Nome do Projeto
Acolhe saúde mental e intersecções da diversidade
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
10/02/2025 - 06/04/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Educação
Linha de Extensão
Saúde e proteção no trabalho
Resumo
Trata-se de parte do projeto "PET interSUS-Pel caminhos para a equidade: valorização, acolhimento e inclusão no trabalho em saúde" aprovado melo Ministério da Saúde (EDITAL nº 11 de 17 de setembro de 2023). O projeto foi aprovado com cinco grupos de trabalho, e o presente subprojeto abordará a temática da saúde mental inserido no Eixo “Valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, saúde mental e as violências relacionadas ao trabalho na saúde”. As atividades serão desenvolvidas no Centro de Atenção Psicossocial/CAPS Porto, na cidade de Pelotas. A equipe é formada por professores da Enfermagem, medicina, psicologia e cinema, com oito alunos bolsistas dessas áreas e dois preceptores do serviço (uma enfermeira e uma psicóloga). As ações visam desenvolver práticas formativas voltadas para a valorização, segurança e saúde das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no SUS, garantindo ações de promoção e reabilitação da saúde mental, considerando as interseccionalidades do trabalho na saúde; o reconhecimento dos diferentes fatores que promovem o sofrimento mental das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no SUS, bem como identificar os fatores protetores relacionados à política institucional. As atividades buscam ainda contemplar a abordagem de combate ao preconceito e assédio, carga de trabalho excessiva, metas inalcançáveis, competitividade em excesso, falta de reconhecimento profissional, lideranças com comportamentos inadequados, ausência de qualidade de vida no trabalho, compreendendo as dimensões: gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências; e estimular a formulação de programas e projetos de promoção à saúde mental nos serviços de saúde, considerando a equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências por meio de orientação e medidas institucionais com vistas a prevenção da depressão, ansiedade, síndrome de Burnout e outros sofrimentos mentais, oriundos do trabalho. Além de ampliar a discussão sobre etarismo, racismo, LGBTQIAPN+fobia, capacitismo, buscando evitar formas de discriminação sistemática no ambiente de trabalho. Por fim, as ações visam contemplar aspectos que oportunizem aprendizagem direcionada ao respeito aos direitos humanos atuando na eliminação do preconceito e da discriminação no âmbito do trabalho na saúde.

Objetivo Geral

Fortalecer a inserção acadêmica junto ao trabalho das equipes interprofissionais de Centros de Atenção Psicossocial, Unidades Básicas de Saúde e Centro de Referência em saúde do trabalhador, proporcionando aprendizado e desenvolvimento de habilidades práticas com ações de promoção, cuidado e acolhimento das demandas em saúde das trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS, considerando suas iniquidades em saúde e as interseccionalidades no trabalho na saúde, integrando ensino-serviço-comunidade e qualificando, em conjunto com as Redes de Atenção à Saúde da SMS de Pelotas, os serviços de saúde, disseminando novas concepções na gestão de pessoas e cultura organizacional no trabalho, promovendo a equidade na identidade de gênero, gênero, sexualidade, raça, deficiências e outras singularidades.

Justificativa

A presente proposta estabelece a colaboração de professores da enfermagem, medicina, psicologia e Cinema buscando uma perspectiva interdisciplinar. A proposta para o PET-Saúde: Equidade justifica-se por ser uma oportunidade de reorientar/consolidar o ensino interdisciplinar nos cenários da assistência à saúde, sendo um importante instrumento na continuação/indução de mudanças nas propostas e perfil de formação dos profissionais de saúde decorrentes das Diretrizes Curriculares Nacionais, fortalecendo os processos de ensino-aprendizagem na educação pelo trabalho. O PET é um importante instrumento de integração ensino-serviço-comunidade e o enfoque do edital em ações para trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS oportuniza práticas de ensino-aprendizagem voltadas para o acolhimento das demandas em saúde advindas da complexidade do trabalho na saúde produzidas pelos atravessamentos da equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências, oportunizando a promoção de mudanças nos contextos institucionais, disseminando novas concepções na gestão de pessoas e cultura organizacional, buscando combater e diminuir as desigualdades e preconceitos para alcançar a igualdade no mundo do trabalho, promovendo equidade.

