Nome do Projeto
Patrimonialização da dor: o Memorial da Boate Kiss
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
08/03/2021 - 08/03/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Resumo
O projeto pretende analisar as discussões entorno da patrimonialização da tragédia da boate Kiss em Santa Maria, RS. Ocorrida em 27 de janeiro de 2013, o incêndio levou à morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos. Poucos meses após o incêndio já se discutia a criação de um Memorial às vítimas e desde então diferentes propostas vem sendo apresentadas e discutidas. A tônica da pesquisa será analisar essas formas de memorialização e de patrimonialização da tragédia.
Objetivo Geral
Considerando que esses debates estão em curso e dizem respeito à construção de uma memória oficial sobre a tragédia, envolvem diversos atores e são atravessados por incertezas quanto a sua concretização, o principal objetivo desse projeto é buscar compreender o processo da construção do memorial entorno da tragédia de Santa Maria, seja através da criação de um memorial oficial às vítimas da Kiss, seja por meio de manifestações memoriais efêmeras ou temporárias.
Justificativa
O incêndio da Boate Kiss inscreveu Santa Maria na toponímia dos lugares marcados pela tragédia no Brasil. A repercussão do crime ganhou a imprensa nacional e internacional daquele ano. O dia da tragédia e o dia seguinte foram usados para recolher e enterrar as vítimas, um processo tão doloroso que mobilizou esforços comunitários e profissionais sem precedentes na cidade. Todos os dias 27 de janeiro desde então foram marcados pela dor da lembrança e mobilizações.
Nos dias seguintes a tragédia, o local passou a receber espontaneamente flores, cartazes, velas, objetos que marcavam o local como um lugar de sofrimento e saudades, uma espécie de memorial efêmero e poucos meses depois surgiu a ideia de construir um memorial permanente às vítimas. Encontramos inicialmente informações sobre três projetos apresentados para lembrar às vítimas.
O primeiro projeto foi proposto pelo escultor santa-mariense Mauro Possobon, segundo o autor, os primeiros desenhos foram concebidos no mesmo dia da tragédia, “quando ficou sabendo do que aconteceu pela rede CNN.” Os detalhes do projeto foram divulgados no Jornal do Brasil, após serem apresentados em Brasília à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
A maquete do projeto foi apresentada a familiares e autoridades durante um congresso que lembraria um ano do incêndio: “o projeto contemplará uma espécie de arena para receber eventos culturais e espirituais. Antes era só a cobertura. A ideia original era construir algo mais baixo. Seria uma espécie de cúpula. Mas a associação queria algo mais amplo", detalhou o autor do projeto. O projeto previa a “instalação de duas salas, uma para a Cruz Vermelha e outra para a Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM)”, também seriam instalados “242 tubos, que receberiam luz natural, a partir da posição do sol, cada vez que um deles fizesse aniversário. Um sistema de laser artificial garantiria a homenagem em dias de tempo fechado.” Sobre a escolha do local, o então presidente da AVTSM, Adherbal Ferreira, admitiu que o memorial poderia ser instalado em outro local, mas a possibilidade desagradou o artista, que respondeu "Lá é um local santo. Será lá que as pessoas irão lembrar a perda de quem morreu. Acho que precisa ser lá". Apesar de ter sido apresentado e bastante discutido, o projeto não prosperou, cabendo a essa investigação levantar os motivos.
Um segundo projeto foi noticiado em 2017, sua iniciativa foi atribuída a um adolescente de 17 anos e de autoria do arquiteto Zé Barbosa. A ideia foi apoiada pela AVTSM. O memorial teria 16 metros de altura com o nome de cada uma das vítimas escrito em suas paredes. À noite, os nomes iriam refletir em uma luz interna, que brilharia em direção ao céu e durante o dia, os nomes iriam aparecer em baixo relevo nas placas do memorial. Esse memorial custaria R$ 450.000,00, recurso que seria captado por financiamento coletivo na internet. Esse memorial seria construído em outro local, externo ao que sediou a tragédia. Há notícias de uma denúncia que o memorial comprometeria o plano diretor da área. No local da boate seria construído outro memorial.. Esse memorial, não foi autorizado pelo poder público municipal que negociava a desapropriação do prédio da boate. Na ocasião dessa discussão na Câmara de Vereadores do Município foi sugerido pela representante do Núcleo do Instituto de Arquitetos do Brasil de Santa Maria, Lídia Rodrigues, que, “tendo sido escolhido um local público para receber o memorial, o correto seria realizar um concurso público para selecionar o projeto”. Ao que tudo indica a proposta do concurso foi ganhando força a partir de então.
