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As subjetividades que nos constituem e que nos permitem a singularidade, enquanto indivíduos, é confrontada com os padrões sociais que, de modo cada vez mais intenso, cobram posturas, exigem sucessos e criam modelos identitários. Diante disso, espaços de formação que permitam a produção de processos (auto)biográficos podem ser assumidos como potentes lugares para a resiginificação de si, da vida e formação. Compreendemos que o processo educativo, em seu sentido amplo, a escolarização e a formação nos espaços universitários, tem sido alvo para que os processos (auto)biográficos se constituam em práticas, na aposta por aprendizagens que permitam o reconhecimento de si. Ao considerarmos os espaços de educação, como lugares privilegiados para uma formação no horizonte existencial, reconhecemos que a educação tem o compromisso de pensar o sujeito em sua totalidade. Esse compromisso é também assumido pelo campo da Psicologia da Educação, em suas contribuições sobre desenvolvimento humano e aprendizagem, no âmbito dos processos educativos. Partimos do reconhecimento de que, enquanto sujeitos históricos que somos estamos a todo tempo produzindo histórias e sendo por elas produzidos. Desde o anúncio do título, estamos inspirados na mitologia grega, da qual somos herdeiros enquanto ocidente. Entendemos que é possível produzir alargamentos sobre a vida e formação, no convite inspirador que os mitos nos dão de superação das descontinuidades e dos isolamentos formativos, que acabaram por produzir historicamente uma formação em sentido lógico-instrumental, que pouco dá conta da produção de sentidos sobre a complexidade das nossas existências.

A metodologia que orienta as ações do projeto unificado é a produção de espaços que permitam o exercício, oral e/ou escrito, de narrativas (auto)biográficas. No reconhecimento de que aquilo que vivenciamos forma os nossos modos de ser, evidenciamos o papel formativo das narrativas de formação, enquanto exercícios empreendidos pelo sujeito ao narrar as experiências que o formam. As narrativas de formação são narrativas (auto)biográficas realizadas pelo sujeito onde são revelados os sentidos produzidos em decorrência daquilo que vivemos, daquilo que nos acontece. No campo de produção do conhecimento, a compreensão da dimensão formativa das narrativas encontra-se vinculada ao chamado método (auto)biográfico.

Identificação das reflexões existenciais, dos sinais de mudança, de (re)significação e (re)orientação através das potencialidades formativas advindas da experiência de produção narrativa de si.