Nome do Projeto
Dieta de Alto Grão para Ovinos confinados
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
31/08/2020 - 31/07/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O projeto será realizado na Agropecuária Rincão, situada no município do Capão do Leão/RS. Serão utilizados 42 cordeiros machos castrados, provenientes de cruza Texel, peso médio do lote de ±26,2 kg. Após o descarregamento os animais serão brincados com números ordinários, serão esquilados pelo método de Tosquia Tally Hi, pesagem, avaliação do escore da condição corporal (ECC), Famacha© e coleta de fezes para análise de ovos por grama (OPG), a cada 15 dias será realizada nova pesagem, ECC, Famacha©, OPG. Os animais serão distribuídos inteiramente casualizado, havendo 02 tratamentos sendo: DAG: cordeiros suplementados com dieta de alto grão e sem feno e o DAGF: cordeiros suplementados com dieta de alto grão mais feno a disposição. Cada tratamento terá 03 repetições sendo cada repetição com 07 animais, totalizando 21 animais por tratamento. O consumo de água será medido diariamente, mensurando de acordo com os litros de água que serão recolocados nos bebedouros, os animais serão alimentados 2x ao dia, a quantidade a ser fornecida será calculada diariamente através de escore de cocho, a temperatura e umidade serão aferidas diariamente no horário do trato da tarde. Semanalmente será coletado sangue de 15 animais de cada tratamento, a coleta será por pulsão da veia jugular, pelo sistema de vacutainer, serão coletados 2 tubos de 5 ml, 1 contendo EDTA para realização do hemograma completo e 1 sem anticoagulante para realização de analises bioquímicas. Os animais serão pesados em balança mecânica de plataforma com peso máximo de 300 Kg. A pesagem será realizada a cada ±15 dias. Os animais passarão 14hs em jejum, não será realizado o trato da tarde do dia anterior, onde as 17hs ocorrerá a limpeza nos cochos referentes ao trato da manhã. Serão realizadas 02 observações de comportamento ingestivo por um período de 24hs, das 07hs de um dia às 07hs do dia seguinte por duas equipes constituídas por 03 pessoas cada. As observações serão realizadas a cada 15 minutos, sendo observado : Ruminação em Pé (RP), Ruminação Deitado (RD), Ócio em Pé (OP), Ócio Deitado (OD), Consumo de Concentrado (CC), Consumo de Feno (CF), Bebendo água (B). A tomada de decisão para o abate dos animais, será levada em consideração o peso do cordeiro (42kg) e a avaliação de ECC, já que os abatedouros pedem ECC mínimo de 3. Os animais serão abatidos no frigorifico Coqueiro, situado na cidade de São Lourenço do Sul/RS, dentro das práticas humanitárias.

Objetivo Geral

- Avaliar o desempenho zootécnico e perfil metabólico de cordeiros confinados alimentados com dieta alto grão suplementado ou não com feno e o retorno econômico do sistema.

Justificativa

No inicio do século XX o rebanho ovino gaúcho, era predominado por raças laníferas, tornando a lã uma das principais atividades econômicas, com a crise mundial que ocorreu em meados de 1980, a lã sofreu uma forte desvalorização no mercado mundial, o que fez com que muitos produtores desistissem da criação de ovinos ou mantendo a criação, porém não com fins lucrativos, mas para consumo internodentro ndas propriedades. Com isso o perfil do rebanho ovino no Rio Grande do Sul, vem sofrendo mudanças, raças especializadas em produção de lã, vêm sendo gradativamente substituídas por raças produtoras de carne e leite (NOCCHI, 2001; ÁVILA et al. 2013 MALHEIROS, 2017, TEIXEIRA, 2018). No entanto a partir de 2008 o rebanho ovino voltou a tomar destaque no país chegando a pouco mais de 16 milhões de cabeças, 2 milhões a mais que 10 anos atrás (1998), porém o rebanho nacional que era especializado para produção de lã começa a se destacar e se especializar na produção de carne, mostrando-se um mercado promissor para os criadores, essa evolução no rebanho se manteve nos anos anteriores chegando em 2018 com mais de 18 milhões de cabeças ovinas (IBGE, 2019; Lopes, 2017). Esse crescimento nacional se dá devido ao mercado da carne ovina, que te evoluído bastante nos últimos anos, embora a ovinocultura de corte ainda seja uma atividade de pouca expressão econômica dentro do agronegócio brasileiro, tem apresentado expressivo crescimento, tanto na produção como na formalização da produção e no consumo, com tendências positivas e expectativas animadoras para todo o segmento (Silva et al., 2013). Ao contrario do que acontece no país, o rebanho ovino Rio-grandense tem diminuído, sendo que antes da crise da lã apresentava o maior rebanho nacional, hoje na era da produção de carne se mostra em 2º lugar com cerca de 4 milhões de cabeças (IBGE, 2019), que segundo Santos et al. (2015) o rebanho gaúcho cada vez mais, perde características produtoras de lã, e ganha características de produção de carne. No entanto a ovinocultura gaúcha ainda sofre devido à baixa competitividade no mercado internacional, apresentando ainda sérias dificuldades para suprir a atual demanda interna sem recorrer a contínuas importações. Esta situação é devido à baixa qualidade da carne produzida, os altos custos da produção e a baixa escala de produção (Silva et al., 2013; Lopes, 2017). O mercado consumidor tem se tornado cada vez mais exigente, com os alimentos disponíveis para consumo, com a carne ovina não seria diferente, o consumidor, procura carne de qualidade (maciez, sabor), pressionando assim o produtor a se tornar cada vez mais eficiente em sua produção, para poder proporcionar ao mercado, carcaças de qualidade e de origem idônea (Lopes, 2017). O sistema de confinamento pode ser utilizado com eficiência na alimentação de cordeiros na fase de cria e/ou terminação. Neste sistema, o abate pode ser uma alternativa zootécnica viável e eficiente para produção de carne ovina de qualidade, pois resulta em regularidade na oferta, além de padronização das carcaças. Outra vantagem do confinamento de cordeiros é a baixa mortalidade dos animais, em razão do maior controle sanitário e nutricional, que resulta em abate precoce e carcaças de qualidade (Zanette & Neumann, 2013).