Metodologia

- Inserir acadêmicos nos serviços e programas de saúde, desenvolvendo ações de promoção e reabilitação da saúde psíquica, respeitando direitos humanos, considerando as interseccionalidades do trabalho na saúde;
- Inserir nos serviços de saúde ações de acolhimento e cuidado em saúde psíquica como acolhimento/atendimento individual e grupos terapêuticos direcionados aos agentes Redutores de Danos, profissionais do Consultório na Rua e futuras trabalhadoras do SUS (estudantes dos cursos da saúde UFPel), seguindo as orientações para promoção de abordagens centradas na pessoa e baseadas nos direitos da OMS;
- Desenvolver atividades de promoção em saúde e saúde psíquica do público alvo no SUS envolvido no PET através de palestras, oficinas, grupos focais e atividades de acesso a lazer e cultura;
- Proporcionar espaços para exercícios físicos e práticas integrativas e complementares no local de trabalho;
- Desenvolver um espaço de expressão e autoetnografia, oportunizando o reconhecimento dos diferentes fatores que promovem o sofrimento psíquico das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no SUS através da criação de registro audiovisual do gênero documentário com o público alvo do SUS;
- Promover de forma interprofissional espaços formativos e de acolhimento como grupos e rodas de conversas com estudantes, futuras trabalhadoras do SUS, usando recursos artísticos para discussão das temáticas de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia, deficiências e suas interseccionalidades, para que a ação seja multiplicada na rede de saúde junto às profissionais;
- Realizar reuniões quinzenais dos integrantes dos grupos PET para discussão, planejamento, monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas e garantir espaços de formação interprofissional que considerem os fatores que geram o sofrimento psíquico no trabalho em saúde;
- organizar grupos de acolhimento e escuta interprofissional com o público alvo sobre gestação, preocupações, vontades e desejos, responsabilização e os espaços seguros para gestar durante a jornada de trabalho, orientando para uma gestação saudável;
- Elaborar material educativo, impresso e virtual, para divulgar as ações desenvolvidas pelo PET e o princípios da equidade no SUS;
- Articular reunião integrada dos NDEs dos cursos da área da saúde para discussão dos resultados observados nas atividades realizadas, fomentando mudanças nos projetos pedagógicos de cursos na instituição (UFPel);
- Realizar pesquisa e produção de trabalhos para apresentação e publicação em eventos científicos e periódicos;
- Realizar seminários integrativos com acadêmicos, preceptores e tutores dos grupos PET saúde, abertos à comunidade acadêmica;
- Orientar o público alvo para utilização racional de medicamentos utilizados durante a maternagem, lactação e climatério;
- Realizar ações de educação em saúde interprofissional através de rodas de conversas sobre os temas relacionados à equidade;

