Nome do Projeto
Conceitos fundamentais da Ciência: um percurso epistemológico
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
06/05/2020 - 25/08/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Resumo
Partindo de uma perspectiva epistemológica, este projeto pretende realizar um estudo sobre diferentes conceitos assumidos fundamentais pela comunidade que atua no campo de pesquisa das Ciências, seja no campo do Ensino ou nos campos de ciência aplicada. Dessa forma, busca-se compreender o processo de gênese, mobilização e didatização dos conceitos utilizados nas Ciências tanto nos espaços da pesquisa química quanto nos de ensino escolarizado (Educação Básica e Superior) dessa área. Para realizar tal proposta serão organizadas etapas de pesquisa quali-quantitativa, englobando entrevistas, análise documental e estudos de caso. Como perspectivas do projeto, pretende-se criar elementos bastantes para contribuir à área das Ciências no processo de reflexão sobre seus fundamentos, sobre o modo como sua produção é incorporada em nos trabalhos de pesquisa e de ensino, bem como sobre os efeitos que a internalização de conceitos clássicos ou novos têm na constituição das Ciências.
Objetivo Geral
2.1. Objetivo Geral Investigar quais são os conceitos científicos assumidos como fundamentais pelas comunidades que atuam no campo da Química e do Ensino de Química e explorar os processos de como tais conhecimentos fundamentais são inseridos nos espaços de pesquisa aplicada e de ensino escolarizado (nos níveis básico e superior). 2.1. Objetivos Específicos 1. Objetivo: Conhecer as principais personagens das comunidades científicas atuais no campo da Química e da Educação Química que sejam assumidas como “referências” por seus pares. 2. Objetivo: Investigar quais conceitos, teorias e ideias tais personagens assumem como centrais à produção das Ciências. 3. Objetivo: Investigar se na dispersão das comunidades investigadas há concordância com a posição das personagens referentes. 4. Objetivo: Investigar a gênese histórica da construção dos conceitos assumidos como fundamentais. 5. Objetivo: A partir dos conceitos assumidos como fundamentais, investigar os processos de didatização que ocorrem para sua inserção nos universos da pesquisa em Química e do Ensino de Química nos níveis básico e superior. 6. Objetivo: Compreender, por meio de um recorte e estudo de caso, como determinados grupos, inseridos no universo das comunidades do campo da Química e do Ensino de Química, mobilizam os conceitos, teorias, ideias assumidos como fundamentais em suas ações de pesquisa e ensino. 7. Objetivo: Discutir os efeitos da assunção e do trabalho com determinados conceitos no campo das Ciências e de seu ensino na própria produção da área da Química e sua percepção social. 8. Objetivo: Articular as discussões realizadas quanto aos conceitos fundamentais com a proposição de novos conceitos e ferramentas, produzidos nos últimos anos, nas Ciências.
Justificativa
Ao se analisarem as produções que tratam sobre os conteúdos abordados nas Escolas na área da Química (VIDAL & PORTO, 2012; BERNARDINO, RODRIGUES, & BELLINI, 2013; MORI & CURVELO, 2014; SILVA, BRAIBANTE, & PAZINATO, 2013; FARÍAS & CASTELLÓ, 2013; CLOUTÉ, GIL, & RODRÍGUEZ, 2016; THEODORO, KASSEBOEHMER, & FERREIRA, 2014; CARVALHO & REZENDE, 2013; TEO, GOH, & YEO, 2014), não é difícil percebermos que a absoluta maioria dos conhecimentos produzidos nesse campo remetem, sobremaneira, a discussões propostas há longa data, particularmente aquelas elaboradas entre finais do século XVIII e início do século XX. Assumindo que a disciplina de Química está posta no contexto escolar como uma ferramenta de auxílio à leitura de mundo, de posicionamento dos sujeitos frente aos fenômenos que lhes ocorrem e de desenvolvimento de uma forma contraintuitiva de ler, pensar, explicar e prever o mundo ao qual os sujeitos se integram (SCHNETZLER, 2010), evidenciar tal distanciamento da disciplina escolar Química dos desenvolvimentos e avanços recentes da área de produção de conhecimentos da pesquisa em Química é um fator preocupante e relevante de ser investigado com vistas à melhoria da qualidade do ensino dessa área. Por exemplo, ainda que os maiores financiamentos e atenções se voltem a pesquisas em Química que estejam no campo da inovação, tais como bioacessibilidade de compostos, síntese de moléculas bioativas, dinâmica de processos químicos por modelos quânticos, materiais híbridos orgânicos-inorgânicos, nanoestruturas, farmacoquímicos, dentre muitos outros, conforme os projetos apoiados nos últimos editais brasileiros de fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), tais elementos não figuram dentre o rol de conhecimentos abordados usualmente no campo da Química escolar.
