Nome do Projeto
Museu das Coisas Banais
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
26/03/2025 - 13/02/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Comunicação
Linha de Extensão
Patrimônio cultural, histórico e natural
Resumo
O Museu das Coisas Banais foi criado em outubro de 2014 como um projeto de pesquisa vinculado ao Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas. A ideia do projeto surgiu a partir da reflexão sobre o destino das coisas pelas quais temos apreço. Diferente daqueles objetos utilitários que sobrevivem enquanto cumprem sua função, alguns objetos sobrevivem porque tem um valor especial para seus proprietários, independente de sua utilidade prática. O Museu das Coisas Banais foi criado no ciberespaço, ou seja, é um museu virtual, com o objetivo de preservar e compartilhar objetos de pessoas comuns, objetos que chamamos banais, mas que tem grande poder de evocação e mesmo transcendência. O museu foi criado para abordar a problemática desses objetos cotidianos que todos preservamos, que não estão representados nos museus, os quais dificilmente podemos compartilhar para além de nosso círculo íntimo e nosso tempo de vida. Entretanto, mais que pesquisa, o projeto se mostrou com um grande potencial de extensão a medida em que envolve diretamente a comunidade, tanto na doação dos objetos, quanto nas reflexões que essa promove a partir da existência do Museu. Atualmente o MCB vem assumindo cada vez mais claramente sua vocação extensionista, desenvolvendo atividades envolvendo comunidade acadêmica e em geral. O projeto foi cadastrado como extensão e vem sendo desenvolvido com esse caráter desde então.
Objetivo Geral
Tornar o Museu das Coisas Banais um projeto de caráter permanente na UFPEL, por um lado visa possibilitar o envolvimento dos alunos na construção da proposta museológica, contribuindo assim com a formação acadêmica, e, por outro, pretende fomentar a participação da comunidade, por meio da interação no museu virtual.
Justificativa
Primeiramente o projeto pretende retomar suas atividades esse ano de 2025, considerando que já é um museu consolidado no mundo virtual e havia ficado desativado na UFPel.
Historicamente os museus são considerados instituições onde se preservam bens culturais considerados importantes para uma determinada sociedade, que saindo de um circuito econômico ou de uso, passam a compor o acervo dessas instituições adquirindo valor simbólico (Pomian, 1984).
Cada sociedade e cada época selecionam entre os mais diversos objetos aqueles que merecem ser preservados atribuindo-lhes algum tipo de valor. Em geral esses bens adquirem o status de relíquias, ou porque foram objetos “produzidos por” ou porque “pertenceram a”. E onde ficam os objetos cotidianos produzidos por mãos anônimas e que não tem mais que o valor afetivo que lhes atribuem seus proprietários?
A proposta do Museu das Coisas Banais (MCB) é discutir o objeto como portador de memória, especificamente esses objetos cotidianos banais (Roche, 2003), presentes na vida diária, muitas vezes como objetos biográficos (Bosi, 1994), mas quase sempre ausentes nos museus.
Esses objetos banais tem uma função memorial, de caráter pessoal ligam-se diretamente à noção de pessoa e à constituição da própria identidade através do tempo, acrescentando significado e incorporando ao objeto as marcas desse tempo que transcorre, pessoas desprovidas de objetos pessoais significativos sob o ponto de vista afetivo e temporal demonstram uma ausência de traços que as autodefinam (Bezerra, 2014).
Ainda é possível pensar, conforme Gonçalves (2007, p. 10) que os objetos influem secretamente na vida de cada um de nós. Perceber e reconhecer esse fato pode trazer novas perspectivas sobre os processos pelos quais definimos, estabilizamos ou questionamos nossas memórias e identidades.
Trazer essas reflexões para o mundo virtual, através de um Museu de objetos banais, permite ampliar essa reflexão junto ao público, e ao mesmo tempo tornar o Museu uma instituição mais acessível. Também contribui no sentido de pensar os objetos (e coleções) no universo digital.
A continuidade do projeto se justifica pela sua relevância social. O acervo do MCB hoje conta com mais de mil objetos doados por pessoas de todo o país.
Também vem sendo tema de pesquisa de trabalhos de Graduação e Pós-Graduação, mostrando seu potencial acadêmico.
Historicamente os museus são considerados instituições onde se preservam bens culturais considerados importantes para uma determinada sociedade, que saindo de um circuito econômico ou de uso, passam a compor o acervo dessas instituições adquirindo valor simbólico (Pomian, 1984).
