Nome do Projeto
Comportamento alimentar como preditor de doenças em bezerras leiteiras
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/05/2024 - 31/12/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
As primeiras semanas de vida das bezerras leiteiras são fundamentais para o seu desenvolvimento, por isso, o diagnóstico precoce se torna importante a fim de amenizar a gravidade dessas enfermidades. Desse modo, qualquer alteração no comportamento deve ser detectada para que a doença seja identificada e tratada o quanto antes. Por essa razão, nesta pesquisa serão analisados os dados gerados através do alimentador automático monitorando diariamente o consumo de leite/dia, número de visitas ao alimentador e velocidade de mamada de cada bezerra.
Objetivo Geral
O objetivo deste estudo é determinar alterações no comportamento alimentar que possam ser usados no diagnóstico precoce de doenças neonatais em bezerras leiteiras manejadas com alimentadores automáticos.
Justificativa
A ocorrência de doenças nas primeiras semanas de vida de bezerras leiteiras apresenta efeito sobre o seu desempenho futuro, tanto por atraso no crescimento quanto por sequelas na saúde do animal, que impedem a expressão do seu completo potencial produtivo, bem como causam prejuízos pelo aumento de óbitos (Schinwald et al.,2022).
Entre as doenças mais prevalentes, a diarreia e broncopneumonia se destacam (Cruvinel et al., 2019), porém outras doenças como asfixias, onfalopatias, dermatofitose, tristeza parasitária bovina, timpanismo, e outras, também contribuem para o insucesso na criação de futuras vacas leiteiras. O foco na prevenção destas doenças deve ser sempre prioridade para o produtor, porém nem sempre se torna tarefa fácil, visto o grande número de fatores que interferem na saúde das bezerras, como transferência de imunidade passiva, peso inicial, dieta, higiene e pressão infectiva nas instalações, manejo individual ou coletivo, proximidade entre animais de diferentes faixas etárias, entre outros (Medrano-Galarza et al., 2018; Cruvinel et al., 2019; Cortese et al., 2020; Schinwald et al.,2022).
Como forma de amenizar a gravidade destas doenças, o seu diagnóstico precoce é muito importante. Neste contexto, qualquer alteração de comportamento precisa ser detectada com rapidez para que a doença possa ser identificada e tratada de forma eficaz. Em sistemas com uso de alimentadores automáticos, é possível determinar a quantidade de leite ingerido, número de vezes que o animal procura o alimentador, bem como a força de sucção empregada na mamada, permitindo detectar alterações de comportamento, como inapetência e menor reflexo de sucção (Bowen et al., 2021; Morrison et al., 2022). Assim, estes dados podem ser usados para determinar o início de uma enfermidade, mesmo antes de o animal parar completamente de se alimentar, reduzindo prejuízos maiores em sua performance zootécnica.
Entre as doenças mais prevalentes, a diarreia e broncopneumonia se destacam (Cruvinel et al., 2019), porém outras doenças como asfixias, onfalopatias, dermatofitose, tristeza parasitária bovina, timpanismo, e outras, também contribuem para o insucesso na criação de futuras vacas leiteiras. O foco na prevenção destas doenças deve ser sempre prioridade para o produtor, porém nem sempre se torna tarefa fácil, visto o grande número de fatores que interferem na saúde das bezerras, como transferência de imunidade passiva, peso inicial, dieta, higiene e pressão infectiva nas instalações, manejo individual ou coletivo, proximidade entre animais de diferentes faixas etárias, entre outros (Medrano-Galarza et al., 2018; Cruvinel et al., 2019; Cortese et al., 2020; Schinwald et al.,2022).
Como forma de amenizar a gravidade destas doenças, o seu diagnóstico precoce é muito importante. Neste contexto, qualquer alteração de comportamento precisa ser detectada com rapidez para que a doença possa ser identificada e tratada de forma eficaz. Em sistemas com uso de alimentadores automáticos, é possível determinar a quantidade de leite ingerido, número de vezes que o animal procura o alimentador, bem como a força de sucção empregada na mamada, permitindo detectar alterações de comportamento, como inapetência e menor reflexo de sucção (Bowen et al., 2021; Morrison et al., 2022). Assim, estes dados podem ser usados para determinar o início de uma enfermidade, mesmo antes de o animal parar completamente de se alimentar, reduzindo prejuízos maiores em sua performance zootécnica.
Metodologia
O experimento será realizado em uma fazenda comercial de sistema intensivo de produção de leite, situada no município de Rio Grande - RS. Nesta propriedade, os bezerros nascem em galpão do tipo compost barn, sendo inicialmente alojados em bezerreiro com gaiolas individuais e em sistema coletivo após 15 dias de vida. Serão utilizadas neste estudo 210 bezerras da raça Holandês.
