Nome do Projeto
Comércio atlântico, elites sociais e escravidão na fronteira sul do Brasil Meridional (século XIX)
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
18/04/2022 - 06/04/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
O projeto busca estudar os aspectos sociais e econômicos da fronteira sul do Brasil Meridional, região que reúne os municípios próximos ao complexo porto-charqueada (Rio Grande – Pelotas) e que, com algumas exceções, ainda carecem de pesquisas mais aprofundadas a respeito da economia agrária e mercantil, da escravidão africana e do imediato pós-abolição, além das elites sociais e políticas da localidade.
Objetivo Geral
Realizar um aprofundado estudo histórico das estruturas sociais, econômicas e políticas da região da fronteira sul do Brasil Meridional (envolvendo as localidades de Pelotas, Rio Grande, Canguçu, Piratini, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar, Jaguarão, Herval, Arroio Grande, Bagé, Cacimbinhas, Dom Pedrito e Livramento) ao longo do século XIX, investigando a importância da escravidão africana, da integração econômica regional (e com o Rio da Prata) e da sua conexão com os mercados atlânticos.
Justificativa
O surgimento das charqueadas em Pelotas, cuja fase inicial deu-se entre 1780 e 1810, provocou uma enorme demanda por gado bovino para o abate. Em poucos anos, as regiões vizinhas foram sendo ocupadas por novos fazendeiros e a economia regional dinamizou-se. Como impacto desse processo, milhares de africanos escravizados foram traficados para a região e, com o tempo, algumas famílias muito ricas se destacaram no topo da hierarquia social. Todo esse complexo produtivo estava integrado regionalmente e conectava-se ao mercado atlântico por meio das exportações de charque, couros, sebos e graxas. Apesar dessa transformação econômica, ainda se conhece muito pouco desse processo histórico para além das charqueadas pelotenses. A maior parte dos mencionados municípios não possuem estudos acadêmicos a respeito de sua história no século XIX. Nesse sentido, narrativas tradicionais ainda permanecem fortes em suas localidades, diminuindo a importância da escravidão negra e da presença dos povos indígenas, por exemplo.
Metodologia
A pesquisa busca tomar uso de uma série de fontes documentais, tanto manuscritas quanto impressas, e que serão tratas de forma qualitativa e quantitativa. Tratam-se de jornais da época, dados estatísticos, inventários post-mortem, testamentos, processos judiciais, relatórios oficiais, relatos de viajantes, atas e correspondências diversas, além de bibliografia pertinente. A maior parte da documentação encontra-se tanto nos acervos de Porto Alegre (Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul e no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul), quanto nos arquivos municipais da região, além de fontes online e no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro.
Indicadores, Metas e Resultados
Os resultados do projeto serão divulgados por meio de apresentação de trabalhos em Congressos acadêmicos, tanto pelo coordenador quanto pelos estudantes envolvidos. Além disso, artigos, capítulos de livros e coletâneas de textos também serão produzidos, com a finalidade de publicar as conclusões da pesquisa para a comunidade acadêmica especializada, mas também ao público geral.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
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DOUGLAS REISDORFER | |||
JONAS MOREIRA VARGAS | 8 | ||
MARINA RIBEIRO CARDOSO | |||
ÁLISSON BARCELLOS BALHEGO |