Indicadores, Metas e Resultados

- Conhecer a realidade dos serviços de saúde do SUS em relação ao funcionamento, organização, inter-relações e ações em rede, a partir das ações propostas.
- Estimular mudanças curriculares nos cursos de Graduação da Universidade Federal de Pelotas/UFPel envolvidos com a proposta, proporcionando espaços de aprendizagem direcionados aos conteúdos sobre equidade no trabalho em saúde, como saúde psíquica, gestação, lactação, maternagem, climatério, respeito aos direitos humanos, gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências.
- Desenvolver conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais de núcleo profissional e do campo da saúde coletiva, considerando as dimensões de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências, instrumentalizando o acadêmico para intervir de forma fundamentada nas equipes interprofissionais e oferecer cuidado promovendo equidade.
- Oportunizar troca de saberes entre as áreas de conhecimento, contribuindo no entendimento da saúde como um direito amplo que envolve a transversalidade dos saberes, permitindo o desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes para a comunicação efetiva e criativa no trabalho em saúde com pontos de vista ampliado e não maniqueísta em prol da equidade nos termos acima propostos.
- Oportunizar o acesso às ações de promoção à saúde psíquica e de atenção às necessidades em saúde psíquica dos agentes Redutores de Danos e Consultório na Rua, Agentes comunitários em saúde e futuras trabalhadoras do SUS visando prevenir casos de depressão, ansiedade, síndrome de Burnout e outros sofrimentos psíquicos ocasionados pelo trabalho em saúde.
- Instrumentalizar os trabalhadores de saúde para o agir em saúde a partir da comunicação não-violenta no ambiente de trabalho e de respeito às especificidades das pessoas, relacionadas à orientação sexual e/ou identidade de gênero, a idade cronológica, raça/cor e/ou deficiências.
Conhecer o perfil das trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS, suas condições de saúde, relação com o trabalho em saúde e o impacto das ações do PET Saúde.
Formar estudantes com maior autonomia, capacidade de trabalho em equipe, capacidade reflexiva, crítica e criativa, a partir do desenvolvimento das competências e habilidades previstas nos projetos pedagógicos dos cursos envolvidos.
Ampliar a inserção das temáticas de saúde mental, direitos humanos, gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia, atenção às deficiências e saúde do trabalhador/a nos currículos de Graduação da UFPel envolvidos com a proposta.
Promover o conhecimento de si e o reconhecimento dos diferentes fatores que promovem o sofrimento mental das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no SUS a partir da participação em espaço de expressão e autoetnografia.
Melhorar o acesso às ações de promoção e atenção às necessidades em saúde mental dos trabalhadores das UBSs, futuras trabalhadoras do SUS e agentes dos programas Redução de Danos, Primeira Infância Melhor, Criança Feliz e Consultório na Rua.
Prevenir casos de depressão, ansiedade, síndrome de Burnout e outros sofrimentos mentais, ocasionados pelo trabalho entre o público alvo.
Ampliar o conhecimento da comunidade acadêmica e geral sobre as ações do PET, a partir de educação permanente, produção e divulgação de materiais informativos e acadêmicos, participação em eventos científicos divulgando informações sobre direitos humanos e interseccionalidades do trabalho na saúde.
Oportunizar aos trabalhadores(as) e futuros(as) trabalhadores(as) da área da saúde o acesso à exercícios físicos, práticas integrativas e complementares no ambiente do trabalho.
Fomentar a multidisciplinaridade por meio da integração dos acadêmicos, preceptores, tutores e coordenadores dos grupos PET saúde, de modo a transversalizar os saberes, a eficácia, a eficiência e efetividade necessárias para combater as iniquidades existentes no trabalho em saúde.
Obter informações dos participantes do Projeto Pet-Saúde, por meio dos relatórios mensais, variáveis que possibilitem a descrição e divulgação de dados quantitativos e/ou qualitativos para a produção científica
Indicadores de monitoramento e avaliação das atividades:
- número de ações semanais de promoção e reabilitação da saúde mental realizadas pelos acadêmicos que desenvolvam as habilidades e competências para o trabalho em saúde interprofissional, respeitando os direitos humanos, considerando as interseccionalidades do trabalho na saúde.
- número de atividades desenvolvidas para a produção do documentário com trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS, sua exibição e divulgação.
- número de reuniões de acompanhamento do projeto PET realizadas com seus integrantes para discussão, monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas
- número de atividades de estudo realizadas para formação profissional a partir da discussão de temáticas que considerem os fatores que geram o sofrimento psíquico no trabalho em saúde..
- número de ações de promoção à saúde e acolhimento das necessidades em saúde dos agentes Redutores de Danos, Consultório na Rua, Agente comunitários em saúde, e futuras trabalhadoras do SUS desenvolvidos nos Centros de Atenção Psicossocial e CEREST.
- número de atividades de educação permanente desenvolvidas contemplando temas como comunicação não-violenta e práticas humanizadas na relação do trabalho na saúde e temáticas LGBTQIAPN+fobia, etarismo, racismo e capacitismo.
- número de atividades desenvolvidas com as Redes de Atenção à Saúde de Pelotas, contribuindo para o desenvolvimento e ampliação das ações e programas: Acolhe Bem, Primeira Infância Melhor, Programa Criança Feliz, Programa de educação permanente, Redução de danos e consultório na rua, entre outros.
- número de atividades interprofissionais de Educação em Saúde desenvolvidas sobre acolhimento das interseccionalidades do trabalho como: orientações à pessoas que gestam ou pretendem gestar, farmacoterapia e suas resoluções, número de trabalhadoras(es) do SUS que participaram dos grupos de acolhimento e rodas de conversa e das oficinas artísticas para mapeamento das competências necessárias para atuar de maneira equitativa no SUS em relação ao total de trabalhadoras do SUS.
número de trabalhos apresentados em eventos de ensino, pesquisa e extensão sobre as ações desenvolvidas no projeto;
número de reuniões realizadas com os diversos núcleos docentes estruturantes dos cursos da UFPel envolvidos no projeto para alteração e inclusão em PPC das temáticas das equidades;
números de acadêmicos participantes das disciplinas optativas sobre as temáticas da equidade, ofertadas pelos tutores envolvidos no projeto.
Número de etapas da pesquisa concluída.
Os indicadores de monitoramento serão avaliados de forma processual a partir do compartilhamento do diário de campo dos acadêmicos nas reuniões de acompanhamento que ocorrerão quinzenalmente. Nestas poderemos avaliar quantitativamente as ações, como também qualitativamente a atitude, habilidades e competências dos envolvidos frente às necessidades produzidas pelas interseccionalidades do trabalho em saúde.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
CAMILA IRIGONHE RAMOS5
CAROLINA MACEDO DOS SANTOS QUILLFELDT
JADE MAUSS DA GAMA
JANAINA QUINZEN WILLRICH5
JESSICA MARIA ROCHA DA SILVA
MARIANA GONCALVES DE ALMEIDA

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