Nome do Projeto
Desenvolvimento e validação de uma ureia pecuária protegida
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/01/2024 - 01/01/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O Objetivo do presente estudo será desenvolver uma ureia pecuária protegida e avaliar seus efeitos em substituição parcial e total do farelo de soja da dieta, sobre parâmetros ruminais, alimentares, comportamentais, séricos, de saúde e crescimentos de novilhos de corte em período de recria. A produção da ureia pecuária protegida será realizada no laboratório de inovação da Núcleo de Pesquisa Ensino e Extensão em Pecuária (NUPPEC HUB), UFPel. Já o experimento de validação a campo será realizado no setor pecuário das Granjas 4 Irmãos, no qual serão utilizados nove novilhos de corte, acompanhados por 45 dias, distribuídos em delineamento experimental inteiramente casualizado, divididos em três grupos, ambos os grupos compostos por 3 animais: Grupo controle (GC, sem adição de ureia pecuária protegida, n=3); Grupo Parcial (GP, com substituição de 50% do farelo de soja por ureia pecuária protegida, de acordo com os pesos dos animais n=3);Grupo Ureia Pecuária Protegida, (GUPP, com substituição total do farelo de soja por ureia pecuária protegida, de acordo com os pesos dos animais n=3).Os animais serão monitorados diariamente .As dietas, serão isoproteicas e isoenergeticas, e será fornecida uma vez ao dia, às 16h, estimando-se sobras de, aproximadamente, 5% de MS, com livre acesso a água. Cada animal será acompanhado por 45 dias. Sobre as coletas, serão realizadas coletas de sangue por punção da veia coccígea utilizando sistema Vacutainer (BD diagnostics, SP, Brasil) nos dias 0,7,14,21,30 e 45 em relação a data de inicio dos animais no experimento, totalizando 6 coletas por animal. As amostras serão coletadas em dois tubos: um com fluoreto de sódio para obtenção de plasma para avaliar os níveis de glicose e lactato; e outro com sílica (ativador de coágulo) para obtenção do soro e realização das análises bioquímicas de NEFA, BHBA, cálcio, proteínas totais e ureia. Amostras fecais serão coletadas diretamente do reto dos animais nos dias 0,7,14,21,30 e 45, em sacos plásticos para análise de amido e ureia fecal. As amostras serão armazenadas a –20 ° C até análise do amido e ureia fecal. As pesagens de todos os animais, serão realizados nos dias 0,7,14,21,30 e 45, para avaliação da variação de peso, bem como avaliação do escore de condição corporal (ECC). Durante o período experimental, amostras de silagem de milho e pré-secado serão semanalmente coletadas. Estas serão mantidas congeladas para posteriores análises bromatológicas (MS, PB, FDN, FDA, Lignina, EE, RM, Ca e P). Além disso, também serão coletadas semanalmente amostras da TMR no lote experimental. Estas serão mantidas congeladas para posterior análise bromatológica (MS, PB, FDN e FDA). Além da avaliação diária da MS da TMR. Todos os dados serão analisados usando o animal como unidade experimental, através do procedimento MIXED do JMP Pro 14, analisando grupo, dia e a interação entre grupo*dia, considerando como significativo quando P≤0,05. Tendências serão determinadas se P>0,05 e P≤0,10.

Objetivo Geral

O Objetivo do presente estudo será desenvolver uma ureia pecuária protegida e avaliar seus efeitos em substituição parcial e total do farelo de soja, sobre parâmetros ruminais, alimentares, comportamentais, séricos, de saúde e crescimentos de novilhos de corte em período de recria.

Justificativa

Na criação de ruminantes os alimentos proteicos utilizados para formulação de rações são os mais custosos na alimentação, o que muitas vezes inviabiliza o desenvolvimento do setor, portanto, busca-se meios que possibilitem uma substituição segura e eficiente da fonte de proteína verdadeira, por uma fonte de nitrogênio não proteico (PEREIRA, 2018).
Neste sentido, a ureia surge como uma alternativa para diminuir os custos com alimentação na produção de ruminantes. A utilização da ureia é considerada um método de baixo custo para melhorar o aproveitamento nutricional da fibra para ruminantes. Isso é possível devido ao aporte de N disponibilizado no rúmen, o que favorece o crescimento dos microrganismos benéficos, principalmente das bactérias que degradam a fibra, que irão colonizar mais rapidamente o alimento ingerido e aumentar a taxa de degradação do mesmo, assim como o aproveitamento dos seus nutrientes (KYUMA et al, 1996).
A ureia ((NH2)2CO) é um composto orgânico sólido, de rápida solubilidade em água e higroscópico. De acordo com a classificação química, é uma amida, portanto, não é uma proteína verdadeira e pertence ao grupo de compostos nitrogenados não proteicos. De acordo com o NRC (2001), a ureia possui 45% de N, correspondendo ao equivalente de 281% de proteína bruta, com alta capacidade de degradação no rúmen.
Os ruminantes, a exemplo dos ovinos, podem aproveitar o nitrogênio não proteico (NNP) por meio da ação dos microrganismos presentes no rúmen, que são capazes de transformar o nitrogênio proveniente de alguns compostos de NNP em proteína de alto valor nutritivo, que são as proteínas microbianas (TEDESCHI et al, 2000). Desta forma, o uso da ureia na dieta desses animais apresenta se como um método de economia, permitindo poupar insumos, a exemplo do farelo de soja normalmente utilizados na alimentação humana e de outros animais não-ruminantes.