Partindo desse problema geral de distanciamento entre a atualidade do conhecimento químico e a estagnação dos conteúdos de ensino da Química escolar, outros problemas são dele derivados e mobilizam a constituição da presente pesquisa e seu foco na escola. O primeiro deles versa sobre os possíveis modos de articulação desses campos em termos do cenário atual e das diferenças entre produção científica e conhecimentos produzidos pela escolarização. Uma vez que a área de Ensino de Ciências denomina como processos de recontextualização didática (ARAÚJO & SOUSA, 2015; MARANDINO, 2004) os movimentos que permitem as transições, adaptações e transformações (nada tranquilas, nada naturais, nada simples) dos conhecimentos de um universo a outro, um incômodo surge quando se analisam os conhecimentos recentemente produzidos no campo da Ciência Química e aqueles trabalhados no ambiente escolarizado. Haveria algum aspecto temporal associado à apreensão de um conhecimento e sua inserção no espaço formal de ensino? Não se têm esclarecidos na literatura, num nível epistemológico, os modos como se dão os processos de inserção desses conhecimentos já assumidos como “clássicos” no espaço escolarizado atual. É esperado que se evidenciem articulações mais abrangentes entre elementos conceituais, discussões curriculares, teorias pedagógicas, conceituações psicológicas voltadas à aprendizagem, dentre outras, como instâncias constituintes e definidoras desses processos, contudo, não se evidenciam em produções recentes algum trabalho voltado a esse interessante aspecto da produção de conhecimento entre esses campos.
Se a discussão sobre os processos epistemológicos de internalização de conceitos já consolidados ao campo escolar é o primeiro problema, uma vez que ainda há pouco material que lhe esclareça, menos ainda se evidenciam discussões bastantes que atuem na problematização sobre a inserção de novos conhecimentos, principalmente aqueles centrados na inovação na área da Química ao espaço escolar. Este é o segundo problema a ser enfocado. Se há uma sistemática menção à presença de “conteúdos” básicos e reiterados no campo da Química que, embora datados de séculos passados, estão dispostos no currículo escolar e sendo esse currículo finito em termos de execução temporal e espacial, como ocorre a assunção dos novos conhecimentos químicos, entendidos, atualmente, no campo da inovação? Há um interesse, uma vontade, uma ação atual na inclusão desses “novos” conhecimentos nos espaços escolarizados? Ou estes atuariam apenas como aceptores de conhecimentos e saberes já consolidados? Quais implicações que há nessa acepção ou não acepção de novos conhecimentos para o desenvolvimento da Química escolar e sua contribuição à leitura do mundo?
Um terceiro problema a ser abordado é como a ação docente produz os conhecimentos químicos no ambiente escolar frente a esses cenários de afastamento entre uma área de pesquisa e a ação escolarizada. Por exemplo, ao tratar sobre elementos fundamentais à área de ensino, Shlumann (1987; 2015) considerou, dentre outros conhecimentos docentes, que há a necessária articulação entre os Conhecimentos Pedagógicos (PK), Conhecimentos de Conteúdo (CK) e Conhecimentos Pedagógicos do Conteúdo (PCK). Com base em tais discussões e seus desdobramentos, como as pesquisas de Parga (2015) ou de Ariza e Parga (2011), ao assumir que docentes dos níveis básico e superior sejam competentes na apropriação desses conhecimentos, como esses profissionais se colocam na articulação entre tradição (incluídos aqui conhecimentos assumidos como fundamentais, “clássicos” etc.) e intencionalidade pedagógica (que pode buscar uma outra via em relação a esses conhecimentos fundamentais) no espaço da escola? Como se colocam em termos da mobilização da inovação? As discussões que se evidenciam na literatura ainda não contemplam os aspectos que o presente projeto deseja analisar nessa temática.