Os animais receberão nas primeiras horas de vida, colostro com auxílio de mamadeira, oriundo de banco de colostro, com qualidade avaliada por refratômetro de brix (Godden et al., 2019; Lombard, 2020). Será realizada coleta de sangue dos animais, logo após o nascimento e 24-48 horas após o fornecimento do colostro, sendo repetido semanalmente até os 28 dias de vida, através da punção da veia jugular utilizando tubo a vácuo com anticoagulante EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético). O plasma será separado para mensuração da transferência de imunidade passiva através do método de brix, em refratômetro de brix (RZ-117 Refratômetro Brix, Walfront, EUA) para avaliar a efetividade da transferência de imunidade passiva, utilizando como parâmetro mínimo 8,4% de brix, considerado como valor ideal para uma boa colostragem (Godden et al., 2019; Lombard, 2020).
As bezerras ficarão em gaiolas individuais por 15 dias e depois serão remanejadas ao sistema coletivo, com espaçamento de 3 m² por animal. A alimentação será através do sistema de aleitamento automático (Calfeeder, DeLaval, São Paulo, Brasil), contando com dois postos de alimentação, onde de 0 a 15 dias receberão 8 litros no balde com bico; 15 a 40 dias de vida ad libtum, 40 aos 60 dias até 8 litros, 60 aos 75 dias desmame gradual, reduzindo o volume de leite ao decorrer dos dias. Após esse período as bezerras passarão a receber alimento concentrado, feno de avezem e água.
Os animais serão diariamente monitorados quanto à ocorrência de doenças, com especial atenção para a ocorrência de diarreia e broncopneumonia (Dirksen et al., 1993), mas também serão avaliadas outras doenças que possam ocorrer em surtos, como dermatofitose ou tristeza parasitária bovina. A partir deste acompanhamento, serão determinados índices de morbidade (número de animais que adoeceram divididos pelo número total de animais), casos fatais (número de animais que vieram a óbito dividido pelo número de animais que adoeceram), mortalidade (número de animais que vieram a óbito dividido pelo número total de animais), recidivas (número de animais que adoeceram mais de duas vezes da mesma doença divididas pelo número de animais que adoeceram pelo menos uma vez). O tratamento para as doenças diagnosticadas será de acordo com o quadro clínico apresentado pelo paciente. Serão avaliados o tempo de duração dos sinais clínicos, duração do protocolo terapêutico e custos com tratamento das enfermidades.
A consistência das fezes será determinada diariamente até os 30 dias de idade, utilizando-se uma escala de 0 a 4, sendo o escore 0 - fezes normais, 1 - fezes pastosas, 2- fezes aquosas, 3 - diarreia profusa com fezes liquefeitas e 4 - diarreia profusa com fezes liquefeitas e sanguinolentas (Adaptado de Kertz and Chester-Jones, 2004). A partir do escore de fezes, aqueles animais que apresentarem valores iguais ou acima de 2 foram caracterizados como animais que apresentam fezes diarreicas. Portanto, o dia que o animal começou a excretar fezes com estas características será definido como o dia de início da diarreia e o dia que este mesmo animal voltar a defecar fezes de escore 0 ou 1, caracterizou-se como o dia de término da diarreia.
Os animais serão submetidos a avaliação zootécnica ao nascer e semanalmente até os primeiros 30 dias de vida, após serão avaliados a cada 15 dias até os 75 dias no desmame. Será avaliado o peso corporal utilizando fita graduada de pesagem para animais de grande porte, que mede a circunferência do perímetro torácico (Heinrichs et al., 1992). Essas medidas serão usadas para calcular o ganho médio diário (GMD) durante o período do estudo [(peso final - peso inicial)/período em dia]. Também, serão realizadas medidas de perímetro torácico e largura de garupa com a fita métrica e altura da cernelha com auxílio de régua graduada em centímetros. O perímetro torácico será medido pela circunferência da caixa torácica, enquanto a altura de cernelha será determinada pela medida da base (chão) e a cernelha (junção escapular) e a largura de garupa pela medida entre as tuberosidades do ísquio (Reis et al., 2008).
A partir dos dados gerados com o alimentador automático serão monitorados diariamente o consumo de leite/dia, número de visitas ao alimentador e velocidade de mamada de cada bezerra. Os dados serão analisados no programa estatístico JMP (SAS Institute Inc., Cary, EUA).
Os animais receberão nas primeiras horas de vida, colostro com auxílio de mamadeira, oriundo de banco de colostro, com qualidade avaliada por refratômetro de brix (Godden et al., 2019; Lombard, 2020). Será realizada coleta de sangue dos animais, logo após o nascimento e 24-48 horas após o fornecimento do colostro, sendo repetido semanalmente até os 28 dias de vida, através da punção da veia jugular utilizando tubo a vácuo com anticoagulante EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético). O plasma será separado para mensuração da transferência de imunidade passiva através do método de brix, em refratômetro de brix (RZ-117 Refratômetro Brix, Walfront, EUA) para avaliar a efetividade da transferência de imunidade passiva, utilizando como parâmetro mínimo 8,4% de brix, considerado como valor ideal para uma boa colostragem (Godden et al., 2019; Lombard, 2020).
