Nome do Projeto
Inquérito Soroepidemiológico da presença de Leishmania infantum em cães e potencial anti-leishmania de extratos vegetais.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/06/2020 - 13/12/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A leishmaniose é uma doença negligenciada e tem sido reconhecida como um problema de saúde pública e encontra-se em franca expansão geográfica. Dados de 2017 do Centro Estadual de Vigilância da Saúde do RS, demonstram um aumento da ocorrência da doença no estado, registrando os primeiros casos autóctones em cães, em humanos e o primeiro registro do vetor, passando o Rio Grande do Sul a ser considerado como área de transmissão. Os caninos são importantes na transmissão da doença, devido a atuar como reservatório. Assim, a realização de inquéritos sorológicos caninos, além de sua função de controle do reservatório canino em extensas áreas, tem papel fundamental na detecção de focos silenciosos da doença e na delimitação de regiões ou setores de maior prevalência da enfermidade. Considerando-se a situação da Leischmaniose no estado, objetiva-se então investigar a presença de cães soropositivos para Leishmania infantum em Pelotas, bem como avaliar o conhecimento da população atendida, Veterinários e estudandes de veterinária sobre a doença, assim como verificar a susceptibilidade de Leishmania spp. a extratos vegetais e associações. Á partir do projeto espera-se verificar a presença de Leishmaniose em cães de Pelotas e região assim como, acredita-se que os extratos vegetais possuem atividade anti -leishmania com baixa toxicidade. O conhecimento de Médicos Veterinários, estudantes e população da região do estudo acerca da doença, deverá aumentar á partir das atividades do projeto.
Objetivo Geral
Investigar a presença de cães soropositivos e estabelecer a presença de infecção autóctone por Leishmania infantum no município de Pelotas, bem como avaliar o conhecimento da população atendida, Veterinários e estudandes de veterinária sobre a doença e verificar a susceptibilidade de Leishmania spp. a extratos vegetais e associações.
Justificativa
O cão é um importante elo na transmissão da doença, devido a atuar como reservatório. Assim, o vetor se contamina com o protozoário ao se alimentar do sangue do cão, e depois ao picar uma pessoa ou outro cão, transmite o parasito (BROOKS et al., 2014; FERREIRA, 2017). Geralmente, os casos caninos precedem os casos humanos, porque os cães apresentam uma maior quantidade de parasitos no tegumento comparado ao homem, o que favorece a infestação por vetores. Desta forma, a vigilância dos cães tem grande importância, com o intuito de identificar áreas onde possam ocorrer a transmissão da doença. No Rio Grande do Sul, os municípios onde foram relatados casos de transmissão em canídeos foram Barra do Quaraí, Uruguaiana, Itaqui, São Borja, Porto Xavier, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre e Viamão (CEVS/RS).
A realização de inquéritos sorológicos caninos (amostrais ou censitários), além de sua função de controle do reservatório canino em extensas áreas, tem papel fundamental na detecção de focos silenciosos da doença e na delimitação de regiões ou setores de maior prevalência, onde a execução das medidas de controle se faz necessária (JULIÃO et al., 2007).
A realização de inquéritos sorológicos caninos (amostrais ou censitários), além de sua função de controle do reservatório canino em extensas áreas, tem papel fundamental na detecção de focos silenciosos da doença e na delimitação de regiões ou setores de maior prevalência, onde a execução das medidas de controle se faz necessária (JULIÃO et al., 2007).
Metodologia
Para o estudo serão utilizadas amostras provenientes da soroteca do FITOPEET caracterizando um estudo retrospectivo para as quais serão contatados os tutores para autorização da execução do teste. No estudo prospectivo serão incluídas amostras de animais provenientes do atendimento clínico do Hospital de Clínicas Veterinária (HCV) da UFPel e do Ambulatório Veterinário Ceval, além de outros locais cujas amostras forem encaminhadas para a equipe do projeto. Os Clínicos veterinários de Pelotas e região, poderão encaminhar amostras mediante autorização dos tutores através da assinatura do termo de consentimento, o mesmo valendo para os tutores dos animais atendidos no Ambulatório e HCV.
As amostras de soro serão analisadas através de teste rápido DPP® cedido pela Fiocruz.
O número de amostras a serem avaliadas nesse estudo foi calculado por meio da calculadora epidemiológica EpiTools (SERGEANT, 2019), de acordo com Cameron (1999) e Cameron e Baldoc (1998). Considerando uma sensibilidade de 89% e especificidade de 70% do DPP®, com uma prevalência de 2% e uma chance de erros tipo I e II <0,05 estabeleceu-se número amostral em torno de 400 soros.
