Nome do Projeto
Variabilidade do ambiente de cultivo sobre parâmetros fisiológicos e nutricionais de plantas de oliveira e seus reflexos na produção e qualidade de azeitonas no Rio Grande do Sul
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
16/08/2021 - 31/08/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O cultivo de oliveiras está crescendo anualmente em diversas regiões do mundo, assim como no Brasil e especificamente no Rio Grande do Sul, estado com a maior área plantada. No entanto, existe uma carência muito grande a respeito do manejo nutricional dessa cultura, visando atingir altas produtividades. Desta forma, o presente estudo visa correlacionar a variabilidade das características químicas e de excesso de umidade do solo e seus efeitos sobre o estado nutricional de oliveiras e a produção de azeitonas no Rio Grande do Sul. Para atingir os objetivos serão realizados três estudos, sendo eles: Experimento 1: Serão selecionados 192 pontos de coleta de solo e tecidos foliares, compreendendo as principais cultivares da região, dentre estas: ‘Arbequina, Koroneiki, Arbosana’. Será constituído um banco a partir das análises foliares, que serão discriminadas e separadas em duas populações, sendo uma de referência (amostras de pontos com alta produtividade) e outra a população total. Serão geradas planilhas eletrônicas com as relações entre os nutrientes, a partir destes dados serão calculados os índices DRIS. Experimento 2: O trabalho será executado em casa de vegetação. O delineamento experimental será inteiramente casualizado com 8 plantas por tratamento, sendo utilizados dois tipos de solos com diferentes pH. Serão realizadas avaliações a cada 60 dias da altura da planta; diâmetro do colo; número de nós na haste principal; avaliação com clorofilômetro; relação H/DC, e ao final do experimento, incremento do DC; volume de raiz; teor de CH2O; pigmentos (clorofilas a, b e total); área foliar; determinação de macro e micronutrientes; produção de biomassa; índices de eficiência nutricional EA e EU; MFR e MSR; IQD; MDA; conteúdo de fenóis totais das folhas e ramos; determinação de peroxidação lipídica; e avaliações da taxa de respiração dos ápices das raízes. Experimento 3: O trabalho será executado em casa de vegetação com delineamento experimental inteiramente casualizado. Serão estabelecidos tempos de imersão em água, sendo retiradas e avaliadas as plantas após o estresse. Serão utilizadas sete plantas por tratamento e avaliadas quanto aos índices de clorofila e balanço de nitrogênio, condutância estomática, potencial hídrico e osmótico. Ainda, ao final de cada período será avaliada a atividade específica das enzimas antioxidantes, a quantificação da peroxidação de lipídeos e análise de carboidratos.
Objetivo Geral
Avaliar o impacto de características químicas e físicas do solo sobre o estado nutricional de oliveiras e na produção e qualidade de azeitonas produzidos no Rio Grande do Sul.
Justificativa
O cultivo da oliveira Olea europaea L. vem ganhando bastante espaço em várias regiões do mundo como no caso do Brasil. O RS é o estado com maior área plantada e maior produtividade nacional. Além disso o Brasil está entre os sete maiores importadores de azeite e azeitonas de mesa, sendo assim a cultura tem grande interesse comercial.
No entanto existem diversas lacunas a respeito da nutrição de plantas de oliveiras, visando altas produtividades. Nesse sentido, torna-se essencial identificar e conhecer o estado nutricional dos pomares da região, a fim de melhorar o sistema de recomendação de adubação desta cultura, melhorando assim o uso de fertilizantes e sua aplicação racional, tendo como consequência um aumento da margem da renda dos produtores, sem investimentos em tecnologias de difícil acesso e uso.
Nesse contexto, um dos fatores que afetam o desenvolvimento das plantas é a toxidez por alumínio (Al), elemento que está disponível na solução do solo das diferentes regiões produtoras, devido a predominância de solos com níveis de pH bastante baixos e reduzida disponibilidade de nutrientes.
Outro fator que afeta o crescimento e desenvolvimento das plantas de oliveiras é o excesso de umidade de solo, o que é bastante prejudicial, visto que a culturas não tolera solos com umidade excessiva. Dessa forma estudos são necessários afim de investigar os efeitos causados por tal condição típica nos olivais do RS.
Dessa forma serão realizados três estudos visando contribuir para o desenvolvimento da cultura na RS e no Brasil.