O terceiro projeto conhecido é o que está em discussão, cuja previsão de se tornar público ocorrerá no mês de abril do corrente ano de 2018. Foi lançado oficialmente um concurso para escolha de um projeto no dia 27 de janeiro desse ano, dia em que a tragédia completou 5 anos. O edital e as bases do concurso podem ser acessados pela página da internet “Concurso Público Nacional de Arquitetura para o Memorial às Vítimas da Boate Kiss”. O memorial será construído no local da antiga boate, cujo terreno foi desapropriado pela prefeitura em 2017, porém a demolição do prédio ainda não tem data marcada em razão de ter havido solicitação para que essa fosse suspensa até o final do julgamento do caso na Justiça.
Pari passu a essas discussões sobre a criação do memorial, muitas inscrições no espaço público vem questionando desde então a responsabilidade pela tragédia. Aos 13 meses do incêndio, uma mobilização dos familiares pintou na via pública em frente ao gabinete do prefeito, silhuetas brancas representando os mortos. Alegando que a manifestação poderia "atrapalhar o trânsito", a Secretaria de Mobilidade Urbana de Santa Maria decidiu mandar apagar os corpos pintados no chão. Um ano depois do incêndio, na fachada da Kiss, debaixo do painel rosa e vermelho do letreiro da boate, podia-se ler “242 Assassinados” e ao lado um painel estampava a pergunta: "Até quando a indiferença vai servir à injustiça?"
O Memorial da Kiss se insere em uma discussão contemporânea sobre o direito à memória, justiça e reparação por meio do reconhecimento público das vítimas, presente em centenas de memoriais em diversos países que buscam lembrar genocídios, ditaduras, guerras. As inscrições memoriais de lembranças traumáticas no espaço público, os chamados lugares “para a memória”, atesta uma transformação nas políticas de transmissão necessária para enfrentar tempos de profunda dispersão de memórias (BOURSIER, 2005). Nesse sentido, esses espaços memoriais são uma tentativa de não deixar esquecer, inscrevendo o monumento (monere) no ato de lembrar.
O processo de instituição desses lugares memorias-patrimoniais marcados pelo sofrimento e a dor, suscita uma reflexão acerca da representação. Essa dupla responsabilidade de ser um lugar de consciência e dar a conhecer processos traumáticos do passado e do presente, e, ao mesmo tempo, ser um lugar de visitação, inscrito em um roteiro turístico-cultural da cidade, tensiona essas instituições e parece desafiar seus projetos permanentemente.
Como expressar a dor, o sofrimento, a saudade, a lembrança das vitimas, como despertar a consciência e não o ódio, como assegurar o respeito aos sobreviventes diretos (os que estavam lá) e os indiretos (aqueles que perderam pessoas que estavam lá), são alguns dos desafios enfrentados por esse tipo de projeto. Nesses processos, é importante considerar também que as inscrições da memória no espaço público, derivam igualmente dos debates sobre a relação das comunidades com o passado, bem como da relação de força entre os diferentes atores sociais envolvidos. Também é fundamental observar que essas instituições atuam na premissa de que memorializar potencialmente pode transformar o passado e mobilizar os sujeitos para o presente (HITE, 2013).
