Nome do Projeto
Liga Acadêmica de Micologia Médica
Ênfase
Ensino
Data inicial - Data final
27/01/2025 - 26/01/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A Micologia Médica é uma especialidade da Microbiologia intimamente relacionada às Ciências da Saúde. Embora a Organização Mundial da Saúde, alerte para a tendência crescente de infecções graves por patógenos fúngicos, em âmbito mundial, observa-se ainda o déficit de conteúdo, direcionado aos fungos de importância médica, nos currículos dos cursos de Ciências da Saúde. De maneira a colaborar com o estudo e aprofundamento no diagnóstico e tratamento de infecções fúngicas, a Liga Acadêmica de Micologia Médica visa enriquecer a formação do conhecimento teórico, clínico e científico dos acadêmicos ligantes, de maneira multidisciplinar e proativa, com foco nas micoses endêmicas e negligenciadas no Brasil.
Objetivo Geral
Estimular os acadêmicos ligantes, dos cursos de graduação em ciências da saúde, a aprofundarem seus conhecimentos técnico-científicos relacionados à micologia médica;
Oferecer oportunidade de acesso ao conhecimento sistematizado de micologia médica aos discentes.
Promover abordagens teórico-práticas mais aprofundadas nos assuntos relacionados à micologia médica e correlacionar aspectos teóricos e clínicos para melhor compreensão - discussão de casos clínicos e temas básicos relacionados.
Ampliar o conhecimento no manejo clínico, identificação de casos e tratamentos adequados das infecções fúngicas.
Incentivo ao desenvolvimento de projetos de pesquisa, ensino e extensão na área, promovendo oportunidades para publicação e apresentação de resultados.
Trabalhar com o entendimento e manejo das diversas doenças fúngicas presentes na comunidade e relatadas na literatura especializada, relacionando-as a aspectos socioculturais.
Oferecer oportunidade de acesso ao conhecimento sistematizado de micologia médica aos discentes.
Promover abordagens teórico-práticas mais aprofundadas nos assuntos relacionados à micologia médica e correlacionar aspectos teóricos e clínicos para melhor compreensão - discussão de casos clínicos e temas básicos relacionados.
Ampliar o conhecimento no manejo clínico, identificação de casos e tratamentos adequados das infecções fúngicas.
Incentivo ao desenvolvimento de projetos de pesquisa, ensino e extensão na área, promovendo oportunidades para publicação e apresentação de resultados.
Trabalhar com o entendimento e manejo das diversas doenças fúngicas presentes na comunidade e relatadas na literatura especializada, relacionando-as a aspectos socioculturais.
Justificativa
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em “WHO fungal priority pathogens list to guide research, development and public health action”, guia publicado em 2022, os patógenos fúngicos têm se tornado uma grave ameaça à saúde pública em âmbito mundial, visto o aumento na frequência de infecções micológicas concomitante ao aumento a resistência destas ao tratamento disponível – o qual conta hoje com apenas quatro classes de medicamentos antifúngicos e pouca inovação em andamento.
Também, a organização sem fins lucrativos GAFFI (Global Action for Fungal Infections), expõe em seu website que mais de 4 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças fúngicas, o que torna estas uma das maiores causas de morte no mundo, na frente de doenças críticas como a tuberculose e a malária. Ainda, a organização alerta como a limitação no diagnóstico e quase inexistentes medidas de notificação e vigilância de indivíduos afetados e da taxa de mortalidade impossibilitam que se meça a verdadeira escala do problema.
Ambas as organizações alertam que a incidência e a distribuição geográfica de doenças fúngicas estão se expandindo mundialmente devido ao aquecimento global e ao aumento da deslocação internacional de pessoas e produtos. Ainda, advertem que as infecções fúngicas comuns se tornaram cada vez mais resistentes ao tratamento disponível, com risco de desenvolverem formas mais invasivas capazes de causar infecção na população no geral e não apenas nos grupos de risco.
Apesar da crescente preocupação, essas entidades evidenciam como as infecções fúngicas recebem ainda atenção e recursos financeiros insuficientes, o que acarreta em escassez de dados de qualidade sobre a distribuição das micoses e padrões de resistência aos antifúngicos.
