Nome do Projeto
intervenção precoce na infância
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
06/12/2023 - 31/12/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
A proposta visa abordar a temática da Intervenção precoce com crianças que apresentam Transtorno do Espectro Autista, na busca de alternativas inovadoras para intervenção com crianças que apresentam este transtorno. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é definido como uma desordem de neurodesenvolvimento, apresentando um conjunto de perturbações específicas, de origem precoce, cujos sintomas devem iniciar antes dos três anos. . No Brasil, as estatísticas apontam que o número de pessoas diagnosticas com TEA aproxima-se de dois milhões, embora estes dados sejam inferidos pois o transtorno só foi incluído recentemente nos formulário do IBGE. A investigação apóia-se na compreensão da intervenção centrada na família e nos ambientes naturais, da concepção bioecológica do desenvolvimento humano e da interface de serviços, indicado pelos referenciais teóricos de sustentam as perspectivas internacionais de Intervenção Precoce. Tais pressupostos indicam a premente necessidade de aprofundar os estudos na intervenção precoce com crianças que apresentam TEA, nas áreas de saúde, educação e assistência social, bem como na formação de profissionais capacitados nesta área, a fim de que possamos avançar como país no apoio, tratamento, acolhimento e inclusão. Em que pese à definição dos direitos apontados na Política Nacional de Proteção aos direitos da pessoa com TEA, Lei 12.764/2012, carecemos, em contexto brasileiro, de propostas que auxiliem profissionais, pais, educadores e, principalmente, os sujeitos com TEA a avançar em seu desenvolvimento e inclusão. Os estudos indicam que, quanto mais cedo às crianças com TEA forem identificadas, diagnosticadas e encaminhadas para as intervenções, melhores serão os resultados de desenvolvimento nas áreas consideradas, bem como as de posteriores inclusão na escolarização e na sociedade, com autonomia e emancipação. Embora, no Brasil, existam programas e propostas de intervenção precoce com crianças com TEA, em sua maioria, ainda se restringem ao modelo centrado na criança, visando o desenvolvimento em áreas percebidas como deficitárias. Estes programas, embora capazes de provocar avanços, necessitam de investigações e ampliação de suas efetivas colaborações aos contextos familiares e sociais os quais a criança está inserida. A pesquisa, de abordagem quantitativa e qualitativa, terá três etapas de desenvolvimento, a primeira de levantamento em nível estadual de ações de intervenção com a primeira infância e como vem sendo desenvolvida, a fim de compreender o contexto estadual, as possibilidades de organização setorial e de monitorização de resultados de políticas estaduais, fragilidades e potencialidades. A segunda, terá como foco a revisão, monitoramento e revisão da pesquisa desenvolvida desde 2015 no centro de desenvolvimento ao autista, onde, em interface com famílias e escolas, tem-se o programa de intervenção precoce e a terceira, como novo piloto, uma investigação em Intervenção precoce como proposta, desenvolvida com profissionais, famílias e crianças pertencentes a uma micro-região do município de Pelotas onde estejam presentes unidade básica de saúde e assistência social e escolas de educação infantil, objetivando adaptar e aplicar ao contexto brasileiro, os instrumentos de avaliação e planejamento em Intervenção Precoce desenvolvidos em Portugal, enfocando crianças de 3 a 6 anos que apresentam TEA em contexto ampliado
Objetivo Geral
analisar os programas de intervenção precoce em desenvolvimento no Brasil e em Portugal;
. analisar os programas para a primeira infância desenvolvidos no Estado do RS e suas relações com as proposições de intervenção precoce na infância;
. Analisar os processos, conceitos e práticas para intervenção precoce utilizados pelos profissionais brasileiros atuantes no Centro de Atendimento ao autista;
. adaptar, para o contexto brasileiro, os instrumentos de avaliação das práticas centradas na família na Intervenção Precoce, Brass Tacks, versão para profissionais e famílias (Pereira, 2007);
. adaptar, para o contexto brasileiro, o instrumento de avaliação e intervenção que permite a identificação de um perfil da criança com TEA na faixa etária 3-6 anos, nas dimensões da interação social, comunicação verbal e não verbal, comportamentos e interesses restritos e estereotipados e processamento sensorial (Reis, Pereira, & Almeida, 2013)
.adaptar, para o contexto brasileiro, o Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) .
