Nome do Projeto
Diz Aí: Clínica Feminista e Antirracista
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
11/06/2021 - 21/07/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Direitos Humanos e Justiça
Linha de Extensão
Saúde humana
Resumo
O projeto de extensão “Diz Aí: Clínica Feminista e Antirracista” integra uma das ações do Núcleo de Estudos e Pesquisas E’LÉÉKÒ e será realizado em parceria com a Serviço Escola de Psicologia (SEP) e com o Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NUPAD) da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFPel. Objetiva construir espaços coletivos e individuais de escuta terapêutica e de promoção de autocuidado para pessoas cujo sofrimento psíquico está transversalizado pela violência racista, sexista e LGBTIAfóbica. Tema potência de atender uma demanda reprimida por atendimento psicológico no SEP e no NUPAD; qualificar o cuidado em saúde mental de pessoa vitimadas pelo racismo, sexismo, homofobia e transfobia; fortalecer a clínica ampliada no curso de Psicologia; e qualificar a formação de futuras/os psicólogas/os para atuarem com a interseccionalidade de raça, gênero e sexualidade.
Objetivo Geral
Construir espaços coletivos e individuais de escuta terapêutica e de promoção de autocuidado para pessoas cujo sofrimento psíquico está transversalizado pela violência racista, sexista e LGBTIAfóbica.
Justificativa
O presente projeto de extensão integra uma das ações do Núcleo de Estudos e Pesquisas E’LÉÉKÒ e será realizado em parceria com a Serviço Escola de Psicologia (SEP) e com o Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NUPAD) da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFPel.
A psicologia enquanto ciência da modernidade está mergulhada nos propósitos de controle e domínio colonial, a partir de suas teorias, métodos experimentais e modelos de análises quantitativas que deram sustentabilidade a reivindicação do status de cientificidade. Ou seja, a psicologia se constituiu enquanto disciplina da norma, como refere Foucault (1999), reafirmando a existência de uma humanidade universal.
Essa universalização da humanidade e, consequentemente, homogeneização no modo de compreender o mundo leva-nos à negação diversidade humana invisibilizando, portanto, modos de ser, estar e observar o mundo.
A “universalidade abstrata” da humanidade (DUSSEL, 2007, p. 76), nega a existência de qualquer outra expressão do humano, de modo que a visibilidade do que é discutido na ótica dos direitos humanos está assentada na abstrabilidade e invisibilidade de algumas humanidades.
Santos (2010b, p. 39) afirma que “a negação de uma parte da humanidade é sacrificial, na medida em que constitui a condição para a outra parte da humanidade se afirmar enquanto universal”, ou seja, como a única humanidade real e detentora das próprias prerrogativas existenciais. Tal negação da diversidade humana, produz humanidades de concessão e subjetividades subalternizadas à grupo minorizados no que tange às relações de poder, tais como: pessoas negras, indígenas, quilombolas, LGBTIA+, bem como mulheres negras, indígenas, quilombolas, lésbicas, transgênero, brancas entre outras.
O projeto parte de perspectivas teóricas e epistemológica feministas e antirracista a partir do pensamento de Lélia Gonzalez, bell hooks, Grada Kilomba, Beatriz Nascimento, Frantz Fanon para, em diálogo com a psicologia, se desafiar na construção de uma Clínica Feminista e Antirracista, com foco na qualificação da escuta psicológica de estudantes de psicologia da UFPel, da elaboração de estudos de casos e da construção de estratégias de intervenção junto a pessoas em sofrimento psíquico produzido pela violência racista, sexista e LGBTIAfóbica.
A psicologia enquanto ciência da modernidade está mergulhada nos propósitos de controle e domínio colonial, a partir de suas teorias, métodos experimentais e modelos de análises quantitativas que deram sustentabilidade a reivindicação do status de cientificidade. Ou seja, a psicologia se constituiu enquanto disciplina da norma, como refere Foucault (1999), reafirmando a existência de uma humanidade universal.
Essa universalização da humanidade e, consequentemente, homogeneização no modo de compreender o mundo leva-nos à negação diversidade humana invisibilizando, portanto, modos de ser, estar e observar o mundo.
A “universalidade abstrata” da humanidade (DUSSEL, 2007, p. 76), nega a existência de qualquer outra expressão do humano, de modo que a visibilidade do que é discutido na ótica dos direitos humanos está assentada na abstrabilidade e invisibilidade de algumas humanidades.
Santos (2010b, p. 39) afirma que “a negação de uma parte da humanidade é sacrificial, na medida em que constitui a condição para a outra parte da humanidade se afirmar enquanto universal”, ou seja, como a única humanidade real e detentora das próprias prerrogativas existenciais. Tal negação da diversidade humana, produz humanidades de concessão e subjetividades subalternizadas à grupo minorizados no que tange às relações de poder, tais como: pessoas negras, indígenas, quilombolas, LGBTIA+, bem como mulheres negras, indígenas, quilombolas, lésbicas, transgênero, brancas entre outras.