Em função dessa conjuntura, pudemos observar algumas movimentações recentes em direção a sua mitigação: em 2022 houve a publicação pela OMS da lista de patógenos fúngicos de prioridade para pesquisa e desenvolvimento de ações públicas, citada anteriormente, e em outubro de 2024 no Brasil, o Ministério da Saúde deu início a implantação de uma plataforma piloto de vigilância das micoses endêmicas chamada “Micosis”.
Ademais, tanto os organizações OMS como GAFFI ressaltam que entre os obstáculos ao diagnóstico, tratamento e diminuição da mortalidade por infecções fúngicas, se destacam a carência de treinamento de profissionais da saúde para a suspeição clínica, o acesso e correta utilização dos escassos testes diagnósticos disponíveis, como também a falta de treinamento para o correto manejo do tratamento antifúngico.
A Liga Acadêmica de Micologia Médica foi idealizada a partir da realidade escassa de conteúdo direcionado à micologia. observada nos atuais currículos dos cursos de graduação em Medicina, Farmácia, Odontologia e Enfermagem - conteúdo o qual é de notável relevância para a prática médica, para a prática do profissional dentista e para a do enfermeiro, visando através de atividades extraclasses desenvolver e ampliar o diagnóstico, manejo clínico e tratamento adequado das infecções fúngicas, como também promover a pesquisa e produção científica fornecendo dados concretos da região de Pelotas.
Dessa forma, as atividades desenvolvidas pela Liga de Micologia Médica da UFPEL ajudarão a promover a consolidação e desenvolvimento do conhecimento dos envolvidos de maneira a enriquecer o currículo acadêmico destes e contribuir com o preparo para a futura carreira profissional, assim como colaborarão com a produção científica da área.
Também, a organização sem fins lucrativos GAFFI (Global Action for Fungal Infections), expõe em seu website que mais de 4 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças fúngicas, o que torna estas uma das maiores causas de morte no mundo, na frente de doenças críticas como a tuberculose e a malária. Ainda, a organização alerta como a limitação no diagnóstico e quase inexistentes medidas de notificação e vigilância de indivíduos afetados e da taxa de mortalidade impossibilitam que se meça a verdadeira escala do problema.
Ambas as organizações alertam que a incidência e a distribuição geográfica de doenças fúngicas estão se expandindo mundialmente devido ao aquecimento global e ao aumento da deslocação internacional de pessoas e produtos. Ainda, advertem que as infecções fúngicas comuns se tornaram cada vez mais resistentes ao tratamento disponível, com risco de desenvolverem formas mais invasivas capazes de causar infecção na população no geral e não apenas nos grupos de risco.
Apesar da crescente preocupação, essas entidades evidenciam como as infecções fúngicas recebem ainda atenção e recursos financeiros insuficientes, o que acarreta em escassez de dados de qualidade sobre a distribuição das micoses e padrões de resistência aos antifúngicos.
Em função dessa conjuntura, pudemos observar algumas movimentações recentes em direção a sua mitigação: em 2022 houve a publicação pela OMS da lista de patógenos fúngicos de prioridade para pesquisa e desenvolvimento de ações públicas, citada anteriormente, e em outubro de 2024 no Brasil, o Ministério da Saúde deu início a implantação de uma plataforma piloto de vigilância das micoses endêmicas chamada “Micosis”.
Ademais, tanto os organizações OMS como GAFFI ressaltam que entre os obstáculos ao diagnóstico, tratamento e diminuição da mortalidade por infecções fúngicas, se destacam a carência de treinamento de profissionais da saúde para a suspeição clínica, o acesso e correta utilização dos escassos testes diagnósticos disponíveis, como também a falta de treinamento para o correto manejo do tratamento antifúngico.
A Liga Acadêmica de Micologia Médica foi idealizada a partir da realidade escassa de conteúdo direcionado à micologia. observada nos atuais currículos dos cursos de graduação em Medicina, Farmácia, Odontologia e Enfermagem - conteúdo o qual é de notável relevância para a prática médica, para a prática do profissional dentista e para a do enfermeiro, visando através de atividades extraclasses desenvolver e ampliar o diagnóstico, manejo clínico e tratamento adequado das infecções fúngicas, como também promover a pesquisa e produção científica fornecendo dados concretos da região de Pelotas.
Dessa forma, as atividades desenvolvidas pela Liga de Micologia Médica da UFPEL ajudarão a promover a consolidação e desenvolvimento do conhecimento dos envolvidos de maneira a enriquecer o currículo acadêmico destes e contribuir com o preparo para a futura carreira profissional, assim como colaborarão com a produção científica da área.
