Nome do Projeto
Rede interdisciplinar integrada de pesquisa para resistência e resiliência ao estresse em plantas perenes
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
10/01/2024 - 31/12/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Os temas da resistência e da resiliência são abordados por múltiplas comunidades científicas, mas poucas ligações são estabelecidas entre elas. As plantas perenes, em particular, são particularmente propensas a uma acumulação de períodos de stress em diferentes períodos e ao longo dos anos. No entanto, a manutenção da vegetação perene é crucial para mitigar as alterações globais através de efeitos positivos nos ciclos do carbono e da água, em particular.
O projeto visa conectar especialistas nesses temas, abordados sob diferentes ângulos disciplinares ou sob o prisma de seus objetos de estudo. Uma abordagem integrada e multifatorial, estudando paralelamente a resistência às restrições bióticas e abióticas, permitirá estabelecer a ligação entre (epi-)genética, genômica, (eco-) fisiologia e partilha de recursos entre tipos funcionais. A identificação de características relevantes, sua herdabilidade e plasticidade permitirá explorar a integração de características de resistência e resiliência e suas variabilidades em modelos de base mecanicista, a fim de avaliar por simulação o efeito da integração dessas características nos principais processos de mitigação de CC (armazenamento de carbono, gestão de recursos hídricos, temperatura), bem como explorar cenários de gestão para mitigar o impacto das mudanças globais nas funções biológicas essenciais
Objetivo Geral
O projeto tem objetivo, a partir de dados coletados em plantas perenes, como fenológicos, biologia reprodutiva, metabolismo do carbono, segurança hidráulica, resistência às geadas e doenças, em diferentes escalas, relacionar com as mudanças globais resultantes do aumento da variabilidade climática e exposição a eventos climáticos extremos. Assim, a partir do uso da modelagem estatística, buscar formas de mitigação de seus efeitos na adaptação e na produção.
Justificativa
As mudanças climáticas globais se refletem em um aumento da variabilidade climática e na exposição a eventos climáticos extremos (ECE; Seneviratne et al., 2021), afetando as plantas perenes, por diversas vezes ao longo de suas vidas. O potencial de reprodução e propagação de agentes patogênicos também pode resultar em um aumento de epidemias (Garrett et al., 2022). No entanto, a manutenção de uma vegetação perene é crucial para o funcionamento dos ecossistemas naturais e mesmo artificiais, permitindo atenuar a mudança global por meio de efeitos significativos nos ciclos de carbono e água.
A resistência e resiliência aos fatores de estresse são controladas por processos biológicos integrados, em diferentes escalas espaciais e temporais. Levar em consideração os efeitos iniciais (ou seja, resposta ao estresse), tardios (ou seja, memória do estresse) e a resiliência a eventos estressantes constitui um desafio científico importante que requer uma abordagem de biologia integrativa (Interdisciplinary Plant Science Consortium, 2023).
A resposta a um estresse múltiplo é diferente da resposta a um estresse individual: a exposição a um estresse abiótico pode reduzir ou aumentar a sensibilidade a agentes bióticos, e vice-versa (Rivero et al., 2021). A integração da história de vida na caracterização das funções fisiológicas essenciais das plantas perenes (fenologia, reprodução, metabolismo do carbono, segurança hídrica, resistência a geadas e doenças etc.) requer, portanto, uma abordagem em diferentes escalas, desde a informação carregada pelo material genético até as interações entre populações, passando pela molécula e o organismo como um todo. Além disso, há uma vantagem significativa em cruzar conhecimentos adquiridos independentemente sobre diferentes formas de crescimento aéreo e radicular (ou seja, árvores, arbustos, herbáceas, lianas; Volaire et al., 2022).
Para estabelecer a ligação entre (epi-)genética, genômica, (eco-)fisiologia e compartilhamento de recursos entre tipos funcionais, uma caracterização intensiva do fenótipo da planta é necessária em diferentes contextos ambientais. O uso de modelos baseados em mecanismos permitirá também integrar os inúmeros processos em jogo e avaliar o efeito de certos parâmetros (ou seja, fenótipos) na vulnerabilidade e resiliência ao estresse, bem como explorar.
Com o duplo objetivo de identificar qual material vegetal seria capaz de mitigar as mudanças climáticas e limitar seus efeitos prejudiciais na vegetação, este projeto buscará estruturar uma comunidade de reflexão em torno das temáticas de resistência e resiliência ao estresse das plantas perenes. Para isso, os objetivos serão:
- Identificar os traços relevantes para o estudo da interação entre estresses em diferentes objetos de estudo.
- Estimar sua herdabilidade e plasticidade.
- Identificar as variáveis físicas mensuráveis em alto rendimento, e, se possível, de baixo custo, para uma fenotipagem relevante em ecofisiologia.
- Explorar a integração de traços de resistência e resiliência e suas variabilidades em modelos baseados em mecanismos.
- Avaliar por simulação o efeito da integração desses traços em processos-chave de mitigação das mudanças climáticas (armazenamento de carbono, gestão de recursos hídricos, temperatura).
A resistência e resiliência aos fatores de estresse são controladas por processos biológicos integrados, em diferentes escalas espaciais e temporais. Levar em consideração os efeitos iniciais (ou seja, resposta ao estresse), tardios (ou seja, memória do estresse) e a resiliência a eventos estressantes constitui um desafio científico importante que requer uma abordagem de biologia integrativa (Interdisciplinary Plant Science Consortium, 2023).