Todas as amostras de sangue serão processadas no Laboratório de Patologia Clínica da Universidade Federal de Pelotas, pela técnica de centrifugação para separação do soro (THRALL, 2007), sendo centrifugadas a 4.000 rpm e o soro armazenado -4oC. Após, será realizada a análise pelo exame sorológico Dual-Path Platform (DPP®) que através da nota técnica do Ministério da Saúde nº 01/2011 CGDT-CGLAB/DEVIT/SUS/MS foi preterido para diagnóstico de triagem antes preconizado pela imunfluorescência indireta – RIFI.
Se, durante o estudo forem detectados animais soropositivos no DPP®, o que é indicativo de presença de infecção por Leishmania infantum, o médico veterinário responsável pelo caso será comunicado pela equipe do projeto e este deverá imediatamente notificar ao órgão responsável (Secretaria Municipal de Saúde) e o tutor do animal. A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pelo seguimento da orientação aos médicos veterinários e/ou tutores para o diagnóstico final da enfermidade (coleta de amostra para realizar ELISA e exame direto podendo ser PCR ou parasitológico no caso de município silencioso, ou seja, que não apresenta casos autóctones caninos ou humanos de leishmaniose, como Pelotas), e contraprova caso seja solicitada pelo tutor para confirmação de diagnóstico. Os produtos naturais utilizados em outras pesquisas do grupo, também serao avaliados quanto a inibiçao de Leishmania Spp. in vitro, de acordo com metodologia já preconizada em outros ensaios. Para a avaliação do conhecimento sobre a leishmaniose, será confeccionado um questionário epidemiológico que conterá perguntas referentes à enfermidade quanto ao conhecimento da existência, entendimento de formas de transmissão e conceitos como zoonose.
As amostras de soro serão analisadas através de teste rápido DPP® cedido pela Fiocruz.
O número de amostras a serem avaliadas nesse estudo foi calculado por meio da calculadora epidemiológica EpiTools (SERGEANT, 2019), de acordo com Cameron (1999) e Cameron e Baldoc (1998). Considerando uma sensibilidade de 89% e especificidade de 70% do DPP®, com uma prevalência de 2% e uma chance de erros tipo I e II <0,05 estabeleceu-se número amostral em torno de 400 soros.
Todas as amostras de sangue serão processadas no Laboratório de Patologia Clínica da Universidade Federal de Pelotas, pela técnica de centrifugação para separação do soro (THRALL, 2007), sendo centrifugadas a 4.000 rpm e o soro armazenado -4oC. Após, será realizada a análise pelo exame sorológico Dual-Path Platform (DPP®) que através da nota técnica do Ministério da Saúde nº 01/2011 CGDT-CGLAB/DEVIT/SUS/MS foi preterido para diagnóstico de triagem antes preconizado pela imunfluorescência indireta – RIFI.
Se, durante o estudo forem detectados animais soropositivos no DPP®, o que é indicativo de presença de infecção por Leishmania infantum, o médico veterinário responsável pelo caso será comunicado pela equipe do projeto e este deverá imediatamente notificar ao órgão responsável (Secretaria Municipal de Saúde) e o tutor do animal. A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pelo seguimento da orientação aos médicos veterinários e/ou tutores para o diagnóstico final da enfermidade (coleta de amostra para realizar ELISA e exame direto podendo ser PCR ou parasitológico no caso de município silencioso, ou seja, que não apresenta casos autóctones caninos ou humanos de leishmaniose, como Pelotas), e contraprova caso seja solicitada pelo tutor para confirmação de diagnóstico. Os produtos naturais utilizados em outras pesquisas do grupo, também serao avaliados quanto a inibiçao de Leishmania Spp. in vitro, de acordo com metodologia já preconizada em outros ensaios. Para a avaliação do conhecimento sobre a leishmaniose, será confeccionado um questionário epidemiológico que conterá perguntas referentes à enfermidade quanto ao conhecimento da existência, entendimento de formas de transmissão e conceitos como zoonose.
Indicadores, Metas e Resultados
Meta.1 Avaliar a presença de animais positivos no teste rápido sorológico, DPP® para Leishmaniose Visceral em Pelotas e região.
Meta.2 Comparar dados – como espécie, sexo, raça, idade e número de animais testados e parasitados com Leishmaniose e determinar as áreas de origem dos animais positivos, se houverem.
