Nome do Projeto
Infâncias Guarani e Kaigang: memórias e histórias
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
19/06/2023 - 25/06/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
Na cidade de Rio Grande/RS, situadas no bairro cassino, há duas aldeias indígenas: Guarani e Kaigang. Ambas possuem comunidades crescentes e vem batalhando por apoio público para a efetivação de boas condições estruturais e a criação de museus e escolas. Esse projeto tem por objetivo, através do aporte teórico-metodológico da História Cultural e da História Oral, realizar entrevistas sobre as infâncias das pessoas pertencentes a essas comunidades. Destaca-se que essa pesquisa parte de uma demanda das aldeias, que argumentam que as suas infâncias estão profundamente ligadas a sua cultura e que a sua historicidade ainda é pouco compreendida pelos sujeitos externos à essas comunidades.
Objetivo Geral
Compreender, pelo viés histórico, as infâncias de adultos das aldeias Guarani e Kaingang, que estão situados na cidade de Rio Grande/RS.
Justificativa
As infâncias brasileiras são múltiplas. Todavia, salienta-se a relevância de pensar sobre o protagonismo de infâncias pertencentes a comunidades historicamente marginalizada no país. Segundo o IBGE (BRASIL, 2012) os Kaingang são a maior população indígena do Brasil Meridional, apresentando, em torno, de trinta e sete mil indivíduos. Todavia, no ano de 2021, a Universidade Federal de Pelotas expediu uma nota pública em apoio à luta contra a perseguição, a tortura e os assassinatos do povo Kaigang, que foram motivados por arrendamento ilegal de terras indígenas . Fato que registra uma batalha social e política. Já os Guaranis, de acordo com Pimentel (2012) são conhecidos por distintos nomes: Chiripá, Kainguá, Monteses, Baticola, Apyteré, Tembekuá, entre outros. No entanto, sua autodenominação é Avá, que significa, em Guarani, “pessoa”. Este povo vive em um território que compreende regiões no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina e se diferencia internamente em diversos grupos, semelhantes entre si nos aspectos fundamentais de sua cultura e organizações sociopolítica. Um dos principais desafios enfrentados pelo povo guarani é a disputa por terra em um cenário de valorização do agronegócio (POPYGUA, 2022).
Cumpre mencionar que desde abril de 2023 estão sendo realizada visitas, para o diálogo com os caciques das aldeias Guarani e Kaigang, situadas na cidade de Rio Grande. Ambos, foram receptivos e apresentaram tanto a estrutura física, como os membros da sua comunidade. Esses, relataram que a sua cultura sofre muitos preconceitos e que, desde a infância, as suas vivências foram desrespeitadas de diversas formas.
Nesse sentido, junto com aos indígenas, foi-se percebendo a pertinência de um estudo sobre o seu passado, que entrelace as suas percepções socioculturais de infância com o contexto social e político. Assim visando, um aprofundamento sobre infâncias pouco abordadas dentro da universidade.
Cumpre mencionar que desde abril de 2023 estão sendo realizada visitas, para o diálogo com os caciques das aldeias Guarani e Kaigang, situadas na cidade de Rio Grande. Ambos, foram receptivos e apresentaram tanto a estrutura física, como os membros da sua comunidade. Esses, relataram que a sua cultura sofre muitos preconceitos e que, desde a infância, as suas vivências foram desrespeitadas de diversas formas.
Nesse sentido, junto com aos indígenas, foi-se percebendo a pertinência de um estudo sobre o seu passado, que entrelace as suas percepções socioculturais de infância com o contexto social e político. Assim visando, um aprofundamento sobre infâncias pouco abordadas dentro da universidade.
Metodologia
A História Cultural e a História oral foram escolhidas como bússola teórico-metodológica desta pesquisa. Essa configuração, deve-se à sua abrangência e vasta gama de possibilidades de análises. Burke (2008), ressalta que a História Cultural ampliou o território da pesquisa histórica, mostrando os limites das abordagens anteriores e as possibilidades de se pesquisar temas que antes eram invisíveis. Chartier (2009), aponta que ela tem como principal objetivo identificar o modo como, em diferentes lugares e momentos, uma determinada realidade social é construída, pensada e dada a ler. Pode-se dizer assim, que a História Cultural respalda a análise do passado, suas formas discursivas e imagéticas pelas quais os homens expressam a si próprios e o mundo. Já a História Oral centra-se na memória humana e sua capacidade de rememorar o passado enquanto testemunha do vivido. Podemos entender a memória como a presença do passado, como uma construção psíquica e intelectual de fragmentos representativos desse mesmo passado, nunca em sua totalidade, mas parciais em decorrência dos estímulos para a sua seleção. Não é somente a lembrança de um certo indivíduo, mas de um indivíduo inserido em um contexto familiar ou social. Para Maurice Halbwachs (2004, p. 85), toda memória é coletiva, e como tal, ela constitui um elemento essencial da identidade, da percepção de si e dos outros.
Como um recurso teórico-metodológico às pesquisas do campo da História da Educação, a História Oral tem sido não somente enriquecedora como, em muitos casos, necessária. A escassez, ou lacunas, de informações faz dos relatos orais, uma valiosa fonte de dados. A História Oral também se revela como um instrumento precioso na construção da rede de sentidos que compõem o estudo do passado educacional. Ela se mostra fecunda no que se refere à aproximação às vivências, às circunstâncias particulares que não estão explícitas nos documentos escritos.
Como um recurso teórico-metodológico às pesquisas do campo da História da Educação, a História Oral tem sido não somente enriquecedora como, em muitos casos, necessária. A escassez, ou lacunas, de informações faz dos relatos orais, uma valiosa fonte de dados. A História Oral também se revela como um instrumento precioso na construção da rede de sentidos que compõem o estudo do passado educacional. Ela se mostra fecunda no que se refere à aproximação às vivências, às circunstâncias particulares que não estão explícitas nos documentos escritos.
Indicadores, Metas e Resultados
Conhecer, através das entrevistas, aspectos socioculturais da infância Kaigang e Guarani
Colaborar, por meio dos resultados desta pesquisa, em projetos de solicitação de auxilio público para o investimento em museus e atividades culturais das aldeias
Participação em eventos acadêmicos e das comunidades indígenas, para a socialização da pesquisa
Certificação do projeto
Colaborar, por meio dos resultados desta pesquisa, em projetos de solicitação de auxilio público para o investimento em museus e atividades culturais das aldeias
Participação em eventos acadêmicos e das comunidades indígenas, para a socialização da pesquisa
Certificação do projeto
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
HARDALLA SANTOS DO VALLE | 1 | ||
HELOISA HELENA DUVAL DE AZEVEDO | 1 | ||
LILIAN LORENZATO RODRIGUEZ | 1 | ||
PATRICIA WEIDUSCHADT | 1 | ||
SOL ANDRADE | |||
VITOR SAQUETE RODRIGUES |