Nome do Projeto
Sabedoria Indígena Amazônica: Moldando Soluções Climáticas no Brasil
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
30/06/2024 - 31/12/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Resumo
O Brasil é terra Indígena, com mais de 60,3% da Floresta Amazônica situados em seu território e 385 grupos Indígenas habitando a região. Esses grupos detêm conhecimentos ancestrais sobre adaptação, mitigação e redução de riscos de desastres climáticos. Contudo, a legislação brasileira sobre mudanças climáticas está longe de reconhecer a importância das ontologias e dos conhecimentos Indígenas na resposta a essas mudanças. Nosso objetivo de pesquisa é coprojetar ações e políticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas que sejam sustentadas pelas ontologias e pelos valores de conhecimento das comunidades Indígenas da Amazônia, em resposta aos desafios ambientais enfrentados no Brasil. Para realizar uma pesquisa indígena transformadora sobre mudanças climáticas, é essencial adotar metodologias de descolonização. Assim, nosso projeto está centrado no pluralismo ontológico indígena, no contexto das mudanças ambientais globais, dentro do Bioma Amazônia. A metodologia de pesquisa é desenhada em conjunto por quatro etnias indígenas amazônicas (Yawanawa, Noke Koi Katukina, Shanenawa, Huni Kuin), que estão localizadas em seis comunidades na Amazônia brasileira.
Objetivo Geral
Objetivo principal da pesquisa: Coprojetar ações e políticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas sustentadas pelas ontologias e valores de conhecimento das comunidades indígenas da Amazônia em resposta aos desafios ambientais no Brasil.
A metodologia de pesquisa é desenhada, produzida e orientada em conjunto por quatro etnias indígenas amazônicas (Yawanawa, Noke Koi Katukina, Shanenawa, Huni Kuin) em seis comunidades (Aldeia Amparo Yawanawa; Clã Varinawa Vari Peo Noke Koi; Morada Nova Shanenawa; Ni Yuxibu Huni Kuin; São Joaquim Huni Kuin; As comunidades indígenas lideram este processo inclusivo, que envolve comunidades locais (por exemplo, quilombolas amazônicos, moradores ribeirinhos), profissionais, acadêmicos, formuladores de políticas e representantes de organizações governamentais e não governamentais. O projeto compreende quatro pacotes de trabalho (WPs) interligados desenvolvidos em 18 meses.
Objetivos interligados:
1. Coidentificar as respostas institucionais às mudanças climáticas em diferentes níveis (local, regional e nacional) no Brasil e coanalisar as barreiras à implementação de intervenções climáticas. Além disso, coidentificar as lacunas nas políticas e ações governamentais que dificultam e/ou impedem o reconhecimento e a inclusão do conhecimento indígena amazônico nas políticas de governança ambiental.
2. Coprojetar metodologias inovadoras em conjunto com quatro etnias indígenas da Amazônia (Yawanawa, Noke Koi Katukina, Shanenawa, Huni Kuin) lideradas por seus insights e experiências relacionadas aos desafios ambientais. Os objetivos são propor cenários futuros sustentáveis guiados pelas perspectivas indígenas e desafiar os métodos de investigação convencionais enraizados na investigação climática centrada no Ocidente. Buscamos construir metodologias que representem verdadeiramente os interesses, crenças, perspectivas, objetivos e vozes das comunidades indígenas amazônicas.
3. Codesenvolver um programa que facilite a tradução, mobilização e impacto do conhecimento no desenvolvimento de ações e políticas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas no Brasil. Este programa utilizará ferramentas, recursos e plataformas para apoiar a tomada de decisões com foco no pluralismo ontológico, no conhecimento e nos valores das comunidades indígenas da Amazônia como fatores-chave.
4. Aumentar a capacidade de pesquisa no campo das mudanças ambientais globais sustentada pelo pluralismo, conhecimento e valores ontológicos indígenas da Amazônia. Conseguiremos isso através de duas abordagens principais: (i) apoiar iniciativas de comunidades indígenas e locais da Amazônia (por exemplo, quilombolas amazônicos, moradores ribeirinhos), o que envolve apoiar projetos locais, garantir proteção e defender o reconhecimento formal dos Povos Indígenas da Amazônia como líderes em resiliência climática; (ii) facilitação de sessões de formação: As comunidades indígenas conduzem sessões de formação para comunidades locais, profissionais, académicos, decisores políticos e representantes de organizações governamentais e não governamentais. O foco está na cogeração de ideias, conhecimentos e práticas ambientais inovadoras, enraizadas nas dimensões éticas e espirituais da relação das comunidades indígenas da Amazônia com a natureza.
A metodologia de pesquisa é desenhada, produzida e orientada em conjunto por quatro etnias indígenas amazônicas (Yawanawa, Noke Koi Katukina, Shanenawa, Huni Kuin) em seis comunidades (Aldeia Amparo Yawanawa; Clã Varinawa Vari Peo Noke Koi; Morada Nova Shanenawa; Ni Yuxibu Huni Kuin; São Joaquim Huni Kuin; As comunidades indígenas lideram este processo inclusivo, que envolve comunidades locais (por exemplo, quilombolas amazônicos, moradores ribeirinhos), profissionais, acadêmicos, formuladores de políticas e representantes de organizações governamentais e não governamentais. O projeto compreende quatro pacotes de trabalho (WPs) interligados desenvolvidos em 18 meses.
Objetivos interligados:
1. Coidentificar as respostas institucionais às mudanças climáticas em diferentes níveis (local, regional e nacional) no Brasil e coanalisar as barreiras à implementação de intervenções climáticas. Além disso, coidentificar as lacunas nas políticas e ações governamentais que dificultam e/ou impedem o reconhecimento e a inclusão do conhecimento indígena amazônico nas políticas de governança ambiental.
2. Coprojetar metodologias inovadoras em conjunto com quatro etnias indígenas da Amazônia (Yawanawa, Noke Koi Katukina, Shanenawa, Huni Kuin) lideradas por seus insights e experiências relacionadas aos desafios ambientais. Os objetivos são propor cenários futuros sustentáveis guiados pelas perspectivas indígenas e desafiar os métodos de investigação convencionais enraizados na investigação climática centrada no Ocidente. Buscamos construir metodologias que representem verdadeiramente os interesses, crenças, perspectivas, objetivos e vozes das comunidades indígenas amazônicas.
3. Codesenvolver um programa que facilite a tradução, mobilização e impacto do conhecimento no desenvolvimento de ações e políticas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas no Brasil. Este programa utilizará ferramentas, recursos e plataformas para apoiar a tomada de decisões com foco no pluralismo ontológico, no conhecimento e nos valores das comunidades indígenas da Amazônia como fatores-chave.
4. Aumentar a capacidade de pesquisa no campo das mudanças ambientais globais sustentada pelo pluralismo, conhecimento e valores ontológicos indígenas da Amazônia. Conseguiremos isso através de duas abordagens principais: (i) apoiar iniciativas de comunidades indígenas e locais da Amazônia (por exemplo, quilombolas amazônicos, moradores ribeirinhos), o que envolve apoiar projetos locais, garantir proteção e defender o reconhecimento formal dos Povos Indígenas da Amazônia como líderes em resiliência climática; (ii) facilitação de sessões de formação: As comunidades indígenas conduzem sessões de formação para comunidades locais, profissionais, académicos, decisores políticos e representantes de organizações governamentais e não governamentais. O foco está na cogeração de ideias, conhecimentos e práticas ambientais inovadoras, enraizadas nas dimensões éticas e espirituais da relação das comunidades indígenas da Amazônia com a natureza.