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01/10/2011 - 01/10/2013

Ciências Humanas - Sociologia - Sociologia Rural

Com a implantação da Lei nº 11.947, foi instituído que pelo menos 30% do orçamento da merenda escolar, deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar. A merenda escolar é parte integrante do que se conhece como “mercados institucionais”. Esse movimento vem sendo liderado por um conjunto de organizações identificadas com a produção orgânica ou agroecológica. Trata-se de um atributo extremamente importante e ainda pouco valorizado, quando não desconhecido, pelas comunidades locais. A finalidade do presente projeto é a de conhecer, analisar e interpretar as representações sociais sobre a merenda que é fornecida por agricultores familiares locais por parte da comunidade escolar. Cabe indagar: estas pessoas estão plenamente conscientes dos atributos intrínsecos aos alimentos diariamente consumidos pelas crianças que frequentam estas escolas públicas? Em que medida essa dinâmica é capaz de romper com o estigma sobre a atividade exercida pelos agricultores como sendo um trabalho desqualificado e pouco relevante? Entende-se que a aposta na qualidade representa um caminho através do qual é possível conciliar a inclusão social, a geração de emprego e renda no meio rural e o fortalecimento da agricultura familiar e agroecológica. Mas é preciso saber em que medida esse tipo de iniciativa é capaz de modificar a natureza das representações sociais construídas em torno a um tipo de atividade produtiva - a agricultura - pouco reconhecida e estigmatizada pela sociedade em geral.