Tais problematizações apontam a relevância da pesquisa quanto a discussões que permeiam a atualização e adequação do conhecimento científico que se coloca nas esferas do currículo educacional e do conhecimento químico escolar. A problematização do projeto tem impacto direto na formação dos indivíduos participantes da pesquisa, professores de universidade, professores da escola, licenciandos e estudantes da educação básica. A abordagem da formação pela e na pesquisa (Maldaner, 2000; Galiazzi, 2014) tem potência de catalisar processos que contribuem com a formação de professores de Ciências/Química, por exemplo, ao propiciar discussões e reflexões, no e sobre o contexto escolar e universitário, sobre questões envolvendo a linguagem da Ciência (SANGIOGO, 2014), os processos de mediação didática (MARANDINO, 2004) e a vigilância aos obstáculos pedagógicos e epistemológicos (BACHELARD, 1978; 1996) associados ao ensino e aprendizagem de Ciências/Química.
Para dar conta da investigação sobre esses problemas e trabalhar numa possível construção de estratégias e soluções inovadoras a este cenário, este projeto contempla uma ação estruturada em quatro estudos (os quais serão detalhados na seção de metodologia abaixo) organizados em uma articulação internacional que permitirá uma compreensão da produção de conhecimento nas áreas de Ensino de Química, de Química e do conhecimento químico escolar. Para isso, esta investigação agrega pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade do Rio Grande (FURG), Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia Sulriograndense (IFSUL, campi Pelotas e Novo Hamburgo), do Colégio Municipal Pelotense, da Universidad Pedagógica Nacional (UPN-Colômbia) e de escolas vinculadas à secretaria de educação de Bogotá (Colômbia), tendo todos ação direta nas escolas das suas regiões, particularmente pelas atuações nas coordenações dos programas PIBID, na orientação de discentes de mestrado profissional e acadêmico e pela própria docência e investigação sobre a docência da Química. Nesse sentido, o impacto das ações da presente pesquisa ganha alcance territorial, haja vista que se distribui em três regiões no Rio Grande do Sul, e avança em complexidade, ao trazer para o estudo interrelações, comparações e contextualizações com um cenário internacional a partir da UPN, uma universidade colombiana exclusivamente centrada na formação de professores e do IPN, um colégio de Educação Básica associado à UPN.
Partindo desse problema geral de distanciamento entre a atualidade do conhecimento químico e a estagnação dos conteúdos de ensino da Química escolar, outros problemas são dele derivados e mobilizam a constituição da presente pesquisa e seu foco na escola. O primeiro deles versa sobre os possíveis modos de articulação desses campos em termos do cenário atual e das diferenças entre produção científica e conhecimentos produzidos pela escolarização. Uma vez que a área de Ensino de Ciências denomina como processos de recontextualização didática (ARAÚJO & SOUSA, 2015; MARANDINO, 2004) os movimentos que permitem as transições, adaptações e transformações (nada tranquilas, nada naturais, nada simples) dos conhecimentos de um universo a outro, um incômodo surge quando se analisam os conhecimentos recentemente produzidos no campo da Ciência Química e aqueles trabalhados no ambiente escolarizado. Haveria algum aspecto temporal associado à apreensão de um conhecimento e sua inserção no espaço formal de ensino? Não se têm esclarecidos na literatura, num nível epistemológico, os modos como se dão os processos de inserção desses conhecimentos já assumidos como “clássicos” no espaço escolarizado atual. É esperado que se evidenciem articulações mais abrangentes entre elementos conceituais, discussões curriculares, teorias pedagógicas, conceituações psicológicas voltadas à aprendizagem, dentre outras, como instâncias constituintes e definidoras desses processos, contudo, não se evidenciam em produções recentes algum trabalho voltado a esse interessante aspecto da produção de conhecimento entre esses campos.
Se a discussão sobre os processos epistemológicos de internalização de conceitos já consolidados ao campo escolar é o primeiro problema, uma vez que ainda há pouco material que lhe esclareça, menos ainda se evidenciam discussões bastantes que atuem na problematização sobre a inserção de novos conhecimentos, principalmente aqueles centrados na inovação na área da Química ao espaço escolar. Este é o segundo problema a ser enfocado. Se há uma sistemática menção à presença de “conteúdos” básicos e reiterados no campo da Química que, embora datados de séculos passados, estão dispostos no currículo escolar e sendo esse currículo finito em termos de execução temporal e espacial, como ocorre a assunção dos novos conhecimentos químicos, entendidos, atualmente, no campo da inovação? Há um interesse, uma vontade, uma ação atual na inclusão desses “novos” conhecimentos nos espaços escolarizados? Ou estes atuariam apenas como aceptores de conhecimentos e saberes já consolidados? Quais implicações que há nessa acepção ou não acepção de novos conhecimentos para o desenvolvimento da Química escolar e sua contribuição à leitura do mundo?
