Nome do Projeto
BIOMONITORAMENTO AMBIENTAL PARTICIPATIVO NA COLÔNIA DE PESCADORES Z-3 COMO ESTRATÉGIA DE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRESERVAÇÃO DOS ANIMAIS SILVESTRES E GESTÃO DE CONFLITOS - ETAPA I
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
06/05/2019 - 06/12/2019
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Educação
Linha de Extensão
Educação Ambiental
Resumo
O número de animais recebidos da região do Laranjal, que inclui a Colônia de Pescadores Z-3 é significativo pelo NURFS/CETAS. Além disso, é um local de grande importância ecológica para a região, com uma grande biodiversidade. O objetivo deste trabalho é promover ações educativas na colônia de pescadores Z-3 visando compreender as percepções de moradores sobre os animais pertencentes à fauna silvestre brasileira e os ecossistemas em questão. A metodologia utilizada será a pesquisa-ação participativa, sendo que na primeira etapa ainda não será realizado o monitoramento das espécies. O trabalho envolve alunos de graduação dos Cursos de Ciências Biológicas - Bacharelado e Licenciatura e Geografia e permitirá o desenvolvimento das habilidades extensionistas, bem como de pesquisa.

Objetivo Geral

Promover ações educativas na colônia de pescadores Z-3 visando compreender as percepções de moradores sobre os animais pertencentes à fauna silvestre brasileira, promover o monitoramento participativo in situ das espécies indicadoras identificada e desenvolver estratégias de educação ambiental para a tomada de consciência sobre a importância dos animais silvestres e dos seus ecossistemas, desenvolvendo assim, a autoestima ecológica.

Justificativa

O chamado “Manejo Adaptativo” (Holling 1978, Walters 1986, Westgate et al. 2013) é um processo de manejar sistemas ecológicos que reconhecem a incerteza ubíqua nesse manejo e usa monitoramento e o método científico para avaliar a efetividade do manejo, aprender sobre ele, e melhorá-lo quando necessário. Planejamos projetos de conservação para: priorizar onde alocaremos nossos esforços e recursos – sobre as espécies, ecossistemas e as ameaças que mais precisam de atenção, e sobre as estratégias que têm a maior probabilidade de sucesso (ou maior probabilidade de serem custo-efetivas). Além disso, um bom planejamento facilita a implementação das estratégias priorizadas bem como que as pessoas envolvidas (direta ou indiretamente) no projeto concordem sobre o que estamos fazendo, que saibam por quê e como irão trabalhar no projeto (pelo menos em teoria), e finalmente, um bom planejamento mostra quanto vai custar e quem são os responsáveis por fazer cada atividade do projeto.

Metodologia

A proposta metodológica apresentada nesta primeira etapa é a pesquisa qualitativa e a abordagem metodológica é a investigação-ação participativa. As informações sobre os conflitos entre as pessoas e animais silvestres na região serão obtidas por meio de questionários semiestruturados (Bernard 1994), complementados por entrevistas livres e conversas informais (Mello 2003; Albuquerque et al. 2010) a partir da apresentação de imagens de alguns animais silvestres. A seleção dos entrevistados será realizada por meio da técnica de amostragem “bola-de-neve” (Snowball; Bailey 1994): a partir do contato inicial, um informante é reconhecido e indica outro que, por sua vez, indica mais um e assim, sucessivamente.
Antes de cada entrevista será explicada a natureza e os objetivos da pesquisa e solicitada a permissão aos entrevistados para registrar as informações. Será entregue a cada entrevistado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo entrevistado e outra pelo pesquisador responsável. A pesquisa será submetida, caso necessário, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas.
Após a primeira etapa, os dados serão compilados e as principais espécies silvestres consideradas indicadores em potencial destacadas (ICMBio, 2013). As percepções positivas (potencialidades) e negativas (conflitos) também serão compiladas e categorizadas para posterior utilização nas ações de educação ambiental.
A proposta aqui apresentada, para um Sistema Brasileiro de Monitoramento da Biodiversidade, adota o conceito-chave de monitoramento adaptativo. Basicamente, o monitoramento adaptativo é definido como um sistema de monitoramento dinâmico e adaptável a distintas situações ou propostas, de modo a não comprometer a integridade da série temporal de dados. Essa abordagem se estrutura, ainda, na crença de que os gestores locais e sua rede de colaboradores são capazes de aplicar o monitoramento com precisão e eficácia. Esta proposta constitui a segunda etapa deste trabalho, a ser realizada posteriormente.
Assim, durante as entrevistas serão elencados moradores que tenham interesse em se tornar responsáveis pelo monitoramento participativo que então, uma vez por semana serão visitados para determinar o aparecimento das espécies indicadoras e os respectivos locais, que serão demarcados com GPS. Registros fotográficos também serão utilizados e a organização dos dados será feita de acordo com a distribuição sazonal. O monitoramento se dará principalmente pelo levantamento da Fauna Carismática ou espécie bandeira.
Concomitantemente, serão desenvolvidas estratégias de educação ambiental para possibilitar o acesso à informação sobre a fauna silvestre da região e a tomada de consciência da população sobre a preservação da biodiversidade, a partir das demandas da comunidade levantadas no já mencionado diagnóstico inicial. As possíveis ações envolvem tanto a comunidade escolar quanto a comunidade em geral.

Indicadores, Metas e Resultados

Ação:
1. Diagnóstico preliminar
a) Indicador: número de residências com morador entrevistado;
b) Meta: 50 residências
c) Resultados esperados: levantamento por meio de entrevista semi estruturada com vistas ao atingimento do objetivo do trabalho.
2. Análise do diagnóstico preliminar
a) Indicador: análise textual discursiva realizada pelos alunos;
b) Meta: escrita de relatório que será publicado como artigo
c) Resultados esperados: publicação de um artigo em periódico.
3. Ações de Educação Ambiental
a) Indicador: número de participantes nas oficinas;
b) Meta: uma oficina por mês durante a vigência da ação;
c) Resultados esperados: realização de quatro oficinas de educação ambiental.
4. Avaliação do Projeto e Publicação dos Resultados
a) Indicador: número de participantes de cada ação do projeto;
b) Meta: artigo com relato da experiência dos alunos;
c) Resultados esperados: Renovação do projeto, interesse na continuidade por parte da comunidade, divulgação dos resultados obtidos nas etapas anteriores; abertura junto à comunidade para a realização da próxima etapa.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
BEATRIZ BAS GALUPE VALERIO
CAMILA SALGADO LEMKE
DÉBORA DA SILVA RODRIGUES
GREICI MAIA BEHLING4
KÉLVIN VASCONCELLOS DA VARA
LUIZ FERNANDO MINELLO1

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