Nome do Projeto
A Botânica nossa de todo dia
Ênfase
Ensino
Data inicial - Data final
09/09/2024 - 22/07/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Resumo
Apesar das plantas estarem muito próximas da realidade das pessoas, existe pouca interação entre elas, sendo isto um dos fatores ligados ao desinteresse nos conhecimentos botânicos. Esse desinteresse tem muitas vezes origem na educação básica, estendendo-se para o ensino médio e refletindo nos alunos de nível superior, onde o interesse pela botânica fica preterido por outras áreas da ciência. No âmbito do ensino superior, projetos e ações extracurriculares podem ajudar a despertar o interesse dos acadêmicos para a Botânica, ajudando a formar pessoas que na prática profissional possam mitigar o desinteresse nessa área da ciência há muito observado. O projeto “A Botânica nossa de todo dia” tem por objetivo principal mostrar aos participantes o quanto a botânica está presente no cotidiano de cada um, revelando que é uma área muito longe de ser desinteressante. Por meio de diferentes atividades pedagógicas, o projeto também objetiva mostrar que, por meio de ações inovadoras e criativas, é possível tornar o processo de ensino-aprendizagem nesta área prazeroso e estimulante. Além das ações de ensino propriamente desenvolvidas no âmbito universitário, o projeto contempla ações de extensão, cujo público alvo corresponde a alunos do ensino fundamental. Neste contexto extensionista, a realização de diferentes ações pedagógicas com foco no estudo das plantas presente no cotidiano, corresponde a uma alternativa de contribuir com um ensino-aprendizagem de botânica significativo e transformador. Além disso, as ações extensionistas proporcionarão aos acadêmicos participantes (especialmente os acadêmicos do curso de licenciatura) experienciar atividades docentes e o contato com a realidade do ensino escolar.
Objetivo Geral
O objetivo geral do projeto consiste em abordar a temática Botânica através de um projeto acadêmico extracurricular, possibilitando ao discente o aperfeiçoamento do estudo de botânica e também de áreas correlatas iniciado em sala de aula. O foco do estudo em plantas consumidas na rotina diária de cada participante tem por objetivo mostrar o quanto a botânica está presente no cotidiano, e assim, fazê-lo ressignificar o interesse e a percepção que muitos têm de que a botânica é uma área desinteressante e desconectada da sua realidade.
Justificativa
Apesar das plantas estarem muito próximas da realidade das pessoas, existe pouca interação entre elas, sendo isto um dos fatores ligados ao desinteresse nos conhecimentos botânicos (Alves et al., 2023). Dois termos, de modo geral, permeiam a relação dos estudantes, professores e público em geral com a botânica: Disparidade e Analfabetismo Botânicos.
Disparidade botânica compreende o mesmo significado do termo “cegueira” botânica, originalmente proposto por Wandersee & Schussler (1999), que integra e define a incapacidade de ver ou perceber as plantas no próprio ambiente e sua importância como parte integradora de um sistema. A substituição de nomenclatura foi proposta por Parsley (2020), argumentando que o termo original contribuía com o capacitismo nas deficiências visuais. Por outro lado, Uno (2009) denomina “Analfabetismo Botânico”, como à falta não só de interesse pela temática, mas também de conhecimento em diferentes níveis (dos mais pontuais e simples até os mais abrangentes e complexos). Segundo Ursi et al. (2018), a “cegueira” e o analfabetismo botânicos são fomentados pelo ensino desestimulante e pouco significativo, e que contribuem para dificultar ainda mais o ensino de Botânica. Neves et al. (2019) ressaltam a importância da educação como um caminho para a superação da cegueira botânica e, consequentemente, para os problemas causados por ela.
O desinteresse pela botânica tem muitas vezes origem na educação básica, estendendo-se para o ensino médio e refletindo nos alunos de nível superior, onde o interesse pela botânica fica preterido por outras áreas da ciência. Nas próprias diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a botânica não tem destaque, sendo representada como uma ciência auxiliar, inserida preferencialmente no conteúdo programático de Geografia. Isso acaba suscitando reflexões sobre como as plantas de fato não despertam por si só interesse em serem estudadas e compreendidas em toda a sua complexidade (Leite & Meireles, 2023).
Na educação básica, um processo de ensino-aprendizagem de botânica significativo e transformador está ainda muito aquém dos objetivos esperados, onde aspectos como o distanciamento entre universidade e escola, poucas atividades práticas, zoochauvinismo e um ensino de botânica descontextualizado do cotidiano dos alunos, são apontados por Ursi et al. (2018) como colaboradores dessa realidade pouco animadora e que colaboram com o aprofundamento da disparidade e do analfabetismo botânicos. A descontextualização do ensino de Botânica é apontada por vários autores com um dos fatores que causam maior desinteresse e dificuldade de aprendizagem por parte dos estudantes e que pode interferir no processo de um ensino de botânica mais significativo (Ursi et al., 2018; Alves et al., 2019; Mendes et al., 2019).
No estudo realizado por Melo et al. (2012) envolvendo alunos do ensino fundamental, os autores observaram que uma boa parcela deles mostraram aversão à botânica e não souberam descrever a importância das plantas para o seu cotidiano. Segundo os autores, essas respostas demonstram a falta de contextualização do conteúdo e a importância de buscar estratégias para facilitar a aprendizagem.