Cada sociedade e cada época selecionam entre os mais diversos objetos aqueles que merecem ser preservados atribuindo-lhes algum tipo de valor. Em geral esses bens adquirem o status de relíquias, ou porque foram objetos “produzidos por” ou porque “pertenceram a”. E onde ficam os objetos cotidianos produzidos por mãos anônimas e que não tem mais que o valor afetivo que lhes atribuem seus proprietários?
A proposta do Museu das Coisas Banais (MCB) é discutir o objeto como portador de memória, especificamente esses objetos cotidianos banais (Roche, 2003), presentes na vida diária, muitas vezes como objetos biográficos (Bosi, 1994), mas quase sempre ausentes nos museus.
Esses objetos banais tem uma função memorial, de caráter pessoal ligam-se diretamente à noção de pessoa e à constituição da própria identidade através do tempo, acrescentando significado e incorporando ao objeto as marcas desse tempo que transcorre, pessoas desprovidas de objetos pessoais significativos sob o ponto de vista afetivo e temporal demonstram uma ausência de traços que as autodefinam (Bezerra, 2014).
Ainda é possível pensar, conforme Gonçalves (2007, p. 10) que os objetos influem secretamente na vida de cada um de nós. Perceber e reconhecer esse fato pode trazer novas perspectivas sobre os processos pelos quais definimos, estabilizamos ou questionamos nossas memórias e identidades.
Trazer essas reflexões para o mundo virtual, através de um Museu de objetos banais, permite ampliar essa reflexão junto ao público, e ao mesmo tempo tornar o Museu uma instituição mais acessível. Também contribui no sentido de pensar os objetos (e coleções) no universo digital.
A continuidade do projeto se justifica pela sua relevância social. O acervo do MCB hoje conta com mais de mil objetos doados por pessoas de todo o país.
Também vem sendo tema de pesquisa de trabalhos de Graduação e Pós-Graduação, mostrando seu potencial acadêmico.
Metodologia
A metodologia para o desenvolvimento do museu baseia-se integralmente nos princípios da Museologia, aplicados em todas as fases do processo. O ponto de partida é a compreensão dos objetos como portadores de memória, valorizando sua importância histórica, cultural e afetiva. O acervo é cuidadosamente documentado, com informações sobre sua origem, história e contexto. A preservação digital e compartilhamento se dá pela Plataforma Tainacan, utilizada pelo Museu em seu site: www.museudascoisasbanais.com.br O design da plataforma é pensado para oferecer uma experiência intuitiva e atraente, facilitando a navegação e a interação dos usuários. A comunidade é engajada ativamente através de campanhas que incentivam a doação de objetos e histórias, além de participar de processos de curadoria colaborativa.O MCB também pretende organizar exposições temáticas. As redes sociais serão utilizadas como extensões do museu, servindo para divulgar o acervo, promover eventos e interagir com o público, ampliando o alcance e a visibilidade da instituição. O feedback dos usuários é constantemente coletado e analisado, permitindo ajustes e melhorias contínuas na plataforma. Parcerias com instituições culturais, educativas e tecnológicas serão estabelecidas para enriquecer o conteúdo e as ferramentas disponíveis. O acervo e as exposições serão atualizados regularmente, incorporando novas doações e novos temas para as exposições, como a exposição sobre os objetos da enchente, tema muito sensível que o Museu pretende abordar.
Indicadores, Metas e Resultados
Como a proposta tem uma metodologia participativa, pretende-se continuar estimulando o interesse por parte dos discentes envolvidos e ao mesmo tempo possibilitar o envolvimento dos acadêmicos na criação de um projeto e não somente em sua execução. A colocação em prática do projeto através do planejamento da criação do museu virtual apresentará aos acadêmicos situações práticas de trabalho e desafios, proporcionando a oportunidade de resolver problemas semelhantes aos que encontrarão na vida profissional. A criação e manutenção de um museu virtual, além de estimular a utilização de recursos tecnológicos cada vez mais presentes na área, permitirá a divulgação do projeto, o que representa um retorno para a comunidade envolvida (“doadores” de acervos e memórias), bem como para a comunidade em geral. Um resultado esperado é o envolvimento de acadêmicos e comunidade no projeto e a produção de conteúdo e de trabalhos acadêmicos de qualidade envolvendo o Museu.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DAIANE LAGES FERREIRA | |||
DANIELE BORGES BEZERRA | |||
Juliane Conceição Primon Serres | 8 | ||
LEONARDO MONTEIRO ALVES | |||
LUCAS DE SOUZA MACHADO | |||
Nara Regina Farias Avila | |||
RAFAEL DE SOUSA NASCIMENTO | |||
YASMIN FERRARI DE QUEIROZ |