Metodologia
A Liga Acadêmica de Micologia Médica terá como foco principal o aprofundamento do conhecimento sobre as micoses e a formação de profissionais capacitados para lidar com essa área da saúde em encontros semanais. Para alcançar esse objetivo, a liga desenvolverá atividades nos seguintes eixos:
Ensino: Serão realizados grupos de estudo, aulas teóricas e práticas abrangendo temas como epidemiologia, diagnóstico, tratamento e prevenção das micoses. As atividades incluirão palestras com especialistas, debates em grupo sobre casos clínicos e artigos científicos, além de aulas práticas para o aprendizado de técnicas de coleta e identificação de fungos. A criação de materiais didáticos, como manuais e vídeos, também será um recurso para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
Pesquisa: Serão realizados levantamentos epidemiológicos de doenças fúngicas na cidade de Pelotas e região. Esses levantamentos são essenciais para a implementação de estratégias de prevenção e controle, além de contribuir para a formação de políticas públicas de saúde mais eficazes. Realizado concomitantemente aos grupos de estudo fora do horário das reuniões.
Extensão: Serão realizadas ações de extensão, promoveremos atividades educativas em escolas, por exemplo, com o propósito de aumentar a conscientização sobre micoses, abordando suas causas, sintomas, tratamentos e métodos de prevenção. Além disso, buscar-se-á conectar a comunidade acadêmica e o público em geral através de palestras e campanhas de conscientização, fortalecendo a rede de informação e suporte sobre prevenção de doenças fúngicas.
Ensino: Serão realizados grupos de estudo, aulas teóricas e práticas abrangendo temas como epidemiologia, diagnóstico, tratamento e prevenção das micoses. As atividades incluirão palestras com especialistas, debates em grupo sobre casos clínicos e artigos científicos, além de aulas práticas para o aprendizado de técnicas de coleta e identificação de fungos. A criação de materiais didáticos, como manuais e vídeos, também será um recurso para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
Pesquisa: Serão realizados levantamentos epidemiológicos de doenças fúngicas na cidade de Pelotas e região. Esses levantamentos são essenciais para a implementação de estratégias de prevenção e controle, além de contribuir para a formação de políticas públicas de saúde mais eficazes. Realizado concomitantemente aos grupos de estudo fora do horário das reuniões.
Extensão: Serão realizadas ações de extensão, promoveremos atividades educativas em escolas, por exemplo, com o propósito de aumentar a conscientização sobre micoses, abordando suas causas, sintomas, tratamentos e métodos de prevenção. Além disso, buscar-se-á conectar a comunidade acadêmica e o público em geral através de palestras e campanhas de conscientização, fortalecendo a rede de informação e suporte sobre prevenção de doenças fúngicas.
Indicadores, Metas e Resultados
O indicador de sucesso do projeto será o engajamento dos alunos participantes da Liga Acadêmica de Micologia Médica, observado a partir da realização das atividades propostas e da frequência e pontualidade nos encontros.
Como principais metas, pretende-se contribuir para avanço do conhecimento clínico e científico dos membros e da comunidade científica, além de motivar o interesse e participação dos acadêmicos de forma a obter um grupo conciso e engajado na busca do conhecimento na área da micologia médica.
Espera-se que entre os resultados seja estabelecida a relevância do estudo das micoses para a atuação dos profissionais das ciências da saúde e para a saúde coletiva, despertando o interesse dos acadêmicos na área.
Como principais metas, pretende-se contribuir para avanço do conhecimento clínico e científico dos membros e da comunidade científica, além de motivar o interesse e participação dos acadêmicos de forma a obter um grupo conciso e engajado na busca do conhecimento na área da micologia médica.
Espera-se que entre os resultados seja estabelecida a relevância do estudo das micoses para a atuação dos profissionais das ciências da saúde e para a saúde coletiva, despertando o interesse dos acadêmicos na área.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA CAROLINA CARDOSO GOULARTE | |||
ARIANE BARBOSA XAVIER | |||
DULCINEA BLUM MENEZES | 9 | ||
FERNANDA CAROLYNE DA COSTA | |||
MAURICIO LUIZ BRAGA DE FRANCA | |||
SORAYA PEREIRA BUSSIKI |