Um terceiro problema a ser abordado é como a ação docente produz os conhecimentos químicos no ambiente escolar frente a esses cenários de afastamento entre uma área de pesquisa e a ação escolarizada. Por exemplo, ao tratar sobre elementos fundamentais à área de ensino, Shlumann (1987; 2015) considerou, dentre outros conhecimentos docentes, que há a necessária articulação entre os Conhecimentos Pedagógicos (PK), Conhecimentos de Conteúdo (CK) e Conhecimentos Pedagógicos do Conteúdo (PCK). Com base em tais discussões e seus desdobramentos, como as pesquisas de Parga (2015) ou de Ariza e Parga (2011), ao assumir que docentes dos níveis básico e superior sejam competentes na apropriação desses conhecimentos, como esses profissionais se colocam na articulação entre tradição (incluídos aqui conhecimentos assumidos como fundamentais, “clássicos” etc.) e intencionalidade pedagógica (que pode buscar uma outra via em relação a esses conhecimentos fundamentais) no espaço da escola? Como se colocam em termos da mobilização da inovação? As discussões que se evidenciam na literatura ainda não contemplam os aspectos que o presente projeto deseja analisar nessa temática.
Tais problematizações apontam a relevância da pesquisa quanto a discussões que permeiam a atualização e adequação do conhecimento científico que se coloca nas esferas do currículo educacional e do conhecimento químico escolar. A problematização do projeto tem impacto direto na formação dos indivíduos participantes da pesquisa, professores de universidade, professores da escola, licenciandos e estudantes da educação básica. A abordagem da formação pela e na pesquisa (Maldaner, 2000; Galiazzi, 2014) tem potência de catalisar processos que contribuem com a formação de professores de Ciências/Química, por exemplo, ao propiciar discussões e reflexões, no e sobre o contexto escolar e universitário, sobre questões envolvendo a linguagem da Ciência (SANGIOGO, 2014), os processos de mediação didática (MARANDINO, 2004) e a vigilância aos obstáculos pedagógicos e epistemológicos (BACHELARD, 1978; 1996) associados ao ensino e aprendizagem de Ciências/Química.
Para dar conta da investigação sobre esses problemas e trabalhar numa possível construção de estratégias e soluções inovadoras a este cenário, este projeto contempla uma ação estruturada em quatro estudos (os quais serão detalhados na seção de metodologia abaixo) organizados em uma articulação internacional que permitirá uma compreensão da produção de conhecimento nas áreas de Ensino de Química, de Química e do conhecimento químico escolar. Para isso, esta investigação agrega pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade do Rio Grande (FURG), Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia Sulriograndense (IFSUL, campi Pelotas e Novo Hamburgo), do Colégio Municipal Pelotense, da Universidad Pedagógica Nacional (UPN-Colômbia) e de escolas vinculadas à secretaria de educação de Bogotá (Colômbia), tendo todos ação direta nas escolas das suas regiões, particularmente pelas atuações nas coordenações dos programas PIBID, na orientação de discentes de mestrado profissional e acadêmico e pela própria docência e investigação sobre a docência da Química. Nesse sentido, o impacto das ações da presente pesquisa ganha alcance territorial, haja vista que se distribui em três regiões no Rio Grande do Sul, e avança em complexidade, ao trazer para o estudo interrelações, comparações e contextualizações com um cenário internacional a partir da UPN, uma universidade colombiana exclusivamente centrada na formação de professores e do IPN, um colégio de Educação Básica associado à UPN.
Metodologia
A realização da presente pesquisa se organiza a partir de quatro estudos.
O primeiro, relacionado aos primeiro e terceiro objetivos específicos, implicará em ações de pesquisa de nível quali-quantitativo (BOGDAN & BIKLEN, 1994). Em seu desenvolvimento serão empregadas técnicas de entrevistas (DUARTE, 2004) e/ou questionários semiestruturados (DINIZ, VASCONCELOS, MAIA-VASCONCELOS, & ROCHA; ERGIN, 2004) com sujeitos integrantes das áreas da Química e do Ensino de Química no Brasil e na Colômbia, bem como de análise documental (PIMENTEL, 2001) a partir das produções científicas em revistas das áreas de Química e Ensino de Química em níveis nacionais e internacional, para traçar a historicidade e gênese de conhecimentos assumidos como fundamentais pelas comunidades à Química e ao Ensino da Química.
