Nome do Projeto
Levantamento da Geodiversidade na região do Projeto Geoparque Paisagem das Águas (PGPA) – RS (Pelotas, Rio Grande, São José do Norte, São Loureço do Sul, Turuçu, Arroio do Padre, Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar)
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
30/04/2025 - 30/10/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Exatas e da Terra
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Comunicação
Linha de Extensão
Patrimônio cultural, histórico e natural
Resumo
O estudo tem como objetivo principal desenvolver produtos técnico-científicos colaborativos que abordem a geodiversidade e a gestão territorial da região do Estuário da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, visando subsidiar a implementação do Geoparque Paisagem das Águas (PGPA). A iniciativa busca detalhar aspectos do meio físico, como geologia, geomorfologia e recursos hídricos, para valorizar o geopatrimônio da região, promovendo o desenvolvimento sustentável e fortalecendo a identidade local. O Estuário da Lagoa dos Patos é um sistema único, formado pela interação entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos, uma das maiores lagunas do mundo. Essa região abriga uma rica biodiversidade e é palco de intensa ocupação humana, com atividades urbanas, industriais, agrícolas e culturais, concentradas em municípios como Pelotas e Rio Grande, que somam mais de 500 mil habitantes. A proposta do geoparque alinha-se ao conceito de desenvolvimento sustentável, integrando geoturismo, geoeducação e geoconservação. O geoparque tem o objetivo de se consolidar como um instrumento para a promoção do crescimento social, econômico e ambiental, valorizando as práticas culturais e a identidade local. Para isso, é essencial compreender a geodiversidade da região, identificando locais de interesse geopatrimonial de relevância científica, educativa e turística, que servirão de base para a criação de roteiros geoturísticos e materiais educativos. Além disso, o conhecimento gerado subsidiará políticas de geoconservação, como a proteção de áreas prioritárias e o desenvolvimento de planos de manejo adequados. A metodologia do estudo é dividida em quatro etapas principais: pré-campo, campo, pós-campo e entrega/divulgação. Na etapa pré-campo, são realizados workshops de alinhamento, organização de dados em Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e elaboração de mapas preliminares, que analisam o uso e ocupação do solo ao longo de uma década. A etapa de campo envolve levantamentos dos elementos da geodiversidade e observações das características naturais do território, incluindo visitas a locais de interesse geopatrimonial. Na etapa pós-campo, são feitos ajustes finais nos dados coletados, subdivisão das unidades geológico-ambientais e preenchimento de tabelas de atributos. Por fim, na etapa de entrega e divulgação, os produtos gerados, como mapas da geodiversidade e relatórios técnicos, são disponibilizados em repositórios públicos e divulgados para gestores, acadêmicos e demais interessados. Os resultados esperados incluem o mapeamento das unidades geológico-ambientais, a quantificação da geodiversidade, a caracterização geomorfológica, estudos sobre a qualidade da água e aquíferos, avaliação de áreas para urbanização e agricultura, compilação de recursos minerais e levantamento de atrativos geoturísticos. Além disso, serão elaborados mapas, atlas e publicações científicas que documentarão os resultados do estudo, servindo como recursos para pesquisadores, gestores e o comitê proponente do Geoparque Paisagem das Águas. Esses produtos visam contribuir para a gestão territorial sustentável, a conservação do patrimônio geológico e o desenvolvimento econômico e social da região.
Objetivo Geral
O presente estudo tem o objetivo de desenvolver, de forma colaborativa, produtos técnico-científicos que, ao abordarem a geodiversidade e a gestão territorial da região do Estuário da Lagoa dos Patos, subsidiem a implementação do Geoparque Paisagem das Águas (PGPA), por meio do detalhamento de diversos aspectos do meio físico (geologia, geomorfologia, recursos hídricos, entre outros). Esses produtos visam contribuir para a valorização do patrimônio geológico e cultural da região, promovendo o desenvolvimento territorial sustentável e o fortalecimento da identidade local.
Justificativa
O Estuário da Lagoa dos Patos, um ecossistema singular em escala mundial, apresenta uma convergência única de processos naturais abióticos e bióticos. Formado pelo encontro do Oceano Atlântico com a Lagoa dos Patos, uma das maiores lagunas do planeta, este estuário recebe águas de diversas fontes – canais, riachos, rios, lagos, cachoeiras e áreas úmidas –, criando um universo hidrológico ímpar, com interações atmosfera-litosfera que sustentam uma rica biodiversidade, testemunha de eventos da história recente da Terra.