Metodologia

O experimento será conduzido na Agropecuária Rincão, cidade do Capão do Leão/RS, no período entre março de 2021 há janeiro de 2024. Os animais chegarão na propriedade e passaram por adaptação, de ambiente e alimentar, onde se substituirá gradativamente o volumoso (palha de arroz enfardada) pela ração comercial utilizada. Serão utilizados 45 cordeiros machos castrados, provenientes de cruza Texel, pertencentes ao mesmo grupo de contemporâneos, desmamados com média de 50 dias de idade, peso médio do lote de ±26,2 kg. Após o descarregamento dos animais serão brincados com números ordinários, foram esquilados pelo método de Tosquia Tally Hi, pesagem, avaliação do escore da condição corporal (ECC), Famacha e coleta de fezes para análise de ovos por grama (OPG). Os animais ficarão confinados em 6 baias coletivas com 7 cordeiros, coberto, piso de cimento coberto por casca de arroz, cocho e bebedouro coletivos. Os animais foram distribuídos inteiramente casualizado, havendo 02 tratamentos sendo: DAG: cordeiros suplementados com dieta de alto grão e sem feno e o DAGF: cordeiros suplementados com dieta de alto grão mais feno a disposição. Cada tratamento haverá 03 repetições sendo cada repetição com 07 animais, totalizando 21 animais por tratamento. No dia zero, inicio do período experimental, os animais serão pesados, avaliação ECC e FAMACHA, coleta de fezes e de sangue.
O escore para ovinos varia de 01 a 05 e se baseia na sensibilidade da palpação à deposição de gordura e à musculatura nas vértebras. O ECC será feito de forma amostral, 05 animais de cada repetição, e os mesmos realizada a coleta de fezes. O método Famacha© destaca-se como uma alternativa para o diagnóstico e controle de Haemonchus spp. nos rebanhos ovinos (SILVA et al, 2017). O consumo de água será mensurado de acordo com os litros que eram recolocados nos bebedouros essa medida era feita através da pesagem por balança digital. Durante o experimento os animais serão alimentados duas vezes ao dia, às 08hs e às 17hs, A quantidade oferecida será diariamente recalculado, considerando sobras entre 05% a 10%. O consumo será analisado por lote, por serem baias e cochos coletivos. As sobras serão retiradas e pesadas em uma balança sempre antes do trato da manhã, e recalculado antes do fornecimento. Os serão pesados em balança mecânica de plataforma com peso máximo de 300 Kg. A pesagem será feita no dia zero e a cada ±15 dias. Os valores de ganho médio diário (GMD) será calculado de acordo com a formula: (Peso Final – Peso Inicial)/ Intervalo de dias. A tomada de decisão para o abate dos animais, será levada em consideração o peso do cordeiro (mínimo de 40 kg) e avaliação de ECC, já que os abatedouros pedem ECC mínimo de 3. Os animais serão abatidos no frigorifico Coqueiro, situado na cidade de São Lourenço do Sul/RS, sendo abatidos dentro das práticas humanitárias.

Indicadores, Metas e Resultados

- Espera-se atender à demanda, da ovinocultura nacional, sobre a necessidade de aumentarmos a produção de carne nas propriedades;
- Desenvolver uma linha de produtos funcionais, à base de dieta de alto grão, com a
finalidade de aumentar a produção;
- Recomendar a suplementação no Sistema produtivo da ovinocultura;
- O resultado esperado seria que os animais que receberem dieta de alto grão com disponibilidade de feno, apresentem maior desempenho.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALICE MUELLER
ANDRESSA MIRANDA CHAVES
BRUNA ZART
CARLA JOICE HARTER4
DAIANE BEATRIZ CARDOSO DIAS
EDUARDO DA SILVA AVILA
EDUARDO HOLZSCHUH DE OLIVEIRA
FELIPE DO AMARAL NUNES
FRANCISCO LEON COELHO LEAL
GABRIEL FREITAS DA SILVA
GILSON DE MENDONCA4
GIOVANI FIORENTINI4
JULIANA PEREIRA FONSECA
LAÉRCIO AFONSO ROCHEL
LUCAS SEVERO GONÇALVES
RODRIGO CHAVES BARCELLOS GRAZZIOTIN
ROGERIO FOLHA BERMUDES2
VERLISE LUCENA ROQUE DA SILVA
VITÓRIA MENDONÇA DA SILVA

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