O segundo estudo proposto, relacionado aos objetivos específicos um, dois e quatro, buscará analisar os processos de recontextualização didática que materiais produzidos e utilizados no Ensino Básico e Superior promovem no que tange à apropriação de conhecimentos já consolidados e aqueles em nível de inovação no campo da Química. Para tal propósito, serão realizadas ações análise documental (PIMENTEL, 2001) centrada na análise de materiais e propostas didáticas das escolas parceiras do projeto.
O terceiro estudo proposto, relacionado ao terceiro objetivo específico, utilizar-se-á de estudos do tipo survey (RAUPP & BEUREN, 2006) e análise documental (PIMENTEL, 2001) em revistas do campo da pesquisa pura e aplicada em Química para mapear e analisar os conhecimentos produzidos no nível da inovação nos últimos 5 anos. Para isso, também se utilizarão dados cientométricos, como aqueles disponibilizados nas bases Publindex, Clarivate Analytics, Isiweb of Knowledge, dentre outros.
O quarto estudo proposto por esta pesquisa se relaciona aos três primeiros estudos do levantamento da literatura e do contexto escolar acompanhado pela equipe de pesquisa, referente aos quatro primeiros objetivos, bem como aos quinto, sexto, sétimo e oivato objetivos específicos, a partir de estudos de casos, entrevistas e questionários (GIL, 2002) com grupos de docentes da área da Química dos níveis Básico e Superior de Educação, nos contextos brasileiro e colombiano. O quarto estudo se voltará aos espaços de formação docente e de ensino de química na educação básica, à investigação dos processos de mobilização dos conhecimentos docentes para o ensino da Química. Os grupos serão escolhidos em termos de representatividade, acessibilidade à equipe e de área de atuação na Química, sendo, no mínimo, trabalhado com licenciandos, professores do Ensino Superior e do Ensino Médio.
A metodologia envolvida no quarto estudo busca contemplar e qualificar pressupostos teóricos, reflexões e ações do(s) pesquisador(es) envolvido, ou seja, os problemas investigados têm pressupostos de uma pesquisa participante (LÜDKE, ANDRÉ, 1986), com envolvimento do(s) pesquisador(es) no contexto pesquisado, formando e sendo formados na e com a pesquisa (MALDANER, 2003, GALIAZZI, 2014). Ou seja, assume-se a relevância de estudar, planejar, desenvolver e analisar atividades diversas, seja para qualificar a formação dos professores, para o planejamento e a reflexão sobre as ações, seja para proporcionar a qualificação da formação científica dos estudantes da Educação Básica. Nesse processo, haverá a produção de instrumentos de pesquisa, como: questionários; entrevistas; e projetos de ensino, bem como de registros em diário de bordo, fotografias e gravação de interações (reuniões, aulas, cursos de formação, etc.). A pesquisa vinculada aos processos de formação docente e de estudantes da educação básica será predominantemente qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 1986) e a interpretação dos materiais empíricos pode ser orientada por abordagens metodológicas diversas, a exemplo da análise dos materiais empíricos que permeiam a sala de aula, a exemplo da análise textual discursiva (MORAES, GALIAZZI, 2011) e da análise de conteúdo (MORAES, 1999), que contribuem como um processo auto-organizado de análise de dados.
No sentido de contribuir com a formação inicial e continuada docente, também estão previstas as vinculações de estudantes de Licenciatura em Química e da Escola Básica à investigação por meio de bolsas de pesquisa, cujos sujeitos a serem contemplados com elas passarão por processo de seleção específico e conforme a distribuição, entre as instituições participantes, das vagas de pesquisa.
Por conta das características da equipe do projeto, interinstitucional e internacional, para dar conta dos oitavo, nono, décimo e décimo primeiro objetivos específicos, estão previstas reuniões virtuais bimestrais, com o foco no compartilhamento, relato e acompanhamento das ações desenvolvidas, bem como com a finalidade de avaliação das ações já realizadas e no planejamento das atividades a desenvolver, de modo a contemplar aos objetivos, indicadores e metas da pesquisa.