Simultaneamente, este espaço é palco de intensa ocupação por atividades urbano-industriais, portuárias, agropecuárias, de mineração, e também de práticas culturais e econômicas de populações tradicionais, impulsionadas por dois importantes municípios gaúchos, Pelotas e Rio Grande, que juntos somam mais de 500.000 habitantes (IBGE, 2021).
Diante deste cenário, a presente proposição visa gerar informações técnico-científicas fomentar a criação de um Geoparque abrangendo os recursos hídricos fluviais, lacustres, lagunares e oceânicos da Paisagem das Águas no Sistema Estuário da Lagoa dos Patos (RS), especificamente nos municípios de Pelotas, Rio Grande, Arroio do Padre, Turuçu, São Lourenço do Sul, São José do Norte, Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar, totalizando uma área de aproximadamente 13.946 km².
Um geoparque, enquanto instrumento de promoção do desenvolvimento sustentável, articula-se em torno da geodiversidade, integrando ações de geoturismo e geoeducação com medidas de geoconservação. Essa abordagem holística visa o desenvolvimento territorial a partir de uma perspectiva integradora, promovendo o crescimento social aliado à preservação ambiental e ao desenvolvimento econômico duradouro das comunidades, valorizando suas práticas, cultura e identidade.
Assim, a proposta contribuirá para o melhor conhecimento da geodiversidade local, o que é crucial para a proposição do geoparque e para efetivas políticas de geoconservação, pois compreender a variedade geológica, os processos de formação, a história e a dinâmica do território é fundamental para identificar os geossítios de maior relevância científica, educativa e turística, elementos essenciais para a estruturação de um geoparque. Esse conhecimento embasa a seleção, a conservação e a interpretação desses locais, permitindo a criação de roteiros geoturísticos e materiais educativos que valorizam o patrimônio geológico e cultural. Além disso, o conhecimento científico sobre a geodiversidade subsidia a implementação de estratégias de geoconservação, permitindo a identificação de áreas prioritárias para proteção, o desenvolvimento de planos de manejo adequados e o monitoramento da efetividade das ações de conservação, garantindo a preservação do patrimônio geológico para as futuras gerações.
Simultaneamente, este espaço é palco de intensa ocupação por atividades urbano-industriais, portuárias, agropecuárias, de mineração, e também de práticas culturais e econômicas de populações tradicionais, impulsionadas por dois importantes municípios gaúchos, Pelotas e Rio Grande, que juntos somam mais de 500.000 habitantes (IBGE, 2021).
Diante deste cenário, a presente proposição visa gerar informações técnico-científicas fomentar a criação de um Geoparque abrangendo os recursos hídricos fluviais, lacustres, lagunares e oceânicos da Paisagem das Águas no Sistema Estuário da Lagoa dos Patos (RS), especificamente nos municípios de Pelotas, Rio Grande, Arroio do Padre, Turuçu, São Lourenço do Sul, São José do Norte, Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar, totalizando uma área de aproximadamente 13.946 km².
Um geoparque, enquanto instrumento de promoção do desenvolvimento sustentável, articula-se em torno da geodiversidade, integrando ações de geoturismo e geoeducação com medidas de geoconservação. Essa abordagem holística visa o desenvolvimento territorial a partir de uma perspectiva integradora, promovendo o crescimento social aliado à preservação ambiental e ao desenvolvimento econômico duradouro das comunidades, valorizando suas práticas, cultura e identidade.
Assim, a proposta contribuirá para o melhor conhecimento da geodiversidade local, o que é crucial para a proposição do geoparque e para efetivas políticas de geoconservação, pois compreender a variedade geológica, os processos de formação, a história e a dinâmica do território é fundamental para identificar os geossítios de maior relevância científica, educativa e turística, elementos essenciais para a estruturação de um geoparque. Esse conhecimento embasa a seleção, a conservação e a interpretação desses locais, permitindo a criação de roteiros geoturísticos e materiais educativos que valorizam o patrimônio geológico e cultural. Além disso, o conhecimento científico sobre a geodiversidade subsidia a implementação de estratégias de geoconservação, permitindo a identificação de áreas prioritárias para proteção, o desenvolvimento de planos de manejo adequados e o monitoramento da efetividade das ações de conservação, garantindo a preservação do patrimônio geológico para as futuras gerações.
Metodologia
1. Etapa Pré-Campo:
- Workshop de alinhamento e troca de dados.
- Organização dos Dados em SIG: A equipe deve organizar os dados utilizando um Sistema de Informações Geográfico (SIG), com um kit básico fornecido pela coordenação, que inclui base cartográfica, ortofotos e produtos de Modelagem Digital do Terreno (MDT). Os ajustes na base cartográfica podem ser feitos com informações de instituições como IBGE ou OpenStreetMaps.
