Nome do Projeto
Arquitetura e envelhecimento
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
11/12/2023 - 15/12/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Resumo
Há uma projeção de que até o ano de 2050 o número de pessoas acima de 60 anos aumentará para 2 bilhões em todo o mundo e dentro deste panorama, o Brasil deverá se colocar como o 6° país do mundo em número de pessoas idosas. O envelhecimento populacional pode acarretar inúmeros desafios e significativas mudanças que influenciam a saúde física e mental, além de interferir no desempenho funcional e nas relações afetivas e sociais das pessoas idosas. Esta pesquisa propõe explorar a relação entre a arquitetura e o processo de envelhecimento, a fim de compreender melhor as capacidades e limitações das pessoas idosas na realização de suas Atividades de Vida Diária (AVD) para desenvolver soluções de ambientes seguros, e que gerem maior independência e autonomia para esta população.
Objetivo Geral
Os principais objetivos desta pesquisa, são:
- Compreender o contexto e a ocorrência de quedas entre a população idosa, e suas consequências;
- Identificar fatores de risco associados ao usuário e ao ambiente de vivência;
- Definir diretrizes e ações ergonômicas corretivas e preventivas voltadas à adequação e planejamento de ambientes mais seguros.
- Construir políticas públicas para espaços mais seguros para pessoas idosas.
- Compreender o contexto e a ocorrência de quedas entre a população idosa, e suas consequências;
- Identificar fatores de risco associados ao usuário e ao ambiente de vivência;
- Definir diretrizes e ações ergonômicas corretivas e preventivas voltadas à adequação e planejamento de ambientes mais seguros.
- Construir políticas públicas para espaços mais seguros para pessoas idosas.
Justificativa
O Brasil apresenta um processo de envelhecimento veloz e coloca o país entre os 35 mais populosos do mundo, com o quarto mais intenso processo de envelhecimento, após a República da Coreia, Tailândia e Japão. Há projeções de que, no período de um século, o Brasil multiplicará em 12 vezes seu IE ; a República da Coreia, 21 vezes; a Tailândia, 19; e o Japão, em torno de 16 vezes. Uma vez que o século XXI testemunhará um envelhecimento mais rápido do que o ocorrido no século passado, o desafio para o futuro é garantir que os indivíduos possam envelhecer com segurança e dignidade, mantendo sua participação ativa na sociedade, como cidadãos e com todos seus direitos assegurados, sempre compatíveis com aqueles de outras faixas etárias e que as relações entre as gerações sejam constantemente estimuladas (CLOSS et al., 2010).
Várias morbidades estão associadas ao processo do envelhecimento populacional e, as quedas merecem atenção devido ao alto número de internações e óbitos em decorrência deste evento (DATASUS, 2021). Além disso, as quedas ocupam o primeiro lugar entre as internações e os principais problemas associados são fraturas, com destaque para as de fêmur (Alves Junior, 2009).
Dessa forma, essa pesquisa justifica-se por ampliar o conhecimento sobre o envelhecimento, visto como expressivo e urgente em termos mundiais e nacionais e a necessidade de estabelecer parâmetros para usabilidade/segurança nas habitações, em vários níveis, a fim de prevenir e evitar as quedas, que estão em terceiro lugar de mortalidade entre pessoas idosas no Brasil e em relação à morbidade, o primeiro lugar entre as internações.
Justifica-se ainda pela necessidade em compreender as limitações físicas e cognitivas da população que está envelhecendo, bem como planejar ambientes mais seguros para estes usuários a fim de evitar as quedas – problema de saúde pública.
Esta pesquisa fundamenta-se ainda ao atender a Política Nacional Do Idoso, Lei 8.842/94, que tem como uma de suas diretrizes o apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento. Ainda em seu Artigo 10, no item Implementação da Política Nacional do Idoso, ressalta-se que são competências dos órgãos e entidades públicas, principalmente na área de habitação e urbanismo, destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato a pessoa idosa, na modalidade de casas-lares; incluir nos programas de assistência a pessoa idosa formas de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando seu estado físico e sua independência de locomoção; elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular e diminuir barreiras arquitetônicas (RODRIGUES, 2001).
No que tange a legislação nacional, ampara-se no Estatuto da Pessoa Idosa, Lei 10.741/2003, onde aborda que a pessoa idosa tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada. Aborda em seu Artigo 38 que nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa idosa goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado a reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento as pessoas idosas; a implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados a pessoa idosa e a eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade a pessoa idosa (BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).
Ainda, destaca-se que entre 30% e 50% das quedas em residências entre pessoas idosas, ocorrem por causa de fatores de risco ambiental (WORAPANWISIT et al., 2018) como carpetes soltos, falta de barras no banheiro, baixa iluminação, escadas inseguras e superfícies lisas e escorregadias. Há uma necessidade por pesquisas baseadas em evidências que sejam efetivas nas estratégias e na prevenção para reduzir as quedas.
É necessário e urgente o entendimento do impacto dos fatores de risco na saúde e segurança das pessoas idosas, principalmente pelo fato de que no Brasil hoje, as condições socioeconômicas da maioria das pessoas idosas não são satisfatórias, tendo como base os valores de aposentadoria, que são baixos . Estes valores não permitem o atendimento satisfatório das suas necessidades de sobrevivência, especialmente dos mais pobres que acabam por demandar recursos tanto do Estado como da família (FERNANDES & SANTOS, 2007).
Diversas orientações são vistas em artigos científicos, normas como é o caso da NBR 9050/2020 e da NBR 15575/2013, porém questiona-se aqui, a falta de acesso da população a estes documentos que por vezes possuem linguagem técnica e não alcançam a realidade desta esfera populacional. Cartilhas orientativas existem, porém também não são oriundas de pesquisas sistemáticas voltadas ao espaço físicos, às tarefas, aos usuários e às interações entre este tripé.