No entanto existem diversas lacunas a respeito da nutrição de plantas de oliveiras, visando altas produtividades. Nesse sentido, torna-se essencial identificar e conhecer o estado nutricional dos pomares da região, a fim de melhorar o sistema de recomendação de adubação desta cultura, melhorando assim o uso de fertilizantes e sua aplicação racional, tendo como consequência um aumento da margem da renda dos produtores, sem investimentos em tecnologias de difícil acesso e uso.
Nesse contexto, um dos fatores que afetam o desenvolvimento das plantas é a toxidez por alumínio (Al), elemento que está disponível na solução do solo das diferentes regiões produtoras, devido a predominância de solos com níveis de pH bastante baixos e reduzida disponibilidade de nutrientes.
Outro fator que afeta o crescimento e desenvolvimento das plantas de oliveiras é o excesso de umidade de solo, o que é bastante prejudicial, visto que a culturas não tolera solos com umidade excessiva. Dessa forma estudos são necessários afim de investigar os efeitos causados por tal condição típica nos olivais do RS.
Dessa forma serão realizados três estudos visando contribuir para o desenvolvimento da cultura na RS e no Brasil.
Metodologia
Experimento 1: Avaliação do estado nutricional da cultura da oliveira no Rio Grande do Sul através do Sistema Integrado para Diagnose e Recomendação (DRIS).
O trabalho será conduzido em olivais localizados nos municípios de Santana do Livramento, Caçapava do Sul, Bagé, Pinheiro Machado, Canguçu, Encruzilhada do Sul, Barra do Ribeiro e Cachoeira do Sul as quais são as principais áreas produtoras do Rio Grande do Sul.
Serão selecionados 192 pontos de coleta, compreendendo as principais cultivares plantadas na região, sendo estas, pelo menos: ‘Arbequina, Koroneiki, Arbosana’. Estes pontos de coleta serão distribuídos nas regiões supracitadas, onde cada ponto de coleta será representado por 1 planta, sendo amostradas 8 plantas por cultivar para a coleta de tecido foliar. Também será realizada medição da produção através da colheita dos frutos na época de colheita definida por cada produtor.
Após coletadas, as folhas serão acondicionadas em sacos de papel kraft e colocados em estufa de secagem a 65° C por 72 horas, após secas, as amostras serão moídas em moinho de amostras. Para a formação do banco de dados serão utilizadas todas as análises de tecido foliar realizadas, ou seja, 192 análises, as mesmas serão discriminadas e separadas em duas populações, sendo uma população de referência, constituída das amostras de pontos com alta produtividade, quando comparada com a população total.
Quanto a parte estatística, será realizada a estatística descritiva dos resultados e produzidas planilhas eletrônicas com as relações entre os nutrientes, a partir destes dados serão calculados os índices DRIS pelo método proposto por Beaufils (1973) e índices de balanço nutricional (IBN), que é calculado através da soma dos valores absolutos dos índices gerados para a amostra, obtidos para cada nutriente.
A validação da eficiência do método DRIS será realizada através de experimentos de longa duração conduzidos com oliveiras na região de Pinheiro Machado e Pelotas, sendo estes, dois com adubação potássica, um com adubação fosfatada e outro com adubação nitrogenada.
Experimento 2: Efeito do ambiente de cultivo sobre parâmetros fisiológicos e nutricionais e seus reflexos no crescimento de plantas de oliveiras no Rio Grande do Sul.
O trabalho será executado em casa de vegetação climatizada localizada no Campus Capão do Leão – RS. O delineamento experimental será inteiramente casualizado (DIC) com 8 plantas por tratamento, sendo desplantadas aos 360 dias, composto dos seguintes tratamentos:
T1: Solo SJU - Sem correção de pH, sem B e sem NPK (Controle) pH SMP 5, pH água 4,6 – Al 1,3 – H+Al 8,8 - % sat Al 14,22
T2: Solo Piratini - Sem correção de pH, sem B e sem NPK (Controle) pH SMP 5,59 – pH água 4,82 – Al 1,3 – H+Al 7 - % sat Al 29,5
T3: Solo SJU - Sem correção de pH, com B e com NPK
T4: Solo Piratini - Sem correção de pH, com B e com NPK
T5: Solo SJU – Com correção de pH, NPK e B (Completo)
T6: Solo Piratini - Com correção de pH, NPK e B (completo).
