Nome do Projeto
Comparação do Processo de Compostagem de Carcaças de Frangos de Corte Utilizando Casca de Arroz Inteira e Moída
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
15/10/2024 - 15/10/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Este projeto tem como objetivo comparar a eficiência do processo de compostagem de carcaças de frangos de corte utilizando dois tipos de casca de arroz como agentes de estruturação: casca de arroz inteira e casca de arroz moída. Para isso, serão utilizadas seis células de compostagem, sendo três células para cada tratamento. O experimento terá duração de 120 dias, divididos em uma fase de compostagem ativa de 90 dias e uma fase de maturação de 30 dias. Os parâmetros monitorados durante o processo incluem temperatura, umidade, pH, relação carbono/nitrogênio, composição química e microbioma da biomassa. As temperaturas do composto serão monitoradas semanalmente e amostras para analise laboratorial serão coletadas ao final da fase ativa da compostagem e ao final do experimento.. Os dados coletados serão analisados estatisticamente através de teste T de Student.

Objetivo Geral

Espera-se que o uso da casca de arroz moída acelere e melhore o processo de compostagem devido à maior área de superfície e melhor retenção de umidade, enquanto a casca de arroz inteira pode apresentar um processo mais lento devido à sua menor degradabilidade.

Justificativa

A produção intensiva de frangos de corte gera grandes volumes de resíduos, incluindo carcaças de aves mortas, que precisam ser descartadas de maneira ambientalmente adequada. O manejo inadequado dessas carcaças pode gerar problemas de saúde pública, poluição ambiental e emissão de gases de efeito estufa. Compostagem é uma alternativa promissora para a gestão desses resíduos, permitindo a decomposição eficiente das carcaças, transformando-as em um composto rico em nutrientes, que pode ser utilizado como fertilizante orgânico.
A casca de arroz, por sua vez, é um subproduto abundante e de baixo custo na agricultura, especialmente em regiões produtoras de arroz. No Brasil, grandes quantidades de casca de arroz são produzidas anualmente e muitas vezes subutilizadas. Seu uso como agente de estruturação na compostagem de carcaças de frangos pode não apenas promover a decomposição adequada dos resíduos, mas também agregar valor a esse subproduto agrícola, criando uma solução sustentável tanto para o manejo de carcaças quanto para o aproveitamento de resíduos agroindustriais. A comparação entre casca de arroz inteira e moída também fornecerá insights sobre qual forma desse material pode otimizar o processo de compostagem, melhorando a eficiência e a qualidade do composto final.

Metodologia

O estudo será realizado no Setor de Compostagem do Laboratório de Ensino e Experimentação Zootécnica (LEEZO) Professor Renato Rodrigues Peixoto do Departamento de Zootecnia (DZ) da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) localizado no município de Capão do Leão/RS. O processo de compostagem consistirá de duas etapas. A primeira será realizada em seis células de compostagem de alvenaria, impermeabilizadas, de 1,10m de comprimento, 0,85 m de largura e 1,20 m de altura. A parte superior da célula de compostagem será aberta e protegida por um telhado e sua parte frontal apresenta tábuas moveis para facilitar o preenchimento com os resíduos orgânicos, os quais serão submetidos a compostagem por 90 dias.
A segunda etapa, que terá duração de 30 dias, e será realizada em um galpão coberto, com piso impermeabilizado e sem paredes laterais. Serão formadas três pilhas de cada tratamento da primeira etapa nas dimensões de 1,00m de comprimento, 0,80m de largura e 0,50m de altura.
As células de compostagem serão abastecidas com frangos de corte mortos inteiros (com cabeça, patas, penas e vísceras) e casca de arroz. Os frangos eutanasiados serão obtidos da finalização de um experimento no projeto de pesquisa intitulado Utilização de farinha de insetos na nutrição e saúde de frangos de corte (código COCEPE 7938). A casca de arroz inteira e casca moída será adquirida de um orizicultor do município de Pelotas, RS.
Cada célula de compostagem receberá inicialmente uma camada de casca de arroz (inteira ou moída conforme o tratamento) seguida por cinco frangos mortos e logo outra camada de um composto orgânico maturado, seguindo assim sucessivamente até o enchimento da célula de compostagem. A água será adicionada com o auxílio de um recipiente graduado, na proporção de 30% da massa da camada de casca de arroz. Ao final do período de 90 dias de compostagem, a biomassa será retirada e pesada para posterior cálculo do volume de água a ser adicionada durante a segunda etapa. O volume de água será calculado com base em 30% do total de biomassa. As avaliações da temperatura da massa em compostagem serão realizadas semanalmente em cada célula de compostagem no período da manhã utilizando-se um termômetro digital com haste de 0,17m que é introduzido em um cano de PVC perfurado inserido no centro de cada célula de compostagem no início do experimento. A temperatura ambiente média diária será obtida na Estação Agroclimatológica de Pelotas, mais próxima do laboratório experimental LEEZO/UFPEL. As análises da composição química da biomassa serão realizadas ao final do processo de compostagem e ao final do experimento no composto maturado. Os parâmetros monitorados durante ao final do processo de compostagem incluirão, umidade, pH, relação carbono/nitrogênio, composição química e microbioma da biomassa e do produto maturado.

Indicadores, Metas e Resultados

Eficiência do processo de compostagem: Espera-se que ambos os tratamentos (casca de arroz inteira e moída) resultem em compostos adequados, mas que o tratamento com casca de arroz moída promova uma decomposição melhor e mais rápida devido à maior superfície de contato.
Redução do volume de resíduos: O projeto deve demonstrar a viabilidade da compostagem como uma solução eficaz para o descarte de carcaças de frangos de corte, contribuindo para a gestão sustentável de resíduos da avicultura.
Avaliação da casca de arroz: A pesquisa fornecerá informações comparativas sobre o uso de casca de arroz inteira e moída, destacando qual forma é mais eficiente como agente de estruturação no processo de compostagem.
Contribuição ambiental: Redução da emissão de gases de efeito estufa e mitigação dos impactos ambientais associados ao descarte inadequado de carcaças de frango.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALINE ARASSIANA PICCINI ROLL10
CAMILA VON MÜHLEN
ISADORA PEREIRA LOPES
JOSE ULISSES DA SILVA AZAMBUJA4
VICTOR FERNANDO BUTTOW ROLL11

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