Possibilitar às pessoas idosas a manutenção da sua independência, autonomia e segurança em suas próprias casas, são de extrema importância para um envelhecimento saudável e seguro. Oportunizar um meio para que isso ocorra, se relacionada diretamente com a melhora ou redução de um problema de saúde pública. Para isso, ferramentas devem ser desenvolvidas para contribuir na garantia de melhores condições de vida e de ambientes seguros para esses usuários.
Várias morbidades estão associadas ao processo do envelhecimento populacional e, as quedas merecem atenção devido ao alto número de internações e óbitos em decorrência deste evento (DATASUS, 2021). Além disso, as quedas ocupam o primeiro lugar entre as internações e os principais problemas associados são fraturas, com destaque para as de fêmur (Alves Junior, 2009).
Dessa forma, essa pesquisa justifica-se por ampliar o conhecimento sobre o envelhecimento, visto como expressivo e urgente em termos mundiais e nacionais e a necessidade de estabelecer parâmetros para usabilidade/segurança nas habitações, em vários níveis, a fim de prevenir e evitar as quedas, que estão em terceiro lugar de mortalidade entre pessoas idosas no Brasil e em relação à morbidade, o primeiro lugar entre as internações.
Justifica-se ainda pela necessidade em compreender as limitações físicas e cognitivas da população que está envelhecendo, bem como planejar ambientes mais seguros para estes usuários a fim de evitar as quedas – problema de saúde pública.
Esta pesquisa fundamenta-se ainda ao atender a Política Nacional Do Idoso, Lei 8.842/94, que tem como uma de suas diretrizes o apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento. Ainda em seu Artigo 10, no item Implementação da Política Nacional do Idoso, ressalta-se que são competências dos órgãos e entidades públicas, principalmente na área de habitação e urbanismo, destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato a pessoa idosa, na modalidade de casas-lares; incluir nos programas de assistência a pessoa idosa formas de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando seu estado físico e sua independência de locomoção; elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular e diminuir barreiras arquitetônicas (RODRIGUES, 2001).
No que tange a legislação nacional, ampara-se no Estatuto da Pessoa Idosa, Lei 10.741/2003, onde aborda que a pessoa idosa tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada. Aborda em seu Artigo 38 que nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa idosa goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado a reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento as pessoas idosas; a implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados a pessoa idosa e a eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade a pessoa idosa (BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).
Ainda, destaca-se que entre 30% e 50% das quedas em residências entre pessoas idosas, ocorrem por causa de fatores de risco ambiental (WORAPANWISIT et al., 2018) como carpetes soltos, falta de barras no banheiro, baixa iluminação, escadas inseguras e superfícies lisas e escorregadias. Há uma necessidade por pesquisas baseadas em evidências que sejam efetivas nas estratégias e na prevenção para reduzir as quedas.
É necessário e urgente o entendimento do impacto dos fatores de risco na saúde e segurança das pessoas idosas, principalmente pelo fato de que no Brasil hoje, as condições socioeconômicas da maioria das pessoas idosas não são satisfatórias, tendo como base os valores de aposentadoria, que são baixos . Estes valores não permitem o atendimento satisfatório das suas necessidades de sobrevivência, especialmente dos mais pobres que acabam por demandar recursos tanto do Estado como da família (FERNANDES & SANTOS, 2007).
Diversas orientações são vistas em artigos científicos, normas como é o caso da NBR 9050/2020 e da NBR 15575/2013, porém questiona-se aqui, a falta de acesso da população a estes documentos que por vezes possuem linguagem técnica e não alcançam a realidade desta esfera populacional. Cartilhas orientativas existem, porém também não são oriundas de pesquisas sistemáticas voltadas ao espaço físicos, às tarefas, aos usuários e às interações entre este tripé.
Possibilitar às pessoas idosas a manutenção da sua independência, autonomia e segurança em suas próprias casas, são de extrema importância para um envelhecimento saudável e seguro. Oportunizar um meio para que isso ocorra, se relacionada diretamente com a melhora ou redução de um problema de saúde pública. Para isso, ferramentas devem ser desenvolvidas para contribuir na garantia de melhores condições de vida e de ambientes seguros para esses usuários.
Metodologia
- Pesquisa bibliográfica: reunir informações e dados que contribuam para a verificação do estado atual da arte; a compreensão, o contexto e a ocorrência de quedas entre a população idosa, bem como os fatores de risco; a familiarização com temas e políticas públicas voltados à população idosa e a busca por soluções para ambientes de moradia mais seguros.
- Entrevistas com usuários: esta abordagem permitirá uma aproximação aos desejos e anseios do público-alvo desta pesquisa.
- Visitas Exploratórias: possibilitar a avaliação de espaços públicos, semi-públicos ou privados a fim de identificar demandas e necessidades de melhorias e adaptação.
- Entrevistas com usuários: esta abordagem permitirá uma aproximação aos desejos e anseios do público-alvo desta pesquisa.
- Visitas Exploratórias: possibilitar a avaliação de espaços públicos, semi-públicos ou privados a fim de identificar demandas e necessidades de melhorias e adaptação.
Indicadores, Metas e Resultados
Compreender como a arquitetura pode impactar positivamente a qualidade de vida de pessoas idosas, através da concepção de espaços que visem gerar maior autonomia, independência, acessibilidade e segurança para esta população.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALESSANDRA SCHEIN BORK | |||
ISABELA FERNANDES ANDRADE | 1 | ||
JULIANA TASCA TISSOT | 4 | ||
LUIS ANTONIO DOS SANTOS FRANZ | 1 | ||
SARA KAROLINY FARIAS DA SILVA |