Nome do Projeto
Prematuridade e Composição Corporal na Infância, Adolescência e Idade Adulta nas Coortes de Nascimentos de Pelotas de 1982, 1993 e 2004
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
05/02/2021 - 31/12/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A prematuridade está entre as principais causas perinatais de morbidade na infância e o Brasil é o décimo país do mundo com maior número de nascimentos pré-termo. Torna-se cada vez mais evidente na literatura a relação entre crianças nascidas prematuras e risco aumentado de desenvolvimento de obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus e alterações no perfil lipídico, em indivíduos cada vez mais jovens. Na Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004, o aumento na prevalência de partos pré-termo, em comparação à Coorte de Nascimentos de Pelotas de 1993, foi devido ao nascimento de bebês pré-termo tardios, com 34-36 semanas completas de gestação. AsCoortes de Nascimentos de Pelotas de 1982, 1993 e 2004 constituemvaliosas fontes de informações para este estudo, por possuir dados desde o nascimento dos participantes e medidas de composição corporal, em particular a pletismografia por deslocamento de ar, realizadas por meio de equipamentos sofisticados e adequados para crianças, adolescentes e adultos. Os aspectos metodológicos do estudo e logística de campo seguirão o projeto geral das coortes de 1982, 1993 e 2004. Diante disso, cumprem-se os requisitos para avaliar a composição corporal de prematuros aos seis, dezoito e trinta anos de idade.

Objetivo Geral

OBJETIVO GERAL

Investigar a associação entre prematuridade e composição corporal na infância, adolescência e idade adulta.

Justificativa

A prematuridade está entre as principais causas perinatais de morbidade na infância, tendo um importante papel no número de óbitos neonatais e infantis (Victora, 2001).No Brasil, a prevalência de prematuridade enfrenta problemas relacionados ao erro de classificação da IG, de forma que tende a ser subestimada. Recém-nascidos entre 34-36 semanas (pré-termos tardios) são frequentemente e erroneamente classificados como a termo, sendo esse o grupo mais prevalente dentre os prematuros (Santos et al., 2009;Zeitlin et al., 2013;Theme e tal., 2004). Na Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004, o aumento na prevalência de partos pré-termo, em comparação à coorte anterior (Coorte de Nascimentos de Pelotas de 1993) foi devido ao nascimento de bebês com 34-36 semanas completas de gestação(Barros et al., 2005).
No entanto, as investigações clínicas têm focado nos prematuros com 32 semanas ou menos de IG, que são os que apresentam maior risco de morbi-mortalidade. Isso se reflete na maior liberalidade para interromper a gestação, quando há intercorrências maternas e/ou fetais a partir de 34 semanas(Fucks e Gyamfi, 2009) e, também, na maior probabilidade de deixar estes recém-nascidos pré-termos tardios em enfermarias de baixo risco ou alojamento conjunto e a dar alta precocemente. (Ishiguro et al., 2009).
A prevalência da obesidade em todas as faixas etárias (WHO, 2016)tem aumentado consideravelmente em vários países. No Brasil, essa realidade é observada em diferentes regiões do país, como mostram os dados da Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2008-2009 (IBGE, 2010). A composição corporal é observada diferentemente entre as categorias de idade gestacional. Na literatura, há controvérsias entre esses resultados, pois diversos estudos apontam a prematuridade como fator de risco para um pior cenário da composição corporal (Giannì et al., 2009; Simon et al., 2013; Pringle et al., 2018), enquanto outros não encontraram nenhuma relação ou uma relação contrária a essa(Villela et al., 2018a; Tremblay et al., 2017).
Além do embasamento teórico que demonstra a importância do presente estudo, deve-se levar em consideração o fato de ser um assunto praticamente inexistente no Brasil e em países de baixa e média renda. Além disso, é contrastante a qualidade dos dados e da metodologia aqui proposta, tendo em vista que medidas de composição corporal foram obtidas por meio de equipamentos sofisticados e adequados aos 6, 18 e 30anos de idade.

Metodologia

Este projeto está baseado nas informações coletadas na coorte de nascidos vivos de 1982, 1993 e 2004, na cidade de Pelotas, RS.

Indicadores, Metas e Resultados

HIPÓTESES
 A revisão da literatura mostrará que os prematuros apresentam maior adiposidade corporal do que os nascidos a termo;
 Aos 6, 18 e 30 anos de idade, os nascidos prematuros, de ambos os sexos, estarão com maioresMG (kg), IMG (kg/m2) e percentual de gordura corporal do que os nascidos a termo;
 A associação entre prematuridade e maior adiposidade corporal aos 6, 18 e 30 anos de idade, em ambos os sexos, será em parte mediada pela menor duração da amamentação;
 A associação entre prematuridade e maior adiposidade corporal aos 6 anos de idade, em ambos os sexos, será em parte mediada pelo excesso de peso após os 24 meses de idade.


ARTIGOS PROPOSTOS
1) Revisão Sistemática: “Associação entre prematuridade e composição corporal na infância, adolescência e vida adulta”

2) Artigo Analítico: “Associação entre prematuridade e composição corporal aos 6, 18 e 30 anos de idade nas Coortes de Nascimentos de Pelotas de 1982, 1993 e 2004”

3) Artigo Analítico: “Prematuridade e composição corporal aos 6 anos de idade na Coorte de Nascimentos de 2004: mediação pelo excesso de peso”

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
CAROLINE CARDOZO BORTOLOTTO
INA DA SILVA DOS SANTOS1
JULIANA DOS SANTOS VAZ1

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