Metodologia

A produção da ureia pecuária protegida será realizada no laboratório de inovação da Núcleo de Pesquisa Ensino e Extensão em Pecuária (NUPPEC HUB), UFPel. Nesta etapa serão realizadas técnicas de proteção e com diferentes proporções de insumos e realização de teste rápidos de bancada, avaliando a velocidade de dissolução da ureia em água destilada. Onde será selecionado o protótipo que tiver melhor desempenho.
Já o experimento de validação a campo será realizado no setor pecuário das Granjas 4 Irmãos, no qual serão utilizados nove novilhos de corte, acompanhados por 45 dias, distribuídos em delineamento experimental inteiramente casualizado, divididos em três grupos, ambos os grupos compostos por 3 animais: Grupo controle (GC, sem adição de ureia pecuária protegida, n=3); Grupo Parcial (GP, com substituição de 50% do farelo de soja por ureia pecuária protegida, de acordo com os pesos dos animais n=3);Grupo Ureia Pecuária Protegida, (GUPP, com substituição total do farelo de soja por ureia pecuária protegida, de acordo com os pesos dos animais n=3).Os animais serão monitorados diariamente .As dietas, serão isoproteicas e isoenergeticas, e será fornecida uma vez ao dia, às 16h, estimando-se sobras de, aproximadamente, 5% de MS, com livre acesso a água. Cada animal será acompanhado por 45 dias.
Sobre as coletas, serão realizadas coletas de sangue por punção da veia coccígea utilizando sistema Vacutainer (BD diagnostics, SP, Brasil) nos dias 0,7,14,21,30 e 45 em relação a data de inicio dos animais no experimento, totalizando 6 coletas por animal. As amostras serão coletadas em dois tubos: um com fluoreto de sódio para obtenção de plasma para avaliar os níveis de glicose e lactato; e outro com sílica (ativador de coágulo) para obtenção do soro e realização das análises bioquímicas de NEFA, BHBA, cálcio, proteínas totais e ureia.
Amostras fecais serão coletadas diretamente do reto dos animais nos dias 0,7,14,21,30 e 45, em sacos plásticos para análise de amido e ureia fecal. As amostras serão armazenadas a –20 ° C até análise do amido e ureia fecal.
As pesagens de todos os animais, serão realizados nos dias 0,7,14,21,30 e 45, para avaliação da variação de peso, bem como avaliação do escore de condição corporal (ECC).
Durante o período experimental, amostras de silagem de milho e pré-secado serão semanalmente coletadas. Estas serão mantidas congeladas para posteriores análises bromatológicas (MS, PB, FDN, FDA, Lignina, EE, RM, Ca e P). Além disso, também serão coletadas semanalmente amostras da TMR no lote experimental. Estas serão mantidas congeladas para posterior análise bromatológica (MS, PB, FDN e FDA). Além da avaliação diária da MS da TMR.
Todos os dados serão analisados usando o animal como unidade experimental, através do procedimento MIXED do JMP Pro 14, analisando grupo, dia e a interação entre grupo*dia, considerando como significativo quando P≤0,05. Tendências serão determinadas se P>0,05 e P≤0,10.

Indicadores, Metas e Resultados

Metas:
Durante o período do projeto:
● Produzir uma ureia pecuária protegida;
● Avaliar os efeitos da ureia pecuária protegida em substituição total e parcial do farelo de soja na dieta de bovinos de corte em recria
● Publicar, pelo menos, 1 artigo em revista de circulação nacional ou internacional, classificada no mínimo, como “B1” no “Sistema de Classificação de Periódicos, Anais e Revistas” da CAPES;
● Divulgar os resultados em 2 congressos da área em âmbito regional e/ou nacional;
● Obter uma patente ou uma tecnologia que possa ser oferecida como segredo industrial.


Indicadores:

● Aumentar o número de artigos de alta qualidade na equipe;
● Aumentar o número de estudantes participando de congressos relacionados às linhas de pesquisa da equipe;
● Obtenção de um produto com capacidade de ser utilizado de forma segura e em larga escala.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
BRUNA EMANUELE DA SILVA VELASQUEZ
ELIZA ROSSI KOMNINOU
FRANCISCO AUGUSTO BURKERT DEL PINO1
JOSIANE DE OLIVEIRA FEIJÓ
LIZANDRO DOS SANTOS LOPES
MARCIO NUNES CORREA2
MURILO SCALCON NICOLA
RAFAEL SILVEIRA DA SILVA
STÉFANE GABRIELA BORK SOARES
TEREZA CAXIAS DE OLIVEIRA
THAIS CASARIN BARBOSA
URIEL SECCO LONDERO
VIVIANE ROHRIG RABASSA1

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