Nome do Projeto
Cultivo de Alimentos em Substratos Edificados
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
30/04/2019 - 30/04/2020
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo
Resumo
Esta pesquisa trabalha sob a possibilidade das cidades se tornarem “verdes” e as oportunidades da agricultura urbana para alimentar uma população crescente que não trabalha em terra. Por meio de atuações de naturação urbana, entendida como o conjunto de práticas para a produção de alimentos e plantas ornamentais na cidade construída e seus ambientes edificados, serão elencadas alternativas para a recuperação dos espaços construídos e aumento da qualidade de vida das populações, criando melhorias da paisagem urbana, sempre com base em critérios de sustentabilidade que favoreçam o desenvolvimento das comunidades. Sendo assim, essa pesquisa tem como principal problema, encontrar alternativas de produção de alimentos sobre substratos edificados, procurando entender como a condição de superfície vegetada afeta o microclima urbano e o microclima no interior das edificações, em diferentes regiões brasileiras.
As perguntas de pesquisa que norteiam este trabalho são as seguintes:
- Quais os substratos e as espécies vegetais indicadas para cultivos alimentares sobre superfícies edificadas?
- Quais as condições de manejo necessárias a produção de alimentos sobre os substratos edificados?
- Quais os efeitos da naturação urbana no desempenho térmico de espaços abertos e fechados em diferentes contextos climáticos Brasileiros?
A pesquisa será desenvolvida em três etapas. Na primeira, será desenvolvido um estudo exploratório a cerca das possibilidades de naturação urbana observando as diferentes combinações de substratos e vegetações, verificando as potencialidades das possíveis configurações para os distintos climas brasileiros. A escolha das vegetações estará pautada nas possibilidades do cultivo para a geração de alimentos. Na segunda etapa será simulado o efeito das diferentes configurações de coberturas vegetadas no contexto do microclima externo. Na terceira etapa da pesquisa será simulada a interferência das diferentes possibilidades de cobertura vegetada no microclima interno das edificações.
Objetivo Geral
Sob a ótica da Arquitetura, dentre as muitas estratégias possíveis para a adoção de práticas sustentáveis, a naturação urbana apresenta-se como um importante alternativa. Rudolf (1992), definiu a naturação urbana como o tratamento vegetativo de superfícies construídas, mediante o uso de plantas adaptadas às condições bioclimáticas locais (Neila, Bedoya, & Britto, 1999; Urbano & Briz, 2004). A vegetação é um elemento de extrema importância na regulação e equilíbrio de condições climáticas extremas e influi no conforto térmico e no consumo energético quando assume funções de controle da radiação solar direta, umidade e movimento de ar (Tabares-Velasco, Zhao, Peterson, Srebric, & Berghage, 2012; Gross, 2012; FAO, 2010; Alonso et al., 2009; Castañeda-Nolasco & Vecchia, 2007; Rudolf, 1992, Steiner, 2013, Köhler, 2003, Refahi et al., 2015 e Boafo et al., 2017).
A esse papel de controle climático, pode ser adicionada a possibilidade de cultivo de alimentos. O plantio de hortaliças, condimentos e ervas medicinais vem ganhando os espaços urbanos das cidades brasileiras. A tendência, que também tem adeptos em metrópoles internacionais, algumas vezes é consequência do pouco tempo disponível para o lazer. O cultivo de especiarias em casa e/ou no meio urbano passa a ser uma das poucas formas de contato com os elementos da natureza, caracterizado como Paisagismo Produtivo (Ottele, Perini, Fraaij, Haas, & Raiteri, 2011; FAO, 2010; Alonso et al., 2009; Klemesu, 2000). Sendo assim, a naturação urbana pode gerar espaços naturais dentro dos centros urbanos, promovendo o conforto térmico em duas escalas: a urbana e a da edificação. Por outro lado, a adição de vegetação para consumo alimentar a superfícies edificadas pressupõe um esforço multidisciplinar, no sentido de responder tecnicamente às escolhas por substratos de cultivo adequados, espécies adaptadas aos diferentes climas e consequentemente, por uma física construtiva que sirva de suporte à produção alimentar. Esse projeto busca incrementar parcerias internacionais em torno a esse tema (Universidade Politécnica de Madrid na Espanha, e Universidade de Lund, na Suécia), criando banco de dados relativos ao estado atual da arte na esfera internacional, e produzindo guias de cultivo sobre áreas edificadas, que atendam a diferentes regiões climáticas, apontando potencialidades e fragilidades das soluções investigadas.
A esse papel de controle climático, pode ser adicionada a possibilidade de cultivo de alimentos. O plantio de hortaliças, condimentos e ervas medicinais vem ganhando os espaços urbanos das cidades brasileiras. A tendência, que também tem adeptos em metrópoles internacionais, algumas vezes é consequência do pouco tempo disponível para o lazer. O cultivo de especiarias em casa e/ou no meio urbano passa a ser uma das poucas formas de contato com os elementos da natureza, caracterizado como Paisagismo Produtivo (Ottele, Perini, Fraaij, Haas, & Raiteri, 2011; FAO, 2010; Alonso et al., 2009; Klemesu, 2000). Sendo assim, a naturação urbana pode gerar espaços naturais dentro dos centros urbanos, promovendo o conforto térmico em duas escalas: a urbana e a da edificação. Por outro lado, a adição de vegetação para consumo alimentar a superfícies edificadas pressupõe um esforço multidisciplinar, no sentido de responder tecnicamente às escolhas por substratos de cultivo adequados, espécies adaptadas aos diferentes climas e consequentemente, por uma física construtiva que sirva de suporte à produção alimentar. Esse projeto busca incrementar parcerias internacionais em torno a esse tema (Universidade Politécnica de Madrid na Espanha, e Universidade de Lund, na Suécia), criando banco de dados relativos ao estado atual da arte na esfera internacional, e produzindo guias de cultivo sobre áreas edificadas, que atendam a diferentes regiões climáticas, apontando potencialidades e fragilidades das soluções investigadas.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CELINA MARIA BRITTO CORREA | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
DANIELA HÖHN | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
FABIO KELLERMANN SCHRAMM | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
HELAYNE APARECIDA MAIEVES | 4 | 27/08/2019 | 30/04/2020 |
IGOR SIMÃO MARTINI MÜLLER | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
ISABEL TOURINHO SALAMONI | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
JÚLIA MARIA NEUTZLING SCHULZ | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
LISANDRA FACHINELLO KREBS | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
ROBERTA MARINS NOGUEIRA PEIL | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
RODRIGO KARINI LEITZKE | 4 | 30/04/2019 | 30/04/2020 |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CAPES | R$ 112.332,00 |