Nome do Projeto
Biologia nas PICS: religare do ser natural
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
18/01/2024 - 14/03/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Meio ambiente
Linha de Extensão
Temas específicos / Desenvolvimento humano
Resumo
O Biólogo é legalmente habilitado para atuar em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) segundo a Resolução 614/2021 do Conselho Federal de Biologia. A tendência é que a atuação se amplie haja a visto sua formação obrigatória nos cursos de graduação proporcionar conhecimento básico para outras várias PICS. Da mesma forma o número de PICS recomendadas pelo Sistema Único de Saúde brasileiro se ampliará pois práticas comuns em nosso meio como o aterramento, a contemplação e o banho de floresta ainda não estão listadas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). A PNPIC contempla recursos terapêuticos que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. As Práticas Integrativas e Complementares não só tratam a saúde humana mas também a saúde ambiental pois facilitam ao ser humano o desenvolvimento de uma visão igualitária sobre todos os seres e a vida que os sustenta, sendo um instrumento de promoção de saúde, bem-viver e sustentabilidade. A grande maioria das PICS trabalha com elementos naturais, seja em meio à natureza ou os levando ao encontro de quem os necessita. Este projeto tem o objetivo de promover as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nas Ciências Biológicas de modo a apoiar o autoconhecimento, a saúde humana e ambiental, a manutenção dos conhecimentos ancestrais, o bem-viver e a sustentabilidade. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde serão oferecidas à comunidade acadêmica e à comunidade externa à UFPel junto à natureza. As PICS serão exercidas por profissional habilitado e serão oferecidas oportunidades de orientação, formação e pesquisa aos estudantes dos cursos de graduação em Ciências Biológicas e da área da saúde da UFPel. No Horto Botânico e nas áreas verdes do Campus Capão do Leão serão realizados eventos de: 1) Terapia Comunitária Integrativa 2) meditação e contemplação. Em articulação com a Universidade do Estado de Santa Catarina e a Liga Internacional de Pa-Kua serão ofertadas aulas de Sintonia - Yoga chinês e o Curso de Formação de Instrutores de Pa-Kua/Yoga Chinês voltados para estudantes do Instituto de Biologia e/ou portadores de Paralisia Cerebral, pertencentes à comunidade acadêmica ou à população do território de atuação da UFPel. Em caso de verificação de sofrimento social, mental, emocional ou físico os praticantes poderão receber recomendação de outras PICS e ser encaminhados para atendimento através de outros projetos do Programa PICS UFPel, bem como mediante solicitação desses outros projetos poderão ser ofertadas PICS que proporcionem o contato com os elementos naturais no meio urbano. Um levantamento etnobotânico sobre a utilização das espécies vegetais ocorrentes no bioma Pampa para a saúde humana, saúde ambiental e o bem viver neste território será realizado com os participantes das ações do projeto. Quando o participante compartilhar seu conhecimento sobre o assunto será convidado a participar da pesquisa e os resultados serão divulgados a possíveis usuários pacientes e profissionais da área da saúde.

Objetivo Geral

Promover as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nas Ciências Biológicas de modo a apoiar o autoconhecimento, a saúde humana e ambiental, a manutenção dos conhecimentos ancestrais, o bem-viver e a sustentabilidade.

Justificativa

O Biólogo é profissional legalmente habilitado para atuar em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) segundo a Resolução nº 614/2021 do Conselho Federal de Biologia (CFBio). A atuação pode ocorrer de forma individual ou em equipes multidisciplinares, desempenhando de maneira integral ou parcial todos os procedimentos, atividades e funções técnicas, podendo ainda trabalhar na avaliação, no aconselhamento e no acompanhamento das PICS, bem como na coordenação ou ministrando cursos e treinamentos na área. De acordo com resolução, para habilitação e atuação na área, é necessário possuir conhecimento em biologia celular, histologia humana, anatomia humana, química, bioquímica, biofísica, fisiologia humana, microbiologia, imunologia, parasitologia, farmacologia, biotecnologia, patologia geral e primeiros socorros, além de cursos específicos. A norma estabelece, ainda, a carga horária necessária para obter a formação mínima para executar as práticas, podendo variar de 30 horas a 360 horas, a depender da atividade. Para os procedimentos executados em clientes, é obrigatório que o profissional comprove treinamento ou curso teórico e prático sobre cada área. A tendência é que a atuação dos Biólogos com as Práticas Integrativas e Complementares se amplie haja a visto sua formação obrigatória nos cursos de graduação proporcionar conhecimento básico para outras várias PICS como por exemplo meditação, yoga, Reiki, Terapia Integrativa Comunitária, aromaterapia, entre outras. Da mesma forma o número de PICS recomendadas pelo SUS brasileiro se ampliará pois práticas comuns em nosso meio como o aterramento (grounding), a contemplação e o banho de floresta (shinrin-yoku) ainda não estão listadas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. A PNPIC contempla recursos terapêuticos denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA) que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. Desta forma, fica claro que as Práticas Integrativas e Complementares não só tratam a saúde humana mas também a saúde ambiental pois facilitam ao ser humano o desenvolvimento de inteligência, segurança, amor-próprio, discernimento, gratidão, empatia, gentileza, respeito, honestidade, compaixão, comunhão e uma visão igualitária sobre todos os seres e a vida que os sustenta, sendo um instrumento de promoção de saúde, bem-viver e sustentabilidade. A grande maioria das PICS trabalha com elementos naturais, seja em meio à natureza ou levando os elementos naturais ao encontro de quem os necessita. Na comunidade universitária se fazem presentes na extensão, no ensino e na pesquisa. Frente ao sofrimento mental, fadiga e necessidade de melhoria nas relações laborais observados, as PICS serão de grande valia.