. oportunizar a formação dos profissionais brasileiros envolvidos na investigação, ampliando conceitos e práticas em intervenção precoce com crianças de 3 a 6 anos que apresentam Transtorno do Espectro do Autismo;
. aplicar, em contexto brasileiro, os programas e instrumentos de avaliação das práticas em intervenção precoce centrados na família com crianças de 3 a 6 anos que apresentam TEA, acompanhando os resultados;
. socializar os percursos, resultados e produções construídas ao longo da investigação;
. oportunizar avanços no estudo e na investigação científica relacionada aos TEA e formas de intervenção que oportunizem sua inclusão social e educacional;
. analisar os programas para a primeira infância desenvolvidos no Estado do RS e suas relações com as proposições de intervenção precoce na infância;
. Analisar os processos, conceitos e práticas para intervenção precoce utilizados pelos profissionais brasileiros atuantes no Centro de Atendimento ao autista;
. adaptar, para o contexto brasileiro, os instrumentos de avaliação das práticas centradas na família na Intervenção Precoce, Brass Tacks, versão para profissionais e famílias (Pereira, 2007);
. adaptar, para o contexto brasileiro, o instrumento de avaliação e intervenção que permite a identificação de um perfil da criança com TEA na faixa etária 3-6 anos, nas dimensões da interação social, comunicação verbal e não verbal, comportamentos e interesses restritos e estereotipados e processamento sensorial (Reis, Pereira, & Almeida, 2013)
.adaptar, para o contexto brasileiro, o Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) .
. oportunizar a formação dos profissionais brasileiros envolvidos na investigação, ampliando conceitos e práticas em intervenção precoce com crianças de 3 a 6 anos que apresentam Transtorno do Espectro do Autismo;
. aplicar, em contexto brasileiro, os programas e instrumentos de avaliação das práticas em intervenção precoce centrados na família com crianças de 3 a 6 anos que apresentam TEA, acompanhando os resultados;
. socializar os percursos, resultados e produções construídas ao longo da investigação;
. oportunizar avanços no estudo e na investigação científica relacionada aos TEA e formas de intervenção que oportunizem sua inclusão social e educacional;
Justificativa
A investigação proposta busca problematizar as seguintes questões :compreender em nível estadual como se dá a intervenção na primeira infância, políticas, serviços e práticas; monitorar e analisar os processos de intervenção precoce no centro de autismo, resultantes de pesquisa anterior; aplicar, em contexto de micro-região do município de pelotas, envolvendo unidades de saúde, assistência social e educação, o modelo português de intervenção precoce adaptado ao contexto brasileiro como possibilitador de avanços no desenvolvimento de crianças de três a seis anos que apresentam Transtorno do Espectro do Autismo.
Metodologia
A investigação envolverá duas abordagens: qualitativa e quantitativa. Na abordagem qualitativa, se define como estudo de caso, e na abordagem quantitativa será utilizada a estatística descritiva e inferencial. dividida em 3 etapas: Primeira etapa:
. Análise e monitoramento da proposta de Intervenção Precoce desenvolvida no centro de Autismo, através de análise documental e aplicação do Brass Tacks para profissionais e famílias; . Segunda etapa:
. Análise das políticas e práticas para a primeira infância e intervenção precoce desenvolvidos no Estado do RS, através de instrumento encaminhado via secretarias de saúde e educação
. Terceira Etapa:. Aplicação do instrumento de avaliação e planificação do perfil da criança de 3 a 6 anos que apresentem Transtornos do Espectro do Autismo. (Anexo E ), salientando a participação, no processo de adaptação, dos profissionais com experiência em TEA e famílias das crianças através de grupos focais realizados para este fim;
. Aplicação dos instrumentos de avaliação, planejamento e de intervenção precoce as crianças e famílias; . Aplicação do Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) (Anexo F) adaptado para o contexto brasileiro.
. Realização de grupos focais com profissionais, para discussão, acompanhamento e análise do processo de aplicação;
. Realização de grupos focais com familiares das crianças TEA em investigação;
. Observação, registro e filmagem das práticas de intervenção precoce com crianças de 3 a 6 anos diagnosticadas com TEA;
. Análise dos dados e dos resultados;
. Escrita de relatórios;
. Análise e monitoramento da proposta de Intervenção Precoce desenvolvida no centro de Autismo, através de análise documental e aplicação do Brass Tacks para profissionais e famílias; . Segunda etapa:
. Análise das políticas e práticas para a primeira infância e intervenção precoce desenvolvidos no Estado do RS, através de instrumento encaminhado via secretarias de saúde e educação
. Terceira Etapa:. Aplicação do instrumento de avaliação e planificação do perfil da criança de 3 a 6 anos que apresentem Transtornos do Espectro do Autismo. (Anexo E ), salientando a participação, no processo de adaptação, dos profissionais com experiência em TEA e famílias das crianças através de grupos focais realizados para este fim;
. Aplicação dos instrumentos de avaliação, planejamento e de intervenção precoce as crianças e famílias; . Aplicação do Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) (Anexo F) adaptado para o contexto brasileiro.
