Nome do Projeto
Obalibras
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/09/2020 - 30/04/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
O projeto tem como proposta o desenvolvimento
de material didático para o ensino de Libras denominado ObaLibras (Objetos de
Aprendizagem para o Ensino de Libras). O processo de produção de vídeos envolve
pesquisa teórica e análise de vídeos já produzidos, disponibilizados na Internet. Como não
existem parâmetros para o ensino de Libras como L2 nas disciplinas dos Cursos de
Graduação, a proposta do Obalibras baseia-se nos cursos de British Sign Language (BSL).
Os cursos de BSL seguem um currículo comum determinado pelo UK Occupational
Language Standards. Esse currículo foi desenvolvido para ensinar habilidades e
conhecimentos de língua necessários em ambientes de trabalho, e possui uma equivalência
com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas.
Objetivo Geral
- Analisar e desenvolver objetos de aprendizagem em Libras para o ensino comunicativo de Libras.
Justificativa
A entrada em massa da disciplina de Libras e de novos professores nas universidades, a partir do Decreto 5626/2005 foi acompanhada de uma necessidade: material didático. Os cursos de Libras, até então, eram oferecidos por associações de surdos e de familiares de surdos em igrejas e, algumas vezes, como cursos de extensão em instituições de ensino superior. Durante muito tempo, o material didático disponível era em cartilhas, primeiramente mimeografadas e posteriormente fotocopiadas, com os desenhos dos sinais e, fitas VHS com narrativas em libras produzidas pelo INES na década de 80.
A Libras com status de disciplina obrigatória na graduação exigiu uma melhoria na oferta de materiais didáticos, as cartilhas em papel já não davam mais conta tanto das demandas docentes como discentes. Os docentes necessitavam de materiais didáticos para o ensino de língua em nível de graduação. Já os alunos solicitavam recursos para estudo em casa. Além do mais, com a expansão da Universidade Aberta do Brasil (UAB), as disciplinas de Libras também precisavam ser ofertadas a distância. Ocorreu, então, uma expansão da produção de materiais didáticos em vídeo, tanto para uso on-line como em DVDs.
Entretanto, muitos dos materiais produzidos em vídeo não avançaram em termos pedagógicos. A cartilha, antes em papel, agora apresentava-se em DVD. A proposta de glossário, de apresentação do vocabulário em famílias semânticas permaneceu nos vídeos. Fourie (2000, p. 46) comenta que o mesmo processo ocorreu nos Estados Unidos. As tecnologias de comunicação ficaram mais acessíveis para a aquisição e mais amigáveis e intuitivas para o uso por amadores, o que levou os profissionais da área da surdez a produzirem vídeos do vocabulário em sinais organizados em temas semânticos para os pais de crianças surdas aprenderem a American Sign Language (ASL).
No Brasil, diversos profissionais da Linguística começaram a perceber a limitação das cartilhas em vídeo, sendo iniciado um processo de produção de materiais de apoio para as aulas de Libras. Dentre eles pode-se citar: Pimenta e Quadros (2006), Felipe (2007), o programa de vídeo-aulas produzidas pela TV Campus da Universidade Federal de Santa Maria, o Libras TRI[1] desenvolvido em 2012, as aulas de Libras disponíveis na TV INES[2] e, mais recentemente, as vídeo-aulas de Libras da USP[3], entre outros.
Esta pesquisa parte da premissa que vídeos podem ser compreendidos como objetos de aprendizagem para o ensino de Línguas de Sinais (CONCEIÇÃO; LEHMAN, 2002 e LEBEDEFF; SANTOS, 2014) e apresenta o projeto Obalibras – Objetos de Aprendizagem para o ensino de Libras, que busca produzir materiais didáticos para o ensino de Libras pautado no Ensino Comunicativo de Línguas.
A Libras com status de disciplina obrigatória na graduação exigiu uma melhoria na oferta de materiais didáticos, as cartilhas em papel já não davam mais conta tanto das demandas docentes como discentes. Os docentes necessitavam de materiais didáticos para o ensino de língua em nível de graduação. Já os alunos solicitavam recursos para estudo em casa. Além do mais, com a expansão da Universidade Aberta do Brasil (UAB), as disciplinas de Libras também precisavam ser ofertadas a distância. Ocorreu, então, uma expansão da produção de materiais didáticos em vídeo, tanto para uso on-line como em DVDs.
Entretanto, muitos dos materiais produzidos em vídeo não avançaram em termos pedagógicos. A cartilha, antes em papel, agora apresentava-se em DVD. A proposta de glossário, de apresentação do vocabulário em famílias semânticas permaneceu nos vídeos. Fourie (2000, p. 46) comenta que o mesmo processo ocorreu nos Estados Unidos. As tecnologias de comunicação ficaram mais acessíveis para a aquisição e mais amigáveis e intuitivas para o uso por amadores, o que levou os profissionais da área da surdez a produzirem vídeos do vocabulário em sinais organizados em temas semânticos para os pais de crianças surdas aprenderem a American Sign Language (ASL).
No Brasil, diversos profissionais da Linguística começaram a perceber a limitação das cartilhas em vídeo, sendo iniciado um processo de produção de materiais de apoio para as aulas de Libras. Dentre eles pode-se citar: Pimenta e Quadros (2006), Felipe (2007), o programa de vídeo-aulas produzidas pela TV Campus da Universidade Federal de Santa Maria, o Libras TRI[1] desenvolvido em 2012, as aulas de Libras disponíveis na TV INES[2] e, mais recentemente, as vídeo-aulas de Libras da USP[3], entre outros.