Essa ação sobre o passado dá-se justamente pelo poder de discursividade impresso nos dispositivos memoriais que encontram-se imersos em uma complexa relação com a experiência que buscam representar. Considerando-se que se remetem a acontecimentos que ainda podem ser testemunhados por sujeitos que dele fizeram parte, inúmeros são os conflitos da ordem do que mostrar e da representatividade de quem narra, observando-se por vezes crispações memoriais envolvendo disputas sobre o passado e sobre a legitimidade da vítima, caracterizando o que Joel Candau (2005) denomina como “conflitos em torno da memória”.
Santa Maria parece viver essa tensão permanente entre o querer lembrar e o esquecer a tragédia. A Associação das Vítimas (AVTSM) através da defesa da construção do memorial como um lugar de memória (NORA; 1984) e da mobilização permanente como a “Tenda da Vigília”, local provisório instalado desde os primeiros dias tragédia no centro da cidade, constituindo-se como um local do imperativo “dever de memória” (RICOEUR, 2000), procura fazer a cidade não esquecer a tragédia. Por outro lado, atos como os impetrados contra a Tenda revelam essa situação perturbadora, como os dois incêndios foram provocados na tenda, queimando as fotos de jovens mortos, um em 2014, outro em 2017.
A instalação do Memorial provavelmente altere essa relação da cidade com a tragédia, seja através a configuração de uma memória oficial, seja através de tensionamentos que podem seguir existindo. Ao irromper na cena pública, o Memorial formaliza uma determinada narrativa sobre o passado e estabelece uma relação com o que seria uma “comunidade de destino”, onde estão os sujeitos que vivenciaram diretamente esses processo; os familiares de vítimas, ao converterem a dor da perda pela luta em defesa da memória; os militantes da memória, pautados pela defesa dos Direitos Humanos e a comunidade local. A relação com e entre os membros dessa “comunidade de destino” pode, por vezes, estar envolta em uma tensão entre o desejo de memória e a expertise técnica, buscando o equilíbrio entre o memorial como a representação do ausente e o memorial como a pedagogia para o futuro: para que nunca mais aconteça.
Nos dias seguintes a tragédia, o local passou a receber espontaneamente flores, cartazes, velas, objetos que marcavam o local como um lugar de sofrimento e saudades, uma espécie de memorial efêmero e poucos meses depois surgiu a ideia de construir um memorial permanente às vítimas. Encontramos inicialmente informações sobre três projetos apresentados para lembrar às vítimas.
O primeiro projeto foi proposto pelo escultor santa-mariense Mauro Possobon, segundo o autor, os primeiros desenhos foram concebidos no mesmo dia da tragédia, “quando ficou sabendo do que aconteceu pela rede CNN.” Os detalhes do projeto foram divulgados no Jornal do Brasil, após serem apresentados em Brasília à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
A maquete do projeto foi apresentada a familiares e autoridades durante um congresso que lembraria um ano do incêndio: “o projeto contemplará uma espécie de arena para receber eventos culturais e espirituais. Antes era só a cobertura. A ideia original era construir algo mais baixo. Seria uma espécie de cúpula. Mas a associação queria algo mais amplo", detalhou o autor do projeto. O projeto previa a “instalação de duas salas, uma para a Cruz Vermelha e outra para a Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM)”, também seriam instalados “242 tubos, que receberiam luz natural, a partir da posição do sol, cada vez que um deles fizesse aniversário. Um sistema de laser artificial garantiria a homenagem em dias de tempo fechado.” Sobre a escolha do local, o então presidente da AVTSM, Adherbal Ferreira, admitiu que o memorial poderia ser instalado em outro local, mas a possibilidade desagradou o artista, que respondeu "Lá é um local santo. Será lá que as pessoas irão lembrar a perda de quem morreu. Acho que precisa ser lá". Apesar de ter sido apresentado e bastante discutido, o projeto não prosperou, cabendo a essa investigação levantar os motivos.