Meta.3 Estabelecer o perfil da apresentação clínica da doença na região através da análise dos animais positivos e sintomáticos, se houverem.
Meta.4 Investigar a ação de extratos vegetais sobre isolados de Leishmaniose in vitro.
Meta.5 Avaliar diferentes concentrações dos extratos vegetais sobre Leishmania spp. a fim de determinar a melhor concentração ativa e investigar a sinergia do fármaco utilizado no tratamento da leishmaniose em cães com os produtos naturais .
Meta.6 Avaliar o nível de conhecimento sobre a leishmaniose por parte de alunos de graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Pelotas;
Meta.7 Avaliar o nível de conhecimento sobre a leishmaniose por parte dos Médicos Veterinários de Pelotas e região (amostragem).
Meta.8 Fazer uma pesquisa de conhecimento da população atendida no Ambulatório e HCV acerca da leishmaniose nos animais e pessoas, incluindo informações sobre o agente etiológico, a forma de transmissão às pessoas e aos animais, e a forma de controle da doença.
Á partir do projeto espera-se demostrar a situação da população canina de Pelotas e região, quanto a presença de Leishmaniose assim como, evidenciar que os extratos vegetais possuem atividade anti -leishmania além de apresentarem baixa toxicidade. Espera-se ainda que, o conhecimento de Médicos Veterinários, estudantes e população da região do estudo acerca da doença, aumente á partir das atividades do projeto.
Meta.2 Comparar dados – como espécie, sexo, raça, idade e número de animais testados e parasitados com Leishmaniose e determinar as áreas de origem dos animais positivos, se houverem.
Meta.3 Estabelecer o perfil da apresentação clínica da doença na região através da análise dos animais positivos e sintomáticos, se houverem.
Meta.4 Investigar a ação de extratos vegetais sobre isolados de Leishmaniose in vitro.
Meta.5 Avaliar diferentes concentrações dos extratos vegetais sobre Leishmania spp. a fim de determinar a melhor concentração ativa e investigar a sinergia do fármaco utilizado no tratamento da leishmaniose em cães com os produtos naturais .
Meta.6 Avaliar o nível de conhecimento sobre a leishmaniose por parte de alunos de graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Pelotas;
Meta.7 Avaliar o nível de conhecimento sobre a leishmaniose por parte dos Médicos Veterinários de Pelotas e região (amostragem).
Meta.8 Fazer uma pesquisa de conhecimento da população atendida no Ambulatório e HCV acerca da leishmaniose nos animais e pessoas, incluindo informações sobre o agente etiológico, a forma de transmissão às pessoas e aos animais, e a forma de controle da doença.
Á partir do projeto espera-se demostrar a situação da população canina de Pelotas e região, quanto a presença de Leishmaniose assim como, evidenciar que os extratos vegetais possuem atividade anti -leishmania além de apresentarem baixa toxicidade. Espera-se ainda que, o conhecimento de Médicos Veterinários, estudantes e população da região do estudo acerca da doença, aumente á partir das atividades do projeto.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALESSANDRA AGUIAR DE ANDRADE | |||
AMANDA PINTO CARDOSO | |||
ANA CLARA DORNELLES REICHOW | |||
