Nome do Projeto
Influência do extrato de Pleurotus ostreatus na absorção intestinal de glicose pelo SGLT1
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
17/12/2022 - 17/11/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Resumo
A absorção intestinal de glicose através da membrana luminal ocorre por transporte ativo secundário acoplado ao influxo de Na+. Mais especificamente, no intestino a glicose compete com a galactose pelo mesmo sítio de ligação na proteína carreadora conhecida como transportador de sódio-glicose do tipo 1 (SGLT1). Para se testar a influência do SGLT1, tem sido utilizada preferencialmente a florizina, um membro da classe chalcona de compostos orgânicos, a qual inibe de forma específica e competitiva tanto o SGLT1 quanto o SGLT2. Sobre o carreador SGLT1, estudos têm mostrado que a sua expressão está estreitamente associada à composição da dieta e que sua exposição aos monossacarídeos pode modular sua ação/expressão. Tendo em vista os inúmeros problemas de saúde acometidos por uma alimentação inadequada, estudos com substâncias bioativas têm o potencial de contribuir positivamente para saúde da população ao reduzir o risco de doenças crônicas, além de conter substâncias que auxiliam a promoção da saúde, trazendo com isso uma melhora no estado nutricional. Neste contexto podemos destacar os cogumelos, em especial o Pleurotus ostreatus (P. ostreatus), uma espécie popular cultivada comercialmente em todo o mundo e que tem mostrado potencial anti-inflamatório, anti-hipertensivo, antinociceptivo, hipocolesterolemiante, antioxidante, antitumoral, etc. Objetivo: determinar a influência do extrato de Pleurotus ostreatus na absorção intestinal de glicose pelo SGLT1. Materiais e métodos: A pesquisa será desenvolvida nas dependências do Laboratório de Fisiologia Cardiovascular, no Biotério Central da Universidade Federal de Pelotas e no laboratório de nutrição experimental no campus ANGLO. O trabalho será dividido em três blocos de experimentos, sendo os dois primeiros de curto prazo com camundongos C57BL/6 magros e o terceiro de seis semanas de tratamento com extrato de P. ostreatus com camundongos C57BL/6 magros e deficientes do gene da leptina (ob/ob). O primeiro experimento será realizado por meio de três fases experimentais, em que será avaliado os efeitos de P. ostreatus sobre a absorção de glicose. No segundo experimento, contará apenas com uma fase experimental, em que será avaliada a influência do extrato sobre o transportador SGLT1. Já no terceiro experimento, será avaliada a influência da suplementação com extrato de P. ostreatus sobre a absorção intestinal de glicose de camundongos saudáveis e ob/ob. Para isso, os níveis de glicose serão mensurados através do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e através do teste de tolerância à glicose (TTG). Em ambos os testes será administrada uma solução de D-glicose (2g/kg de peso corporal dos camundongos). No entanto, no TOTG será administrada de forma oral e no TTG será feito de forma intraperitoneal. A expressão proteica será quantificada por Western Blot, através de amostras de intestino (jejuno proximal) dos animais pertencentes ao experimento 3. As membranas serão processadas por imunodetecção usando-se o anticorpo primário SGLT1 e GAPDH (Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase). E, por fim, a expressão gênica dos transportadores SGLT1, GLUT2 e GLUT 5 serão avaliadas por qPCR. Ao término de cada experimento, os animais serão devidamente eutanasiados por aprofundamento anestésico e exsanguinação para coleta dos tecidos alvo.

Objetivo Geral

Determinar a influência do extrato de Pleurotus ostreatus na absorção intestinal de glicose pelo SGLT1.

Justificativa

Apesar do número de pesquisas utilizando o P. ostreatus tenha crescido demasiadamente nos últimos anos, ainda há diversos pontos a serem explorados sobre esse assunto. Tem sido mostrado que, dentre outros efeitos benéficos, os cogumelos podem ser aliados no controle glicêmico. Apesar disso, os mecanismos envolvidos ainda não foram completamente elucidados.
Portanto, aprofundar o conhecimento mecanístico da influência do extrato do P. ostreatus sobre o transportador SGLT1 parece ser determinante.

Metodologia

A pesquisa será desenvolvida nas dependências do Laboratório de Fisiologia Cardiovascular, no Biotério Central da Universidade Federal de Pelotas e no laboratório de nutrição experimental no campus ANGLO. O trabalho será dividido em três blocos de experimentos, sendo os dois primeiros de curto prazo com camundongos C57BL/6 magros e o terceiro de seis semanas de tratamento com extrato de P. ostreatus com camundongos C57BL/6 magros e deficientes do gene da leptina (ob/ob). O primeiro experimento será realizado por meio de três fases experimentais, em que será avaliado os efeitos de P. ostreatus sobre a absorção de glicose. No segundo experimento, contará apenas com uma fase experimental, em que será avaliada a influência do extrato sobre o transportador SGLT1. Já no terceiro experimento, será avaliada a influência da suplementação com extrato de P. ostreatus sobre a absorção intestinal de glicose de camundongos saudáveis e ob/ob. Para isso, os níveis de glicose serão mensurados através do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e através do teste de tolerância à glicose (TTG). Em ambos os testes será administrada uma solução de D-glicose (2g/kg de peso corporal dos camundongos). No entanto, no TOTG será administrada de forma oral e no TTG será feito de forma intraperitoneal. A expressão proteica será quantificada por Western Blot, através de amostras de intestino (jejuno proximal) dos animais pertencentes ao experimento 3. As membranas serão processadas por imunodetecção usando-se o anticorpo primário SGLT1 e GAPDH (Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase). E, por fim, a expressão gênica dos transportadores SGLT1, GLUT2 e GLUT 5 serão avaliadas por qPCR. Ao término de cada experimento, os animais serão devidamente eutanasiados por aprofundamento anestésico e exsanguinação para coleta dos tecidos alvo.

Indicadores, Metas e Resultados

Tendo em vista os efeitos do Pleurotus ostreatus em estudos anteriores, espera-se que o extrato atue sobre o transportador SGLT1, reduzindo a absorção de glicose intestinal. Uma vez estabelecido esse mecanismo, iremos utilizar em condição de resistência insulínica, como obesidade, para melhor entendimento da influência do cogumelo sobre o metabolismo glicídico.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
PAOLA QUEVEDO DA COSTA
PAULO CAVALHEIRO SCHENKEL1

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
PROAP/CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível SuperiorR$ 4.000,00Coordenador

Plano de Aplicação de Despesas

DescriçãoValor
339030 - Material de ConsumoR$ 4.000,00

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