O primeiro, relacionado aos primeiro e terceiro objetivos específicos, implicará em ações de pesquisa de nível quali-quantitativo (BOGDAN & BIKLEN, 1994). Em seu desenvolvimento serão empregadas técnicas de entrevistas (DUARTE, 2004) e/ou questionários semiestruturados (DINIZ, VASCONCELOS, MAIA-VASCONCELOS, & ROCHA; ERGIN, 2004) com sujeitos integrantes das áreas da Química e do Ensino de Química no Brasil e na Colômbia, bem como de análise documental (PIMENTEL, 2001) a partir das produções científicas em revistas das áreas de Química e Ensino de Química em níveis nacionais e internacional, para traçar a historicidade e gênese de conhecimentos assumidos como fundamentais pelas comunidades à Química e ao Ensino da Química.
O segundo estudo proposto, relacionado aos objetivos específicos um, dois e quatro, buscará analisar os processos de recontextualização didática que materiais produzidos e utilizados no Ensino Básico e Superior promovem no que tange à apropriação de conhecimentos já consolidados e aqueles em nível de inovação no campo da Química. Para tal propósito, serão realizadas ações análise documental (PIMENTEL, 2001) centrada na análise de materiais e propostas didáticas das escolas parceiras do projeto.
O terceiro estudo proposto, relacionado ao terceiro objetivo específico, utilizar-se-á de estudos do tipo survey (RAUPP & BEUREN, 2006) e análise documental (PIMENTEL, 2001) em revistas do campo da pesquisa pura e aplicada em Química para mapear e analisar os conhecimentos produzidos no nível da inovação nos últimos 5 anos. Para isso, também se utilizarão dados cientométricos, como aqueles disponibilizados nas bases Publindex, Clarivate Analytics, Isiweb of Knowledge, dentre outros.
O quarto estudo proposto por esta pesquisa se relaciona aos três primeiros estudos do levantamento da literatura e do contexto escolar acompanhado pela equipe de pesquisa, referente aos quatro primeiros objetivos, bem como aos quinto, sexto, sétimo e oivato objetivos específicos, a partir de estudos de casos, entrevistas e questionários (GIL, 2002) com grupos de docentes da área da Química dos níveis Básico e Superior de Educação, nos contextos brasileiro e colombiano. O quarto estudo se voltará aos espaços de formação docente e de ensino de química na educação básica, à investigação dos processos de mobilização dos conhecimentos docentes para o ensino da Química. Os grupos serão escolhidos em termos de representatividade, acessibilidade à equipe e de área de atuação na Química, sendo, no mínimo, trabalhado com licenciandos, professores do Ensino Superior e do Ensino Médio.
A metodologia envolvida no quarto estudo busca contemplar e qualificar pressupostos teóricos, reflexões e ações do(s) pesquisador(es) envolvido, ou seja, os problemas investigados têm pressupostos de uma pesquisa participante (LÜDKE, ANDRÉ, 1986), com envolvimento do(s) pesquisador(es) no contexto pesquisado, formando e sendo formados na e com a pesquisa (MALDANER, 2003, GALIAZZI, 2014). Ou seja, assume-se a relevância de estudar, planejar, desenvolver e analisar atividades diversas, seja para qualificar a formação dos professores, para o planejamento e a reflexão sobre as ações, seja para proporcionar a qualificação da formação científica dos estudantes da Educação Básica. Nesse processo, haverá a produção de instrumentos de pesquisa, como: questionários; entrevistas; e projetos de ensino, bem como de registros em diário de bordo, fotografias e gravação de interações (reuniões, aulas, cursos de formação, etc.). A pesquisa vinculada aos processos de formação docente e de estudantes da educação básica será predominantemente qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 1986) e a interpretação dos materiais empíricos pode ser orientada por abordagens metodológicas diversas, a exemplo da análise dos materiais empíricos que permeiam a sala de aula, a exemplo da análise textual discursiva (MORAES, GALIAZZI, 2011) e da análise de conteúdo (MORAES, 1999), que contribuem como um processo auto-organizado de análise de dados.
No sentido de contribuir com a formação inicial e continuada docente, também estão previstas as vinculações de estudantes de Licenciatura em Química e da Escola Básica à investigação por meio de bolsas de pesquisa, cujos sujeitos a serem contemplados com elas passarão por processo de seleção específico e conforme a distribuição, entre as instituições participantes, das vagas de pesquisa.
