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A palavra "crise" é um termo amplo que pode ser caracterizado como uma situação de certa gravidade ou urgência (GIUSTINIANI, 2021). Crises podem envolver tanto desastres naturais quanto tecnológicos (causados diretamente pelo ser humano). Tratam-se de eventos capazes de causar graves impactos sociais e econômicos necessitando-se de intervenção Estatal, internacional e não-estatal. A gestão de desastres compreende quatro fases: a prevenção e tratamento de riscos, a preparação para emergências, a resposta aos desastres e a reconstrução (DE GRUTTY, A; GESTRI, M; VENTURINI, 2012). Neste contexto, gestão deve ser lida sobre a ótica da governança, que envolve o estabelecimento de estruturas colaborativas de tomada de decisão entre diversos atores, incluindo Estado, mercado e terceiro setor, que atuam e uma situação de horizontalidade (BEVIR, 2012).

Com o advento das mudanças climáticas, surgiram novas ameaças capazes de causar disrupção social, como danos ambientais e escassez de recursos ambientais. De outro lado, com as sociedades cada vez mais tecnológicas, baseadas na ubiquidade da internet, internet das coisas, big data e inteligência artificial, surgem novos tipos de ameaças. A mesma Internet que permite a comunicação instantânea em qualquer parte do mundo apresenta-se como um lugar profícuo para o desenvolvimento de uma série de novos crimes (virtuais), violações de privacidade e atentados à cibersegurança. As crises e as ameaças relacionadas exigem respostas organizacionais resilientes. As recentes experiências com a pandemia de Covid-19, a série de ataques cibernéticos a instituições brasileiras e o desastre climático de 2024 no Rio Grande do Sul demonstram a importância e necessidade de estabelecer uma cultura de gestão de crises, que pode ser fomentada por pesquisas acadêmicas.

Neste contexto, o GECRIS, Grupo de Estudos sobre Gestão de Crises, busca discutir possibilidades de colaboração entre diversos atores, locais, nacionais e internacionais, de modo a regular, gerenciar, prevenir, mitigar e reparar os impactos sociais e econômicos das crises. Trata-se de um campo naturalmente interdisciplinar, que poderá agregar diversos professores e alunos do CCSO e outras unidades acadêmicas.

O GECRIS possui como base a criação de um grupo de estudos composto por alunos que promoverá encontros regularmente, com o objetivo de discutir a temática da gestão de crises. Os alunos serão selecionados mediante um edital a ser publicado na página do CCSO. A forma de seleção será por meio de entrevista, com a verificação da motivação do aluno em participar do projeto. Em princípio, serão oferecidas ao todo 10 vagas, podendo ser ampliado de acordo com o interesse dos alunos.
Os encontros serão realizados quinzenalmente com os membros do grupo, para discutir bibliografia na área, notícias a serem adicionadas no clipping, preparação dos ensaios e desenvolvimento das publicações do boletim e das redes sociais.
De acordo com suas preferencias, os alunos serão divididos em duas equipes, com cinco membros cada. A primeira será responsável pela organização dos ensaios e produção do boletim, que serão publicados a cada semestre, totalizando oito boletins. A segunda será responsável pela gestão das redes sociais, de modo a divulgar a cada quinze dias as atividades do grupo. Os participantes terão uma dedicação de quatro horas semanas para o projeto, incluindo os encontros quinzenais e a realização das tarefas propostas.

Os resultados esperados por este projeto são os seguintes:
1) Criação de um Grupo de Estudos sobre Gestão de Crises, a ser registrado na Universidade e Agências de Fomento, com encontros realizados quinzenalmente;
2)Publicação de 8 boletins em 4 anos, a serem publicados a cada 6 meses;
3) Criação e gestão da rede social do grupo, de modo a publicar notícias e divulgar as ações do grupo.