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01/07/2015 - 30/06/2017

Ciências Agrárias - Ciência e Tecnologia de Alimentos

Os citros são as frutas mais consumidas e produzidas no mundo, onde o Rio Grande do Sul se destaca na produção de tangerinas, ocupando o quarto lugar, produzindo 144.605 toneladas em 2012. As bergamoteiras criolas (Citrus deliciosa Tenore) são cultivadas principalmente na região Sul do RS, porém há poucas informações sobre sua caracterização físico-química e a atividade bioativa dos óleos dessa variedade. Com o aumento da expectativa de vida, doenças degenerativas, como o câncer, tem aumentado e com isso cresce o interesse na prospecção de compostos com capacidade antioxidante, já que o estresse oxidativo está ligado diretamente e indiretamente com essas doenças. As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando correlacionadas. As causas externas estão ligadas a fatores ambientais e/ou costumes próprios da sociedade como, por exemplo, o tabagismo, indução de estresse físico e psicológico. As causas internas, geralmente, estão envolvidas com fatores genéticos pré-determinados e o estresse oxidativo, sendo esse último consequência também de fatores externos. Em vista disso, esse projeto visa gerar conhecimento sobre a composição fitoquímica dos óleos essenciais de casca e folha de bergamota (Citrus deliciosa Tenore), para que assim possa propor o aproveitamento de parte do resíduo da produção e da indústria alimentícia, ou seja, das folhas e da casca da bergamota, com a finalidade de promover a saúde humana. O objetivo geral do projeto é realizar a caracterização fitoquímica dos óleos essenciais de casca e folha de bergamota (Citrus deliciosa Tenore) por cromatografia gasosa e avaliar o potencial bioativo frente a células tumorais e no comportamento animal. Os óleos essenciais serão testados em concentrações determinadas frente à gliomas e melanoma para verificar seu potencial anti-tumoral e nos testes comportamentais para verificar o potencial anti-depressivo e ansiolítico. Também serão feitos testes de toxicidade e mutagenicidade utilizando os ensaios cometa e micronúcleo.