Metodologia

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) serão oferecidas à comunidade acadêmica e à comunidade externa à UFPel junto à natureza, especialmente no Horto Botânico Irmão Teodoro Luis e Campus Capão do Leão. Em caso de condições meteorológicas não propícias, deficiência de transporte ou necessidade de atendimento em condições controladas, as práticas poderão ser ofertadas em outros locais, sempre mediante agendamento prévio. As PICS serão exercidas por profissional habilitado e serão oferecidas oportunidades de orientação, formação e pesquisa aos estudantes dos cursos de graduação em Ciências Biológicas e da área da saúde da UFPel. No Horto Botânico e nas áreas verdes do Campus Capão do Leão serão realizados eventos de: 1) Terapia Comunitária Integrativa abordando os temas anticapacitismo, antiespecismo, diversidade, inclusão, bem viver e medicina do Pampa; 2) meditação e contemplação. Em articulação com a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e a Liga Internacional de Pa-Kua (LIPK), através do projeto Sintonize-se (matrícula 0361851-0-01) do programa de extensão Pa-Kua UDESC (SIGProj N° 397540.2231.291425.11092023), serão ofertadas aulas de Sintonia - Yoga chinês e o Curso de Formação de Instrutores de Pa-Kua/Yoga Chinês voltados para estudantes do Instituto de Biologia e/ou portadores de Paralisia Cerebral com deficiências motoras e 18 anos de idade ou mais, pertencentes à comunidade acadêmica ou à população do território de atuação da UFPel. A prática de Yoga poderá ser realizada no Espaço Viva Bem do Centro de Convivência ou nas áreas verdes do Campus Capão do Leão. Em caso de verificação de sofrimento social, mental, emocional ou físico os praticantes poderão receber recomendação de outras PICS e ser encaminhados para atendimento através de outros projetos do Programa PICS UFPel, bem como mediante solicitação desses outros projetos poderão ser ofertadas PICS que proporcionem o contato com os elementos naturais no meio urbano. Um levantamento etnobotânico sobre a utilização das espécies vegetais ocorrentes no bioma Pampa para a saúde humana, saúde ambiental e o bem viver neste território será realizado com os participantes das ações do projeto. Quando o participante livremente compartilhar seu conhecimento sobre o assunto será convidado a participar da pesquisa através de um Termo de consentimento prévio informado e passará por uma entrevista semi-estruturada. As espécies vegetais terão sua identificação confirmada através de coletas proporcionadas pelo entrevistado e os resultados do levantamento serão divulgados em linguagem e meios acessíveis a todos os possíveis usuários pacientes e profissionais da área da saúde.

Indicadores, Metas e Resultados

- Número de alunos da UFPel e pessoas atendidas por ela habilitados a atuarem com PICS;
- Número de atendimentos realizados com PICS pela equipe do projeto;
- Trabalhos acadêmicos desenvolvidos com PICS no Instituto de Biologia da UFPel;
- Fortalecimento do Programa Práticas Integrativas e Complementares UFPel;
- Melhoria no foco e na atenção dos estudantes envolvidos no projeto;
- Incremento na inteligência criativa dos praticantes;
- Fomento da troca de saberes entre as diferentes áreas do conhecimento envolvidas;
- Melhoria da saúde de todos os indivíduos envolvidos e seu entorno.
- Publicação do levantamento etnobotânico.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ADAM ARAI MARTENS
ANA BEATRIZ SCHERDIEN GUTKNECHT
ANGELA DE SIQUEIRA CAMEJO1
BRUNA LEMPEK TRINDADE DUTRA
DENNER BALHEGO MOREIRA HAX
ELEN NUNES GARCIA6
JULIANA GOULART NOGUEIRA
KELEN DE MORAIS CERQUEIRA1
Lucimeri Couto Moraes
Rogério Bodemüller Junior
SIMONE ROSANA DO AMARAL PARODES
TATIANA TRINDADE HAFELE1

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