Nome do Projeto
Patologias sociais: o diagnóstico de nosso tempo e as alternativas a partir da racionalidade éticocomunicativa
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
30/06/2022 - 31/12/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
O projeto faz parte do CAPES/Print da Universidade Federal de Pelotas. A criação do Observatório Global de Patologias Sociais representa, sem dúvidas, uma inovação, ao tempo que congrega pesquisadores de áreas diversas (dentro e fora da Universidade Federal de Pelotas, quer seja em nível nacional e, principalmente, internacional).
O desafio, então, volta-se para a pesquisa concernente ao diagnóstico social através da contribuição de grupos de pesquisa de diferentes áreas, não apenas em relação à justificação do que sejam as patologias sociais, mas também no diagnóstico sobre a percepção das pessoas em relação ao 'sofrimento" e "dor" social, em vistas à elaboração e implementação de políticas voltadas à qualidade de vida da população. O desenvolvimento ocorre através de reuniões da equipe, Seminários para pós-graduação e, ainda, na elaboração - e posterior aplicação - de um questionário sobre a percepção social das patologias sociais. Sem dúvidas, a pandemia prejudicou o andamento. Mas a intenção agora é aplicar esse questionário.
Por isso, não se trata apenas de visualizar ou detectar as denominadas patologias sociais, mas – e a partir disso – agir em vistas a implementar as políticas públicas e sociais voltadas ao conviver saudável.
No seu aspecto teórico, o Observatório se insere na fundamental moral “relacionada a equidade ao longo do ciclo vital”. Ele integra os cursos de pós-graduação em Educação e Odontologia. Neste contexto, a criação deste projeto específico visa estabelecer uma visão multidisciplinar sobre as patologias sociais e saúde. Por isso, o projeto Observatório Global de Patologias Sociais não deseja apenas ater-se ao diagnóstico de nosso tempo, mas salientar também as alternativas. Nesse sentido, uma das referências fundamentais é a Agenda 2030 e alguns dos “17 objetivos para transformar o mundo”. Na descrição inicial do projeto, destaca-se que os déficits sociais indicam disparidades no acesso à saúde, uma questão de justiça e de solidariedade social.
A constatação inicial evidencia a percepção ou sintoma de in-solidariedade, reforçando patologias sociais que se perpetuam e afetam não apenas os indivíduos ou grupos específicos, mas a sociedade como tal. A noção de patologia social remete a teoria crítica da sociedade, colocando em evidencia a precariedade de grupos, indivíduos e cidadãos infra-valorizados e em situações sub-humanas. No aspecto gramatical, os termos diagnóstico e patologia, embora com origem na medicina, se vinculam a comportamentos sociais que impedem uma convivência saudável. A manifestação anormal diz respeito à noção clínica de saúde que trata da capacidade de funcionamento do corpo. A consideração patológica condiz ao desenvolvimento orgânico deficiente, cujas manifestações ocorrem, muitas vezes, através de linguagens e atitudes altamente tóxicas e intoxicantes. Os estados psíquicos e físicos têm relação com os valores de normalidade em um horizonte social, quando os indivíduos percebem os transtornos de sentido.
O procedimento metodológico considera duas linhas: por um lado a fundamentação teórica, seja através de reuniões de estudo, Seminário para pós-graduação ou eventos de extensão; por outro, um questionário para pesquisa empírico com o fim de medir a percepção das pessoas em torno às patologias sociais.
Objetivo Geral
Levar a efeito os objetivos do Observatório Global de Patologias Sociais, tal como foi delineado no projeto institucional, com o fim de implementar e consolidar suas metas de forma a alcançar seus propósitos. Este objetivo primordial vem acompanhado dos objetivos específicos, tais como:
- consolidar os atuais consórcios de pesquisa em rede nacional e internacional, para geração de evidências com estudos clínicos, síntese do conhecimento e formação de observatórios globais nas diferentes áreas envolvidas;
- criar outros vínculos internacionais, através de missões de trabalho, participação em eventos, publicações em conjunto, abrindo, assim, novas frentes ligadas ao tema;
- continuar com as reuniões multidisciplinares, para discussões sobre patologias sociais, suas origens e desdobramentos para ciências sociais e ciências da saúde com o intuito de discutir os impactos e propor políticas sociais que previnam e, ao mesmo tempo, superem os déficits causados pelas atuais patologias sociais;
- desenhar atitudes institucionais voltadas a superar as anomalias comportamentais tóxicas através da elaboração de pressupostos para um código de ética institucional;
- aprimorar o instrumento capaz de indicar quais situações podem ser classificadas como patologias sociais, com o fim de alimentar o banco de dados do observatório de patologias sociais; no caso, trata-se de construir um instrumento indicador de patologias sociais que possa dimensionar as questões referentes a situação educacional e de saúde, assim como outras áreas correlatas inerentes ao convívio em sociedade;
- elaborar uma análise dos fenômenos que impedem a autorrealização e, por este motivo, interferem e, portanto, inibem a hetero-realização, considerada como uma forma de vida socialmente saudável;
- por fim, esses objetivos devem encaminhar uma nova edição do Glosário de Patologías Sociales, segunda edição ampliada e renovada.
- consolidar os atuais consórcios de pesquisa em rede nacional e internacional, para geração de evidências com estudos clínicos, síntese do conhecimento e formação de observatórios globais nas diferentes áreas envolvidas;
- criar outros vínculos internacionais, através de missões de trabalho, participação em eventos, publicações em conjunto, abrindo, assim, novas frentes ligadas ao tema;
- continuar com as reuniões multidisciplinares, para discussões sobre patologias sociais, suas origens e desdobramentos para ciências sociais e ciências da saúde com o intuito de discutir os impactos e propor políticas sociais que previnam e, ao mesmo tempo, superem os déficits causados pelas atuais patologias sociais;
- desenhar atitudes institucionais voltadas a superar as anomalias comportamentais tóxicas através da elaboração de pressupostos para um código de ética institucional;
- aprimorar o instrumento capaz de indicar quais situações podem ser classificadas como patologias sociais, com o fim de alimentar o banco de dados do observatório de patologias sociais; no caso, trata-se de construir um instrumento indicador de patologias sociais que possa dimensionar as questões referentes a situação educacional e de saúde, assim como outras áreas correlatas inerentes ao convívio em sociedade;
- elaborar uma análise dos fenômenos que impedem a autorrealização e, por este motivo, interferem e, portanto, inibem a hetero-realização, considerada como uma forma de vida socialmente saudável;
- por fim, esses objetivos devem encaminhar uma nova edição do Glosário de Patologías Sociales, segunda edição ampliada e renovada.