ANA JULIA BUBLITZ | |||
ANA RAQUEL MANO MEINERZ | 3 | ||
ANITA LEITE RASSIER | |||
ANTONIELLI DOS SANTOS RADTKE | |||
BIBIANA DE MORAES DIAS | |||
BIBIANA RODRIGUES DE FREITAS | |||
BRUNA ROCHA TEIXEIRA | |||
Bruna Fernandes Pinto | |||
CAMILA CONTE | |||
CAROLINA BICCA NOGUEZ MARTINS BITENCOURT | |||
CAROLINA SCHUCH DE CASTRO | |||
CAROLINA WICKBOLDT FONSECA | |||
CAROLINE XAVIER GRALA | |||
CLARISSA FERNANDES FONSECA | |||
CRISTIANO SILVA DA ROSA | 2 | ||
CRISTINE CIOATO DA SILVA GUIM | |||
DANIEL FELIPE BUITRAGO LINARES | |||
DANIELA LEHMEN | |||
Daniel Ferreira Lair | |||
DÉBORA DE CAMPOS AÑAÑA | |||
EDUARDO NICOLETTI BORGES | |||
EDUARDO NICOLETTI BORGES | |||
EMANUELE PRADO SILVA | |||
EMANUELLE MACIEL PEDERZOLI | |||
EUGÊNIA TAVARES BARWALDT | |||
FABIO RAPHAEL PASCOTI BRUHN | 2 | ||
FRANCESCA LOPES ZIBETTI | |||
Fabiano Borges Figueiredo | |||
GABRIELA DE ALMEIDA CAPELLA | |||
GABRIELA DE CARVALHO JARDIM | |||
GABRIELA LADEIRA SANZO | |||
GABRIELA LADEIRA SANZO | |||
GABRIELA RABELO YONAMINE | |||
GABRIELLE OTT MARTINS | |||
GIULIA BATISTA DE FREITAS | |||
GUILHERME FERREIRA ROBALDO | |||
Gustavo Gonçalves | |||
HELENA PIÚMA GONÇALVES | |||
ISADORA ANDRIOLA DA SILVA | |||
ISADORA DOS REIS NANINI | |||
IVANDRA IGNÊS DE SANTI | |||
JAQUELINE MACHADO DA SILVA | |||
JOANA DE BAIRROS NERIS | |||
JOARA TYCZKIEWICZ DA COSTA | |||
JOSÉ RAPHAEL BATISTA XAVIER | |||
JULIA SOMAVILLA LIGNON | |||
JULIANA MUNCK GIL | |||
JÉSSICA MARONEZE SZIMINSKI | |||
KARINE BASTOS LEAL | |||
KATIELLEN RIBEIRO DAS NEVES | |||
KEWELIN SCHIMMELPFENNIG BONATO | |||
LARISSA LEAL LAFUENTE | |||
LARISSA LUIZA WERMUTH | |||
LAURA DIAS PETRICIONE DE SOUZA | |||
LAURA VIEIRA BORGES | |||
LUCIANA AQUINI FERNANDES GIL | |||
LUCIANA AQUINI FERNANDES GIL | 2 | ||
LUIS EDUARDO BARCELLOS KRAUSE | 1 | ||
LUIZA EISENHARDT | |||
LUÃ BORGES IEPSEN | |||
LUÃ BORGES IEPSEN | |||
LUÍSA SANT'ANNA BLASKOSKI CARDOSO | |||
MARCELA BRANDÃO COSTA | |||
MARIA EDUARDA RODRIGUES | |||
MARIA ELISABETH AIRES BERNE | 1 | ||
MARIA LAURA DA ROSA DAL ROSS | |||
MARIA LUIZA HÜBNER ETGES | |||
MARIANA CRISTINA HOEPPNER RONDELLI | 2 | ||
MARIANA DUARTE PEREIRA | |||
MARIANA REICHOW RAMOS | |||
MARIANA REIS GOMES | |||
MARIANA REZENDE CARDOSO | |||
MARIANA TIMM KROLOW | |||
MARINA MADRUGA PIRES | |||
MARLETE BRUM CLEFF | 20 | ||
MARTIELO IVAN GEHRCKE | 1 | ||
MIRIAN BRETANHA COUTO | |||
NATALIA BUTTENBENDER | |||
NATÁLIA BERNE PINHEIRO | |||
NIELLE VERSTEG | |||
NIELLE VERSTEG | |||
PAULA PRISCILA CORREIA COSTA | 1 | ||
RAQUELI TERESINHA FRANCA | 2 | ||
REBIS BORGES DE ARAUJO | |||
RENATA MARQUES PIEROBOM GRESSLER | |||
RENATA MARQUES PIEROBOM GRESSLER | |||
RENATA NOBRE DA FONSECA | |||
RODRIGO CASQUERO CUNHA | |||
RODRIGO DUARTE GASTAUD | |||
ROGERIO ANTONIO FREITAG | 2 | ||
SILVIA DE OLIVEIRA HUBNER | |||
SOLIANE CARRA PERERA | |||
STEFANIE BRESSAN WALLER | |||
Tainã Costa Peres | |||
TÁBATA PEREIRA DIAS | |||
TÁBATA PEREIRA DIAS | |||
VITOR CAMPOS ASSUMPÇÃO DE AMARANTE | |||
VITORIA FERNANDES DA SILVA | |||
VITTÓRIA BASSI DAS NEVES | |||
VITTÓRIA BASSI DAS NEVES | |||
VITÓRIA RAMOS DE FREITAS | |||
VITÓRIA RAMOS DE FREITAS |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 36.000,00 | Coordenador |