Nome do Projeto
Avaliação Clínica, Zootécnica e Imunológica de bezerras da raça Holandês com ou sem falhas na transferência de imunidade passiva
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
23/10/2020 - 23/09/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Este projeto é a continuação do projeto de pesquisa cód COCEPE 9491
Foi realizado um estudo utilizando bezerras fêmeas, da raça Holandês, a partir do
nascimento. Neste estudo foi avaliado a transferência de imunidade passiva e a
realização de acompanhamento clínico e zootécnico nos animais, do nascimento até os
60 dias de vida.
Objetivo Geral
Determinar qual o período de janela imunológica de terneiras que apresentaram ou não
falhas na transferência de imunidade passiva, relacionando esta falha ao desenvolvimento de doenças
falhas na transferência de imunidade passiva, relacionando esta falha ao desenvolvimento de doenças
Justificativa
A cadeia produtiva do leite constitui-se de um ciclo aonde todas as fases apresentam-se interligadas, ou
seja, falhas no manejo com alguma das etapas de criação dentro do sistema irão resultar em prejuízos
econômicos. Dentre todas as fases que compõe o sistema produtivo, normalmente a fase de criação das
bezerras é considerada um dos pontos de estrangulamento dentro das fazendas leiteiras, uma vez que
altos índices de mortalidade são observados. No Brasil, estima-se que o número de óbitos nesta fase
inicial de vida oscila entre 10-20% (Suñé, 2009), o que tem contribuído de modo significativo para
aumentar os custos de produção. Uma vez que não há transferência de imunidade materno-fetal durante o
período de gestação em função do tipo de placentação, bezerras nascem desprotegidas do ponto de vista
imunológico, e isto contribui para os altos índices de doenças. Por este motivo, torna-se imprescindível o
fornecimento de um colostro de qualidade nas primeiras horas de vida, em volumes suficientes para
transferir imunoglobulinas e outros compostos capazes de proteger o neonato nesta fase crítica. Além
desta não transferência de imunoglobulinas via placenta materna, bezerras ao nascer não apresentam seu
sistema imune completamente desenvolvido e, por isso as respostas do sistema imune adaptativo
ocorrem de maneira mais lenta e menos eficiente quando comparadas aos animais adultos. Há, na
literatura uma certa divergência em relação ao período que estes animais estariam mais susceptíveis a
doenças (janela imunológica). De acordo com Hulbert e Moisá (2016), os anticorpos maternos
provenientes do colostro permanecem no sistema circulatório dos bezerros até as primeiras 3 semanas
de vida, mas segundo Heinrichs e Jones (2003) a partir do quinto dia de vida a imunidade passiva
adquirida a partir do colostro diminui, ao mesmo tempo que ainda não há maturação completa do sistema
imune ativo do terneiro, sendo este o período crítico para o desenvolvimento de doenças
seja, falhas no manejo com alguma das etapas de criação dentro do sistema irão resultar em prejuízos
econômicos. Dentre todas as fases que compõe o sistema produtivo, normalmente a fase de criação das
bezerras é considerada um dos pontos de estrangulamento dentro das fazendas leiteiras, uma vez que
altos índices de mortalidade são observados. No Brasil, estima-se que o número de óbitos nesta fase
inicial de vida oscila entre 10-20% (Suñé, 2009), o que tem contribuído de modo significativo para
aumentar os custos de produção. Uma vez que não há transferência de imunidade materno-fetal durante o
período de gestação em função do tipo de placentação, bezerras nascem desprotegidas do ponto de vista
imunológico, e isto contribui para os altos índices de doenças. Por este motivo, torna-se imprescindível o
fornecimento de um colostro de qualidade nas primeiras horas de vida, em volumes suficientes para
transferir imunoglobulinas e outros compostos capazes de proteger o neonato nesta fase crítica. Além
desta não transferência de imunoglobulinas via placenta materna, bezerras ao nascer não apresentam seu
sistema imune completamente desenvolvido e, por isso as respostas do sistema imune adaptativo
ocorrem de maneira mais lenta e menos eficiente quando comparadas aos animais adultos. Há, na
literatura uma certa divergência em relação ao período que estes animais estariam mais susceptíveis a
doenças (janela imunológica). De acordo com Hulbert e Moisá (2016), os anticorpos maternos
provenientes do colostro permanecem no sistema circulatório dos bezerros até as primeiras 3 semanas
de vida, mas segundo Heinrichs e Jones (2003) a partir do quinto dia de vida a imunidade passiva
adquirida a partir do colostro diminui, ao mesmo tempo que ainda não há maturação completa do sistema
imune ativo do terneiro, sendo este o período crítico para o desenvolvimento de doenças
Metodologia
Foram utilizadas 100 fêmeas hígidas, da raça Holandês, com um dia de vida,
provenientes de uma propriedade comercial. Foram monitoradas quanto à ingestão de
colostro e absorção de imunoglobulinas a partir dos níveis de proteínas plasmáticas totais
(PPT), sendo utilizado o parâmetro de 5,5 g/dL (Tyler et al., 1996), onde bezerras com
valores de PPT menor a este eram caracterizadas com FTIP (falha de transferencia de
imunidade passiva). Para esta avaliação, entre 24 e 48 horas após o nascimento,
realizou-se uma coleta de sangue através de venopunção da jugular direita utilizando um
sistema de vaccutainer e tubos contendo anticoagulante EDTA.
