Nome do Projeto
Cidades da Fronteira Brasil-Uruguay
Ênfase
ENSINO
Data inicial - Data final
31/05/2017 - 31/12/2018
Unidade de Origem
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
Resumo
O Grupo de estudos e dedicado a dar voz e visualidade a "para formalidade" nas cidades da fronteira-sul que fazem a divisa/união entre Brasil e Uruguai (Santana do Livramento-Rivera, Quaraí-Artigas, Jaguarão-Rio Branco, Barra do Quaraí-Bella Union, Chui-Chuy e Acegua-Acegua), a partir de cartografias urbanas e sociais, fazendo uso de recursos infográficos e sendo divulgado em tempo real por meio de website. Experimentam-se os espaços não regulados, espaços anarquistas, onde se produzem atividades que tendem a subverter as leis da economia tradicional, do urbanismo e das relações humanas, gerando mudanças importantes, tanto teóricas como praticas,na maneira de pensar e planejar a cidade. Este aspecto informal, longe de ser ocasional, constitui uma regra importante no desenvolvimento de muitas cidades na contemporaneidade - esses são espaços "para- formais"(camelos, ambulantes, artistas de rua, moradores de rua, etc.). Portanto os lugares considerados "para-formais" nesse projeto são aqueles que se encontram no cruzamento do formal (formado) e do informal (em formação), constituídos por três pontos essenciais: a cidade em formação, o principio de acordos, regras e projetos; a cidade em desagregação, os processos de acordos urbanos conflitivos, friccionantes ou catastróficos e; as situações urbanas onde existam fortes "indiferenças" estratégicas entre os atores. Como resultados serão produzidos mapas urbanos, ações no espaço publico, entrevistas com as partes envolvidas e reuniões de mediação com as partes envolvidas nas controvérsias do espaço público de cada cidade/fronteira. As principais contribuições esperadas são: os avanços na área de cadastro e mapeamento de configurações complexas; a produção local de metodologia e tecnologia; a produção de conhecimento sobre ecologias urbanas "para-formais" e; a produção de conhecimento sobre metodologia de cartografia urbana e social.

Objetivo Geral

O objetivo geral da proposta e compreender e sistematizar as “para- formalidades”, encontradas nas cidades da fronteira Brasil-Uruguay, utilizando como metodologia para a coleta e analise de dados: a “cartografia urbana”; com a intenção de dar visualidade aos fenômenos urbanos próprios da contemporaneidade.

Justificativa

O espaço público das cidades na contemporaneidade não esta definido e limitado pelos planos urbanísticos. Em muitas ocasiões são os habitantes da cidade que decidem que espaço vai ser publico e qual não vai ser; que espaço cumprira uma função ou outra. E esses espaços não regulados, espaços anarquistas, onde se produzem atividades que tendem a subverter as leis da economia tradicional, do urbanismo e das relações humanas gerando mudanças importantes, tanto teóricas como praticas, na maneira de pensar e planejar a cidade. Este aspecto informal, longe de ser ocasional, mas sim efêmero, constitui uma regra importante no desenvolvimento de muitas cidades – esses são espaços “para-formais” (GRIS, 2010). Existem países onde aproximadamente 50% da economia e informal e esta gera espaços também informais que, na necessidade urgente, apresentam uma arquitetura e um urbanismo circunstancial em espaços de ecologia descontinua, sem registros, provisória. Estas encruzilhadas humanas onde a atividade e seu
entorno geram espaços intermitentes e muitas vezes fugazes nas cidades contemporâneas, são as que se pretende dar visualidade nessa proposta de pesquisa.
A região de fronteira entre Brasil e Uruguai vem sofrendo diretamente com esses movimentos e fluxos próprios da contemporaneidade. Observa-se que as problemáticas são nítidas na fronteira embora os problemas emergentes não sejam propriamente regionais.
A fronteira Brasil - Uruguai do sul do estado do Rio Grande do Sul se estende por 985 km desde a tríplice fronteira Brasil-Argentina-Uruguai a oeste ate a foz do Arroio Chuí, ponto extremo Sul do Brasil; No trecho oeste a fronteira e marcada pelo Rio Quaraí, afluente do Rio Uruguai e pelas 'Coxilhas de Santana'. No trecho mais a leste pelo Rio Jaguarão que desagua na Lagoa Mirim e pela porção sul dessa lagoa ate o Chui.