Por conta das características da equipe do projeto, interinstitucional e internacional, para dar conta dos oitavo, nono, décimo e décimo primeiro objetivos específicos, estão previstas reuniões virtuais bimestrais, com o foco no compartilhamento, relato e acompanhamento das ações desenvolvidas, bem como com a finalidade de avaliação das ações já realizadas e no planejamento das atividades a desenvolver, de modo a contemplar aos objetivos, indicadores e metas da pesquisa.
Indicadores, Metas e Resultados
O projeto tem como base 4 indicadores, avaliados de modo semestral:
Indicador 1: Contabilização de trabalhos acadêmicos submetidos e/ou publicados sobre os estudos vinculados ao Projeto, em eventos e periódicos.
Indicador 2: Atividades de formação inicial e continuada realizados junto a professores de Química.
Indicador 3: Atividades e projetos de ensino planejados e/ou realizados, por professores (em formação inicial e/ou continuada), em escolas e turmas de estudantes, em sala de aula, na disciplina de Química do Ensino Médio.
Indicador 4: Socialização entre membros da equipe dos estudos da pesquisa, desenvolvidos e em desenvolvimento, com posterior divulgação dos principais resultados na comunidade para área de Ensino de Ciências.
Os indicadores permitem ter um acompanhamento periódico e sistemático da pesquisa, de resultados parciais, organizado pelo acompanhamento por parte da coordenação do projeto, de modo semestral, das atividades em desenvolvimento e já desenvolvidas. Isso possibilita avaliação do projeto e (re)organização de atividades e das orientações para ações, por parte da equipe de trabalho (pesquisadores, bolsistas, graduandos, professores da universidade e da escola) das diferentes instituições, no âmbito de cada objetivo do projeto e suas metas.
Indicador 1: Contabilização de trabalhos acadêmicos submetidos e/ou publicados sobre os estudos vinculados ao Projeto, em eventos e periódicos.
Indicador 2: Atividades de formação inicial e continuada realizados junto a professores de Química.
Indicador 3: Atividades e projetos de ensino planejados e/ou realizados, por professores (em formação inicial e/ou continuada), em escolas e turmas de estudantes, em sala de aula, na disciplina de Química do Ensino Médio.
Indicador 4: Socialização entre membros da equipe dos estudos da pesquisa, desenvolvidos e em desenvolvimento, com posterior divulgação dos principais resultados na comunidade para área de Ensino de Ciências.
Os indicadores permitem ter um acompanhamento periódico e sistemático da pesquisa, de resultados parciais, organizado pelo acompanhamento por parte da coordenação do projeto, de modo semestral, das atividades em desenvolvimento e já desenvolvidas. Isso possibilita avaliação do projeto e (re)organização de atividades e das orientações para ações, por parte da equipe de trabalho (pesquisadores, bolsistas, graduandos, professores da universidade e da escola) das diferentes instituições, no âmbito de cada objetivo do projeto e suas metas.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALESSANDRO CURY SOARES | 3 | ||
BRUNA ADRIANE FARY | 2 | ||
BRUNA GABRIELE EICHHOLZ VIEIRA | |||
BRUNO DOS SANTOS PASTORIZA | 4 | ||
CAMILA LITCHINA BRASIL | |||
CHARLENE BARBOSA DE PAULA | |||
FABIO ANDRE SANGIOGO | 3 | ||
FERNANDA KAROLAINE DUTRA DA SILVA | |||
FLÁVIA MOURA DE FREITAS | |||
GUILHERME BRAHM DOS SANTOS | |||
Laura da Silva Bardini | |||
PAOLA BORK ABIB | |||
ROGER BRUNO DE MENDONÇA | |||
TAVANE DA SILVA RODRIGUES | |||
THAÍS RUAS VIEGAS | |||
VITÓRIA SCHIAVON DA SILVA |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CNPq / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico | R$ 47.600,00 | Coordenador |
FAPERGS / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado Rio Grande do Sul | R$ 10.000,00 | Coordenador |
PROAP/CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 10.320,00 | Coordenador |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
Material de expediente | R$ 2.210,00 |
Manutenção de máquinas e equipamentos | R$ 2.100,00 |
Outros serviços | R$ 2.000,00 |
Passagens e despesas com locomoção | R$ 16.000,00 |
Despesas com diárias | R$ 17.240,00 |
Equipamentos e material permanente (móveis, máquinas, livros, aparelhos etc.) | R$ 18.050,00 |