Professores com formação insuficiente em botânica, gerando desmotivação com o ensino de botânica, consequentemente gerando alunos desmotivados em aprender sobre as plantas, gera um sistema cíclico que retroalimenta a desmotivação de ambas as partes quanto ao processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos dessa área da ciência (Corte et al., 2018). Para os autores, a não identificação entre homens e plantas corresponde à principal justificativa para as dificuldades de ensino e de aprendizagem dos assuntos da botânica. Carmo-Oliveira & Carvalho, 2015) também destacam a existência deste distanciamento entre o que é ensinado e o que é realidade dos alunos, apesar da botânica ser uma área intimamente próxima do cotidiano dos indivíduos.
Portanto, diante do exposto, cabe ressaltar a importância de um projeto acadêmico extracurricular, cujo objetivo seja o de abordar a botânica de uma forma que mostre sua relação direta com a vida do aluno, na tentativa de consistir em uma estratégia pedagógica que ajude a mitigar o desinteresse pela botânica tão destacado por diversos autores nos diferentes níveis do processo educativo.
Disparidade botânica compreende o mesmo significado do termo “cegueira” botânica, originalmente proposto por Wandersee & Schussler (1999), que integra e define a incapacidade de ver ou perceber as plantas no próprio ambiente e sua importância como parte integradora de um sistema. A substituição de nomenclatura foi proposta por Parsley (2020), argumentando que o termo original contribuía com o capacitismo nas deficiências visuais. Por outro lado, Uno (2009) denomina “Analfabetismo Botânico”, como à falta não só de interesse pela temática, mas também de conhecimento em diferentes níveis (dos mais pontuais e simples até os mais abrangentes e complexos). Segundo Ursi et al. (2018), a “cegueira” e o analfabetismo botânicos são fomentados pelo ensino desestimulante e pouco significativo, e que contribuem para dificultar ainda mais o ensino de Botânica. Neves et al. (2019) ressaltam a importância da educação como um caminho para a superação da cegueira botânica e, consequentemente, para os problemas causados por ela.
O desinteresse pela botânica tem muitas vezes origem na educação básica, estendendo-se para o ensino médio e refletindo nos alunos de nível superior, onde o interesse pela botânica fica preterido por outras áreas da ciência. Nas próprias diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a botânica não tem destaque, sendo representada como uma ciência auxiliar, inserida preferencialmente no conteúdo programático de Geografia. Isso acaba suscitando reflexões sobre como as plantas de fato não despertam por si só interesse em serem estudadas e compreendidas em toda a sua complexidade (Leite & Meireles, 2023).
Na educação básica, um processo de ensino-aprendizagem de botânica significativo e transformador está ainda muito aquém dos objetivos esperados, onde aspectos como o distanciamento entre universidade e escola, poucas atividades práticas, zoochauvinismo e um ensino de botânica descontextualizado do cotidiano dos alunos, são apontados por Ursi et al. (2018) como colaboradores dessa realidade pouco animadora e que colaboram com o aprofundamento da disparidade e do analfabetismo botânicos. A descontextualização do ensino de Botânica é apontada por vários autores com um dos fatores que causam maior desinteresse e dificuldade de aprendizagem por parte dos estudantes e que pode interferir no processo de um ensino de botânica mais significativo (Ursi et al., 2018; Alves et al., 2019; Mendes et al., 2019).
No estudo realizado por Melo et al. (2012) envolvendo alunos do ensino fundamental, os autores observaram que uma boa parcela deles mostraram aversão à botânica e não souberam descrever a importância das plantas para o seu cotidiano. Segundo os autores, essas respostas demonstram a falta de contextualização do conteúdo e a importância de buscar estratégias para facilitar a aprendizagem.
Professores com formação insuficiente em botânica, gerando desmotivação com o ensino de botânica, consequentemente gerando alunos desmotivados em aprender sobre as plantas, gera um sistema cíclico que retroalimenta a desmotivação de ambas as partes quanto ao processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos dessa área da ciência (Corte et al., 2018). Para os autores, a não identificação entre homens e plantas corresponde à principal justificativa para as dificuldades de ensino e de aprendizagem dos assuntos da botânica. Carmo-Oliveira & Carvalho, 2015) também destacam a existência deste distanciamento entre o que é ensinado e o que é realidade dos alunos, apesar da botânica ser uma área intimamente próxima do cotidiano dos indivíduos.
Portanto, diante do exposto, cabe ressaltar a importância de um projeto acadêmico extracurricular, cujo objetivo seja o de abordar a botânica de uma forma que mostre sua relação direta com a vida do aluno, na tentativa de consistir em uma estratégia pedagógica que ajude a mitigar o desinteresse pela botânica tão destacado por diversos autores nos diferentes níveis do processo educativo.
Metodologia
Montagem e apresentação de seminários;
coleta de material vegetal;
práticas em técnicas de herborização.
coleta de material vegetal;
práticas em técnicas de herborização.
Indicadores, Metas e Resultados
espera-se com a presente proposta que o interesse pela botânica seja despertado, tanto nos alunos de graduação como nos de nível fundamental, mitigando a problemática já apontada por diversos autores em torno do ensino e aprendizagem dessa área da ciência.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
BRUNA POZADA CABREIRA | |||
CAROLINE SCHERER | 2 | ||
INGRID MACEDO FERRAZ | |||
ISABELLE HELENA GONCALVES ARAUJO | |||
PATRICIA DE OLIVEIRA NEVES | 39 | ||
RAQUEL LUDTKE | 2 | ||
SOFIA DIEZ RODRIGUEZ NAVA | |||
VITORIA DA SILVA MARTINS |