||
JANICE DE OLIVEIRA FRANCH | |||
JEAN MICHEL CARRETT FARIAS | 2 | ||
JUSSARA DA SILVA ALVES | |||
LUIS HENRIQUE CLASEN ALEXANDRINO | |||
MAGDA JOSIELI SOUZA DE SOUZA | |||
MARCELI LUCIA PAVEGLIO ROMEU | |||
MELISSA NOVACK OLIVEIRA RIBEIRO | |||
REBECA DA FONSECA BARBOSA | |||
REJANE STORCH HOLZ | |||
Rogers Rocha | 2 | ||
SUZANA MENDONÇA ABREU | |||
THIAGO BALDEZ GOULART |