- Elaboração do Mapa Preliminar: Esta atividade consiste em analisar o uso e ocupação do solo ao longo de pelo menos uma década, a fim de identificar vetores de crescimento e dinâmicas de ocupação. O objetivo é criar um panorama que possa servir de base para os estudos subsequentes.
- Reuniões de alinhamento e discussão dos resultados parciais.
2. Etapa de Campo:
- Realiza-se uma série de levantamentos de campo onde as equipes coletam dados geológicos e observam as características naturais do território, incluindo variações litológicas e estruturais relevantes. Essa etapa pode incluir visitas a locais específicos que apresentam interesse geológico e geotécnico.
2. Etapa Pós-Campo:
- Ajustes Finais: Após a coleta de dados em campo, são realizados ajustes em temas essenciais, como relevo e uso e ocupação do solo, para assegurar a precisão das informações.
- Subdivisão das Unidades Geológico-Ambientais: As unidades geológico-ambientais são divididas com base nas características do relevo, o que ajuda a entender melhor as implicações geotécnicas e ambientais.
- Preenchimento de Tabelas de Atributos: É preciso preencher tabelas que sintetizem os dados coletados, respeitando um padrão de categorização que facilita a análise e o uso dessas informações.
- Elaboração do Leiaute do Mapa da Geodiversidade: A coordenação é responsável por criar o layout do mapa final, que inclui a legenda com as adequabilidades e limitações de cada unidade geológico-ambiental. As equipes auxiliam enviando os dados coletados para a coordenação realizar a montagem final do mapa.
4. Etapa de Entrega e Divulgação:
- Cadastro e Disponibilização dos Produtos: Após a finalização do projeto, os produtos gerados (como o Mapa da Geodiversidade, SIG e resumo executivo) são cadastrados e disponibilizados para consulta e download públicos em repositórios específicos, como o Repositório de Dados do SGB-CPRM (Rigeo) e o GeoSGB.
- Divulgação dos Resultados: É realizada uma ampla divulgação dos resultados, que inclui a apresentação das informações para gestores públicos, comunidade acadêmica e demais interessados, assegurando que as informações alcancem todos os públicos-alvo.
Essas etapas são interligadas e têm como objetivo garantir a eficácia do levantamento e uso das informações sobre geodiversidade, promovendo o manejo sustentável e a gestão territorial adequada.
- Workshop de alinhamento e troca de dados.
- Organização dos Dados em SIG: A equipe deve organizar os dados utilizando um Sistema de Informações Geográfico (SIG), com um kit básico fornecido pela coordenação, que inclui base cartográfica, ortofotos e produtos de Modelagem Digital do Terreno (MDT). Os ajustes na base cartográfica podem ser feitos com informações de instituições como IBGE ou OpenStreetMaps.
- Elaboração do Mapa Preliminar: Esta atividade consiste em analisar o uso e ocupação do solo ao longo de pelo menos uma década, a fim de identificar vetores de crescimento e dinâmicas de ocupação. O objetivo é criar um panorama que possa servir de base para os estudos subsequentes.
- Reuniões de alinhamento e discussão dos resultados parciais.
2. Etapa de Campo:
- Realiza-se uma série de levantamentos de campo onde as equipes coletam dados geológicos e observam as características naturais do território, incluindo variações litológicas e estruturais relevantes. Essa etapa pode incluir visitas a locais específicos que apresentam interesse geológico e geotécnico.
2. Etapa Pós-Campo:
- Ajustes Finais: Após a coleta de dados em campo, são realizados ajustes em temas essenciais, como relevo e uso e ocupação do solo, para assegurar a precisão das informações.
- Subdivisão das Unidades Geológico-Ambientais: As unidades geológico-ambientais são divididas com base nas características do relevo, o que ajuda a entender melhor as implicações geotécnicas e ambientais.
- Preenchimento de Tabelas de Atributos: É preciso preencher tabelas que sintetizem os dados coletados, respeitando um padrão de categorização que facilita a análise e o uso dessas informações.
- Elaboração do Leiaute do Mapa da Geodiversidade: A coordenação é responsável por criar o layout do mapa final, que inclui a legenda com as adequabilidades e limitações de cada unidade geológico-ambiental. As equipes auxiliam enviando os dados coletados para a coordenação realizar a montagem final do mapa.
4. Etapa de Entrega e Divulgação:
- Cadastro e Disponibilização dos Produtos: Após a finalização do projeto, os produtos gerados (como o Mapa da Geodiversidade, SIG e resumo executivo) são cadastrados e disponibilizados para consulta e download públicos em repositórios específicos, como o Repositório de Dados do SGB-CPRM (Rigeo) e o GeoSGB.