Um segundo projeto foi noticiado em 2017, sua iniciativa foi atribuída a um adolescente de 17 anos e de autoria do arquiteto Zé Barbosa. A ideia foi apoiada pela AVTSM. O memorial teria 16 metros de altura com o nome de cada uma das vítimas escrito em suas paredes. À noite, os nomes iriam refletir em uma luz interna, que brilharia em direção ao céu e durante o dia, os nomes iriam aparecer em baixo relevo nas placas do memorial. Esse memorial custaria R$ 450.000,00, recurso que seria captado por financiamento coletivo na internet. Esse memorial seria construído em outro local, externo ao que sediou a tragédia. Há notícias de uma denúncia que o memorial comprometeria o plano diretor da área. No local da boate seria construído outro memorial.. Esse memorial, não foi autorizado pelo poder público municipal que negociava a desapropriação do prédio da boate. Na ocasião dessa discussão na Câmara de Vereadores do Município foi sugerido pela representante do Núcleo do Instituto de Arquitetos do Brasil de Santa Maria, Lídia Rodrigues, que, “tendo sido escolhido um local público para receber o memorial, o correto seria realizar um concurso público para selecionar o projeto”. Ao que tudo indica a proposta do concurso foi ganhando força a partir de então.
O terceiro projeto conhecido é o que está em discussão, cuja previsão de se tornar público ocorrerá no mês de abril do corrente ano de 2018. Foi lançado oficialmente um concurso para escolha de um projeto no dia 27 de janeiro desse ano, dia em que a tragédia completou 5 anos. O edital e as bases do concurso podem ser acessados pela página da internet “Concurso Público Nacional de Arquitetura para o Memorial às Vítimas da Boate Kiss”. O memorial será construído no local da antiga boate, cujo terreno foi desapropriado pela prefeitura em 2017, porém a demolição do prédio ainda não tem data marcada em razão de ter havido solicitação para que essa fosse suspensa até o final do julgamento do caso na Justiça.
Pari passu a essas discussões sobre a criação do memorial, muitas inscrições no espaço público vem questionando desde então a responsabilidade pela tragédia. Aos 13 meses do incêndio, uma mobilização dos familiares pintou na via pública em frente ao gabinete do prefeito, silhuetas brancas representando os mortos. Alegando que a manifestação poderia "atrapalhar o trânsito", a Secretaria de Mobilidade Urbana de Santa Maria decidiu mandar apagar os corpos pintados no chão. Um ano depois do incêndio, na fachada da Kiss, debaixo do painel rosa e vermelho do letreiro da boate, podia-se ler “242 Assassinados” e ao lado um painel estampava a pergunta: "Até quando a indiferença vai servir à injustiça?"
O Memorial da Kiss se insere em uma discussão contemporânea sobre o direito à memória, justiça e reparação por meio do reconhecimento público das vítimas, presente em centenas de memoriais em diversos países que buscam lembrar genocídios, ditaduras, guerras. As inscrições memoriais de lembranças traumáticas no espaço público, os chamados lugares “para a memória”, atesta uma transformação nas políticas de transmissão necessária para enfrentar tempos de profunda dispersão de memórias (BOURSIER, 2005). Nesse sentido, esses espaços memoriais são uma tentativa de não deixar esquecer, inscrevendo o monumento (monere) no ato de lembrar.
O processo de instituição desses lugares memorias-patrimoniais marcados pelo sofrimento e a dor, suscita uma reflexão acerca da representação. Essa dupla responsabilidade de ser um lugar de consciência e dar a conhecer processos traumáticos do passado e do presente, e, ao mesmo tempo, ser um lugar de visitação, inscrito em um roteiro turístico-cultural da cidade, tensiona essas instituições e parece desafiar seus projetos permanentemente.
Como expressar a dor, o sofrimento, a saudade, a lembrança das vitimas, como despertar a consciência e não o ódio, como assegurar o respeito aos sobreviventes diretos (os que estavam lá) e os indiretos (aqueles que perderam pessoas que estavam lá), são alguns dos desafios enfrentados por esse tipo de projeto. Nesses processos, é importante considerar também que as inscrições da memória no espaço público, derivam igualmente dos debates sobre a relação das comunidades com o passado, bem como da relação de força entre os diferentes atores sociais envolvidos. Também é fundamental observar que essas instituições atuam na premissa de que memorializar potencialmente pode transformar o passado e mobilizar os sujeitos para o presente (HITE, 2013).