. Realização de grupos focais com profissionais, para discussão, acompanhamento e análise do processo de aplicação;
. Realização de grupos focais com familiares das crianças TEA em investigação;
. Observação, registro e filmagem das práticas de intervenção precoce com crianças de 3 a 6 anos diagnosticadas com TEA;
. Análise dos dados e dos resultados;
. Escrita de relatórios;
Indicadores, Metas e Resultados
O Transtorno do Espectro do Autismo, suas formas de diagnóstico, tratamento e intervenção, em que pesem ser foco de inúmeros estudos e pesquisas, ainda carecem de avanços, principalmente em propostas e
modelos de intervenção precoce que demonstrem resultados satisfatórios e seja objeto de validação científica.
A maior parte dos estudos centra-se nas causas do transtorno, o que vem ao longo do tempo, auxiliando na compreensão do fenômeno. Porém, para além das causas, precisamos avançar em práticas que permitam diagnósticos e tratamentos mais eficazes e, ainda mais, intervenções que possibilitem seus desenvolvimentos e inclusão o mais qualificadas possíveis.
Neste sentido, salienta-se a presente investigação que, aliada as produções internacionais mais atuais e cientificamente comprovadas, busca adequá-las e validá-las ao contexto brasileiro, fornecendo elementos importantes para as políticas e práticas em TEA
A parceira com estas instituições internacionais, cujos trabalhos vêm se mostrando altamente positivos, possibilita recursos fundamentais para o alcance destes objetivos.
Ao final da investigação, a socialização dos resultados, através de publicações conjuntas e da realização de Congresso luso-brasileiro de Transtornos do Espectro do Autismo, constata e salienta a relevância científica da pesquisa para ambas as Universidades e países envolvidos, ainda para profissionais, pais e demais interessados na temática do autismo e, fundamentalmente, para pessoas que apresentam este transtorno.
modelos de intervenção precoce que demonstrem resultados satisfatórios e seja objeto de validação científica.
A maior parte dos estudos centra-se nas causas do transtorno, o que vem ao longo do tempo, auxiliando na compreensão do fenômeno. Porém, para além das causas, precisamos avançar em práticas que permitam diagnósticos e tratamentos mais eficazes e, ainda mais, intervenções que possibilitem seus desenvolvimentos e inclusão o mais qualificadas possíveis.
Neste sentido, salienta-se a presente investigação que, aliada as produções internacionais mais atuais e cientificamente comprovadas, busca adequá-las e validá-las ao contexto brasileiro, fornecendo elementos importantes para as políticas e práticas em TEA
A parceira com estas instituições internacionais, cujos trabalhos vêm se mostrando altamente positivos, possibilita recursos fundamentais para o alcance destes objetivos.
Ao final da investigação, a socialização dos resultados, através de publicações conjuntas e da realização de Congresso luso-brasileiro de Transtornos do Espectro do Autismo, constata e salienta a relevância científica da pesquisa para ambas as Universidades e países envolvidos, ainda para profissionais, pais e demais interessados na temática do autismo e, fundamentalmente, para pessoas que apresentam este transtorno.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANELISE DO PINHO CÓSSIO | |||
BEATRIZ DE FREITAS CORRÊA | |||
CLARISSA BERDETE BILHALVA | |||
CLEISSON SCHOSSLER GARCIA | |||
Débora Luiza Schuck Jacks | |||
GIOVANA CÓSSIO RODRIGUEZ | |||
MARIA TERESA DUARTE NOGUEIRA | 5 | ||
RITA DE CASSIA MOREM COSSIO RODRIGUEZ | 5 | ||
TALITA DOS SANTOS MASTRANTONIO | |||
Tiago Ribeiro Soares | |||
Vívian Mateus Gonçalves |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CNPq / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico | R$ 49.500,00 | Coordenador |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
339033 - Passagens de Despesas de Locomoção | R$ 16.000,00 |
339020 - Auxílio Financeiro a Pesquisador | R$ 26.880,00 |
339014 - Diária Pessoa Civil | R$ 6.620,00 |