A resposta a um estresse múltiplo é diferente da resposta a um estresse individual: a exposição a um estresse abiótico pode reduzir ou aumentar a sensibilidade a agentes bióticos, e vice-versa (Rivero et al., 2021). A integração da história de vida na caracterização das funções fisiológicas essenciais das plantas perenes (fenologia, reprodução, metabolismo do carbono, segurança hídrica, resistência a geadas e doenças etc.) requer, portanto, uma abordagem em diferentes escalas, desde a informação carregada pelo material genético até as interações entre populações, passando pela molécula e o organismo como um todo. Além disso, há uma vantagem significativa em cruzar conhecimentos adquiridos independentemente sobre diferentes formas de crescimento aéreo e radicular (ou seja, árvores, arbustos, herbáceas, lianas; Volaire et al., 2022).
Para estabelecer a ligação entre (epi-)genética, genômica, (eco-)fisiologia e compartilhamento de recursos entre tipos funcionais, uma caracterização intensiva do fenótipo da planta é necessária em diferentes contextos ambientais. O uso de modelos baseados em mecanismos permitirá também integrar os inúmeros processos em jogo e avaliar o efeito de certos parâmetros (ou seja, fenótipos) na vulnerabilidade e resiliência ao estresse, bem como explorar.
Com o duplo objetivo de identificar qual material vegetal seria capaz de mitigar as mudanças climáticas e limitar seus efeitos prejudiciais na vegetação, este projeto buscará estruturar uma comunidade de reflexão em torno das temáticas de resistência e resiliência ao estresse das plantas perenes. Para isso, os objetivos serão:
- Identificar os traços relevantes para o estudo da interação entre estresses em diferentes objetos de estudo.
- Estimar sua herdabilidade e plasticidade.
- Identificar as variáveis físicas mensuráveis em alto rendimento, e, se possível, de baixo custo, para uma fenotipagem relevante em ecofisiologia.
- Explorar a integração de traços de resistência e resiliência e suas variabilidades em modelos baseados em mecanismos.
- Avaliar por simulação o efeito da integração desses traços em processos-chave de mitigação das mudanças climáticas (armazenamento de carbono, gestão de recursos hídricos, temperatura).
Metodologia
O sistema de parceiros funcionará por meio de reuniões gerais anuais, workshops em comitês mais restritos sobre temas específicos e seminários online pontuais. Para que essa rede resulte em trabalhos interdisciplinares, será necessário abordar rapidamente os problemas de vocabulário e jargão próprios de cada disciplina e incentivar o tempo de discussão durante as apresentações.
A primeira reunião do grupo propõe fazer um levantamento de elementos de vocabulário cruciais para a compreensão (por exemplo, resistência, tolerância, resiliência, recuperação, imunidade, memória, etc.) e apresentações agrupadas por campo disciplinar, abordando diferentes modelos biológicos estudados (árvores florestais, árvores frutíferas, herbáceas, videiras). Em seguida, serão realizados workshops por modelo biológico para identificar avanços e lacunas para cada um desses modelos e apresentar uma síntese. A identificação de características relevantes para o estudo da interação entre estresse e suas integrações nos modelos atuais também será discutida. Tudo isso permitirá definir o contorno de um (ou dois) artigo(s) de opinião, nos quais a rede concentrará seus trabalhos ao longo do ano, alimentados por seminários de membros da rede ou de participantes externos. A segunda reunião anual poderá abordar as consequências de um aumento da resistência e/ou resiliência a um determinado estresse em relação à reação a outro estresse, bem como em termos de balanço hídrico ou de carbono na escala do ecossistema.
A primeira reunião do grupo propõe fazer um levantamento de elementos de vocabulário cruciais para a compreensão (por exemplo, resistência, tolerância, resiliência, recuperação, imunidade, memória, etc.) e apresentações agrupadas por campo disciplinar, abordando diferentes modelos biológicos estudados (árvores florestais, árvores frutíferas, herbáceas, videiras). Em seguida, serão realizados workshops por modelo biológico para identificar avanços e lacunas para cada um desses modelos e apresentar uma síntese. A identificação de características relevantes para o estudo da interação entre estresse e suas integrações nos modelos atuais também será discutida. Tudo isso permitirá definir o contorno de um (ou dois) artigo(s) de opinião, nos quais a rede concentrará seus trabalhos ao longo do ano, alimentados por seminários de membros da rede ou de participantes externos. A segunda reunião anual poderá abordar as consequências de um aumento da resistência e/ou resiliência a um determinado estresse em relação à reação a outro estresse, bem como em termos de balanço hídrico ou de carbono na escala do ecossistema.
Indicadores, Metas e Resultados
Ações de pesquisa originarias das discussões com os deferentes parceiros em cada uma das areas contempladas no projeto.
Como resultados esperados identificar linhas de pesquisa visando a mitigação dos efeitos da variabilidade climática nas diferentes culturas
Como resultados esperados identificar linhas de pesquisa visando a mitigação dos efeitos da variabilidade climática nas diferentes culturas
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
Daniel Silveira Pinto Nassif | |||
EVA JUIMARA RICARDO ANTUNES | |||
FLAVIO GILBERTO HERTER | 4 | ||
FLÁVIA LOURENÇO DA SILVA | |||
GABRIEL BERENHAUER LEITE | |||
GILMAR ARDUINO BETTIO MARODIN | |||
Guillaume Charrier | |||
IDEMIR CITADIN | |||
PAULO CELSO DE MELLO FARIAS | 1 | ||
Robson Ryu Yamamoto | |||
VILSON LUÍS REVEILLEAU JÚNIOR |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
PROAP/CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 10.000,00 | Coordenador |