Nome do Projeto
PRÉ-NATAL: AS GESTANTES DO AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS RECONHECEM A SUA IMPORTÂNCIA PARA O BEBÊ?
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
05/05/2025 - 05/04/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
O Ministério da Saúde preconiza o pré-natal como fundamental para garantir uma gestação e um parto saudáveis, bem como para minimizar possíveis intercorrências, por meio de exames, intervenções medicamentosas e orientações médicas. No entanto, as orientações referentes aos cuidados do recém-nascido limitam-se ao período puerperal, ainda não sendo fomentadas durante o pré-natal. Em contraponto, em mesmo documento, o órgão explicita a importância da comunicação mãe-bebê, da autoconfiança materna e da boa relação família-bebê-mãe, inclusive para a prevenção da depressão e do blues puerperais [3]. Já a nível mundial, a Organização Mundial da Saúde recomenda a implementação de casas de espera para maternidade como uma intervenção que visa melhorar a saúde materna e neonatal. Ainda, afirma ser essencial assegurar a todas as mulheres o acesso a cuidados obstétricos essenciais, básicos e abrangentes, incluindo cuidados de emergência para o tratamento de complicações no recém-nascido, envolvendo mulheres e comunidade e garantindo o atendimento às suas necessidades específicas [19]. Paralelamente, o Health People 2030 prevê 17 objetivos para os bebês, os quais são diretamente relacionados a boas orientações às mães no período pré-natal.
Evidenciada a lacuna existente na bibliografia atual no que tange à orientação pré-natal acerca dos cuidados neonatais, observa-se concomitantemente o atual cenário nos serviços de saúde de Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia do Ambulatório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em que se percebe uma grande quantidade de mães que procuram atendimento por demandas que poderiam ser resolvidas em casa, demonstrando despreparo e insegurança, especialmente em primíparas. Além disso, nota-se atitudes impróprias, advindas de informações errôneas e de imperícia. Especula-se que isso possa estar ocorrendo por ausência de orientações que tranquilizem e inteirem-nas dos cuidados com o recém-nascido, os quais variam desde como higienizá-lo até como proceder em caso de emergência ou acidente. À vista disso, denota-se a relevância de depreender a real compreensão das gestantes do ambulatório em questão no que tange aos cuidados neonatais, por meio da aplicação de questionários, a fim de futuramente orientá-las a respeito disso, buscando minimizar condutas inadequadas e recrudescer a segurança do bebê [3]. Ainda em tempo, adiciona-se a relevância de traçar um perfil tecnológico das jovens futuras mães, para que seja viável apreender de que forma tais orientações poderão ser fornecidas e a melhor maneira dessas gestantes serem engajadas no projeto.
Este projeto irá verificar as informações que as gestantes têm a respeito das orientações de cuidados com recém-nascidos, assim como para perceber as dúvidas propiciadas pela aplicação do questionário auxiliando a abordagem médica nos pontos deficitários identificados, otimizando consultas médicas e fornecendo noções básicas desses cuidados aos cuidadores. A consulta pré-natal com o pediatra é muito importante, porém, na realidade do atendimento do Sistema Único de Saúde, observa-se que essa não é a realidade de muitas gestantes [13]; por conta disso, a pesquisa também se torna relevante por estimular as dúvidas e a busca por orientações de cuidados pediátricos, preparando a gestante sobre a amamentação, as triagens neonatais, as vacinações, os cuidados contra acidentes domésticos, entre outras temáticas do questionário.
Objetivo Geral
Esta pesquisa tem como principal objetivo averiguar o nível de conhecimento acerca de pré-natal, cuidados ao recém-nascido e desenvolvimento infantil pertinentes à maternidade das gestantes que realizam o pré-natal no Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (Pelotas, RS).
Justificativa
A partir de revisão bibliográfica realizada nas plataformas PubMed, Scielo e Scholar Google, valendo-se do conjunto de termos (("prenatal" OR "postnatal") AND "guidance" AND "care" AND "newborn" AND ("mother" OR "pregnant")), foram encontrados 75.660 resultados. Desses, foram lidos 310 títulos, dos quais selecionou-se 47 com base no tema foco do projeto. Esses, então, passaram por uma escolha conforme seus resumos, dos quais distinguiram-se 16 artigos, os quais utilizou-se para o embasamento literário do presente trabalho. Analisando os resultados encontrados, pôde-se observar uma prevalência significativamente maior de artigos relacionados a orientações para os cuidados com bebês apenas no período pós-natal, representando aproximadamente 43% do total. Também se percebeu um predomínio de trabalhos relacionados à prevenção de doenças infecciosas no recém-nascido, especialmente as transmissíveis de forma vertical. Dos 16 artigos selecionados, tem-se a maioria relacionada a informações pré-natais acerca da amamentação (6) e cuidados psicossociais da mãe (4), havendo significativo destaque para o despreparo profissional e estatal para orientar gestantes acerca dos cuidados com bebês [2, 5, 7, 8, 11, 12, 16, 20]. Ainda, alguns relataram que orientações pré-natais foram bem-sucedidas [1, 4, 6, 8, 10, 14, 15, 17, 18].