O projeto parte de perspectivas teóricas e epistemológica feministas e antirracista a partir do pensamento de Lélia Gonzalez, bell hooks, Grada Kilomba, Beatriz Nascimento, Frantz Fanon para, em diálogo com a psicologia, se desafiar na construção de uma Clínica Feminista e Antirracista, com foco na qualificação da escuta psicológica de estudantes de psicologia da UFPel, da elaboração de estudos de casos e da construção de estratégias de intervenção junto a pessoas em sofrimento psíquico produzido pela violência racista, sexista e LGBTIAfóbica.
Metodologia
A primeira etapa constitui no levantamento de demandas para atendimento psicológico junto ao Serviço Escola de Psicologia da UFPel
A segunda etapa consiste na formação e no desenvolvimento de grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas, cujos procedimentos são: 1) divulgação dos grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas; 2) realização de entrevistas iniciais, por estagiários/as do curso de Psicologia, com pessoas encaminhadas ao grupo e/ou rodas de conversas ou que buscaram espontaneamente atendimento psicológico; 4) início dos grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas.
As entrevistas iniciais objetivam a escuta, a avaliação e o estabelecimento de vínculo com as pessoas atendidas e serão realizadas em até seis encontros de cinquenta minutos cada. A cada entrevista, o caso será levado à supervisão pelas/os estagiárias/os e discutido com a supervisora acadêmica e as supervisoras locais. No último encontro das entrevistas iniciais a pessoa será encaminhada ao grupo terapêutico e/ou roda de conversa. Aqueles casos cuja demanda não puder ser atendida nessas propostas grupais serão encaminhados para outros serviços da Rede de Atenção Psicossocial.
Os grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas se caracterizarão como abertos, compostos por até 8 (oito) pessoas, com duração máxima de duas horas e trinta minutos. A coordenação do grupo terapêutico e/ou roda de conversa será realizada pelas/os estagiários/as de psicologia, que serão acompanhadas e orientadas pela supervisora acadêmica e supervisoras locais.
A segunda etapa consiste na formação e no desenvolvimento de grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas, cujos procedimentos são: 1) divulgação dos grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas; 2) realização de entrevistas iniciais, por estagiários/as do curso de Psicologia, com pessoas encaminhadas ao grupo e/ou rodas de conversas ou que buscaram espontaneamente atendimento psicológico; 4) início dos grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas.
As entrevistas iniciais objetivam a escuta, a avaliação e o estabelecimento de vínculo com as pessoas atendidas e serão realizadas em até seis encontros de cinquenta minutos cada. A cada entrevista, o caso será levado à supervisão pelas/os estagiárias/os e discutido com a supervisora acadêmica e as supervisoras locais. No último encontro das entrevistas iniciais a pessoa será encaminhada ao grupo terapêutico e/ou roda de conversa. Aqueles casos cuja demanda não puder ser atendida nessas propostas grupais serão encaminhados para outros serviços da Rede de Atenção Psicossocial.
Os grupos terapêuticos e/ou rodas de conversas se caracterizarão como abertos, compostos por até 8 (oito) pessoas, com duração máxima de duas horas e trinta minutos. A coordenação do grupo terapêutico e/ou roda de conversa será realizada pelas/os estagiários/as de psicologia, que serão acompanhadas e orientadas pela supervisora acadêmica e supervisoras locais.
Indicadores, Metas e Resultados
1) Implementação de no mínimo dois grupos terapêuticos e/ou rodas de conversa;
2) Atenção à demanda reprimida de atendimento psicológico;
3) Qualificação do cuidado em saúde mental de pessoa vitimadas pelo racismo, sexismo, homofobia e transfobia;
4) Fortalecimento da clínica ampliada no curso de Psicologia;
5) Qualificação na formação de psicólogos/as para atuarem com a interseccionalidade de raça, gênero e sexualidade.
2) Atenção à demanda reprimida de atendimento psicológico;
3) Qualificação do cuidado em saúde mental de pessoa vitimadas pelo racismo, sexismo, homofobia e transfobia;
4) Fortalecimento da clínica ampliada no curso de Psicologia;
5) Qualificação na formação de psicólogos/as para atuarem com a interseccionalidade de raça, gênero e sexualidade.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
BRUNA BARCELOS DUARTE | |||
CRISTIANA VIGORITO AFONSO | |||
DANIELLE SOARES MAURELL | |||
DIEGO PORTELLA VIANA | |||
ELIANA DUARTE DA ROCHA | |||
HELEN CARVALHO GOMES SOARES | |||
HUDSON CRISTIANO WANDER DE CARVALHO | 2 | ||
JANAIZE BATALHA NEVES | 4 | ||
MIRIAM CRISTIANE ALVES | 6 | ||
NATHALIA DUARTE MOURA | |||
NATHANIELE COUTO DE AVILA | |||
NÍCOLAS CARDOZO BIN | |||
RAMONI GRÄFF | |||
THAISE CAMPOS MONDIN | 1 | ||
THAÍSE MENDES FARIAS | 4 | ||
VICTORIA SOARES DE SOUZA |