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01/07/2025 - 31/12/2027

Ciências da Saúde

Saúde / Educação

Infância e adolescência

A adolescência é uma fase complexa do crescimento e desenvolvimento da vida humana. As alterações biológicas são decorrentes da puberdade e consequente maturação sexual e reprodutiva. As alterações psicossociais estão ligadas a estruturação da personalidade, ao meio em que o adolescente está inserido e suas relações sociais. Autores descrevem a adolescência como uma fase marcada por dúvidas e incertezas decorrentes da transição da infância para a vida adulta e traz consigo um período de vulnerabilidade (Feltran, et al, 2022; Pontes, et al, 2023). A vulnerabilidade que o adolescente está exposto, associada às mudanças de valores e padrões culturais da sociedade podem gerar inquietações, e por vezes sofrimento psíquico, com o surgimento de demandas de saúde mental. Desta forma, é primordial que profissionais da Atenção Primária à Saúde olhem para esta faixa etária que na maioria das vezes fica fora das prioridades de atividades coletivas. No Brasil, os grupos têm sido empregados em várias áreas da saúde, principalmente na APS do Sistema Único de Saúde (SUS), e podem compreender importantes estratégias para a promoção de Saúde Mental no contexto do território. A abordagem do grupo é um método interdisciplinar de trabalho com pessoas, visando estimular, dentre outras questões, um processo de aprendizagem para os participantes. Essa abordagem é centrada no sujeito, considerando sua relação com o objeto e o grupo, e fundamentada na estrutura de vínculos que molda a intervenção grupal (Zorzi, et al, 2024). Nesse contexto, considera-se que os grupos de saúde possuem grande potencial para serem utilizados como ferramenta terapêutica e estratégia de promoção da Saúde Mental no âmbito da APS. Portanto, considerando o Programa Estadual de Incentivo para Atenção Primária (PIAPS), que dentre seus indicadores traz o “Percentual de equipes de Atenção Básica que realizam pelo menos quatro atendimento em grupos relativos ao tema saúde mental”, atrelado à necessidade de (re)pensar a inclusão de ações de promoção de Saúde Mental no território da APS, reconhecendo-o como espaço potente para produção de subjetividades relacionadas com o conceito ampliado de saúde e com a integralidade do cuidado, surge como proposta de extensão universitária o projeto “MENTALizando a Adolescência”, no contexto da Unidade Básica de Saúde, apresentando como emenda: Proporcionar ao acadêmico de enfermagem oportunidade de aprendizagem, aprimorando seus conhecimentos em um espaço diferente do seu cotidiano universitário utilizando atividade em grupo para abordar com os adolescentes da APS temas pertinentes ao cuidado de si e da sua saúde física e mental e proporcionar interação dos profissionais, para com a população referida transformando a realidade social.