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Acredito que cada experiência oportunize múltiplos caminhos de encontro com o novo: esta é a máxima para o relançamento do PROJETO MOSAICO em sua 4ª edição. A partir do relançamento desse projeto anseio por deambular sobre outros pensamentos a fim de transformarmos espaços e nos transformarmos ao longo desse caminho, propondo depararmo-nos com fissuras que de algum modo possam dar movimento às reflexões que na paisagem sonora se originam, tornando a experiência acústica escolar momento de encontro do docente consigo, com os alunos e, principalmente, com novas possibilidades de criação que se voltam aos diferentes espaços onde a música transita, nos seus diferentes contextos, intervindo de diferentes formas, viabilizando a pesquisa em música.
Para isso, entendo que essa sensibilidade voltada ao mundo acústico deve ser mediada por práticas que oportunizam “(...) múltiplas compreensões da experiência do indivíduo e dos coletivos sociais em suas relações com o ambiente” (CARVALHO, 2004, p. 79), fruindo na ética e nas singularidades que proporcionam experiências e que inflamam, como Ana Godoy menciona, o que está “(...) dado, formado, calculado, provado e previsível” (GODOY, 2008, p. 75). Dessa forma, as práticas estéticas que aqui são mencionadas motivam a fruição nos fazeres, movimentam o pensamento sobre os conteúdos sonoros do nosso cotidiano e dão luz às experiências que “(...) inventam novos modos de existência, novos territórios” (GODOY, 2008, p. 63) para pensarmos abordagens acerca de paisagem sonora e dos diferentes processos criativos na formação do profissional em música.

Ao longo de 12 meses serão organizados cerca de 6 palestras, onde os integrantes do projeto farão parte de conversações e ações sob tópicos previamente calendarizados. Dividida em 2 ações (seções), o projeto de extensão se apresenta enquanto:

1ª Ação: Aproximações com o grupo de pesquisa Arte Sonora: Estudos dos Processos Criativos, Instalativos e em Paisagem Sonora.

A experiência no mundo acústico é ser algo demasiado visceral e pessoal, onde se estabelecem uma multiplicidade de ideias e significações que também se multiplicam pelo número de pessoas que se tornam passivas a estas experiências. Ter uma experiência acústica num ambiente ao qual se desconhece é um desafio complexo – é neste ponto que pretendo aqui debruçar. Normalmente procuramos imediatamente as informações visuais. Não ousaríamos fechar os olhos e negar o que se apresenta neste formato. Entretanto, inclinamos nossa atenção também às escutas, às sensações físicas da caminhada, ao calor ou ao frio, aos sons próximos ou distantes, aos aromas característicos de forma a ter com exclusividade, nesta situação excepcional a qual nos submetemos, uma experiência acústica singular.
Nesse sentido, pretende-se: 1. a formação de grupo de estudos contemplando membros da comunidade acadêmica da UFPA; 2. Desenvolvimento de atividades para a comunidade geral; 3. Explorações; 4. Mapeamento de diferentes paisagens sonoras; e 5. Discussão e resultados.

2ª Ação: Debates, mesas redondas, palestras gratuitas e exposições.

Ao longo das diferentes edições do Projeto Mosaico, tanto na UFPel quanto na UFPA, formamos mesas redondas e contamos com participantes e palestrantes do Brasil, Argentina, Portugal e Espanha que possuem notável experiência no ramo da paisagem sonora. Diferentes áreas foram contempladas, dentre elas Artes Visuais, Música, Educação Ambiental, Geografia e Pedagogia. Divulgada em mídias sociais, as diferentes ações alcançaram cerca de 3500 visualizações contabilizadas pelo hospedeiro, desde 2022.

A partir da realização da segunda edição do projeto, tem-se enquanto expectativa principal atender a comunidade geral. Ainda, providenciar: 1. atualização temática sobre diferentes tópicos ligados à arte, cultura, educação e ciência num ambiente multidisciplinar; 2. O estabelecimento de um mosaico de informações que delineará e dará movimento ao conhecimento adquirido; 3. O fomento da formação de novos grupos de pesquisa e ensino; 4. a escrita de artigos e relatos de experiência; 5. interação com demais trabalhos científicos voltados à arte, à educação e à música; e 6. a partilha de registros sonoros e fotográficos em sites e streamings.