Nome do Projeto
Ocorrência de Cryptosporidium spp em cães errantes e domiciliados no município de Pelotas/RS
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/12/2023 - 30/11/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Cryptosporidium spp. são protozoários, do filo Apicomplexa, com capacidade de infectar diferentes espécies de vertebrados, como mamíferos, aves, répteis, peixes, anfíbios e também o homem (Chalmers e Katzer, 2013). São parasitos intracelulares obrigatórios e acometem o epitélio do trato gastrintestinal, sendo capazes de infectar as microvilosidades, resultando em perda da superfície de absorção de nutrientes (Xiao, 2010). Podem ser encontrados também, menos comumente, em locais extra-intestinais, como trato respiratório, vesícula biliar, pâncreas, esôfago, estômago e fígado (Bouzid et al., 2013). A infecção ocorre via fecal oral, através da ingestão de oocistos esporulados, presentes na água ou alimentos contaminados, ou ainda pelo contato com fezes dos hospedeiros infectados (Maikai et al., 2013; Smith et al., 2006).
Das 26 espécies de Cryptosporidium existentes, 6 são capazes de causar doenças, sendo C. parvum o de maior importância em saúde pública e o principal causador da doença em seres humanos e em mamíferos em geral.
A gastroenterite é a principal característica desta doença, sendo a diarreia, geralmente aquosa, vômito, febre e cólicas abdominais, os principais sinais clínicos apresentados, tanto nos humanos como em animais (Chalmers e Katzer 2013). A severidade do quadro depende de alguns fatores, como a espécie do parasito, carga parasitária, idade do hospedeiro e estado imunológico, podendo variar de uma forma assintomática até uma sintomática grave (Ungar, 1995). Em animais imunocompetentes, a infecção tende a ser autolimitante, enquanto nos imunossuprimidos, o quadro de diarreia costuma ser mais prolongado e grave (Yoshiuchi et al., 2010). O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através da observação de oocistos nas fezes em microscopia, combinada com técnicas de coloração, como Ziehl-Neelsen, Auramina, Safranina, Kinyoun e Verde de Malaquita.
Objetivo Geral
Investigar a prevalência de Cryptosporidium spp em cães domiciliados e errantes no município de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Justificativa
A Criptosporidiose é uma doença parasitária com potencial zoonótico, sendo o C. hominis e o C. parvum os mais encontrados no homem, mas também podem ser infectados por C. meleagridis, C. canis, C. felis e C. muris (Caccio, et al. 2005).
Metodologia
Coleta de amostras de fezes
Serão coletadas e analisadas 200 amostras de fezes de cães, sendo 100 domiciliados e 100 de vida livre e/ou semidomiciliados no município de Pelotas. As amostras serão recolhidas diretamente das baias ou do chão, durante os passeios, acondicionadas em pote plástico e mantidas sob refrigeração até o momento da análise parasitológica.
Processamento das amostras de fezes
As amostras de fezes serão processadas e analisadas através da técnica de Ziehl-Neelsen com modificações. Para aumentar a sensibilidade do exame, primeiramente será realizada a concentração dos oocistos através da técnica de centrifugo-sedimentação. Serão usados cerca de 2 gramas de fezes de cada animal. As amostras serão diluídas com 10 ml de água destilada, e após esse processo, a solução será transferida através de um coador para um copo plástico e posteriormente para tubos de ensaio. Os tubos serão centrifugados por 5 minutos em 2500 rpm. Após, uma alíquota do sedimento será coletada com auxílio de um swab e confeccionado um esfregaço. Após esta etapa, primeiramente, a lâmina contendo o esfregaço será fixada por dois minutos com metanol, sendo posteriormente corada por 20 minutos com fuccina fenicada. Após esta etapa, lavar com água corrente e cobrir a lâmina com álcool-ácido 3% até descorar totalmente o esfregaço, lavar novamente com água corrente e cobrir a lâmina com azul de metileno durante 1 minuto, lavar com água corrente e colocar a lâmina para secar. Os esfregaços serão analisados em microscopia ótica com aumento de 1000x. Para aumentar a sensibilidade do exame, as lâminas de cada amostra serão confeccionadas em duplicata.
Análise estatística
Após a conclusão das análises coproparasitológicas, os resultados serão expressos por estatística descritiva, descrevendo os valores em frequência (valor observado - n), sendo tabulados e analisados no Programa Microsoft Excel e Software OpenEpi versão 3.01.