As mudas serão transplantadas em de sacolas plásticas com capacidade de 3 litros.
Serão realizadas avaliações a cada 60 dias e irrigação conforme a necessidade.
Avaliações a cada 60 dias:
- Altura da planta;
- Diâmetro colo;
- Número de nós na haste principal;
- Avaliação clorofilômetro;
- Relação H/DC.
Variáveis a serem analisadas ao final do experimento:
- Incremento do DC;
- Volume de raiz;
- Teor de CH2O;
- Pigmentos (clorofilas a, b e total);
- Area foliar;
- Determinação de Macro e micro se possível no final;
- Massa fresca e seca de parte aérea e raízes;
- Índices de eficiência nutricional EA e EU;
- IQD;
- MDA e conteúdo de fenóis totais das folhas e ramos;
- Determinação de peroxidação lipídica;
- Avaliações da taxa de respiração dos ápices das raízes, ao final.
Experimento 3: Efeito do excesso de umidade do solo sobre características morfofisiológicas de plantas de oliveira.
O trabalho será conduzido em casa de vegetação climatizada localizada no campus Capão do Leão - RS.
O delineamento experimental será inteiramente casualizado (DIC).
Serão estabelecidos tempos de imersão em água, sendo retiradas e avaliadas as plantas após o estresse.
Serão utilizados os seguintes tratamentos:
T1: Controle em capacidade de campo;
T2: Alagamento por 4 dias;
T3: Alagamento por 8 dias;
T4: Alagamento 12 dias.
Serão utilizadas sete plantas por tratamento. Durante o período de estresse serão mensurados: índice de clorofila e balanço de nitrogênio, condutância estomática, potencial hídrico e osmótico. Ao final de cada período será analisada a atividade enzimática, peroxidação lipídica e carboidratos.
Para realização das análises, serão utilizadas 3 plantas mais próximas da média dentro de cada tratamento e serão deixadas 4 plantas para recuperação de 10 dias. Após a recuperação será coletado material para repetir as análises.
O trabalho será conduzido em olivais localizados nos municípios de Santana do Livramento, Caçapava do Sul, Bagé, Pinheiro Machado, Canguçu, Encruzilhada do Sul, Barra do Ribeiro e Cachoeira do Sul as quais são as principais áreas produtoras do Rio Grande do Sul.
Serão selecionados 192 pontos de coleta, compreendendo as principais cultivares plantadas na região, sendo estas, pelo menos: ‘Arbequina, Koroneiki, Arbosana’. Estes pontos de coleta serão distribuídos nas regiões supracitadas, onde cada ponto de coleta será representado por 1 planta, sendo amostradas 8 plantas por cultivar para a coleta de tecido foliar. Também será realizada medição da produção através da colheita dos frutos na época de colheita definida por cada produtor.
Após coletadas, as folhas serão acondicionadas em sacos de papel kraft e colocados em estufa de secagem a 65° C por 72 horas, após secas, as amostras serão moídas em moinho de amostras. Para a formação do banco de dados serão utilizadas todas as análises de tecido foliar realizadas, ou seja, 192 análises, as mesmas serão discriminadas e separadas em duas populações, sendo uma população de referência, constituída das amostras de pontos com alta produtividade, quando comparada com a população total.
Quanto a parte estatística, será realizada a estatística descritiva dos resultados e produzidas planilhas eletrônicas com as relações entre os nutrientes, a partir destes dados serão calculados os índices DRIS pelo método proposto por Beaufils (1973) e índices de balanço nutricional (IBN), que é calculado através da soma dos valores absolutos dos índices gerados para a amostra, obtidos para cada nutriente.
A validação da eficiência do método DRIS será realizada através de experimentos de longa duração conduzidos com oliveiras na região de Pinheiro Machado e Pelotas, sendo estes, dois com adubação potássica, um com adubação fosfatada e outro com adubação nitrogenada.
Experimento 2: Efeito do ambiente de cultivo sobre parâmetros fisiológicos e nutricionais e seus reflexos no crescimento de plantas de oliveiras no Rio Grande do Sul.