Metodologia

A metodologia dessa pesquisa tem como ponto de partida os estudos sobre o caminhar no centro das cidades. O caminhar do errante8, aquele que sai sem rumo, não tem um ponto de partida e nem de chegada fixos. Caminha perdido por dentre um território urbano conhecido e ignorado ao mesmo tempo. Ao caminhar esse corpo (usuário, turista, planejador, etc.) cria mapas, deixa marcas e rastros – cartografias urbanas – que podem nos auxiliar a compor um novo universo sobre a cidade na contemporaneidade (DELEUZE, 1995; JEUDY, 2005; JACQUES, 2006).
Os procedimentos metodológicos – qualitativos – que traçamos para esta pesquisa se desenvolvem em três planos:
teórico, pratico e projetual, assim como o processos esta previsto para acontecer também em três níveis: introdução,
desenvolvimento e conclusão, as quais correspondem aos quatro objetivos específicos do projeto.
Os procedimentos dividem-se na pratica nas seguintes etapas:
1) organização de material e estudos de referenciais bibliográficos;
2) seminários e palestras de estudos sobre a fronteira;
3) produção de escrita e;
4) reuniões de avaliação

Resultados Esperados

a) Avanços na área de cadastro e mapeamento de configurações complexas em regiões fronteiriças: com os resultados obtidos nessa pesquisa será possível aproximar e levar em consideração nas pesquisas tradicionais do campo do planejamento urbano e regional, dados que ate então não eram computados, como: as ocasionalidades, os usos informais, as culturas e sociedades menores, entre outros.
b) Produção local de metodologia e tecnologia: será sistematizada durante o processo de pesquisa uma ação metodológica “nova”, que aliada a outras que ja fazem parte do repertório dos estudos das teorias do urbanismo possibilitara sua reprodução por órgãos públicos e outros centros de pesquisa, alem de conjuntamente desenvolver “novos” recursos infográficos para a mesma.
c) Produção de conhecimento sobre ecologias urbanas “para- formais”: a partir da relação da pesquisa com outros centros de pesquisa, a investigação trará avanços para o campo das ecologias urbanas que se ocupam das problemáticas da superurbanização e do ambiente em geral (DAVIS, 2006) e;
d) Produção de conhecimento sobre metodologia de cartografia urbana: sistematização de metodologia emergente na
contemporaneidade, dando visibilidade a sensibilidades que afloram nas cidades da fronteira Brasil-Uruguai, a partir de
interdisciplinaridades.

Indicadores, Metas e Resultados

O projeto de ensino terá como sede o Laboratório de Urbanismo da FAUrb/UFPel. Terá como participantes estudantes de graduação e pós-graduação da UFPel.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANDRE DE OLIVEIRA TORRES CARRASCO231/05/201731/12/2018
ANTONELLA DOS SANTOS PONS231/05/201731/12/2018
CAROLINA MESQUITA CLASEN231/05/201731/12/2018
CLAUDIA MARIZA MATTOS BRANDAO231/05/201731/12/2018
DÉBORA SOUTO ALLEMAND231/05/201731/12/2018
EDUARDO ROCHA231/05/201731/12/2018
FABRICIO SANZ ENCARNAÇÃO231/05/201731/12/2018
GABRIELA PASQUALIN CAVALHEIRO231/05/201731/12/2018
GLAUCO ROBERTO MUNSBERG DOS SANTOS231/05/201731/12/2018
LAÍS DELLINGHAUSEN PORTELA231/05/201731/12/2018
LORENA MAIA RESENDE231/05/201731/12/2018
LUANA PAVAN DETONI231/05/201731/12/2018
MARIANA DANUZA CORTEZE231/05/201731/12/2018
MAURICIO COUTO POLIDORI231/05/201731/12/2018
PIERRE MOREIRA DOS SANTOS2004/05/201831/12/2018
RAFAELA BARROS DE PINHO231/05/201731/12/2018
RODRIGO DE ASSIS BRASIL VALENTINI231/05/201731/12/2018
RUBENS BARBOSA LEAL231/05/201731/12/2018
SARAH JULIANE DORNELES DA SILVA231/05/201731/12/2018
VANESSA FORNECK231/05/201731/12/2018

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