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O presente projeto justifica-se pela proposta de integração cultural que ocorrerá, primeiramente, nas instalações internas da Universidade, prevendo a reutilização dos quadros brancos que anteriormente ocupavam as salas de aula, mas que foram substituídos em função do desgaste e, atualmente, não possuem destino para descarte ou reciclagem. Estes quadros, antes sem utilidade, serão transformados em murais para expressão cultural e artística de artistas locais (discentes da UFPel e da comunidade), motivando, assim, a comunidade acadêmica e da cidade a compartilharem a riqueza de suas experiências.
O projeto justifica-se, ainda, pelo papel importante assumido frente à integração da Universidade com a comunidade e da importância da preservação histórica da identidade de uma unidade acadêmica da UFPEL.
Especificamente, objetiva-se: possibilitar a integração cultural e a interação dialógica; promover o empreendedorismo cultural, artístico e criativo e a experiência à comunidade acadêmica a criar trabalhos plásticos e visuais resultantes do diálogo integrador; estimular o trânsito da comunidade externa à UFPel, bem como o olhar contemplativo e crítico do público para com a arte exposta; impactar na formação da (o) estudante e conscientizar a comunidade acadêmica sobre a importância da sustentabilidade, a partir da reciclagem de materiais; reutilizar os quadros brancos que não possuem destino para descarte; valorizar o espaço e o patrimônio público da cidade de Pelotas e região mediante a manifestação artística; estimular a percepção do espaço urbano e cultural das ruas como espaços turísticos, integrado à cultura local, na ótica da responsabilidade social, de forma a gerar impacto e transformação social.

A proposta parte da ideia de transformar os corredores da Universidade em um lugar de experimentação da expressão artística e cultural, de modo a reafirmar a condição vivenciada pelos atores sociais desta Universidade, por assimilar que tais lugares sejam locais de trânsito da comunidade acadêmica e que proporcionam condições adequadas à contemplação de obras de arte e de preservação histórica.
Para tanto, está prevista a reutilização dos quadros brancos que foram substituídos nas salas de aula. Estes quadros servirão de murais para expressão artística.
Espera-se gerar interesse pontual com eventos de inauguração sequenciados. Desse modo, prevê-se uma interlocução da Universidade, artistas e comunidade externa, o que será ainda mais reforçado na etapa seguinte do projeto, em que está prevista a intervenção artística no espaço público da cidade, por meio da arte graffiti nos muros da Universidade, da cidade de Pelotas e da região.
A concessão e a autorização para a intervenção artística no espaço urbano deverão estar em acordo com os regulamentos das cidades, os quais visam à valorização do patrimônio público, histórico e cultural. No projeto da rua estima-se uma obra de autoria livre e pública, justamente pelo princípio da liberdade, com todo tipo de manifestação/sobreposição. Concomitantemente as obras da rua, os muros e/ou fachadas da Universidade também poderão ser contempladas com uma obra de arte.
A etapa final do projeto contará com a elaboração de exposições, de um catálogo (nos formatos impresso e/ou digital), de podcasts e/ou um documentários, de palestras e apresentações em eventos, os quais permitirão difundir o movimento de Muralismo, a arte de rua e pública, o museu de rua e o graffiti contemporâneo, além de ampliação e de divulgação das ações do projeto.
O catálogo poderá ter o formato impresso, do tipo portfólio colorido, contendo capa com grampo niquelado e/ou no formato digital. Os materiais para a produção do catálogo, dos podcasts e dos documentários serão coletados desde o início da produção dos graffitis nos murais da Universidade até o momento da arte nos muros da cidade.
Sua divulgação será compartilhada com parceiros, tais como: fotógrafos, músicos, atores, designers, produtores culturais, pintores, escultores, poetas, bailarinos, cineastas, videoatas, youtubers, bem como professoras (es) e alunas (os) das redes de ensino.
Ademais, será criado um roteiro turístico literário, onde será possível contar a história do graffiti e sua relação com a cidade, além de apreciar as obras criadas através do projeto.

Resumidamente, o projeto contará com doze principais ações propostas, quais sejam:

1) pesquisa, mapeamento e curadoria de artistas e de obras;
2) condução de saraus;
3) realização de oficinas;
4) intervenção artística na Universidade e no espaço público;
5) inauguração da Galeria dos Diretores do CCSO;
6) criação da Linha do Tempo do CCSO;
7) elaboração de exposições;
8) elaboração de catálogo;
9) elaboração de podcasts;
10) produção científica e apresentações em eventos/palestras;
11) criação de documentário;
12) criação de roteiro turístico.

INDICADORES:
- número de pessoas atingidas (internas e externas à UFPel);
- número de artistas envolvidos;
- número de obras de arte produzidas a partir do projeto;
- número de quadros de sala de aula reutilizados;
- m² de arte pintados em muros e paredes;
- número de alunas (os) envolvidas (os) diretamente no planejamento, execução e avaliação do projeto;
- número de horas de participação dos alunas (os) envolvidas (os) diretamente no planejamento, execução e avaliação do projeto;
- quantidade de cursos e instituições envolvidos;
- número de palestras e de publicações (científicas e de redes sociais) que façam citações ao projeto;
- número de pessoas envolvidas no total entre professoras (es), alunas (os), servidoras (es) técnicas (os) e terceirizadas (os), organizadoras (es), etc.

METAS:
- possibilitar a integração cultural;
- promover a experiência à comunidade acadêmica a criar trabalhos plásticos e visuais resultantes do diálogo integrador;
- estimular o trânsito da comunidade externa à UFPel, bem como o olhar contemplativo e crítico do público para com a arte exposta;
- conscientizar a comunidade acadêmica sobre a importância da reciclagem de materiais;
- reutilizar os quadros brancos que não possuem destino para descarte;
- valorizar o patrimônio público mediante a manifestação artística;
- valorizar o espaço público e histórico da cidade de Pelotas e região;
- estimular a percepção do espaço urbano e cultural das ruas como espaços turísticos, integrado à cultura local, na ótica da responsabilidade social.

RESULTADOS ESPERADOS:
- Realização de obras artísticas na UFPEL e nos muros da cidade;
- Divulgação do projeto e dos cursos do CCSO nas mídias e redes sociais;
- Aumento da visibilidade dos cursos do CCSO para a comunidade externa e interna à UFPEL;
- Integração entre professoras (es), alunas (os), servidoras (es) técnicas (os) e terceirizadas (os);
- Envolvimento de artistas da comunidade externa em geral;
- Difundir a arte de rua, o museu de rua e o graffiti contemporâneo;
- Para os indivíduos, os benefícios podem ser vistos na saúde, no desenvolvimento cognitivo e psicológico e, também, nos laços interpessoais;
- Para a comunidade, a arte pública promove o desenvolvimento econômico, cultural e social.