O trabalho será executado em casa de vegetação climatizada localizada no Campus Capão do Leão – RS. O delineamento experimental será inteiramente casualizado (DIC) com 8 plantas por tratamento, sendo desplantadas aos 360 dias, composto dos seguintes tratamentos:
T1: Solo SJU - Sem correção de pH, sem B e sem NPK (Controle) pH SMP 5, pH água 4,6 – Al 1,3 – H+Al 8,8 - % sat Al 14,22
T2: Solo Piratini - Sem correção de pH, sem B e sem NPK (Controle) pH SMP 5,59 – pH água 4,82 – Al 1,3 – H+Al 7 - % sat Al 29,5
T3: Solo SJU - Sem correção de pH, com B e com NPK
T4: Solo Piratini - Sem correção de pH, com B e com NPK
T5: Solo SJU – Com correção de pH, NPK e B (Completo)
T6: Solo Piratini - Com correção de pH, NPK e B (completo).
As mudas serão transplantadas em de sacolas plásticas com capacidade de 3 litros.
Serão realizadas avaliações a cada 60 dias e irrigação conforme a necessidade.
Avaliações a cada 60 dias:
- Altura da planta;
- Diâmetro colo;
- Número de nós na haste principal;
- Avaliação clorofilômetro;
- Relação H/DC.
Variáveis a serem analisadas ao final do experimento:
- Incremento do DC;
- Volume de raiz;
- Teor de CH2O;
- Pigmentos (clorofilas a, b e total);
- Area foliar;
- Determinação de Macro e micro se possível no final;
- Massa fresca e seca de parte aérea e raízes;
- Índices de eficiência nutricional EA e EU;
- IQD;
- MDA e conteúdo de fenóis totais das folhas e ramos;
- Determinação de peroxidação lipídica;
- Avaliações da taxa de respiração dos ápices das raízes, ao final.
Experimento 3: Efeito do excesso de umidade do solo sobre características morfofisiológicas de plantas de oliveira.
O trabalho será conduzido em casa de vegetação climatizada localizada no campus Capão do Leão - RS.
O delineamento experimental será inteiramente casualizado (DIC).
Serão estabelecidos tempos de imersão em água, sendo retiradas e avaliadas as plantas após o estresse.
Serão utilizados os seguintes tratamentos:
T1: Controle em capacidade de campo;
T2: Alagamento por 4 dias;
T3: Alagamento por 8 dias;
T4: Alagamento 12 dias.
Serão utilizadas sete plantas por tratamento. Durante o período de estresse serão mensurados: índice de clorofila e balanço de nitrogênio, condutância estomática, potencial hídrico e osmótico. Ao final de cada período será analisada a atividade enzimática, peroxidação lipídica e carboidratos.
Para realização das análises, serão utilizadas 3 plantas mais próximas da média dentro de cada tratamento e serão deixadas 4 plantas para recuperação de 10 dias. Após a recuperação será coletado material para repetir as análises.
Indicadores, Metas e Resultados
Ao final do estudo espera-se:
- Criar uma ferramenta de interpretação de análise de tecidos foliares em oliveiras para o estado do Rio Grande do Sul com maior precisão, a fim de auxiliar produtores da região na tomada de decisão sobre a adubação para a cultura;
- Caracterizar o efeito das características químicas e físicas do solo sobre as plantas de oliveira e azeitonas produzidas;
- Contribuir para a formação de recursos humanos em nível de iniciação científica e pós-graduação;
- Disponibilizar a comunidade científica e aos produtores as informações geradas nesta pesquisa via divulgação dos resultados em revistas e eventos científicos e dias de campo.
- Criar uma ferramenta de interpretação de análise de tecidos foliares em oliveiras para o estado do Rio Grande do Sul com maior precisão, a fim de auxiliar produtores da região na tomada de decisão sobre a adubação para a cultura;
- Caracterizar o efeito das características químicas e físicas do solo sobre as plantas de oliveira e azeitonas produzidas;
- Contribuir para a formação de recursos humanos em nível de iniciação científica e pós-graduação;
- Disponibilizar a comunidade científica e aos produtores as informações geradas nesta pesquisa via divulgação dos resultados em revistas e eventos científicos e dias de campo.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CLEITON BRANDÃO | |||
Jonatan Egewarth | |||
NATAN DA SILVA FAGUNDES | |||
SIDNEI DEUNER | 4 | ||
VALMOR JOAO BIANCHI | 2 |