- Divulgação dos Resultados: É realizada uma ampla divulgação dos resultados, que inclui a apresentação das informações para gestores públicos, comunidade acadêmica e demais interessados, assegurando que as informações alcancem todos os públicos-alvo.
Essas etapas são interligadas e têm como objetivo garantir a eficácia do levantamento e uso das informações sobre geodiversidade, promovendo o manejo sustentável e a gestão territorial adequada.
Indicadores, Metas e Resultados
Os resultados esperados são os seguintes:
1. Elaboração de levantamento da geodiversidade com foco na ocupação urbana, agricultura, recursos hídricos, recursos minerais e geoturismo, em escala 1:100.000;
1.1. Mapeamento das Unidades Geológico-Ambientais e suas potencialidades e limitações frente a diversos usos;
1.2. Quantificação da geodiversidade da área do projeto;
1.3. Caracterização geomorfológica e suas implicações na ocupação do território;
1.4. Estudos sobre a qualidade da água;
1.5. Caracterização dos aquíferos e disponibilidade hídrica, identificação de áreas de recarga e possíveis vulnerabilidades;
1.6. Avaliação das áreas e suas condicionantes para urbanização com identificação de problemas geotécnicos (erosão, inundações, deslizamentos, dentre outros);
1.7. Avaliação do uso e ocupação do solo nos últimos 30 anos;
1.8. Avaliar as características do solo para a agricultura, identificando áreas de aptidão agrícola;
1.9. Compilação dos recursos minerais disponíveis (areia, argila, rochas ornamentais, etc.);
1.10. Levantamento dos atrativos geoturísticos;
1.11. Criação de roteiros geoturístico;
2. Elaboração de mapas, atlas (relatório técnico-científico) e/ou publicações científicas que documentem os resultados do estudo. Estes materiais serão recursos importantes para outros pesquisadores, gestores e tomadores de decisão e comitê proponente do Geoparque Paisagem das Águas - RS.
1. Elaboração de levantamento da geodiversidade com foco na ocupação urbana, agricultura, recursos hídricos, recursos minerais e geoturismo, em escala 1:100.000;
1.1. Mapeamento das Unidades Geológico-Ambientais e suas potencialidades e limitações frente a diversos usos;
1.2. Quantificação da geodiversidade da área do projeto;
1.3. Caracterização geomorfológica e suas implicações na ocupação do território;
1.4. Estudos sobre a qualidade da água;
1.5. Caracterização dos aquíferos e disponibilidade hídrica, identificação de áreas de recarga e possíveis vulnerabilidades;
1.6. Avaliação das áreas e suas condicionantes para urbanização com identificação de problemas geotécnicos (erosão, inundações, deslizamentos, dentre outros);
1.7. Avaliação do uso e ocupação do solo nos últimos 30 anos;
1.8. Avaliar as características do solo para a agricultura, identificando áreas de aptidão agrícola;
1.9. Compilação dos recursos minerais disponíveis (areia, argila, rochas ornamentais, etc.);
1.10. Levantamento dos atrativos geoturísticos;
1.11. Criação de roteiros geoturístico;
2. Elaboração de mapas, atlas (relatório técnico-científico) e/ou publicações científicas que documentem os resultados do estudo. Estes materiais serão recursos importantes para outros pesquisadores, gestores e tomadores de decisão e comitê proponente do Geoparque Paisagem das Águas - RS.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADRIANE DO AMARAL SAMPAIO | |||
ADRIANO LUIS HECK SIMON | 17 | ||
ALICE FARIAS RODRIGUES | |||
CAMILE URBAN | 13 | ||
EDVANIA APARECIDA CORREA ALVES | 11 | ||
GRACIELI TRENTIN | 8 | ||
JOANA TRAPP JUNG DE SOUZA | |||
LAIDINER RUTZ TRETTIN | |||
LAURA RUDZEWICZ | 15 | ||
LUCAS PIRES FERREIRA | |||
MAURICIO MEURER | 7 | ||
MOISES ORTEMAR REHBEIN | 4 | ||
MURILO NUNES DA SILVA | |||
Maurício Rizzatti | 11 | ||
Márlon Roxo Madeira | |||
PEDRO HENRIQUE GONÇALVES DA LUZ | |||
ROBERTO LUIZ DOS SANTOS ANTUNES | 13 | ||
VICTÓRIA DEJAN PAGANOTTO | |||
VICTÓRIA DEJAN PAGANOTTO | |||
Vinícius Bartz Schwanz | |||
ÂNDREA LENISE DE OLIVEIRA LOPES |