Serão coletadas e analisadas 200 amostras de fezes de cães, sendo 100 domiciliados e 100 de vida livre e/ou semidomiciliados no município de Pelotas. As amostras serão recolhidas diretamente das baias ou do chão, durante os passeios, acondicionadas em pote plástico e mantidas sob refrigeração até o momento da análise parasitológica.
Processamento das amostras de fezes
As amostras de fezes serão processadas e analisadas através da técnica de Ziehl-Neelsen com modificações. Para aumentar a sensibilidade do exame, primeiramente será realizada a concentração dos oocistos através da técnica de centrifugo-sedimentação. Serão usados cerca de 2 gramas de fezes de cada animal. As amostras serão diluídas com 10 ml de água destilada, e após esse processo, a solução será transferida através de um coador para um copo plástico e posteriormente para tubos de ensaio. Os tubos serão centrifugados por 5 minutos em 2500 rpm. Após, uma alíquota do sedimento será coletada com auxílio de um swab e confeccionado um esfregaço. Após esta etapa, primeiramente, a lâmina contendo o esfregaço será fixada por dois minutos com metanol, sendo posteriormente corada por 20 minutos com fuccina fenicada. Após esta etapa, lavar com água corrente e cobrir a lâmina com álcool-ácido 3% até descorar totalmente o esfregaço, lavar novamente com água corrente e cobrir a lâmina com azul de metileno durante 1 minuto, lavar com água corrente e colocar a lâmina para secar. Os esfregaços serão analisados em microscopia ótica com aumento de 1000x. Para aumentar a sensibilidade do exame, as lâminas de cada amostra serão confeccionadas em duplicata.
Análise estatística
Após a conclusão das análises coproparasitológicas, os resultados serão expressos por estatística descritiva, descrevendo os valores em frequência (valor observado - n), sendo tabulados e analisados no Programa Microsoft Excel e Software OpenEpi versão 3.01.
Indicadores, Metas e Resultados
- Através de análise coproparasitológica, pretende-se determinar a prevalência de Criptosporidiose em cães domiciliados e errantes no município de Pelotas (RS).
- Indicar a presença de casos de Criptosporidiose em cães de rua e domiciliados no município de Pelotas;
- Demonstrar à importância da pesquisa do Cryptosporidium spp. nestes animais;
- Auxílio aos médicos veterinários a partir do diagnóstico a direcionar o tratamento adequado aos pacientes;
- Indicar a presença de casos de Criptosporidiose em cães de rua e domiciliados no município de Pelotas;
- Demonstrar à importância da pesquisa do Cryptosporidium spp. nestes animais;
- Auxílio aos médicos veterinários a partir do diagnóstico a direcionar o tratamento adequado aos pacientes;
Equipe do Projeto
| Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
|---|---|---|---|
| ALEXSANDER FERRAZ | |||
| ANA CLARA DORNELLES REICHOW | |||
| CLAUDIO LEME DE ARAUJO JUNIOR | |||
| EDUARDA DO PRADO SZCZEPANIAK | |||
| EUGÊNIA TAVARES BARWALDT | |||
| FRANCINE OLIVEIRA MEIRELES | |||
| GABRIELA DE ALMEIDA CAPELLA | |||
| IARA BETTIN FOSTER | |||
| JOANA DE BAIRROS NERIS | |||
| JULIA VICTORIA SANTOS DE SOUZA | |||
| LEANDRO QUINTANA NIZOLI | 4 | ||
| LETICIA DE JESUS SANTOS | |||
| LUISA SAALFELD WETZEL | |||
| LUIZ FILIPE DAME SCHUCH | 1 | ||
| MARIANA MARTINS DE ALMEIDA | |||
| MATHEUS AGUIRRES GHELLER | |||
| MAYARA DA SILVA GARCIA | |||
| PAULA LAYNI BARROS BARBOSA | |||
| RAIANI BARBOSA DA ROCHA | |||
| RENATA FONTES ONGARATTO | 2 | ||
| RODRIGO LEITE DOS SANTOS | |||
| TAISE VENCATO ISQUIERDO | |||
| THAIS BANDIERA | |||
| THAÍS CEZIMBRA REICHOW | |||
| TIAGO FELIPE BARBOSA MOREIRA | |||
| UDILEINE BRUM PINTO OLIVEIRA | |||
| VICTORIA DA PORCIUNCULA DOS SANTOS |