Esta pesquisa parte da premissa que vídeos podem ser compreendidos como objetos de aprendizagem para o ensino de Línguas de Sinais (CONCEIÇÃO; LEHMAN, 2002 e LEBEDEFF; SANTOS, 2014) e apresenta o projeto Obalibras – Objetos de Aprendizagem para o ensino de Libras, que busca produzir materiais didáticos para o ensino de Libras pautado no Ensino Comunicativo de Línguas.
Metodologia
Esta é uma pesquisa de natureza aplicada, de gênero prática, com abordagem qualitativa e, procedimentalmente, uma pesquisa-ação (PAIVA, 2019).
O processo de produção de vídeos terá como base uma pesquisa teórica e análise de vídeos já produzidos, disponibilizados na Internet. Como não existem parâmetros para o ensino de Libras como L2 nas disciplinas dos Cursos de Graduação, a proposta do Obalibras terá como base os cursos de British Sign Language (BSL). Os cursos de BSL seguem um currículo comum determinado pelo UK Occupational Language Standards (CILT, 2010, p. 4). Esse currículo foi desenvolvido para ensinar habilidades e conhecimentos de língua necessários em ambientes de trabalho, e possui uma equivalência com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (MEC/PORTUGAL, 2001). Em função disso, em BSL Introduction desenvolvem-se habilidades equivalentes ao aprendiz A1, Utilizador Elementar, para o referido Quadro.
Os roteiros para o projeto Obalibras serão produzidos a partir de três parâmetros: a) as habilidades comunicativas, que trazem, em sua base, uma proposta de Ensino Comunicativo de Línguas; b) as características de objetos de aprendizagem e, c) as sugestões para produção de vídeos para o ensino de Libras discutidas por Lebedeff (2017).
Após roteirização, filmagem, edição, os vídeos serão disponibilizados no canal do projeto, no Youtube.
O processo de produção de vídeos terá como base uma pesquisa teórica e análise de vídeos já produzidos, disponibilizados na Internet. Como não existem parâmetros para o ensino de Libras como L2 nas disciplinas dos Cursos de Graduação, a proposta do Obalibras terá como base os cursos de British Sign Language (BSL). Os cursos de BSL seguem um currículo comum determinado pelo UK Occupational Language Standards (CILT, 2010, p. 4). Esse currículo foi desenvolvido para ensinar habilidades e conhecimentos de língua necessários em ambientes de trabalho, e possui uma equivalência com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (MEC/PORTUGAL, 2001). Em função disso, em BSL Introduction desenvolvem-se habilidades equivalentes ao aprendiz A1, Utilizador Elementar, para o referido Quadro.
Os roteiros para o projeto Obalibras serão produzidos a partir de três parâmetros: a) as habilidades comunicativas, que trazem, em sua base, uma proposta de Ensino Comunicativo de Línguas; b) as características de objetos de aprendizagem e, c) as sugestões para produção de vídeos para o ensino de Libras discutidas por Lebedeff (2017).
Após roteirização, filmagem, edição, os vídeos serão disponibilizados no canal do projeto, no Youtube.
Indicadores, Metas e Resultados
O Projeto Obalibras trata-se de uma continuação do Projeto ABORDAGEM COMUNICATIVA, OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DE LÍNGUAS E O LUGAR DA CULTURA NO ENSINO DE LÍNGUAS DE SINAIS. Já foram produzidos vinte e oito vídeos. Desses, vinte e seis foram desenvolvidos especialmente para a disciplina de Libras I e dois, com tema específico de Cultura Surda foram desenvolvidos como produto para o Mestrado Acadêmico Ciências e Tecnologias na Educação - IFSul - Campus CAVG, em cujo curso uma das participantes do projeto realizou seu Mestrado. Os vídeos já produzidos podem ser acessados em: https://www.youtube.com/channel/UCvd4qQ4_OR3w7kIgUSO-UpA
A continuidade do projeto visa a produção de material para a escola pós-pandemia.
Espera-se que o material produzido seja utilizado tanto por professores de Libras como por professores de Português como L2 para surdos.
A continuidade do projeto visa a produção de material para a escola pós-pandemia.
Espera-se que o material produzido seja utilizado tanto por professores de Libras como por professores de Português como L2 para surdos.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALINE DE CASTRO E KASTER | 8 | ||
ANGELA NEDIANE DOS SANTOS | |||
ANGELA NEDIANE DOS SANTOS | 6 | ||
Anna Gil Prieto | |||
DAIANA SAN MARTINS GOULART | 4 | ||
DANIEL LOPES ROMEU | 8 | ||
DIRCEU SOUZA DE LIMA | |||
GUILHERME BRANDINO PAGANINI | |||
IVANA GOMES DA SILVA | 4 | ||
JOSEANE MACIEL VIANA | 4 | ||
Jessica Barbosa Bederode | |||
Joabe Pereira Costa | |||
LUCIANO COUSEN BARBOSA | |||
MAYARA BATAGLIN RAUGUST | 4 | ||
Oscar Raimundo dos Santos Júnior | |||
Priscila da Silva Avila | |||
Rogers Rocha | 4 | ||
RÚBIA DENISE ISLABÃO AIRES | |||
SANDRA REGINA DA SILVA | |||
TATIANA BOLIVAR LEBEDEFF | 10 |