Nesse sentido, salienta-se que uma consulta pré-natal pediátrica durante o terceiro trimestre é recomendada para todas as futuras famílias como um primeiro passo importante no estabelecimento de um lar saudável para uma criança, conforme recomendado por Bright Futures: Guidelines for Health Supervision of Infants, Children, and Adolescents, Quarta Edição [20], entretanto, a avaliação externa do PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica) brasileiro demonstrou que os indicadores que tiveram pior desempenho foram o recebimento de orientações sobre aleitamento materno exclusivo e cuidados com o recém-nascido [16], além de existirem lacunas alarmantes na medição da experiência do funcionário em cuidados pré-natais, pós-natais e neonatais [7]. Nessa conjuntura, cabe ao profissional de saúde fornecer educação e orientação antecipada antes da alta, bem como cuidados consistentes no hospital e pós-alta, haja vista que isso pode afetar o nível de confiança materna [11] e o início precoce da amamentação [14, 17, 18].
Nesse sentido, salienta-se que uma consulta pré-natal pediátrica durante o terceiro trimestre é recomendada para todas as futuras famílias como um primeiro passo importante no estabelecimento de um lar saudável para uma criança, conforme recomendado por Bright Futures: Guidelines for Health Supervision of Infants, Children, and Adolescents, Quarta Edição [20], entretanto, a avaliação externa do PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica) brasileiro demonstrou que os indicadores que tiveram pior desempenho foram o recebimento de orientações sobre aleitamento materno exclusivo e cuidados com o recém-nascido [16], além de existirem lacunas alarmantes na medição da experiência do funcionário em cuidados pré-natais, pós-natais e neonatais [7]. Nessa conjuntura, cabe ao profissional de saúde fornecer educação e orientação antecipada antes da alta, bem como cuidados consistentes no hospital e pós-alta, haja vista que isso pode afetar o nível de confiança materna [11] e o início precoce da amamentação [14, 17, 18].
Metodologia
É um estudo transversal que será realizado com as gestantes que consultam no Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas. O instrumento utilizado será um questionário padronizado, utilizando um documento no google docs. As gestantes serão entrevistadas antes das consultas obstétricas, na sala de espera. Tal questionário (anexo 2) é composto por perguntas fechadas de SIM/NÃO e abertas, acerca tanto do pré-natal quanto dos cuidados com o recém-nascido, os quais são considerados cruciais para o entendimento de todas as futuras mães. Os dados serão então digitados no Excel e transferidos para o pacote Estatístico de Análise de Dados STATA 18.0 para análise.
As participantes assinarão termo de consentimento escrito (anexo 1) e autorização pela participação no estudo, podendo recusar-se a participar. O termo será entregue à gestante antes da entrevista e, após ser lido e esclarecido em relação aos objetivos da pesquisa, ausência de custos e participação voluntária, será assinado por ela.
O projeto será encaminhado ao comitê de ética em pesquisa da FAMED previamente.
As participantes assinarão termo de consentimento escrito (anexo 1) e autorização pela participação no estudo, podendo recusar-se a participar. O termo será entregue à gestante antes da entrevista e, após ser lido e esclarecido em relação aos objetivos da pesquisa, ausência de custos e participação voluntária, será assinado por ela.
O projeto será encaminhado ao comitê de ética em pesquisa da FAMED previamente.
Indicadores, Metas e Resultados
Escolha do tema
Elaboração do anteprojeto
Elaboração de questionário
Correção de anteprojeto e elaboração de projeto
Elaboração de Material de Orientação
Coleta de dados
Análise dos dados
Organização do roteiro/partes
Redação do trabalho
Revisão e redação final
Apresentação final
Elaboração do anteprojeto
Elaboração de questionário
Correção de anteprojeto e elaboração de projeto
Elaboração de Material de Orientação
Coleta de dados
Análise dos dados
Organização do roteiro/partes
Redação do trabalho
Revisão e redação final
Apresentação final
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
AMANDA JULIAO DIAS DOS SANTOS | |||
BRUNA LEMPEK TRINDADE DUTRA | |||
CRISTIANE HALLAL DA SILVA | 1 | ||
DENISE CARRICONDE MARQUES | 1 | ||
TCHANDRA MACHADO DE VARGAS |