As bezerras ficarão em gaiolas individuais por 15 dias e depois serão remanejadas ao sistema coletivo, com espaçamento de 3 m² por animal. A alimentação será através do sistema de aleitamento automático (Calfeeder, DeLaval, São Paulo, Brasil), contando com dois postos de alimentação, onde de 0 a 15 dias receberão 8 litros no balde com bico; 15 a 40 dias de vida ad libtum, 40 aos 60 dias até 8 litros, 60 aos 75 dias desmame gradual, reduzindo o volume de leite ao decorrer dos dias. Após esse período as bezerras passarão a receber alimento concentrado, feno de avezem e água.
Os animais serão diariamente monitorados quanto à ocorrência de doenças, com especial atenção para a ocorrência de diarreia e broncopneumonia (Dirksen et al., 1993), mas também serão avaliadas outras doenças que possam ocorrer em surtos, como dermatofitose ou tristeza parasitária bovina. A partir deste acompanhamento, serão determinados índices de morbidade (número de animais que adoeceram divididos pelo número total de animais), casos fatais (número de animais que vieram a óbito dividido pelo número de animais que adoeceram), mortalidade (número de animais que vieram a óbito dividido pelo número total de animais), recidivas (número de animais que adoeceram mais de duas vezes da mesma doença divididas pelo número de animais que adoeceram pelo menos uma vez). O tratamento para as doenças diagnosticadas será de acordo com o quadro clínico apresentado pelo paciente. Serão avaliados o tempo de duração dos sinais clínicos, duração do protocolo terapêutico e custos com tratamento das enfermidades.
A consistência das fezes será determinada diariamente até os 30 dias de idade, utilizando-se uma escala de 0 a 4, sendo o escore 0 - fezes normais, 1 - fezes pastosas, 2- fezes aquosas, 3 - diarreia profusa com fezes liquefeitas e 4 - diarreia profusa com fezes liquefeitas e sanguinolentas (Adaptado de Kertz and Chester-Jones, 2004). A partir do escore de fezes, aqueles animais que apresentarem valores iguais ou acima de 2 foram caracterizados como animais que apresentam fezes diarreicas. Portanto, o dia que o animal começou a excretar fezes com estas características será definido como o dia de início da diarreia e o dia que este mesmo animal voltar a defecar fezes de escore 0 ou 1, caracterizou-se como o dia de término da diarreia.
Os animais serão submetidos a avaliação zootécnica ao nascer e semanalmente até os primeiros 30 dias de vida, após serão avaliados a cada 15 dias até os 75 dias no desmame. Será avaliado o peso corporal utilizando fita graduada de pesagem para animais de grande porte, que mede a circunferência do perímetro torácico (Heinrichs et al., 1992). Essas medidas serão usadas para calcular o ganho médio diário (GMD) durante o período do estudo [(peso final - peso inicial)/período em dia]. Também, serão realizadas medidas de perímetro torácico e largura de garupa com a fita métrica e altura da cernelha com auxílio de régua graduada em centímetros. O perímetro torácico será medido pela circunferência da caixa torácica, enquanto a altura de cernelha será determinada pela medida da base (chão) e a cernelha (junção escapular) e a largura de garupa pela medida entre as tuberosidades do ísquio (Reis et al., 2008).
A partir dos dados gerados com o alimentador automático serão monitorados diariamente o consumo de leite/dia, número de visitas ao alimentador e velocidade de mamada de cada bezerra. Os dados serão analisados no programa estatístico JMP (SAS Institute Inc., Cary, EUA).
Indicadores, Metas e Resultados
Este estudo contribuirá no diagnóstico precoce de enfermidades que acometem bezerras leiteiras através da correlação entre a alteração de comportamento no consumo de leite dias antes do aparecimento de doenças. Além disso, aumentará o número de projetos de pesquisa de qualidade na equipe, bem como, determinar a alteração no comportamento alimentar de bezerras como uso de alimentadores automáticos como preditor de doenças que acometemos animais nesta fase.
Como indicadores está a produção de dois projetos de pesquisa, que serão publicados em revistas da área, uma dissertação de mestrado e um trabalho de conclusão de Residência em Clínica de Ruminantes.
Como indicadores está a produção de dois projetos de pesquisa, que serão publicados em revistas da área, uma dissertação de mestrado e um trabalho de conclusão de Residência em Clínica de Ruminantes.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ELIZA ROSSI KOMNINOU | 3 | ||
EMILIA HOHGRAEFE | |||
FRANCISCO AUGUSTO BURKERT DEL PINO | 2 | ||
MARCIO NUNES CORREA | 3 | ||
RENAN CUNHA FIORI | |||
THAIS CASARIN BARBOSA | |||
URIEL SECCO LONDERO | |||
VIVIANE ROHRIG RABASSA | 3 |