Nome do Projeto
Disfunção do trato urinário inferior: adequando o controle das eliminações à realidade virtual
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
15/05/2019 - 15/05/2020
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Tecnologia e Produção
Linha de Extensão
Desenvolvimento tecnológico
Resumo
A disfunção do trato urinário inferior é um distúrbio frequente na prática pediátrica, apesar de negligenciada por pais e pediatras. Geralmente causada por distúrbios funcionais transitórios, mas que pode gerar problemas psicológicos e sociais ou até doenças renais permanentes. O conhecimento científico evoluiu muito nas últimas décadas e novas investigações e terapias são disponíveis nos dias de hoje. A disfunção do trato urinário inferior (DTUI é um padrão miccional anormal para a idade da criança, persistente, evidenciado após o controle esfincteriano na ausência de alterações neurológicas. Causas anatômicas e funcionais que alterem o ciclo miccional e, consequentemente prejudiquem o armazenamento ou esvaziamento vesical podem estar envolvidas e devem ser descartadas. A criança apresenta uma evolução contínua do padrão miccional nos primeiros 5 anos de vida, idade em que os hábitos urinários e intestinais se estabelecem. O aprendizado destes padrões inicia com a retirada das fraldas ao redor de dois e três anos. A criança deve ser ensinada sobre os hábitos adequados relacionados à micção, evacuação e ingestão de líquidos nesta etapa. Após este controle esfincteriano muitas crianças adquirem hábitos inadequados que, inicialmente, não são vistos pela família como um problema até causarem distúrbios mais importantes (infecção urinária de repetição, constipação, incontinência urinária, enurese e outras patologias). Estes sintomas na infância podem persistir na vida adulta, gerando mais problemas. A avaliação destas crianças inclui uma anamnese e exame físico detalhados, seguido por um diário miccional (anexo1) que avalia o padrão miccional da criança. Este instrumento é muito importante como ferramenta de avaliação e posterior tratamento. Deve ser preenchido durante dois dias na semana, durante duas semanas (pelo menos 48h). Observamos que alguns dados não são adequadamente preenchidos e não condizem com a clínica da criança. O celular é uma extensão universal dos indivíduos, inclusive de crianças pequenas. O uso frequente do celular pode auxiliar na avaliação do padrão miccional, substituindo o diário miccional preenchido em papel, por um aplicativo de celular, mais atrativo e mais interessante, tanto pelos pais, mas, principalmente pelas crianças.

Objetivo Geral

Criação de um aplicativo de celular para avaliação do padrão miccional e intestinal de crianças com quadro de disfunção miccional

Justificativa

Devido ao uso diário de celulares por crianças e adultos, acreditamos que o uso de um aplicativo como ferramenta diagnóstica e terapêutica para avaliar os hábitos miccionais e intestinais será bem recebido pelas crianças e seus familiares resultando em melhor preenchimento, dados mais fidedignos e, consequentemente diagnósticos mais precisos. O envio de dados pelo próprio celular diminui o número de consultas e alivia o sistema de saúde, assim como gastos do paciente em transporte até o serviço de saúde e ausência da criança nas suas atividades diárias (escola). As orientações podem ser fornecidas pelo próprio aplicativo e o médico consegue avaliar se o paciente está seguindo as recomendações.

Metodologia

Na primeira fase será desenvolvido um aplicativo de celular para substituir o uso do diário miccional em papel. Um aluno da ciência da computação será informado a respeito dos dados que devem constar no aplicativo e o as informações que são necessárias.
Após a confecção do aplicativo, os responsáveis por crianças acima de 5 anos com quadro de disfunção miccional que consultam no ambulatório de nefrologia pediátrica da Faculdade de Medicina e que possuam celular serão convidadas a substituir o uso do diário miccional no papel para o do aplicativo. Para avaliar seu uso as crianças serão alternadamente escolhidas para usar o método tradicional e o aplicativo de acordo com a agenda.
Na primeira consulta a criança e os responsáveis são orientados sobre o funcionamento do aplicativo e o envio das informações para o médico. O médico avalia os dados, marca um retorno para orientação do tratamento inicial (recomendações gerais sobre hábitos urinários, intestinais e de alimentação que estarão contidas no aplicativo). Após estas duas consultas iniciais as crianças serão seguidas mensalmente on line. Após 6 meses uma nova consulta será agendada para ver se o tratamento foi efetivo..

Indicadores, Metas e Resultados

A avaliação dos dados de cada criança será mensal. A meta inicial é que o diário seja adequadamente preenchido para um correto diagnóstico e que as crianças sigam o tratamento conforme as orientações do aplicativo.
Meta principal substituir o uso do papel pelo aplicativo.
A avaliação da sequencia do tratamento também é importante, pois muitas vezes é interrompido pela dificuldade da criança no retorno à consulta (dificuldades no transporte, falta à escola e indisponibilidade de horário no serviço). Espera-se que o tratamento seja contínuo e sem interrupções pois vai depender do correto uso do aplicativo.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
AMABILE DE CASTRO SILVA
DENISE CARRICONDE MARQUES2
MATHEUS RÖPKE NEIVERTH
TIAGO THOMPSEN PRIMO2

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