Essa ação sobre o passado dá-se justamente pelo poder de discursividade impresso nos dispositivos memoriais que encontram-se imersos em uma complexa relação com a experiência que buscam representar. Considerando-se que se remetem a acontecimentos que ainda podem ser testemunhados por sujeitos que dele fizeram parte, inúmeros são os conflitos da ordem do que mostrar e da representatividade de quem narra, observando-se por vezes crispações memoriais envolvendo disputas sobre o passado e sobre a legitimidade da vítima, caracterizando o que Joel Candau (2005) denomina como “conflitos em torno da memória”.
Santa Maria parece viver essa tensão permanente entre o querer lembrar e o esquecer a tragédia. A Associação das Vítimas (AVTSM) através da defesa da construção do memorial como um lugar de memória (NORA; 1984) e da mobilização permanente como a “Tenda da Vigília”, local provisório instalado desde os primeiros dias tragédia no centro da cidade, constituindo-se como um local do imperativo “dever de memória” (RICOEUR, 2000), procura fazer a cidade não esquecer a tragédia. Por outro lado, atos como os impetrados contra a Tenda revelam essa situação perturbadora, como os dois incêndios foram provocados na tenda, queimando as fotos de jovens mortos, um em 2014, outro em 2017.
A instalação do Memorial provavelmente altere essa relação da cidade com a tragédia, seja através a configuração de uma memória oficial, seja através de tensionamentos que podem seguir existindo. Ao irromper na cena pública, o Memorial formaliza uma determinada narrativa sobre o passado e estabelece uma relação com o que seria uma “comunidade de destino”, onde estão os sujeitos que vivenciaram diretamente esses processo; os familiares de vítimas, ao converterem a dor da perda pela luta em defesa da memória; os militantes da memória, pautados pela defesa dos Direitos Humanos e a comunidade local. A relação com e entre os membros dessa “comunidade de destino” pode, por vezes, estar envolta em uma tensão entre o desejo de memória e a expertise técnica, buscando o equilíbrio entre o memorial como a representação do ausente e o memorial como a pedagogia para o futuro: para que nunca mais aconteça.
Metodologia
A pesquisa pretende compreender o processo de construção memomoriais às vítimas de uma tragédia, a metodologia consiste basicamente em pesquisa documental e pesquisa de campo junto aos diferentes atores patrimoniais, com a utilização de entrevistas e observação no local. Fonseca (2017, s.p.) diz que o trabalho etnográfico é sempre uma espécie de experiência colaborativa, envolvendo experiências no campo, mas também colegas acadêmicos (e outros). Destarte, a pesquisa parte de registros e trabalhos de campo existentes (Vecchioli, s.d.) e produções acadêmicas (e outras) sobre o tema. As principais fontes utilizadas serão a imprensa, sites da Associação, do Concurso, pesquisa documental e entrevistas.
Indicadores, Metas e Resultados
Com esse projeto espera-se contribuir para pensar as manifestações memoriais e o processo de construção Memorial às vítimas, seus impactos não apenas para os proponentes, mas para a comunidade. Parte-se da ideia que a referida“comunidade” transborda os limites territoriais, uma vez que a repercussão de tragédia promoveu uma comoção nacional, porém, o âmbito e os limites da pesquisa nos permitirá analisar esse impacto mais localizado. Por tratar-se de um tema sensível ou extremamente delicado, que envolve interlocutores ainda muito marcados pela dor da perda, esse trabalho pretende ser antes de tudo, um lugar de escuta, mas também um lugar de posicionamentos, cuidadosos, porém, como toda a produção científica, comprometido. Espera-se também contribuir para o processo de memorialização da tragédia por meio da criação do Memorial Virtual.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DANI MARIN AMPARO RANGEL | |||
ESTER TEIXEIRA GONCALVES | |||
Juliane Conceição Primon Serres | 5 | ||
LEONARDO MONTEIRO ALVES | |||
MARIA LETICIA MAZZUCCHI FERREIRA | 4 | ||
VIRGINIA SUSANA VECCHIOLI |