Realizou-se coleta de sangue nos dias zero (entre 24-48h após nascimento), dia 7,
14, 21, 28 e 60. As amostras coletadas foram imediatamente armazenadas em caixas
térmicas e encaminhadas ao laboratório para a centrifugação, extração do soro e
armazenamento em freezer.
A partir destas coletas, foram realizadas analises relacionadas com imunidade:
quantificação de imunoglobulinas séricas ao longo do tempo, além de avaliar proteínas de
fase aguda como haptoglobina, proteína C reativa, albumina e paraoxanase
Avaliou-se condição clínica dos animais e ocorrência de doenças, além dos índices zootécnicos (ganho de peso médio diário, altura na cernelha, largura na garupa e perímetro torácico) até 30 dias de vida.
provenientes de uma propriedade comercial. Foram monitoradas quanto à ingestão de
colostro e absorção de imunoglobulinas a partir dos níveis de proteínas plasmáticas totais
(PPT), sendo utilizado o parâmetro de 5,5 g/dL (Tyler et al., 1996), onde bezerras com
valores de PPT menor a este eram caracterizadas com FTIP (falha de transferencia de
imunidade passiva). Para esta avaliação, entre 24 e 48 horas após o nascimento,
realizou-se uma coleta de sangue através de venopunção da jugular direita utilizando um
sistema de vaccutainer e tubos contendo anticoagulante EDTA.
Realizou-se coleta de sangue nos dias zero (entre 24-48h após nascimento), dia 7,
14, 21, 28 e 60. As amostras coletadas foram imediatamente armazenadas em caixas
térmicas e encaminhadas ao laboratório para a centrifugação, extração do soro e
armazenamento em freezer.
A partir destas coletas, foram realizadas analises relacionadas com imunidade:
quantificação de imunoglobulinas séricas ao longo do tempo, além de avaliar proteínas de
fase aguda como haptoglobina, proteína C reativa, albumina e paraoxanase
Avaliou-se condição clínica dos animais e ocorrência de doenças, além dos índices zootécnicos (ganho de peso médio diário, altura na cernelha, largura na garupa e perímetro torácico) até 30 dias de vida.
Indicadores, Metas e Resultados
Avaliar a qualidade de transferência de imunidade passiva em terneiras da raça
Holandes, associando esta às doenças;
2. Obter índices de morbidade e mortalidade de doenças respiratórias em bezerras
leiteiras com ou sem falha de transferencia de imunidade passiva;
3. Obter índices de morbidade e mortalidade de diarréias em bezerras leiteiras com ou
sem falha de transferencia de imunidade passiva;
4. Obter índices de morbidade e mortalidade de outras doenças em bezerras leiteiras
com ou sem falha de transferencia de imunidade passiva;
5. Avaliar o desempenho zootécnico de bezerras leiteiras, comparando bezerras
doentes às saudáveis, e terneiras que tiveram diarreia às que tiveram doença
respiratória;
6. Determinar o padrão de comportamento das imunoglobulinas durante os 60 dias de
vida das terneiras que apresentaram ou não falhas na transferencia de imunidade
passiva, buscando assim caracterizar o período de janela imunológica;
7. Avaliar o impacto das falhas de transferência de imunidade passiva para o
desempenho zootécnico e incidência de doenças;
Holandes, associando esta às doenças;
2. Obter índices de morbidade e mortalidade de doenças respiratórias em bezerras
leiteiras com ou sem falha de transferencia de imunidade passiva;
3. Obter índices de morbidade e mortalidade de diarréias em bezerras leiteiras com ou
sem falha de transferencia de imunidade passiva;
4. Obter índices de morbidade e mortalidade de outras doenças em bezerras leiteiras
com ou sem falha de transferencia de imunidade passiva;
5. Avaliar o desempenho zootécnico de bezerras leiteiras, comparando bezerras
doentes às saudáveis, e terneiras que tiveram diarreia às que tiveram doença
respiratória;
6. Determinar o padrão de comportamento das imunoglobulinas durante os 60 dias de
vida das terneiras que apresentaram ou não falhas na transferencia de imunidade
passiva, buscando assim caracterizar o período de janela imunológica;
7. Avaliar o impacto das falhas de transferência de imunidade passiva para o
desempenho zootécnico e incidência de doenças;
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADRIANE DALLA COSTA DE MATOS | |||
ALEXANDRE MARTINS DE LIMA | |||
ANTÔNIO AMARAL BARBOSA | |||
Ana Luiza Kalb | |||
CASSIO CASSAL BRAUNER | 1 | ||
EDERSON DOS SANTOS | |||
EDUARDO SCHMITT | 1 | ||
FRANCISCO AUGUSTO BURKERT DEL PINO | 1 | ||
JOSIANE DE OLIVEIRA FEIJÓ | |||
MARCIO NUNES CORREA | 1 | ||
MURILO SCALCON NICOLA | |||
NATÁLIA MACHADO RAHAL | |||
VIVIANE ROHRIG RABASSA | 2 |